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TESES CHOCANTES Estudar o processo de construção de pensamentos nos levará a teses

que abalarão nossas convicções sobre as relações entre parceiros, pais e filhos, professores e
alunos, executivos e colaboradores. Mas lembre que novos conhecimentos induzem
inicialmente o caos para depois clarear o céu de nosso intelecto. Entretanto, devemos estar
claros de que não há respostas absolutas na ciência, cada resposta é o começo de novas
perguntas. Derivadas da natureza e do processo de construção de pensamentos, e mais
especificamente dos três tipos de solidão que citei, extrairei seis teses. Todo esse corpo de
conhecimento compõe a terceira regra de ouro dos casais saudáveis. A partir do capítulo
seguinte entraremos num céu azul. As regras de ouro serão mais fáceis de entender e praticar.
Todas as seis teses descritas a seguir permearão esta obra, mesmo quando não forem
diretamente citadas. Não se preocupe se não tiver uma compreensão global delas no
momento. Ficar confuso temporariamente diante dessas teses não é ruim. A luz do amanhecer
é belíssima porque surge após o breu da soturna noite. 1. AMAMOS PRIMEIRAMENTE
COM O PENSAMENTO E NÃO COM A EMOÇÃO Primeiro percebemos, observamos,
apontamos, racionalizamos, assimilamos com os pensamentos, depois canalizamos a emoção.
Se o pensamento estiver enviesado, contaminado e distorcido, a emoção também estará. E
sinceramente, como veremos na segunda tese, ele sempre está contaminado. Não é possível
pensar sem distorcer a própria construção de pensamentos, pois os primeiros dois fenômenos
que, como vimos, leem a memória (gatilho e janela) e participam da construção dos
pensamentos são inconscientes, de modo que não têm a participação direta do Eu ou da
vontade consciente. Desse modo, a cada momento que você se relaciona com seu parceiro ou
parceira, as suas reações iniciais de admiração, apoio, sensibilidade, rejeição, exclusão ou
atrito são patrocinadas não por sua decisão consciente, mas pelo complô do gatilho da
memória e das janelas da memória. Segundos depois de iniciado esse processo, seu Eu tem de
tomar as rédeas para gerenciá-lo. Você pode gerenciar bem uma empresa e até uma cidade,
mas se não gerenciar seus pensamentos e emoções poderá ferir a si e aos outros com
facilidade. Uma prática comum. O Eu deveria ser um advogado de defesa no tribunal de
nossa mente. Ele pode e deve criticar, confrontar e discordar de cada pensamento perturbador
e de cada emoção tensa – enfim, de tudo o que nos aprisiona dentro de nós. Ser passivo nesse
campo é deixa

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