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Indômito quero esquecer, mas me persegue

Esta confusa emoção desconhecida e ressoante.


Serena brisa leve embora, a paz entregue
Cante na aurora a inculta melodia importante

Corro inutilmente, na saudade imerso,


Da rosa querida que retirei d’um verso

Chego perdido observo e busco solitário


Seduz a lua do noturno céu minha visão
Princesa formosa de um mundo imaginário
Bela quem seria? Se não minha imaginação?

Taciturno mar, a flor do crepúsculo, reflete


Luar um sonho de esplendor azul-celeste

Sozinho sigo meu então caminho


Nego aproximar dessa luz clara como o dia
Sem palavra gesto ou desenho
Garota cintilante que Minh’ alma arrepia

Fora de compasso faz pulsar meu coração.


Também seria isso, minha imaginação?

Imaginação é sua pálida beleza


Verdade absoluta ela inexplorada riqueza
Ímpeto me acende um novo universo
Nítido esplendor sonho de um desejo
Enfeitiçado, seu encantado mundo cortejo
Junto dela as estrelas consigo alcançar
Única singularidade no espaço tempo
Latente sentimento no peito um empo
Inevitável seu meigo jeito de ser amar
Audaz anjo de uma inalcançável dimensão

Sereno sonho, cativo e cismado coração


Nego estar apaixonado, insisto disperso
Acordado e desiludido por essa paixão
Me diz para ficar ao seu lado o universo

Outrora sentimento maior que sideral espaço


Quero para sempre poder imaginar seus traços

Afogado na insanidade de um mar de lírios


Celeste charme ópio dos meus delírios
Vermelho fio que une nossos destinos
O seu nome diz o badalo dos sinos

Palavras imortais de uma existência limitada


Ilimitado pensamento é o meu amor da musa amada

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