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SEGUNDO AS ESCRITURAS.

Como podemos atribuir um significado aos acontecimentos anunciados no


AT por citações em textos no NT . Temos por exemplo, nas poucas frases o
querigma conservados em 1 Cor 15,3-5: afirma-se que Cristo morreu e
ressuscitou ao terceiro dia “segundo as Escrituras. Nos Ato doa Apóstolos os
resumos do querigma são mais precisos e o tema constante é a afirmação de
que , com a vinda de Cristo, mediante sua morte e ressurreição, se cumpriram
as profecias. Veremos alguns textos logo mais.
O texto que acabamos de citar é, muito sumariamente sumariamente , o
núcleo fundamental da tradição comum e central. Comparando os dados
referidos nos Atos com os das epístulas paulinas , pode-se fazê-lo remontar
efetivamente a um período muito antigo e temos base para chama-lo de e
primitiva. Quanto mais estudamos os escrito do Novo Testamento, mas
evidente resulta que, pelo menos na maioria deles , esse querigma apostólico é
o esquema fundamental no qual se inspira tudo o que está contido no
Evangelho cristão. A rigor, o próprio querigma é pre-teológico e não deve ser
confundido com a apresentação refletida e fundamentada da verdade do
Evanagelho que constitui a teologia cristã
O atualmente se pode afirmar tranqüilamente que se atingiu um certo
conseno moral entre os estudiosos sobre o que deve ser a natureza e o
conteúdo da comum tradição fundamental. No seu centro se coloca o que o
próprio Novo ‘Testamento chama de querigma, isto é, a proclamação do
Evangelho. Na sua formação mais concisa , o querigma consiste no anúncio de
certos acontecimentos históricos, feito de tal modo que se pode perceber
também seu significado particular. Tais acontecimentos no Novo Testamento
são: O acontecimento de Jesus no cenário deste mundo - e compreende o
ministério, os sofrimentos, a morte e sucessiva aparição aos discípulos, na
qualidade de ressuscitado da morte e revestido da glória de um outro mundo –
e a afirmação da Igreja distinguida pelo poder e ação do Espirito Santo e
votada ansiosamente4 para o retono de seu Senhor como juiz e salvador.
Entretanto o significado atribuido a este acontecimntos é indicado sobretudo
pelas referências ao Antigo Testamento. Nas poucaas frases do querigma
conseervadas em 1 Cor 3-5 afirma-se que Cristo morreu e ressuacitou ao
terceiro dia “segundo as Escrituras”. Nos Atos os resumos do querigma são
mais precisos e o tema constante é a afirmação de que, com a vinda de Cristo,
sua morte e ressureição, se cumprem as profecias1
Este é sumariamente , o núcleo fundamental da tradição comum e central.
Comparando os dados referidos nos Atos com as epístolas paulinas , pode-se
1
Cfr C.H> Dood, The Apostolic preaching and its Developmennts ( Hodder & Stoughton,1936.
fazê-la remontar fetivamente a um perído muito antigo e temos base para
chma-la de primitiva. E como nota Dood quanto mais estudamos os esritos do
Nov testamento, mas evidente resulta que, pelos menos na maioria
deles ,esse querima apostólico é o esquema fundamental no qual se inspira
tudoi o que está contido no Evangelho cristão. A rigor, o próprio querigma é
pre-teológico, e não deve ser confundido com a apresentação refletida e
fundamentada da verdade do Evangelho que constitui a teologia cristã , Mas
está na base de tudo e pode ser considerado como o primeiro esboço
fundamental da teologia do Novo Testamento2
Em muitas partes do Novo Testamento, especialmente nas cartas de Paulo,
na epístula aos hebreus, no evangelho e nas Cartas de João, é construído,a
partir desse esquema todo um edifício teológico. O estilo do edifício é
notavelmente diverso. A teologia de São Paulo, de São João e a do autor da
Carta dos hebreus,embora fundadas sobre uma comum tradição central , não
sãode modo algum uniformes. Assim como a arquitetura das Igrejas que,
embora baseada num esquema geral comum, pode apresentar-se nos estilos
românico, gôtico, barroco, cada um desses teólogos também constrói segundo
seu próprio estilo. Um dos grande méritos do recente estudo crítico do Novo
Testamento é o de nos ter feito discernir e conhecer a personalidade dos
grandes teólogos da época apostólica e a variedade multiforme de seu
pensamento. O problema que a esta altura se apresenta é o seguinte: suposto
que cada um desses antigos pensadores seguisse a tradição geral comum
contida no querigma apostólico e conservasse fielmente suas linhas
principais, há neles algo em comum além desse puro e simples esquema? A
comparação coma arquitetura nos permite talvez, precisar melhor o sentido da
nossa pesquisa suposta a identidade no plano dos alicerces , o resto dos vários
edifícios é totalmente diverso em cada caso, ou há em comum uma infra-
estrutura única que continua como idéia fundamental traduzida na variedade
dos estilos?
Ao descrever o conteúdo do querigma fiz a distinção entre os acontecimentos
que ele anuncia, por um lado, e o significado a eles atribuído, por outro. Em
princípio procuraremos identificar o ponto de partida da teologia naquelas
partes do querigma que exprimem o significado dos fatos. Como já observei,
tal significado é indicado sobretudo pelo recurso às profercias do Antigo
Testamento. O discurso programático atribuído a Pedro no dia de Pentecostes
que se acha em Atos 2,16, o autor começa após o exódio de praxe , com a

2
Cfr C.H> Dood Segundo as Escrituras – Estrutura fundamentla do Nov Testamento( tradução para o
português, edição Paulinas,’pp 7-8.ë dificil resumir com outras palavras este autor pois ele possuimuita
concisão sem seu escrito..
declaração solene: “Este é o acontecimento anunciado pelo profeta”( 2,16) e
está todo cravejado de citações do Antigo Testamento3.
As profecias do AT provam este desígnio de Deus 4. No texto dos Atos 2,23
vemos que a pregação primitiva contem acusações análogas contra os judeus
aos quais se opôe a intervenção de Deus ao ressuscitar Jesus5.
Citamos já os textos que nos falam sobre o querima primitivo. Nos
detivmos um pouco no discurso programático de Pedro, onde encontramos o
mesmo dizendo que “este acontcimento foi anunciado( At 2,16. Mas do
mesmo modo . Entretanto Também no dicurso de pedro e Jão diante do
Sinédrio encontramsos a seguinte afirmação “ “Ddus realizou dste modo o qu
e predissera pla boca de todos os proftas”( 4,18). No modelo do querigma
atribuido a São Paulo em At 13 lemos: “Enós vos anuncimos a Boa-Nova
Desu cumpriu para nós, os filhos, a promesa feita a nossos pais”( !3,32-33).
NO seu dicurso Pronunciado no dia de Pentecostes Pedro mostra como é
essencial a refer6encia à Escritua. Pedro oferece a chave para compreender
o fato da Boa-Nova: “segundo o designnio bem terminado e a presci6encid e
deus( At 2,23). Aqui seria ncessario descobri na Esritua o desinio e a
prescienci de Deus. E, o unico modo seria procurar um documnto que
retratasse o relacinamneto de Deus com seu povo,ou seja a Escritua; com
efeito, nenhum judeu piedoso e crente teria imagindo que a mente humana
pudesse descobrir,a través de um raciocínio especulativo, o designio do
Altissimo.. Por isso a Igreja viu-se obrigada , pela própria natureza do
querigma, a um extraodinário trabalho de pesquisa bíblica, em primeiro lugar
3
Os cristão se designam a si mesmos como “aqueles que invocam o nome de do Senhor”( At.
9,14.21; 22, 16; 1 Cor 1,2; 2 TM 2,22; o nome do “Senhor”não se aplica mais a Iahweh, mas a
Jesus( cf. Fl 2,11; At 3,16,etc) No dia do juízo seremos salvos ou condenados conforme tenhamos
ou não invocado este nome e reconheido a Jesus como o Snhor( cf. At 4,12 2 Rm 10,9).. Como já
disemos o teto esta cravejdo decitações comp Mt 24,29; Rm 10,9,13; Mt 2,23; Sl 18,6; At 13,34.37;
Sl 16, 8.11.
Encontramos o conteúdo da pregação primitiva( querigma) da qual temos aqui uma primeira
exposição. Este conteúdo foi-nos esquematiamente transmitido em cinco discursos de Pedro( At
2,14-39; 3,12-26; 4,9-32; 10,34-43) e num discuros de Paulo ( AT 13,16-41). No centro, um
testemunho( 1,8) ,tendo por objeto a morte, a ressurreição de Cristo( 2,24 0 e sua exaltação (2,36).
Depois, pormenores sobre sua missão, anuncada por Jão Batista( At 10,37; 13,24), preparada oor
seu ensinamento e seus milagres92,22; 10,38), concluída pelas aparições do Ressuscitado
( 10,30.41; 13,31) e a efusão do Espírito( 2,33; 5,32) . Em fim perspectivas mais largas,
mergulhando no passado plas profecias do TT ( 2,23; 2,25) e olhando apra o futuro: advento dso
tempos messiânicos e apelo à penitência dirigido a judeus e pagãos( 2,38) para apressar a volta
gloriosa de Cristo( 3,20-21) É o esquema sguido pelos evangelhos qu desenvolveram a pregação
prmitiva.. Cfr. C.H. Dood ,The Apostolic and its Developments (Hodder & Stoughton, 1936.
4
At 3,18; 4,28; 13,29; cf. 8,32-35; 9,22; 10,43; 17,2-3; 18,5.28; 26,2223.27; 28,23; Lc 18,31;
22,22; 24,25-27.44)
5
Cfr At 2, 22;2,3.6; 3,13-17; 4,10; 5,30-31; 7,52; 10,39-40; 13,30;17,31; cf.et Rm 1,4; 1Ts 2,14)
com a fnalidae de esclarecer par si própria a sua interpretação dos importantes
acontecimentos, dos quais ela própria havia nascido, mas também com a
fnalidade de tornar seu Evangelho inteligível ao público externo.

Como já disssemos há muitas citações no Novo Testamento que fazem


referência ao Antigo Testmento6 . Fundamentalte o método, seguido por
Paulo consise em escolher certas passagens da Escritura,em examina-las na
sua relação com um contexto mais amplo e em determinar seu seu sentido e
sua aplicação à situação do momento, comparando-as com outros trechos da
Escritura7.

6
Podemos citar At. 8,26-38; 18,24-28; Assim em Atos 26 num discursode Paulo pronunciado na presná de
Agripa II o Apostolo expõe brevemente e defende sua obra misionaria apoiando-se em Moisés e nos proftas
Em particular tres pontos que eram mais contestados são toos eles atestados pel Ecritura a saber : 1) que o
Messias é um messisa sofredor; 2) que o Messias deve resssucitar dos mortos ; 3) que ele havria de anunciar
a luz da salvação tanto a Israel como aos gentios( Atos 26,22-23). Vejamso també o que nos diz São Lucas:
Esta escrito(1) que o Messias devia sofrer,(2) ressucitar da morte ao terceito dia e (3) que a conversão para a
remissão dos epcados seri pregada em seu nome a todas as nações . Como emos são asmesm afirmações
feitas por Paulo diante de Agripa II( Lc 24, 46- 47).. Cfr et São Paulo aso romanso Rm 9,11, onde
encontrmos uma longa dissertação.
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Cfr. Atos 27,2-3 e Rm 9-11).. Veja-se Hb 3,7-4.9. Uma boa explicação é apresntada por C.H. dood em seu
livro “Segundo as Escrituras-Estrutura fundamental do Nov testamento.Tradução para o português por José
Rainundo Vidigal, Ed, Paulinas,pp 8-23 ect.

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