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Das Disposições Preliminares: Do Art. 1º ao 6º


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DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES:


DO ART. 1º AO 6º
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – LEI N.
8.069/1990 E ALTERAÇÕES
• Estrutura da Lei n. 8.069/1990:
– Parte Geral:
1. Das disposições preliminares: Do art. 1º ao 6º;
- BLOCOS: 01
2. Dos Direitos Fundamentais: Do art. 7º ao 69;
- BLOCOS:
Do art. 7º ao 14 – Do Direito à Vida e à Saúde;
Do art. 15 ao 18-B – Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade;
Do art. 19 ao 52 – Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária;
Do art. 53 ao 59 – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer e
Do art. 60 ao 69 – Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
3. Da Prevenção: Do art. 70 ao 73;
- BLOCOS:
4. Da Prevenção Especial: Do art. 74 ao 82;
- BLOCOS:
5. Da autorização para viajar: Do art. 83 ao 85.
- BLOCOS:
– Parte Especial:
6. Da Política de Atendimento: Do art. 86 ao 89;
BLOCOS:
7. Das Entidades de Atendimento: Do art. 90 ao 94 A;
BLOCOS:
8. Da Fiscalização das Entidades: Do art. 95 ao 97;
BLOCOS:
9. Das Medidas de Proteção: Do art. 98 ao 102;
BLOCOS:
10. Da Prática do ato infracional/Direitos/Garantias: Do art. 103 ao 110;
BLOCOS:
11. Das Medidas Socioeducativas: Do art. 112 ao 123;
BLOCOS:

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12. Direitos do Adolescente Privado da Liberdade: Do art. 124 ao 125;


BLOCOS:
13. Da Remissão: Do art. 126 ao 128;
BLOCOS:
14. Das Medidas Aplicáveis aos Pais ou Responsável: Do art. 129 ao 130;
BLOCOS:
15. Do Conselho Tutelar: Do art. 131 ao 140;
BLOCOS:
16. Do Acesso à Justiça: Do art. 141 ao 151;
BLOCOS:
17. Procedimentos: Do art. 152 ao 197 F;
BLOCOS:
18. Sistema Recursal: Do art. 198 ao 199 E;
BLOCOS:
19. Do Ministério Público/advogado: Do art. 200 ao 207;
BLOCOS:
20. Da Proteção Judicial/Direitos Difusos e Coletivos: Do art. 208 ao 224;
BLOCOS:
21. Dos crimes contra Criança/Adolescente: Do art. 225 ao 244-B;
BLOCOS:
22. Das Infrações Administrativas: Do art. 245 ao 258-C;
BLOCOS:
23. Lei Henry Borel
BLOCOS:
24. Sistema de Proteção à criança e ao adolescente vítimas de violência
BLOCOS:
– ARTIGOS ALTERADOS EM:
- 2022: 18 B; 70 A; 70 B; 136; 201 e 226, § 1º;
- 2023: 8º § 11,10 VII; 87 § ú, e 260;
- 2024: –
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PONTO – 01 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1. Competência legislativa em matéria de Direito da Criança e do Adolescente:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrente-
mente sobre:
XV – proteção à infância e à juventude;

Obs.: O artigo mencionado acima está presente na Constituição Federal, portanto, é um


assunto relacionado ao Direito Constitucional. Entretanto, a partir disso, a banca
pode propor uma questão de caráter multidisciplinar.

2. No art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente:

• Criança: 0 a 12 anos incompletos (11 anos, 11 meses e 29 dias);


• Adolescente: entre 12 e 18 anos (17 anos, 11 meses e 29 dias);

A diferença entre criança, adolescente e jovem tem um reflexo muito importante


sobre a lei, a qual estabelece tratamento jurídico diferenciado para cada um. A criança
que pratica um ato infracional, somente recebe medida protetiva; por outro lado, o ado-
lescente, além da medida protetiva, pode também receber medida socioeducativa.
10m

• Jovem: entre 18 e 21 anos.

O Estatuto da Criança e do Adolescente poderá ser aplicado excepcionalmente para o


jovem com mais de 18 anos de idade. Em uma situação hipotética, Jack, aos 17 anos e 10
meses – ou seja, ele é inimputável –, cometeu um ato infracional grave: homicídio, e fugiu.
A investigação está sendo realizada pela Polícia Civil e o jovem é encontrado, com mais de
19 anos de idade. Mesmo que ele tenha completado a maioridade penal, o ECA ainda pode
ser aplicado em seu caso.
15m

• Súmula 605 STJ: “A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração


de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclu-
sive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.”;
• Outra possível questão formulada pela banca: Se Jack completar 18 anos dentro
da internação, ele deve ser liberado? A resposta é não. O jovem, com 17 anos e 10
meses, praticou um ato infracional e foi apreendido em flagrante pela Polícia Militar.
Foi julgado na vara da infância e juventude, o Ministério Público ofereceu represen-

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tação, teve o devido processo legal e o juiz sentenciou e aplicou a medida de inter-
nação. Dessa forma, ele deverá cumprir a medida até os 21 anos de idade;

Obs.: a internação tem prazo máximo de três anos.

• Primeira Infância: até 6 anos.

Para ampliar o estudo, é importante saber:

• Criança (Convenção Internacional): menor de 18 anos;


• Adolescente (OMS): entre 10 e 19 anos e a juventude entre 15 e 24 anos;
• Jovem (Estatuto da Juventude): entre 15 e 29 anos de idade.

Obs.: Aos adolescentes com idade entre 15 e 18 anos aplica-se a Lei n. 8.069, de 13 de
julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, e, excepcionalmente, este
Estatuto, quando não conflitar com as normas de proteção integral do adolescente.

CONCLUSÃO:

• O ECA adotou o critério biológico/etário/cronológico. O que é importante neste


caso, é saber a idade do indivíduo na data do fato;
20m
• O ECA adotou a Teoria da Atividade, isto é, considera-se praticado o ato infracional
no momento da ação ou da omissão ainda que outro seja o momento do resultado.
• Súmulas importantes voltadas para o adolescente

A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato


Súmula 605/STJ infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso,
inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
Para efeitos penais o reconhecimento da menoridade do réu requer prova
Súmula 74/STJ
por documento hábil.
A aplicação de medida socioeducativa ao adolescente pela prática de ato
Súmula 108/STJ
infracional é da competência exclusiva do juiz.
Súmula 338/STJ A prescrição penal é aplicada nas medidas socioeducativas.

• Súmula 74/STJ: se faz necessário provar através de documento hábil a idade do réu
para que a justiça aplique a medida conforme a lei: as medidas protetivas, no caso
da criança e as medidas protetivas ou socioeducativas, no caso do adolescente;

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• Súmula 338/STJ: deve ser estudada juntamente da súmula 605/STJ; a medida


socioeducativa prescreve e aplica-se a prescrição do art. 109., do Código Penal.
Exemplo: a internação é a medida mais gravosa e tem como prazo máximo o tempo
de três anos. O STJ, com base no art. 109., declara que a internação prescreve em
quatro anos.
25m

1. (CESPE/PF) Julgue os próximos itens, a respeito da Lei n. 8.069/1990 e suas alterações.

 (  ) Situação hipotética: Francisco, com dezessete anos e dez meses de idade, praticou
ato infracional equiparado a furto. O promotor de justiça ofereceu representação
ao juiz, propondo a instauração de procedimento para a aplicação da medida
socioeducativa. Entretanto, com a demora na tramitação do procedimento,
Francisco completou dezenove anos de idade antes da sentença. Assertiva: Nessa
situação, o juiz ainda poderá aplicar medida socioeducativa a Francisco, mesmo
que este já tenha completado a maioridade penal.

• O Estatuto da Criança e do Adolescente adotou a Teoria da Atividade: considera-se


praticado o ato infracional no momento da ação ou da omissão;
• Súmula 605/STJ.

2. (MPDFT) c) A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato


infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, enquanto não
atingida a idade de 21 anos.

• Mesmo que o réu já tenha completado a maioridade penal, ainda é possível aplicar o
ECA até os 21 anos de idade, pois o ato infracional foi cometido antes dos 18 anos.
• Caso o réu complete 21 anos de idade dentro da internação, trata-se de liberação
compulsória.

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3. (TJ/MG) Julgue o item abaixo.


Criança, para os efeitos do ECA, é a pessoa que possui até 12 (doze) anos de idade completos.
Em situações excepcionais, expressas em lei, o Estatuto poderá ser aplicado às pessoas
entre 18 (dezoito) anos e 21 (vinte e um) anos de idade.
30m

• Segundo o ECA, o indivíduo é considerado criança de 0 a 12 anos incompletos (11


anos, 11 meses e 29 dias).

GABARITO
1. C
2. C
3. E

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Adriane De Sousa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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