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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Dos Direitos Fundamentais do Art. 7º ao 69


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DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO ART. 7º AO 69

• Profissionais da saúde primária = profissionais dos postos de saúde.


• A Lei de Execução Penal proíbe o uso de algemas durante o parto.
• Art. 318 do CPP – Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar
quando o agente for: IV – gestante; V – mulher com filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos. Não deve ser autorizada a prisão domiciliar se: 1) a mulher tiver
praticado crime mediante violência ou grave ameaça; 2) a mulher tiver praticado
crime contra seus descendentes (filhos e/ou netos).

Exemplo: a mãe de uma criança de 6 anos enfrenta acusações de tráfico de drogas e


é a única responsável por cuidar dessa criança.
Nesse cenário, o juiz pode considerar a substituição da prisão preventiva pela domi-
ciliar. Essa decisão se fundamenta no fato de que o crime não envolveu violência nem
grave ameaça, e não foi direcionado contra o próprio filho. A principal prioridade é asse-
gurar a proteção e o bem-estar da criança.

ALTERAÇÃO EM 2023:

Art. 1º Os arts. 8º e 10 da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e


do Adolescente), passam a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 8º § 11. A assistência psicológica à gestante, à parturiente e à puérpera deve ser
indicada após avaliação do profissional de saúde no pré-natal e no puerpério, com
encaminhamento de acordo com o prognóstico. (NR)

 Obs.: com o intuito de suavizar as questões após o parto, o estado puerperal, essas
práticas buscam minimizar os impactos desse período específico.

Art. 10. VII – desenvolver atividades de educação, de conscientização e de esclareci-


mentos a respeito da saúde mental da mulher no período da gravidez e do puerpério.

 Obs.: essas ações contribuem para prevenir o infanticídio, representando medidas


preventivas e de apoio que visam garantir a segurança e o cuidado adequado
durante os primeiros momentos após o nascimento.
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2. Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade do art. 15 ao 18-B.

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Mais de 70% dos crimes praticados contra crianças e adolescentes ocorrem dentro
do próprio lar. A Lei da Palmada, conhecida como Lei do Menino Bernardo, originou-se
após a trágica história de uma criança do Sul do Brasil vítima de violência por parte do pai
e da madrasta. Essa lei busca proibir o castigo físico e tratamento cruel e degradante.
Em 2022, entrou em vigor a Lei Henry Borel, inspirada na história de outra criança
vítima de violência doméstica que, lamentavelmente, resultou na morte da criança.
É crucial que o Estado adote uma abordagem diferenciada para crianças e adoles-
centes, considerando que estão em fase de desenvolvimento e muitas vezes são vítimas
de violência em seus próprios lares.
Do artigo 15 ao 18-B do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade, destaca-se a
proibição do uso de castigos físicos e tratamento cruel e degradante.

 Obs.: é fundamental compreender a distinção entre castigo físico e tratamento


cruel e degradante, especialmente em contextos de preparação para concursos.

1. O direito de ir e vir é cláusula pétrea, nos termos do art. 60, § 4º, IV, da CF/1988,
e não pode nem sequer ser suprimido ou indevidamente restringido mediante proposta
de emenda constitucional.
Toda criança e adolescente tem o direito de ir e vir e permanecer em local público,
salvo as restrições legais.
2. Inconstitucionalidade: TOQUE DE RECOLHER E DO ROLEZINHO.

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Alguns locais de acesso público, como shoppings, costumavam proibir a entrada de


crianças e adolescentes desacompanhados dos responsáveis. Este caso foi levado ao
Supremo, que julgou tal prática inconstitucional, uma vez que viola o direito à liberdade
das crianças e dos adolescentes.
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3. Do direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e
moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade,
da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

4. Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a
salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Princípio da Responsabilidade Tripartida (art. 4º do ECA).

Atualmente, é bastante frequente a prática de bullying por meio da Internet, conhe-


cido como cyberbullying. Esse fenômeno ocorre, por exemplo, nas redes sociais, e-mails,
programas, entre outros meios, onde são utilizados para incitar violência, modificar
fotos e dados pessoais com o objetivo de criar formas de constrangimento psicossocial
para a vítima.
5. PROVA: Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuida-
dos sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de
correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes
da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-
-los ou protegê-los.
Vamos diferenciar o castigo físico do tratamento cruel ou degradante, vejamos a dica:
• Castigo físico é F F (força física)

Por exemplo, o adolescente se recusa a ir para a escola, e diante dessa situação, o pai
utiliza a força física, resultando na quebra do braço do adolescente.
• Tratamento Cruel ou Degradante é R A H (ridiculariza/ameaça/humilha)
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Castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força
física sobre a criança ou o adolescente que resulte em:
a) sofrimento físico; ou
b) lesão;

Tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em rela-


ção à criança ou ao adolescente que:

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a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize.

 Obs.: todas as mudanças recentes na legislação serão amplamente cobradas


em exames. Em 2022, uma significativa alteração no Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) foi introduzida pela Lei Henry Borel, sendo que o primeiro artigo
impactado foi o artigo 18-B.

6. PROVA: esse artigo foi alterado em 2022 pela Lei Henry Borel – 14.344/2022 e deve
ser estudado junto com o artigo 129 ECA.

 Obs.: o artigo 129 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é aplicado


exclusivamente aos pais e responsáveis da criança e do adolescente. Já o artigo
18B destina-se também à família ampliada, também conhecida como família
extensa da criança e do adolescente. Esta compreende os parentes mais próximos,
com os quais a criança mantém maior afinidade e afetividade. Não se trata de
qualquer parente, mas daqueles com quem a criança tem convívio próximo e
relações emocionais mais significativas. Alguns doutrinadores também se referem
à família ampliada como família parental.

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agen-


tes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encar-
regada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou prote-
gê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas
de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de
acordo com a gravidade do caso:
I – encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;
II – encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico
20m III – encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
IV – obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;
V – advertência.
VI – garantia de tratamento de saúde especializado à vítima. (2022)

 Obs.: indivíduos que tenham praticado tratamento cruel ou degradante, assim


como castigo físico, são obrigados a proporcionar à vítima garantias de tratamento
de saúde especializado.

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Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho
Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais.

ART. 18 A TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE


RAH
Castigo físico F F (força física)
ART. 18-B ENC3= OBRIG 1 + A + G

Em síntese, o artigo 18-B introduziu medidas aplicáveis a qualquer indivíduo encar-


regado do cuidado, tratamento, educação ou proteção de crianças e adolescentes,
estendendo-se para além dos pais. Essas pessoas estarão sujeitas à fórmula ENC3 =
OBRIG1 + A + G.
Aqui, “ENC3” refere-se às três medidas que começam com encaminhamento.
“OBRIG1” indica a obrigação de encaminhar a criança para tratamento especializado. A
letra “A” refere-se à advertência, e “G” representa a garantia de tratamento de saúde
especializado à vítima, uma adição de 2022 pela Lei Henry Borel. Essa garantia desta-
ca-se como uma importante alteração, assegurando o acesso da vítima a cuidados de
saúde especializados.
3. Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer Do art. 53 ao 59
O artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) apresenta os direitos de
uma criança e de um adolescente no papel de aluno, enquanto o artigo 54 apresenta os
deveres do Estado em relação à criança e ao adolescente enquanto alunos.

 Obs.: art. 6º CF São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,


a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção
à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.

2. Esse artigo trouxe os direitos da criança e do adolescente enquanto alunos:


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Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desen-
volvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – direito de ser respeitado por seus educadores;
III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores
IV – direito de organização e participação em entidades estudantis;

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V – acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantin-


do-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma
etapa ou ciclo de ensino da educação básica. (2019) CRITÉRIO DO GEORREFE-
RENCIAMENTO
Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de
estabelecimentos congêneres assegurar medidas de conscientização, prevenção e
enfrentamento ao uso ou dependência de drogas ilícitas. (PREVENÇÂO).

Exemplo: PROERD, que é um curso ministrado pela Polícia Militar.


3. Enquanto o artigo 54 trouxe os deveres do Estado para com a criança e o adolescente:

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:


30m I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, pre-
ferencialmente na rede regular de ensino; (educação inclusiva)

 Obs.: o ECA ainda usa a terminologia “portador de deficiência”.

IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;


V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente
trabalhador;
VII – atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de
material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo

��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Adriane De Sousa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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