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LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL

Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB)


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LEI Nº 9.394/1996 (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA


EDUCAÇÃO NACIONAL - LDB) - CAPITULO VII
RECURSOS FINANCEIROS
Este bloco será dedicado ao entendimento dos recursos financeiros, no que tange à
origem do recurso, sua alíquota de investimento da União e dos Estados, como o dinheiro
deve ser investido, quais são os pormenores desse investimento, dentre outras questões
importantes.

TÍTULO VII – DOS RECURSOS FINANCEIROS

Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação os originários de:


I – receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
II – receita de transferências constitucionais e outras transferências;
III – receita do salário-educação e de outras contribuições sociais;
IV – receita de incentivos fiscais;
V – outros recursos previstos em lei.
Resumidamente, observe-se o esquema abaixo:

Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de 18% e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios 25% ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgâ-
nicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucio-
nais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.
Conforme a dinâmica anterior, observe o esquema que resume esse dispositivo.

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§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela união aos estados, ao


distrito federal e aos municípios, ou pelos estados aos respectivos municípios, não
será considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a
transferir.
5m
§ 2º Serão consideradas excluídas das receitas de impostos mencionadas neste artigo
as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária de impostos.
§ 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes aos mínimos estatuídos neste
artigo, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada, quando
for o caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais, com base no eventual
excesso de arrecadação.

Obs.: �lembre-se de que os correspondentes mínimos são 18% da União e 25% dos
estados, DF e municípios.

§ 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas,


que resultem no não atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios, serão apura-
das e corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro.

Acerca do repasse desse recurso arrecadado, observe o § 5º que define como ele
deve ser transferido.

§ 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da união, dos estados,
do distrito federal e dos municípios ocorrerá imediatamente ao órgão responsável pela
educação, observados os seguintes prazos:
I – recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês, até o vigésimo dia;
II – recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada mês, até o tri-
gésimo dia;
10m
III – recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o décimo
dia do mês subsequente.
§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a correção monetária e à responsa-
bilização civil e criminal das autoridades competentes.

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A seguir, tem-se um rol exemplificativo das situações em que se pode gastar o


dinheiro arrecadado.
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as
despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições edu-
cacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a:
I – remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais
da educação;
II – aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos
necessários ao ensino;
III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;
IV – levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao apri-
moramento da qualidade e à expansão do ensino;
V – realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas
de ensino;
VI – concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;
VII – amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto
nos incisos deste artigo;
VIII – aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de trans-
porte escolar.
IX – realização de atividades curriculares complementares voltadas ao aprendizado
dos alunos ou à formação continuada dos profissionais da educação, tais como exposi-
ções, feiras ou mostras de ciências da natureza ou humanas, matemática, língua por-
tuguesa ou língua estrangeira, literatura e cultura. (Incluído pela Lei n. 14.560, de 2023)

O Art. 71 associa as situações que não podem ser motivo de utilização desse
dinheiro. Observe:

Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino


aquelas realizadas com:
I – pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada
fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua
qualidade ou à sua expansão;
II – subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo
ou cultural;
III – formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou
civis, inclusive diplomáticos;
15m
IV – programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica,
farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;

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V – obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indireta-


mente a rede escolar;

Obs.: o inciso V é um dos mais abordados nas provas. Por exemplo, a construção de
uma rampa não é considerado um motivo para utilização do recurso educacional.

VI – pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio de


função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.
Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino serão
apuradas e publicadas nos balanços do Poder Público assim como nos relatórios a que se
refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal.
Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, prioritariamente, na prestação de
contas de recursos públicos o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição
Federal, no art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e na legislação
concernente.
Art. 74. A união, em colaboração com os estados, o distrito federal e os municípios,
estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental
baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade.
Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela união
ao final de cada ano, com validade para o ano subsequente considerando variações regio-
nais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.
Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da união e dos estados será exercida de
modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo
de qualidade de ensino.
§ 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fórmula de domínio público que
inclua a capacidade de atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo Estado,
do Distrito Federal ou do Município em favor da manutenção e do desenvolvimento
do ensino.
§ 2º A capacidade de atendimento de cada governo será definida pela razão entre os
recursos de uso constitucionalmente obrigatório na manutenção e desenvolvimento do
ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão mínimo de qualidade.
§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a união poderá fazer a trans-
ferência direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o número de
alunos que efetivamente frequentam a escola.
20m
§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser exercida em favor do distrito
federal, dos estados e dos municípios se estes oferecerem vagas, na área de ensino de
sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do art. 11 desta Lei, em
número inferior à sua capacidade de atendimento.

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Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ficará condicio-
nada ao efetivo cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e Municípios do disposto
nesta Lei, sem prejuízo de outras prescrições legais.
Art. 77. os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser diri-
gidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas que:
I – comprovem finalidade não lucrativa e não distribuam resultados, dividendos, boni-
ficações, participações ou parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma ou pretexto;
II – apliquem seus excedentes financeiros em educação;
III – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantró-
pica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades;
IV – prestem contas ao Poder Público dos recursos recebidos.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo
para a educação básica, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de
recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública de domicílio
do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão
da sua rede local.
§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio finan-
ceiro do Poder Público, inclusive mediante bolsas de estudo.

Em suma, lembre-se de que os recursos financeiros para a educação são oriundos da


arrecadação de impostos. Desse dinheiro, a União investe pelo menos 18%, e os estados,
DF e municípios, 25%. Não entra nesse cálculo as transferências de impostos devidos ou
a antecipação de receita de impostos.
Ademais, observe os prazos para que os valores sejam repassados, eles devem ser
utilizados exclusivamente na educação.
25m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Carlinhos Costa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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