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• NOVO FUNDEB

• LEI Nº 14.113/2020
• Prof. Lívia Julyana
Fundos de financiamento da Educação

Fundo Legislação Duração


FUNDEF EC 14/1996 Lei 1997 - 2006
9.424/1996
FUNDEB EC53/2006 Lei 2006 - 2020
11.494/2007
NOVO EC 108/2020 Lei Permanente
FUNDEB 14.113/2020
• Art. 212. A União aplicará, anualmente,
nunca menos de dezoito, e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios vinte e
Mínimo cinco por cento, no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida a
Constitucional proveniente de transferências, na manutenção
e desenvolvimento do ensino.
• Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
Trazendo para o
âmbito municipal, na • V - Oferecer a educação infantil em creches
Lei de Diretrizes e e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino
Base da Educação fundamental, permitida a atuação em outros
(LDB), inciso V níveis de ensino somente quando estiverem
do caput do art. 11 atendidas plenamente as necessidades de
da Lei nº 9.394, de sua área de competência e com recursos
20 de dezembro de acima dos percentuais mínimos vinculados
1996, que pela Constituição Federal à manutenção e
estabelece: desenvolvimento do ensino.
O embasamento Legal foi acrescido o Art.
212-A que estabelece:
• Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e
Emenda os Municípios destinarão parte dos recursos
a que se refere o caput do art. 212 desta
Constitucional Constituição à manutenção e ao
nº 108 desenvolvimento do ensino na educação
básica e à remuneração condigna de seus
profissionais.
COMPLEMENTAÇÃO DA UNIÃO

• A União complementará os recursos dos fundos a que se refere o Art. 3º da lei 14.113/2020, §3º da citada lei,
a União poderá utilizar no máximo 30% do valor de complementação do FUNDEB para aplicação mínima na
manutenção e desenvolvimento do ensino.
ANO %

2021 12

2022 15

2023 17

2024 19

2025 21

2026 23
A complementação da União até o ano de 2026, seguirá as regras assim estabelecidas:

Complementação da União Metodologia de cálculo Ente federativo

VAAF 10% Se VAAF < definido Estados e Distrito Federal


nacionalmente

VAAT 10,5% (mínimo) Se VAAT < definido Estados, Distrito Federal e


nacionalmente Municípios

VAAR 2,5% Cumprimento de condicionalidades de desempenho de gestão e alcance


da evolução dos indicadores.
Complementação da União
• 10 pontos percentuais seguirão as regras atuais de distribuição, ou seja, serão direcionados para os
estados mais pobres que recebem o complemento da União para atingirem o padrão mínimo;

• 10,5 pontos percentuais serão distribuídos para redes públicas de ensino municipal, estadual ou
distrital que não atingirem o valor anual total por aluno (VAAT), parâmetro de distribuição criado
com base na capacidade de financiamento das redes de ensino;

• 2,5 pontos percentuais complementarão com base no valor anual por aluno (VAAR), que serão
distribuídos de acordo com o cumprimento de condicionalidades e evolução dos indicadores - a
serem definidos - de atendimento e melhoria da aprendizagem com redução das desigualdades.
Quanto aos indicadores de melhoria
Complementação da (2,5 pontos percentuais), serão
avaliados segundos os critérios:
• Provimento do cargo de gestor;
• Participação de no mínimo 80% dos
estudantes nas avaliações de larga escala;
• Redução das desigualdades socioeconômicas
e raciais na educação, medidas;
União

• Referenciais curriculares alinhados à Base


Nacional Comum (BNCC); e
• Garantia do Regime de colaboração.
Complementação da União
Complementação da União
Complementação da União
Complementação da União
Complementação da União
Complementação da União
Utilização do
Utilização do
recurso do
VAAT
FUNDEB

70% Remuneração
condigna dos 50% em Educação
profissionais da Infantil
educação

30% Manutenção e
15% em bens de
desenvolvimento
capital
do Ensino
I - remuneração e
demais profissionais da
aperfeiçoamento do pessoal
educação;
docente e

Art. 70.
Considerar-se-ão
como de II - aquisição, manutenção, instalações e equipamentos
construção e conservação de necessários ao ensino;
manutenção e
desenvolvimento
do ensino
IV - levantamentos
estatísticos, estudos e
III – uso e manutenção de
pesquisas visando
bens e serviços vinculados ao
precipuamente ao
ensino;
aprimoramento da qualidade
e à expansão do ensino;
V - realização de atividades-meio necessárias ao
funcionamento dos sistemas de ensino;

VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de


Manutenção e escolas públicas e privadas;

Desenvolvimen
VII - amortização e custeio de operações de
to do Ensino crédito destinadas a atender ao disposto nos
incisos deste artigo;

VIII - aquisição de material didático-escolar e


manutenção de programas de transporte escolar.
• O cômputo das matrículas, a lei admite que
para ser contabilizados os seus alunos,
quanto as instituições comunitárias,
confessionais ou filantrópicas sem fins
Matrículas e lucrativos e conveniadas com o poder
ponderações público, a instituição deverá atender aos
seguintes requisitos, conforme art. 7º § 4º,
que merece ser lido com atenção:
• § 4º As instituições a que se refere o inciso I
do § 3º deste artigo deverão obrigatória e
cumulativamente:

• I - Oferecer igualdade de condições para o


acesso e a permanência na escola e o
Matrículas e atendimento educacional gratuito a todos os
seus alunos;
ponderações
• II - Comprovar finalidade não lucrativa e
aplicar seus excedentes financeiros em
educação na etapa ou na modalidade
previstas no § 3º deste artigo;
• III - Assegurar a destinação de seu patrimônio a
outra escola comunitária, filantrópica ou
confessional com atuação na etapa ou na
modalidade previstas no § 3º deste artigo ou ao
poder público no caso do encerramento de suas
atividades;
Matrículas e • IV - Atender a padrões mínimos de qualidade
ponderações definidos pelo órgão normativo do sistema de
ensino, inclusive, obrigatoriamente, ter
aprovados seus projetos pedagógicos;

• V - Ter Certificação de Entidade Beneficente de


Assistência Social, na forma de regulamento.
• É importante destacar essa passagem na lei,
uma vez que as instituições têm convênio
com o município e têm direito a serem
contabilizadas quanto às suas matrículas,
para efeito da distribuição dos recursos, que
Matrículas e deverão ser destinados nos moldes do art. 70
ponderações da lei nº 9394/96, desde que possuam vínculo
com o poder público e que ofertem:
a) Na educação infantil oferecida em creches
para crianças de até 3 (três) anos;
a) Na Educação do campo oferecida em
instituições reconhecidas como centros
familiares de formação por alternância,
observado o disposto em regulamento;
Matrículas e b) Nas pré-escolas, até a universalização desta
etapa de ensino, que atendam às crianças de
ponderações 4 (quatro) e 5 (cinco) anos; e
c) Educação especial pelas instituições com
atuação exclusiva nessa modalidade.
• Quanto às ponderações serão consideradas
Matrículas e etapas, modalidades, duração da jornada,
ponderações tipos de estabelecimentos e número de
alunos matriculados.
Ensino infantil e fundamental
Fator de Fator de
Etapa Etapa
ponderação ponderação

Creche integral pública 1,30 Creche integral conveniada 1,10

Creche parcial pública 1,20 Creche parcial conveniada 0,80

Pré-escola integral 1,30 Pré-escola parcial parcial 1,10

Ensino fundamental urbano (anos 1,00 Ensino Fundamental campo (anos 1,15
iniciais) inicias)

Ensino fundamental urbano(anos 1,30 Ensino Fundamental campo (anos 1,20


finais) finais)
Educação profissional integral 1,30 Ensino médio urbano 1,25

Ensino médio campo 1,30 Ensino médio integral 1,30

Ensino médio articulado à Educação 1,30 Educação especial 1,20


profissional
educação de jovens e adultos integrada à 1,20 Educação de Jovens e 0,80
educação profissional de nível médio Adultos

Educação indígena e quilombola 1,20 Formação Técnica e 1,30


Profissional
Referências
• BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996.Estabelece as diretrizes e bases da Educação nacional.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, 21 dez. 1996. Disponível em:
http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/9394.htm>.

• BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil. Congresso Nacional, Brasília, DF, 12 nov. 2009. Seção 1, p. 8.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc59.htm. Acesso em:
set. 2016.



Referências
• DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da Teoria Geral do Estado. 24. Ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

• BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de Junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação - PNE. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil. Brasília, 25 jun. 2014. Disponível em: . Acesso em: 28 out. 2016.

• SILVA, José Antônio. Curso de direito constitucional positivo. 22.ed. São Paulo: Malheiros, 2004.

• CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria, Contabilidade e Controle Interno no Setor Público. 6.ed. São
Paulo: Atlas, 2015.

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