CONSELHO GESTOR DO

FUNDO MUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO GESTOR DO

FUNDO MUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS - FMRS

O CONSELHO GESTOR DO FUNDO MUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS, instituído pela

Lei Municipal nº 7.479 de 08 de junho de 2016, por deliberação de seus membros
formula o seu regimento interno consoante as seguintes disposições:

CAPÍTULO I
DA NATUREZA

Artigo 1° - O presente regimento define, explicita e regulamenta as atividades,

atribuições, normas, padrões e funcionamento do Conselho Gestor do Fundo
Municipal de Resíduos Sólidos – CGFMRS.

Artigo 2° - O CGFMRS é órgão permanente, consultivo, deliberativo, opinativo e de

assessoramento à Política Municipal de Gestão dos Resíduos Sólidos.

Artigo 3º - O FMRS ficará vinculado orçamentariamente à Secretaria de Serviços

Públicos.
CAPÍTULO II
DAS FINALIDADES

Artigo. 4º Cabe ao Conselho Gestor zelar pela aplicação dos recursos do FMRS, de
acordo com a sua finalidade legal, competindo-lhe:

I - fazer cumprir as diretrizes prioritárias ou emergenciais determinadas pelo Conselho

Municipal de Resíduos Sólidos - CMRS;
II - avaliar e aprovar os projetos apresentados;
III - supervisionar os projetos em execução, bem como aprovar os relatórios de
acompanhamento;
IV - decidir sobre as matérias relacionadas à política financeira operacional, bem como
sobre as demais questões submetidas ao Conselho;
V - aprovar o relatório anual do FMRS.

Artigo 5º - O controle interno e o acompanhamento físico-financeiro dos estudos,

projetos, obras e serviços beneficiados com os recursos do Fundo Municipal de
Resíduos Sólidos – FMRS, serão exercidos pelo Conselho Gestor.
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Artigo 6° - Compete ao CGFMRS, dentre outras, as seguintes atribuições:

I – propor diretrizes e critérios para priorização de linhas de ação e alocação de
recursos do FMRS;
II – propor planos de ações dos recursos do FMRS;
III – opinar sobre as contas do FMRS;
IV – dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas regulamentares aplicáveis ao
FMRS, nas matérias de sua competência; e
V – aprovar seu regimento.
VI – prestação de contas e aplicação dos recursos oriundos do FMRS;
VII – aprovar as contas anuais do FMRS;

CAPÍTULO III
DA COMPOSIÇÃO

Art. 7º - O CGFMRS terá caráter opinativo, consultivo e deliberativo, e será presidido

pelo Secretário de Serviços Públicos e terá a seguinte composição:
I – 1 (um) representante da Secretaria de Serviços Públicos;
II – 1 (um) representante da Secretaria da Fazenda;
III – 1 (um) representante do Conselho Municipal de Resíduos Sólidos.
§ 1º O presidente do CGFMRS designará um Secretário Executivo, que participará das
reuniões, sem direito a voto, contando com o suporte técnico-administrativo,
utilizando-se de recursos da estrutura da Secretaria de Serviços Públicos.
§ 2º As decisões do CGFMRS serão tomadas por maioria simples, com a presença de,
no mínimo, dois de seus membros, cabendo ao presidente o voto de desempate.
§ 3º Cada membro do CGFMRS terá um suplente que o substituirá nas ausências e
impedimentos.
§ 4º Os serviços prestados pelos integrantes do CGFMRS e pelo Secretário Executivo
serão considerados de relevante interesse para o Município, não sendo remunerados a
qualquer título.

Artigo 8° - O Secretário de Serviços Públicos, na qualidade de Presidente do CGFMRS é

a autoridade competente para autorizar despesa, efetuar pagamento, movimentar
contas e transferências financeiras e reconhecer dívidas, à conta dos recursos do
FMRS.
Parágrafo único -A competência de que trata o caput deste artigo poderá ser
delegada, excepcionalmente, a outro membro, por decisão do Presidente do CGFMRS.
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DAS ATAS

Art. 9º - A cada reunião do Conselho Gestor será lavrada a ata, que, após aprovação,
assinatura e publicação, será arquivada e disponibilizada aos membros do Conselho
por meio eletrônico.

Art. 10 - A minuta da Ata deverá ser envida aos membros do Conselho Gestor, pela
Presidência, por meio eletrônico, em até 10 (dez) dias úteis.

Artº. 11 - Os Conselheiros deverão, em até 10 (dez) dias úteis contados do

recebimento da minuta de que trata o artigo anterior, manifestar-se oficialmente ao
Conselho Gestor quanto à aprovação da Ata, visando aos procedimentos necessários
para sua finalização e publicação.

Art. 12 - Os prazos para envio e aprovação da Ata, constantes, respectivamente, dos

artigos 9º e 10, poderão ser reduzidos quando se tratar de matéria urgente, devendo
ser fixado pelos membros presentes na reunião.

Art. 13 – As decisões e encaminhamentos do Conselho Gestor serão consignadas em

ata, devidamente validadas por seus participantes, sendo publicadas no Diário Oficial
do Município.

CAPÍTULO IV
DAS ATRIBUIÇÕES

Artigo 14 - Os membros do CGFMRS e os respectivos suplentes exercerão mandato de

02 (dois) anos, permitida a recondução, mediante nova indicação.

Artigo 15 - Compete ao Presidente:

I – Convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias do CGFMRS;
II – Submeter à apreciação e discussão os assuntos da pauta, com os demais
conselheiros;
III – Encaminhar para execução as decisões do CGFMRS;
IV – Representar o CGFMRS, toda vez que o cargo o exigir;
V – Fixar em conjunto com os conselheiros, calendários de reuniões ordinárias e
extraordinárias.

Artigo 16 - Compete aos membros do CGFMRS:

I – Comparecer às reuniões, assinando a lista de presença, justificando as faltas
quando ocorrerem;
II – Discutir e votar assuntos debatidos na reunião;
III – Requerer inclusão na pauta da reunião, dos assuntos que deseja discutir;
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IV - Participar de eventos públicos representando o CGFMRS, emitindo opiniões ou

conceitos em nome deste, somente quando expressamente autorizado;
V - Cumprir este Regimento Interno.

Artigo 17 - Compete ao Secretário Executivo:

I – Responsabilizar-se pelo expediente;
II – Atender aos pedidos do CGFMRS, sobretudo colaborando com a execução das
eleições, conferências e eventos;
III – Colaborar com as equipes técnicas e os grupos de trabalho;
IV - Executar as atividades inerentes ao CGFMRS, que lhe sejam atribuídas pelo
Presidente;
V– Elaborar a pauta da reunião de acordo com o Presidente, enviando-as com
antecedência aos conselheiros;
VI - Participar de todas as reuniões do CGFMRS, lavrar e subscrever, juntamente com
os demais membros as atas das reuniões;
VII – Organizar, escriturar e manter sob guarda no arquivo os livros do CGFMRS;
VIII – Assessorar sempre que for necessário o Presidente do CGFMRS;
IX - Representar o CGFMRS, nas ausências do Presidente.

Artigo 18 - Perderá o mandato o conselheiro que se ausentar injustificadamente a 03

(três) sessões consecutivas ou a 05 (cinco) alternadas, no mesmo mandato, devendo
neste caso, ser notificado o interessado, assegurando-lhe o pleno direito de defesa, no
prazo de 05 (cinco) dias do recebimento da notificação.
§ 1º - Os conselheiros poderão apresentar justificativa das faltas, por escrito, à
apreciação do CGFMRS, comunicando de imediato à Presidência.
§ 2º - Perderá o mandato, o conselheiro que se desligar do serviço público municipal
local, ou ainda, deixe de representar entidade do município.
§ 3º - A perda do mandato também poderá decorrer de condenação por sentença
irrecorrível, por crime ou contravenção penal.
§ 4º - Em todos os casos, a perda do mandato será declarada em reunião do CGFMRS.

Artigo 19 - Para todos os casos de perda de mandato, o Presidente deverá convocar o

respectivo suplente.
Parágrafo Único - Na impossibilidade desse suplente assumir, o presidente
encaminhará expediente para indicação de novo membro.

Artigo 20 - O CGFMRS poderá convidar qualquer outra entidade, segmentos da

sociedade ou profissionais ligados direta ou indiretamente aos interesses do colegiado,
que atuarão no CGFMRS, em caráter consultivo, sem direito a voto nas deliberações
finais.

Artigo 21 - Quando estiverem presentes na reunião titular e suplente, somente serão

válidos os votos do titular, e na ausência do titular prevalecem os votos do suplente.
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CAPÍTULO V
DO FUNCIONAMENTO

Artigo 22 - O CGFMRS se reunirá ordinariamente, bimestralmente ou

extraordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente.

Artigo 23 - Cada reunião contará com uma pauta previamente estabelecida e

distribuída na convocação da reunião com antecedência mínima de uma semana,
e ocorrerá desde que haja quórum mínimo.

CAPÍTULO VI
DO PROCESSO DE ESCOLHA DOS CONSELHEIROS

Artigo 24 - - O processo de escolha dos novos membros do CGFMRS será aberto pelo
seu Presidente, em até 60 (sessenta) dias antes do término do mandato, por meio de
publicação de portaria conforme disposição no artigo 7º deste Regimento Interno.

Artigo 25 - No prazo máximo de 10 (dez) dias contados da publicação da portaria

deverá ser encaminhada, pelos órgãos indicados no artigo 7º deste Regimento, a
indicação de seus representantes para assumirem a vaga de conselheiro do CGFMRS.

Artigo 26 - Para que não haja descontinuidade nos trabalhos do CGFMRS,

permanecerão nos seus cargos, os antigos conselheiros e Presidente, até a posse dos
novos conselheiros indicados.

CAPÍTULO VII
DA APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS

Artigo 27 – A seleção dos projetos obedecerá aos seguintes critérios, sem prejuízo de
outros que poderão, a qualquer tempo, ser estabelecidos pelo Conselho Municipal de
Resíduos Sólidos - CMRS:

I – a relevância do projeto;
II – a criatividade e a confiabilidade das técnicas e métodos propostos;
III - a comprovação da capacidade gerencial e técnica do proponente;
IV – a importância demonstrada no projeto para as questões de resíduos sólidos;
V - a análise do custo benefício;
VI – a disponibilidade de recursos;
VII – os resultados sociais do projeto e sua articulação comunitária;
VIII – prazo de conclusão não muito extenso e longa duração de resultados;
IX – viabilidade de auto - sustentação econômica e operacional do projeto após sua
implantação.
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Parágrafo único: Os projetos aprovados pelo Conselho Municipal de Resíduos Sólidos –

CMRS, serão submetidos à deliberação do Conselho Gestor do Fundo Municipal de
Resíduos Sólidos.

Artigo 28 - Os projetos apresentados por organizações da sociedade civil terão sua

análise, pelo Conselho Municipal de Resíduos Sólidos – CMRS, condicionada à:
I – comprovação da existência formal e pleno funcionamento da organização há pelo
menos 1(um) ano;
II – comprovação da experiência institucional em gerenciamento de projetos sobre
resíduos sólidos;
III – comprovação da experiência e capacitação profissional dos responsáveis pelo
projeto;
IV – comprovação de regularidade fiscal perante o Município, e, no pertinente, perante
o Estado e União.

Artigo 29 - Cada projeto deverá ser acompanhado do cronograma físico-financeiro

com previsão de resultados intermediários e finais.

Artigo 30 - A liberação dos recursos obedecerá ao cronograma físico-financeiro,

ficando condicionada à aprovação da prestação de contas da etapa anterior.
Parágrafo único. Eventual atraso no cumprimento do cronograma físico-financeiro, a
que se refere este artigo, deverá ser justificado com a indicação das medidas cabíveis
para a recuperação do cronograma original.

Artigo 31 - Os projetos a serem financiados serão distribuídos aos membros do

Conselho Gestor, os quais apresentarão seus relatórios para votação na reunião
subseqüente, salvo se deferido outro prazo.

Artigo 32 - O Conselho Gestor poderá propor ao Secretário Municipal de Serviços

Públicos a criação de Grupos de Trabalho, com prazo determinado, para apreciação de
projetos específicos.
Parágrafo único: Os grupos serão constituídos por membros do Conselho Municipal de
Resíduos Sólidos – CMRS, por técnicos da Secretaria de Serviços Públicos e de outros
órgãos municipais, podendo ser assessorado por especialistas.

Artigo 33 – Para os projetos aprovados receberem os recursos do Fundo Municipal de

Resíduos Sólidos, serão formalizados convênios, termos de colaboração ou acordos de
cooperação, celebrados entre as entidades beneficiárias e o Conselho Gestor.
Parágrafo único: Serão publicados no Diário Oficial do Município, os projetos
aprovados no Conselho Gestor.
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CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 34 - O saldo financeiro verificado em um exercício será transferido para o

exercício seguinte, a crédito do mesmo Fundo.

Artigo 35 - Os casos omissos neste regimento serão resolvidos em reunião ordinária ou

extraordinária pela maioria absoluta dos conselheiros do Conselho Municipal de
Resíduos Sólidos.

Artigo 36 – O Regimento Interno poderá ser alterado por deliberação pelos titulares
do Conselho Municipal de Resíduos Sólidos - CMRS, através de maioria simples
presentes à Assembléia, especialmente convocada para este fim.