Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
— Ah, mas você vai se ver comigo! — Tentei sair do colo da minha
mãe para bater nele, mas ela me segurou.
— Chata!
— Sim. Essa uma semana é para que vocês, como família, entrem em
um consenso para que um deles deixe essa escola. Caso contrário, ambos
serão expulsos.
Após cuidar dos animais que estavam internados, voltei para o meu
consultório para atender aqueles que vieram para uma consulta.
— Pode entrar.
— A tia vai ver o que está acontecendo com a Miau, tudo bem? —
falei para a Rose, que balançou a cabeça, concordando.
— Faz muito tempo que ela está assim? — Voltei a encarar o meu
irmão enquanto continuava o exame clínico da gata.
— Obrigado, Rachel.
— Bem. Parece que ele nasceu ontem, mas já está correndo para todo
lado.
— Gosto de morar com eles. Fico feliz com a companhia. Não sei se
quero me mudar para o centro de Londres e morar sozinha em um
apartamento. Adoro abrir a minha janela pela manhã e ver o jardim da Green
House. O ar fresco me faz bem.
— Ótimas.
— Isso é muito bom.
— Será na escola?
Linguei o carro e dirigi de volta para casa. Não iria perder meu tempo
pensando em um evento que, provavelmente, não iria.
Dois
— Michael Smith?
— Igualmente, Dean.
A Aliance Cars fora fundada pelo meu bisavô e possuía filiais por
todo o mundo, com carros de aluguel em todas as faixas de preço e poderes
aquisitivos. Porém, eu esperava dar um cuidado especial à clientes que
viajavam à negócios e que procuravam por modelos mais sofisticados de
carros como Ferrari, Porsche e Lamborghini. Esse perfil de cliente em geral
causava menos transtorno e dava mais lucro à locadora.
— Tem certeza de que você quer esperar? — Ela desceu do meu colo
e se ajoelhou entre as minhas pernas.
— Já que você está aqui... — Subi a mão pela nuca dela e enrolei seu
cabelo preto na minha mão.
— Sei que você gosta das minhas visitas. — Ela passou a mão pela
minha calça e abriu meu zíper, extraindo o meu pau da cueca, que ficou duro
com a provocação.
Segurei o seu cabelo com mais força e aumentei a velocidade dos seus
movimentos, para que ela engolisse todo o meu membro. Poderia parecer
inadequado, mas não havia nada melhor do que um boquete em meio à
jornada de trabalho. Eu a fazia se mover em mim, subindo e descendo os
lábios, enquanto a minha glande tocava a sua garganta. Retorcia-me de
prazer, sendo sorvido, chupado e acariciado com a sua língua.
Com a mão firme em seu cabelo, não deixei que ela se afastasse até
que eu gozasse. Todos os meus músculos se endureceram e eu me derramei
na sua boca. Ofegando, soltei o cabelo dela, deixando que caísse como um
véu sobre o seu rosto.
— Eu volto depois...
— Você promete?
Ela se apressou para deixar as pastas sobre a mesa e correu para perto
da porta novamente.
— Bom, senhor...
— Fala, mulher!
— Agilize as coisas pela manhã e pode ir ficar com a sua irmã, mas
me avise quando for sair.
Minha mãe dizia que eu era um homem que não sabia lidar com as
pessoas, mas eu me esforçava para que, ao menos às vezes, eu fosse alguém
minimamente gentil.
Puxei um dos envelopes, mas antes que eu pudesse lê-lo, meu celular
vibrou dentro da gaveta. Franzi o cenho ao pegá-lo e não reconhecer o
número no visor. O meu número pessoal não era algo que eu informava a
muitas pessoas, então, estranhava muito quando um desconhecido me ligava.
— Quem é?
— Ex-alunos de quê?
— Okay! — Eu certamente não iria, porém, não disse nada para que
ela não ficasse insistindo até que conseguisse me fazer mudar de ideia.
Meu grito não recebeu resposta, então segui em silêncio até a sala,
encontrando os meus pais sentados, assistindo televisão. Um estava com a
cabeça apoiada no outro e, pelos olhos fechados, deduzi que estavam
dormindo. Decidi não os acordar. Meus pais não tinham mais o mesmo pique
de antes e mereciam o descanso.
— Eu quis deixar tudo pronto para amanhã. Seu pai vai receber
alguns amigos, e me pediu para organizar uma recepção especial.
— Sim, com eles está tudo bem, quem não está tão bem é a gatinha da
Rose. Ela contraiu uma infecção respiratória, mas vai ficar bem. Receitei
alguns remédios para o Will dar a ela.
— Mas não é nada contagioso? A menina fica com o bicho para cima
e para baixo o dia todo. Até dorme com a gata. Fico com medo de ela pegar
alguma coisa.
— Até amanhã.
Fui para a cama e me joguei nela. Faísca veio para perto de mim e
começou a apalpar a minha barriga com as suas patinhas.
— Precisando de um banho.
— Para que tudo isso? Você nem vai me cheirar hoje – brinquei
rindo.
— Engraçadinha. É isso que você fala para os caras com quem transa?
— Como uma boa inglesa, não sou muito fã de sol. Prefiro tempo
nublado.
— Ladainha. Não vem com essa que não cola. Uma semana na praia,
Rachel. É tudo o que nós precisamos.
— No fim do mês.
— Mas já!?
— Você me ama e não sabe o que faria da sua vida sem mim.
— Bem isso!
— Já estou pensando nos carinhas e nos biquínis. Quem sabe rola até
uma festinha em um iate.
— Por quê?
— Sim, estou.
— Estou torcendo para que dê um jeito. Boa festa para você, amiga.
Depois me diz como foi.
— Obrigada, Jenna.
Estava ansiosa pela festa, mas não tinha ideia do quanto ela poderia
ser desastrosa.
Quatro
Puxei uma toalha limpa e saí me secando até chegar no quarto. Tomei
um susto ao ver a Júlia, a mãe que eu havia conhecido, sentada na minha
cama.
— Você chegou tarde e não foi ver a mim ou ao seu pai. Fiquei
preocupada.
— Você sabe que não tenho mais dois anos. — Olhei-a de esgueira.
Minha irritação desapareceu quando percebi a cautela em seu olhar.
Saí do closet usando uma cueca boxer preta e dei um beijo na testa
dela.
— Exato, aquela garota. Assim fica difícil. Você vivia dizendo que eu
deveria parar com uma mulher só ao invés de ficar trazendo uma garota
diferente para minha cama todas as noites. Quando decido ficar noivo, você
faz essa cara toda vez que ouve o nome dela. Eu nunca vou entendê-la, mãe.
— Mãe!
— Depois não diz que eu não avisei. — Ela desviou o olhar e me fez
cerrar os dentes. Odiava quando ela fazia aquilo comigo, pois, na maioria das
vezes, ela acabava tendo a oportunidade de dizer para mim que havia avisado.
Esperava que com relação a Zoe isso não acontecesse.
Apesar da cara feia que ela me lançava toda vez que eu falava sobre a
minha noiva, eu a amava. Júlia não era a minha mãe biológica, mas estava
comigo desde que eu tinha dois anos, quando a minha verdadeira mãe
morrera de câncer de câncer e meu pai a havia contratado para ser minha
babá. Ela era imigrante e, na época, estava na Inglaterra em um programa de
intercâmbio e precisava do dinheiro para se manter. Júlia e meu pai se
conheceram por minha causa, mas acabaram se apaixonando e, antes que ela
voltasse para o Brasil, seu país de origem, ele a pediu em casamento. Mais de
vinte anos depois, eles continuavam juntos e eram a minha prova de que o
amor durava.
— Ótimo!
— Vê se liga para o seu irmão e pede a ele para vir para cá mais vezes
nos finais de semana. Desde que foi para Cambridge, ele desapareceu. Tem
muito tempo para os amigos e pouco para os pais. Quando eu ligo, sou a
chata.
— Desculpa.
— Tudo bem. Ela realmente queria me convidar para uma festa, mas
nem sei se vou. Esqueci de conversar com a Zoe a respeito. Talvez ela queira
ir.
Me segurei para não rir. Minha mãe se continha, mas não conseguia
evitar que as ofensas à Zoe escapassem. Torcia para que as duas se dessem
bem logo. Não era nada fácil ter a minha mãe e a minha futura esposa em pé
de guerra.
Jenna chiou, olhando feio para Lilly, que se encolheu, confusa, diante
do ar ameaçador da minha melhor amiga.
— É, estou linda, mesmo. — Olhei mais uma vez para o meu reflexo
no espelho e sorri.
— Está indo para algum casamento? — Meu pai apareceu atrás dos
netos e também me analisou com o olhar.
— Obrigada.
William, meu irmão, fora um playboy arrogante por muito tempo, mas
existiam caras piores do que ele.
Queria jogar uma bebida na cara dele, como havia feito em uma festa
do ensino médio, apenas para apagar aquele sorriso debochado.
— Essa é a miss chatice, mas não se importe com ela. Ladra muito,
mas se você ignorar, ela vai embora com o rabinho entre as pernas.
Seu... Cerrei os dentes diante da forma ofensiva com que ele tinha se
referido a mim perante a noiva. Precisei me conter para não voar no pescoço
dele e iniciarmos as brigas que tínhamos quando éramos mais jovens.
— Já somos adultos.
— Acho que aquele ali não vai crescer nunca. — Fiz bico.
— Tentem não se matar, por favor. Essa é uma festa para celebrar o
nosso reencontro e não um programa de televisão de baixaria.
— Não acha?
— Parece monótono.
— E os hotéis Allen?
— Está casado.
— Ah, ele está, sim. — Sorri ao tomar mais uns goles da minha
bebida.
— Ela quem?
Tinha se passado sete anos desde que eu vira o Michael pela última
vez. À primeira vista, não havia o achado tão diferente. O mesmo nariz
empinado e o ar esnobe de quem acreditava que tinha o mundo aos seus pés.
Os olhos azuis e o cabelo preto levemente bagunçado, que dava a ele um ar
despojado, também continuavam da mesma forma, porém, seu corpo tinha
mudado. Talvez estivesse alguns centímetros mais alto, sua musculatura
havia se modificado, e ele estava mais forte. Era bonito, mas eu não dava a
mínima para isso. Não seria o primeiro nem o último inglês a arrancar
suspiros.
Maldito!
Michael cambaleou e tombou para trás, mas, antes que ele caísse, seu
braço envolveu a minha cintura e ele me puxou com ele. Só percebi que
estava na água quando nossos corpos se chocaram contra a superfície. Nós
imergimos enquanto o seu braço ainda me envolvia. Desconhecia o motivo
para a situação ter evoluído tão rápido ao ponto de mergulharmos na piscina
juntos com roupa e tudo.
— Aquela mulher que caiu na piscina com você. Quem é ela? Por
acaso é uma ex?
— Ah!
— Vamos embora!
— Claro, Michael.
— Por que está fazendo essa pergunta? Já disse que não, nem se
estivesse muito chapado.
— Tem?
— Você e ela...
— Não tem nada a ver, Zoe. Chega disso, foi só uma festa. Não vou
ver ela de novo. Existem coisas mais importantes para se importar. — Soltei
uma mão do volante e peguei a dela, puxando na direção da minha calça e
colocando em cima do meu pau.
— De terno e tudo?
— Sua noiva foi com você? — Percebi que havia uma certa
dificuldade para minha mãe pronunciar aquela palavra. Achava que nunca
iria entender a cisma que ela tinha com a Zoe.
— Ah. Que bom que não sou a única que acha que a menina Allen
seria uma esposa muito melhor para você.
Como eu não falei nada, ela foi até a porta para sair do meu quarto.
Porém, antes de desaparecer no corredor, ela se virou e segurou no batente da
porta para me encarar.
— Seu irmão me ligou. Obrigada por ter falado com ele por mim.
Sinto falta quando vocês estão longe.
— Não falei nada com ele, mãe. O Matthew deve ter sentido
saudades.
— Então, toma um banho e desce para jantar comigo e com o seu pai.
— Okay!
Minha mãe fechou a porta e eu entrei para o chuveiro. O banho
quente me livraria do cheiro de piscina e da camada de cloro que envolvia o
meu corpo.
Eu tive muitas coisas na vida, inclusive muito carinho dos meus pais.
Bernard Smith era um homem reservado antes de conhecer a Júlia, mas até o
coração frio do inglês havia se derretido diante do sol da brasileira. Alguns
diziam que eu havia recebido demais, por isso era tão mimado, porém não me
importava com o que pensavam a respeito de mim.
Ela fez com que a conversa fosse revertida para trivialidades, e logo
estavam me perguntando sobre a festa e sobre quando Zoe e eu iniciaríamos
os preparativos para o casamento. Não havia dito isso para ninguém, mas
algo dentro de mim me dizia para ir com mais calma.
Quando voltei para o meu quarto após o jantar, vi que Joseph havia
me mandado várias mensagens sobre um workshop e umas fotos de mulheres
nuas. Apaguei todas o mais rápido que consegui, só pensando na reação da
minha noiva ao vê-las. Eu não precisava de outra mulher me enlouquecendo.
Esse posto já era ocupado desde criança pela Rachel Allen. Ri ao me lembrar
da mulher molhada, com a maquiagem escorrendo pelo rosto, que ficava
linda brava daquele jeito. Os anos haviam feito bem para as suas curvas. Se
ela não fosse tão insuportável, eu até teria vontade de transar com ela.
Sete
— Não sei se ótima seria o melhor termo, mas cansativa, com toda a
certeza.
— Foi horrível? Estão achando que você vai ficar para titia? Eles são
bem mais arrogantes do que eram?
— Jenna!
— Não vem com esse papo de que pode explicar. Entendi muito bem
o que está acontecendo aqui. Você está trepando com o cara que eu achava
ser o meu melhor amigo.
Estava torcendo para que a minha mãe não me fizesse admitir em voz
alta, aumentando ainda mais a minha humilhação. Porém, ela era a melhor
pessoa do mundo para arrancar verdades de mim, por mais dolorosas que elas
fossem.
— Peguei a Zoe trepando com o Joseph. Já estão nessa há quatro
meses, e ainda conseguiam olhar para mim com a cara mais lavada do mundo
enquanto me enchiam de galhos.
— Não pense dessa forma, Mick. Sei que deve estar se sentindo
terrível, porém pense pelo lado bom. Ia ser muito pior se você descobrisse
depois do casamento. A Zoe vai sair da sua vida, mas abrirá espaço para a
mulher certa. Eu tenho certeza de que você ainda será muito feliz com a
aquela que será sua esposa.
— Se quer o meu bem, me deixa ficar desse jeito. — Passei por ela e
segui para o meu quarto.
— Pai, Heathrow não é ali do lado. O senhor não tem mais condições
de dirigir por tanto tempo. Lembre-se do que a mamãe disse: precisa seguir
as recomendações médicas. — Dei um beijo na bochecha dele e outro na da
minha mãe antes de ir abraçar a Anne, que era a governanta ali desde antes de
eu nascer. A considerava como uma segunda mãe. — Toma conta dos dois e
não deixa eles aprontarem na minha ausência, tudo bem?
— Pode deixar, menina. — Ela retribuiu meu beijo no rosto.
Deixei o meu quarto e desci a escada, seguindo pelo hall até chegar
na entrada da Green House, onde o taxista aguardava por mim. Ele me
ajudou a guardar as malas no carro e abriu a porta de trás.
— Como assim você não sabe se não vai chegar a tempo? — Rangi os
dentes. Não era possível que a minha amiga havia me botado tanta pilha para
fazermos aquela viagem juntas, mas iria furar comigo no último momento.
— Um cano estourou aqui no meu apartamento e está uma meleca só.
Não posso viajar e deixar as minhas coisas naufragando. Preciso resolver isso
antes de ir.
Fazia tempo que não viajava para destinos tão distantes. Aquelas dez
horas dentro do avião para chegar a Miami poderiam ser bem exaustivas.
Esperava que o destino compensasse.
— Eu que pergunto.
— Não sei onde comprou esse caminhão de ego, mas só aquela sua
noiva para te achar minimamente interessante. Tadinha! Fico me perguntando
que tipo de lavagem cerebral você fez nela.
Era a primeira vez em anos que Michael desviava o olhar do meu tão
rapidamente. Naquele momento eu havia ganhado a nossa batalha de ofensas,
mas não sabia exatamente como ou o porquê.
Tentei não provocá-lo mais. Busquei ser racional, nem que fosse por
um minuto. Michael e eu éramos encrenca juntos. Não poderíamos ficar nos
provocando ou até derrubaríamos o avião para convencermos o outro de
quem era o melhor.
Dez
Era só o que me faltava. Rachel Allen estava no mesmo voo que eu, e
isso parecia a confirmação de que, quanto mais tentava fugir dos problemas,
mais eles me perseguiam.
Após ter pegado a minha noiva trepando com o cara que acreditava
ser o meu melhor amigo, eu havia feito as malas de supetão e decidido ir para
Miami. Estava tentando fechar um importante contrato com uma empresa
cuja sede ficava na cidade paradisíaca americana, e acreditava que aquela
pudesse ser a desculpa perfeita que eu precisava para fugir e pensar sobre o
que havia acontecido e as decisões erradas que tinha tomado na minha vida.
O que ela estava fazendo no mesmo voo que eu para Miami eu não
tinha a mínima ideia, contudo, ali estava ela para pisar nos meus calos, como
sempre fazia, só que daquela vez doeu. Odiei ter pensado, mesmo por um
segundo, que ela poderia estar certa. Uma mulher precisava ser louca para se
comprometer comigo?
Por uma hora, talvez duas, esqueci que Rachel estava sentada na
poltrona do outro lado do corredor. Quando uma comissária de bordo passou
oferecendo comida, bebidas e outros petiscos, peguei um saco de amendoim e
uma dose de uísque. Fiquei reparando na Rachel, nos seus cabelos loiros,
olhos verdes e expressão dispersa. Apesar de ter crescido e envelhecido, vê-la
daquele jeito me fez lembrar exatamente da garotinha que eu havia conhecido
nos meus primeiros anos de escola. Nunca soube explicar o motivo, mas a
vontade de implicar com ela sempre foi muito grande. Peguei um dos
amendoins no saco e arremessei nela.
— Fiquei entediado.
— Acho.
Eu tinha me vingado por ela ter pisado no meu calo quando falou
sobre o meu noivado.
Onze
Nem tive o trabalho de ligar para a minha amiga, pois, assim que
peguei o meu celular, ela estava ligando.
— Jenna!
— Já chegou, amiga?
— Um cara muito gato que te deixou babando o voo todo e por isso
você nem dormiu.
— O Michael Smith.
— O idiota? Esse mesmo! Ah, que ódio! Acredita que ele ficou
jogando amendoim em mim até que eu me levantei e fui para a classe
econômica? Nossa! — Eu me contorci, minhas costas ainda estavam doendo
por ter dormido sem jeito em uma poltrona apertada.
— Não acredito que você foi para a classe econômica só para se livrar
dele.
— Acha que eu não tentei? Ele é tão escroto que teve a coragem de
dizer para mim: os incomodados que se retirem... — Tentei imitar a voz
soberba daquele cretino.
Jenna teve uma crise de riso do outro lado da linha e a minha vontade
foi atravessar o telefone e dar nela. Não era possível que poderia ter achado
graça diante do meu relato enfurecido.
— Ah, Rachel! É cada coisa que acontece com vocês, que se eu não te
conhecesse, acharia que era história.
— Espero que sim, pois se você não aparecer, eu juro que te mato
quando voltar para a Inglaterra.
— Mando, sim.
Assim que ele voltou para o carro e acelerou para longe, puxei a alça
da minha mala e a arrastei para a recepção do hotel. O hall de entrada era
muito grande, possuía um pé direto alto, com belas colunas que me
lembravam as que compunham os templos gregos. Havia vários arranjos com
plantas muito verdes, como samambaias, entre outras, além de flores tropicais
e muito coloridas. Tinha a sensação de que não havia visto tantas cores na
vida.
— O que diabos você está fazendo aqui? Fala sério! Só pode ser
perseguição, não há outra justificativa.
— Não posso? Por acaso esse é um Allen Plaza? Desculpa, mas acho
que não vi o seu nome na fachada.
— Senhora, em que posso ajudá-la? — Uma das recepcionistas
chamou a minha atenção para tentar dispersar o clima de fúria que Michael e
eu havíamos estabelecido.
— Obrigada.
Era só o que me faltava, Rachel Allen no mesmo hotel que eu. Seria
engraçado se não fosse tão trágico. Ela ainda estava furiosa comigo pelos
amendoins durante o voo e tudo indicava que eu ainda teria muitas chances
de enlouquecê-la.
— Que ótimo. Fico preocupada quando passa tanto tempo sem dar
notícias.
— Acho que esse é o mal de toda mãe. Quando você for pai, talvez
entenda o que eu passo quando vocês dois estão longe de mim.
Ri baixinho, para que ela não ouvisse. Às vezes, Júlia Smith era
superprotetora demais.
— Divertida.
— A Allen?
— Não vamos ficar relembrando das coisas que fiz quando tinha
menos de dez anos de idade.
— Ah, mãe...
— Mick, promete que não vai provocar? Você foi aí para fechar um
negócio e não começar uma guerra.
— Michael...
— Sim. Fica bem, querido. Não some e liga para mim quando puder.
— Beijos!
Gemido?
Fingi que não tinha ouvido nada e continuei lendo. Entretanto, outro
gemido veio logo depois, ainda mais alto e estridente.
Imaginei que fossem parar, mas não pararam, foram se tornando mais
audíveis. Chegavam a ecoar dentro da minha cabeça. Ele só poderia estar
espancando a moça para fazê-la gritar tão alto, não havia outra justificativa.
— Quero que alguém venha aqui e peça para eles pararem. Não sou
obrigada a ficar ouvindo a foda alheia.
— Sim, por favor, aguarde. Tem algo mais em que eu possa ajudá-la?
Saí do quarto usando um pijama e parei na porta dele. Bati uma, duas,
três vezes com toda a minha força. Só iria parar quando ele abrisse a porta.
— Chorona, por que está batendo na minha porta desse jeito? Ficou
com saudades?
— Tentem gemer mais baixo. Tem outras pessoas nesse hotel além de
vocês dois.
— Não.
— Existem outras pessoas nesse hotel, mas você é a única que parece
incomodada.
— Quê? — Fui varrida por uma onda de choque. — Claro que não!
Eu torci para que ele parasse logo, para que o pênis dele caísse ou que
brochasse, mas os gemidos duraram quase a noite inteira. Mal consegui
dormir, o travesseiro sobre a cabeça não era o suficiente para aplacar o
showzinho dele, que parecia mil vezes pior depois da minha reclamação. Eu
conhecia Michael o suficiente para saber que ele estava fazendo de propósito.
Segui para a entrada e fui recepcionado por uma mulher bonita, jovem
e muito simpática.
— Não vim para comprar hoje. — Pisquei para ela. — Quem sabe na
próxima vez.
— Eu vim para uma reunião com o seu chefe, o Dean Clark. Pode
avisar para ele que o inglês Michael Smith está aqui?
Ela parou diante de uma porta dupla e abriu uma das partes para que
eu pudesse passar por ela. No fundo da sala, encontrei um homem que
parecia estar na altura dos quarenta anos, tinha cabelos escuros e olhos azuis
como eu. Ele se levantou e deu a volta na mesa, parando diante de mim no
momento em que a porta foi fechada, deixando-nos sozinhos.
— Os clientes gostam.
— Sou. Já fui noivo, por pouco tempo; não deu muito certo. —
Engoli em seco ao me recordar da traição.
— Acho que permanecer solteiro será a melhor coisa que farei para
mim mesmo.
— Por que não? Você não acabou de dizer que elas fodem a gente?
— Você vai estar fodido, mas estará feliz. É bom! — O brilho nos
olhos dele mudou e percebi que havia paixão ao se recordar da esposa.
Questionei-me se, em algum momento do meu noivado, a Zoe fez os meus
olhos brilharem daquele jeito, mas a resposta parecia negativa. Ela não era a
minha garota, mas será que havia alguma garota para mim?
— Sim, estou. A cidade é linda. Pela manhã, eu passeei pela orla e fiz
algumas compras. Vi uma tartaruga de pelúcia que a Rose vai amar.
— Muito sapeca. — Ele riu. — Então, vou dizer para nossas duas
mães que está tudo bem com você.
— Papai...
— Vou passar para a Rose antes que ela tire o telefone de mim.
— Okay!
— Bem. A Miau também está bem. Nem tossiu mais. Mas ela não
gosta de tomar remédio, que nem o Drew, arranha o papai toda vez que ele
vai dar.
— Levo. Deixa você crescer um pouco mais que eu peço o seu pai
para deixá-la viajar comigo para a praia.
— Eba! Obrigada.
— Tchau, tia.
— Ainda não mudei de ideia quanto a isso. — Fiz careta e ela riu.
— Não foi tão ruim. Olha esse lugar como é maravilhoso! — Pagou o
taxista e puxou a mala, seguindo comigo para a recepção.
— Como sua noite poderia ter sido horrível? Não é possível que tenha
goteira em um hotel desses.
— Quem?
— Ele parece bem educado para mim. — Jenna suspirou toda abalada
por ele. Não era possível que ela estava cedendo tão facilmente aos encantos
daquele otário.
— Por que você o odeia tanto? Ele é tão lindo. — Se abanou com a
mão quando ficamos sozinhas.
— Sim, me desculpa. Nossa, mas é sério que ele a fez gemer a noite
toda? Não me lembro de nenhum cara que tenha feito isso comigo.
— Não faço ideia. Tem momentos que eu tenho a sensação de que ele
está me perseguindo.
— Estou pouco me lixando por onde esse seu pau murcho passa.
Entrei para o quarto, mas ele segurou o meu pulso e entrou comigo. A
porta foi fechada e, no susto, Michael estava em cima de mim, pressionando-
me contra a superfície de madeira.
Sua boca veio parar na minha com fome e não consegui ter um pingo
de racionalidade diante do beijo inesperado. Abri a boca para gritar, mas
Michael enfiou a língua nela e não consegui fazer nenhum protesto.
Com uma mão na minha bunda, deslizou a outra para a frente, para a
minha virilha. Meu sexo pulsou; queria ser tocado diretamente, mas eu não
deveria estar sentindo aquele desejo todo por ele. Michael percorreu o
elástico da minha calcinha com os dedos e afastou a peça, puxando-a para o
lado.
— Matt?
— Oi, irmão! Como você está? Cheguei em casa para o final de
semana e o papai falou que você foi para os Estados Unidos, à negócios.
Você é bom em arranjar desculpas para fugir, seu covardão.
— Isso não tem nada a ver com ter pegado a Zoe com o Joseph?
— Quem te falou?
— É, você tem que fazer isso de vez em quando. Não posso ser o
único que a mamãe atormenta.
— Você é um idiota.
— Aquela Rachel Allen que quase fez você ser expulso do colégio
umas vinte vezes?
— Essa mesma.
— Ela é inofensiva.
— Boa noite para você, e espero que seja melhor do que a minha,
lendo textos da faculdade.
— Até.
Desliguei a chamada, rindo. Matt era terrível, e talvez fosse por isso
que eu gostava tanto dele.
— Por que você está tão vermelha? — questionou Jenna, quando nos
encontramos para o jantar. Ela parou na minha frente, no meio do corredor,
colocou as mãos na cintura e me analisou como se seus olhos fosse um
escâner. Meia hora, um banho e roupas limpas não foram o suficiente para
me livrar do que Michael fizera comigo.
— Um otário como?
— Obrigada.
— Você pode até achar ele insuportável, mas ele é lindo demais. —
Abanou-se com uma das mãos enquanto o encarava nos mínimos detalhes.
— Três é uma dose muito alta, dois já é o suficiente para que você
durma e não acorde nem com um terremoto.
Com o canto de olho, observei-o tomar todo o suco, até a última gota.
Vingança era uma bebida que se tomava gelada e com uma sombrinha de
papel.
Com a primeira parte do meu plano em andamento, fui para a
segunda. Acompanhei um Michael trôpego e cheio de sono indo para o
quarto, mantendo uma distância segura para que ele não notasse que eu o
estava seguido. Assim que ele abriu a porta e cambaleou para dentro, corri
para enfiar um papel por baixo, impedindo-a de fechar completamente.
Fui para o meu quarto e esperei. Vinte minutos depois, julguei que o
remédio já houvesse feito o efeito. Puxei o papel e consegui abrir a porta,
esgueirando-me como um gato furtivo antes que alguém notasse a minha
invasão.
— Rachel!
Fiquei preso pelo o que me pareceu longas horas, porém poderiam ter
sido apenas minutos. Já estava rouco quando uma camareira abriu a porta e
me encontrou na situação mais degradante possível.
Eu não iria deixar o que Rachel havia feito comigo sem resposta e as
consequências disso poderiam ser desastrosas para nós dois.
Dezenove
Estava contente pelo meu plano ter dado certo e me sentia vitoriosa.
Eu poderia ter feito pior, mas já estava alegre com o resultado.
— Rachel!
Sabia que abrir aquela porta poderia ser um enorme erro. Porém, a
vontade de olhar para ele enquanto comemorava a minha vitória foi maior do
que qualquer coisa.
— Foi o troco por você ter me provocado, por ter me deixado quase
gozando e ido embora com o sorriso mais lavado do mundo. — Estufei o
peito e falei confiante.
Balancei a cabeça, fazendo que sim. Se havia sido engraçado para ele,
eu tinha dado o troco em grande estilo.
— Se você parar dessa vez, eu juro que mato você — falei com a voz
intercortada e carregada de tesão.
— Pode ter certeza de que você vai dar para mim. Eu não vou parar
até estar satisfeito e com o meu pau bem dentro de você.
— Ah, você gosta dos que ladram menos. — Ele mordeu o meu
pescoço e me retorci inteira.
Achei que o meu coração fosse saltar do peito. A adrenalina o fazia
bater como nunca. A boca, o hálito e os lábios do Michael me deixavam cada
vez mais excitada. Parei de pensar no quanto o odiava e só me liguei no
quanto ansiava para tê-lo dentro de mim. Não era uma surpresa que ele
estivesse me fazendo perder a razão mais uma vez.
Ele me puxou pela cintura e me arrastou até a cama, fazendo com que
eu caísse deitada sobre os lençóis revirados. Não tive tempo de raciocinar
antes que ele estivesse sobre mim. Minhas mãos foram parar na sua cintura e
eu puxei sua bermuda, com a cueca e tudo. Michael enfiou a mão por debaixo
do meu corpo, levantando-o do colchão, para agarrar a minha bunda,
prensando seus dedos na minha pele até me fazer gemer.
Eu elevei o meu corpo enquanto a sua boca voltava para minha. Ele
esfregou o pau na minha entrada e no meu clitóris, mas sem me penetrar, e eu
quis amaldiçoá-lo. Até naquele momento ele ainda cismava de brincar
comigo.
Mordi seu lábio inferior e rodeei a sua cintura com as pernas, numa
atitude quase impositiva. Então, sem ternura, ele se inundou em mim,
finalmente atendendo a um desejo meu. Rebolei, levando o meu corpo ao
dele até que encontrássemos o encaixe perfeito. Gememos juntos enquanto o
impensável se realizava. Estava transando com o homem que havia jurado
odiar eternamente. O pior de tudo era que eu estava louquinha para dar para
ele.
Sem sair de dentro de mim, Michael nos girou e me colocou sobre ele.
— Da próxima vez que quiser uma foda, é só pedir com jeitinho. Não
precisa me amarrar na cama. — Levantou zombeteiro e vestiu a cueca e a
bermuda.
— Tudo bem, ainda temos tempo. Imagino que tenha tido uma noite e
tanto. Miami tem as suas distrações.
— Sem pressa. — Fiz um gesto com a mão para que ele não se
preocupasse.
— Mas decidiu que era melhor sufocar o pau dele com a sua vagina.
— Jenna!
Decidi que era melhor contar tudo para ela. Falei tudo o que havia
acontecido entre mim e o Michael, desde a chegada ao hotel até aquela
manhã em que acabamos na minha cama. Me lembrei da forma como ele
havia falado comigo depois do sexo e a vontade de esganá-lo retornou.
— O quê?
— Mas...
— Amiga, você só tem vinte e cinco anos. Ainda há muitas bocas por
aí para você beijar. Além disso, não viemos para Miami para você arrumar
um namorado.
— Você não precisa deixar. Ignora ele e foca em outras coisas. Ele
não precisa parar na sua cama se você não quiser.
— Eu vou tentar.
— Não! Você vai fazer! Porque se não conseguir, não vai adiantar
nada ficar reclamando por cair no joguinho dele.
— Vai ser como nos velhos tempos. — Jenna ergueu o copo de leite
meio vazio e eu brindei com o meu de iogurte.
Vinte e dois
Bati na porta do seu quarto, mas ela não abriu. Presumi que pudesse
não estar. Iria tomar um banho e procurar por ela em outros locais do hotel.
Contudo, antes de entrar no chuveiro, minha mãe ligou para mim.
É, perdemos mesmo...
— Okay! Eu comecei.
— Michael!
— Não vem me dar bronca pelo telefone. Não sou mais um garoto. Já
disse para aproveitar a sua viagem com o meu pai e não se preocupar com o
que está acontecendo aqui.
— O que aconteceu?
— Mãe, não é o tipo de coisa que quero contar para você. — Bufei,
estalando os dedos dos pés. Eu poderia ter perdido o meu melhor amigo, mas
não iria conversar com a minha mãe sobre as mulheres com quem eu transava
ou deixava de transar. Em especial a Rachel, a que me deixava mais confuso.
— Eu não sei!
— Ela pode...
Ela era a única mulher que havia arrancado de mim tais palavras.
Repeti para mim mesmo que Rachel e eu como casal era algo tão
improvável quanto nevar no deserto e fui para o banho. Ela era só mais uma
na minha longa lista de transas.
Vinte e três
— Não. Vamos para uma festa e você não está convidado — Jenna
respondeu por mim, e agradeci mentalmente.
— Ela já disse que você não está convidado. — Virei o meu rosto em
outra direção. Sabia que ficar encarando-o me levaria a tomar atitudes
impensáveis.
Por que ele estava me chamando pelo apelido? O sexo havia dado
mais liberdades do que eu havia imaginado. Não gostei disso, pois me deixou
ainda mais sem jeito.
— Uma na praia.
— Particular?
— Não! Você que fique por aqui ou que vá para qualquer outro lugar.
Ninguém o quer estragando a noite. Rachel tem outros planos.
— Ele é um idiota.
Dei sinal para um táxi que manobrou e parou diante de nós. Fui a
primeira a entrar e Jenna se acomodou no banco ao meu lado.
— É bem perto.
Segui a Jenna até que nos aproximamos de um grupo, onde havia três
caras que grudaram os olhos em nós assim que nos viram. Eles bebericavam
suas cervejas e nem se deram ao trabalho de disfarçar. Minha amiga jogou o
cabelo ruivo para trás, insinuando-se, e eles tomaram coragem para se
aproximar.
— Rachel.
— Para você.
— Aqui?
Eu não percebi o soco que veio logo atrás do grito, mas Juan me
empurrou para me tirar da mira do golpe e eu caí sentada na areia.
Desci do táxi que tinha me levado até a praia onde acontecia a festa e,
quando me dirigia para a areia, me deparei com uma imagem que me fez
perder completamente o juízo. Rachel estava nas mãos de um cara, que se
esfregava nela sem qualquer pudor. O estopim para a minha ira foi perceber o
sorriso de satisfação que ela carregava.
— Fica longe dela — rosnei como um cão feroz, dominado por uma
fúria intensa e incompreensível.
Com uma mão no nariz, ele usou a outra para me manter afastada.
— Fez, sim! Não deveria ter falado para ele da festa. Até parece que
não conhece o cara. Ele deu chilique de ciúmes e acabou preso. Bem-feito!
— Claro que foi ciúme. Não tem outra explicação para ele ter dado
aquele surto.
— Ah, ele sempre foi desiquilibrado.
— Não entendi.
Uma chave virou na minha cabeça, porém a negação ainda era muito
forte.
— Com o Will era diferente. Ele sempre amou a Lilly, fazia tudo por
ela, e estava sempre perto dela. Já o Michael sempre fez de tudo para que eu
o odiasse.
— Ciúme de mim?
— Talvez pelo mesmo motivo que você bateu naquele cara na praia.
— Qual motivo?
Fui a primeira a descer do táxi e passei reto pela recepção, indo direto
para o elevador. Nem me dei ao trabalho de olhar para trás e reparar se o
Michael estava me seguindo. Entrei na caixa de metal e escorei minhas costas
na parede. Estava muito exausta daquele jogo. Se ele não queria nada
comigo, era melhor parar de atrapalhar a minha vida. Eu teria tido uma noite
muito boa com o dançarino latino se Michael não houvesse nos interrompido.
— Ainda pode ter uma ótima noite. — Ele envolveu a minha cintura e
eu perdi a estabilidade das minhas pernas. Por sorte, seus braços envolvendo-
me forte como aço me impediram de cair.
Suas mãos saíram do meu rosto e foram parar nas minhas coxas.
Enquanto o beijo continuava enlouquecedor, suas palmas contornavam a
minha pele, traçavam as minhas curvas e subiam o meu vestido, até que ele
se tornasse um amontoado de tecido ao redor da minha cintura. O toque da
sua pele na minha me fazia formigar e iniciava pequenas erupções de
calafrios e fogo em cada parte que tocava.
Estar nos braços de um cara que me atraía era bom, mas com Michael
era diferente, era inexplicável e inacreditável. Ele me tocava e eu era capaz
de sentir, no corpo todo, a necessidade por mais pulsar como nunca.
Seu joelho foi parar entre as minhas pernas e esfreguei a minha virilha
na sua coxa. Gemi baixinho quando seus lábios saíram dos meus e foram
parar no meu pescoço. Seus dentes rasparam minha pele e um gemido mais
agudo escapou do interior da minha garganta. Tombei a cabeça para o lado e
deixei o caminho livre para que ele me enlouquecesse com seus beijos, seus
lábios, sua língua e dentes.
Michael apertou a minha coxa com força antes de subir com a outra
mão pelo interior delas e me penetrar com um dedo. Gemi, puxando o seu
cabelo, quando o dedo dele passou a se mover ritmado com a língua. Eu
queria mais e ele me deu. Sem qualquer comedimento, sua boca e sua língua
fizeram com que eu me perdesse para me encontrar gozando. Estremeci e
minhas pernas ficaram bambas, balançando, enquanto a sensação me fazia
vibrar toda.
Michael agarrou o meu cabelo com uma das mãos e, com a outra,
segurou a minha cintura e meu corpo se uniu ainda mais ao dele. Movi a
minha cabeça e procurei os seus lábios. Apesar de todo o calor que me
incendiava, a minha boca estava gelada e percebi que a dele também. Sua
língua brincou um pouco com a minha até procurar o caminho para os meus
seios. Voltei a jogar a cabeça para trás enquanto meu corpo era puro instinto,
fazendo movimentos circulares sobre ele.
Esperei que ele fosse me expulsar do quarto como o idiota que era.
Porém, ele foi ao banheiro, jogou a camisinha fora, e, ao voltar para o quarto,
ao invés de se vestir, ele pegou outra na carteira.
Acordei com o toque de um celular, mas não era o meu. Rachel saiu
dos meus braços e caminhou até perto da porta. Encontrou a bolsa que havia
deixado cair ali na noite anterior, pegou o aparelho e atendeu a chamada.
— Onde eu estou?
Subi com as mãos pelo seu ventre e apertei seus seios, brincando com
os mamilos.
— Está tudo bem com a Thessa? — Olhei para a Rachel com o meu
típico sorriso brincalhão.
— É muito difícil.
— Então se esforça.
— Para quê? Já disse que você fica muito linda quando está irritada?
— Você gosta disso? — Toquei o ponto do seu corpo onde ela mais
sentia prazer e movi o dedo até arrancar dela um gemido.
— Gosto. — Sua voz saiu abafada, pois estava com a boca enterrada
no meu ombro.
— Quero comer aqui. — Desci com um dedo pela linha da sua cintura
e escorreguei pela junção das suas nádegas até tocar o seu buraco enrugado.
— Quê? — Ela deu um pulo de susto e se desvencilhou de mim, indo
para a outra extremidade do quarto.
— Não.
— Não vou fazer anal com você. Na verdade, isso — ela apontou para
nós dois pelados —, nem deveria estar acontecendo.
— Porque não!
Não entendi porque ela havia ficado tão irritada comigo. Num
momento estávamos bem, havíamos passado a noite fazendo sexo e, no
seguinte, ela estava gritando comigo.
— O que foi?
Rachel abriu a porta e foi embora. Sentia que precisava fazer alguma
coisa, mas não sabia o quê. Sempre que eu fazia algo com ela, acabava a
afastando e não queria que ela se afastasse, não mais.
Vinte e nove
Por melhor que houvesse sido a minha noite, estava arrependida de ter
transado com o Michael de novo. Pensar que ele sentia algo por mim do jeito
que eu queria que ele sentisse poderia ter sido uma atitude muito equivocada
da minha parte. Já havia me envolvido com vários caras antes, sabia o que era
só me divertir. Inclusive tive namorados, porém com o Michael eu não
controlava nada e tudo parecia uma grande montanha-russa. Odiar era fácil,
mas amar era bem mais difícil, e poderia me machucar muito mais.
— Dois mil dólares de fiança que eu poderia ter gastado com roupas,
mas eu vou fazê-lo me devolver.
— Mas...
— Sinal de quê?
— Acho que não devo, mas quero. — Mordi o lábio ao pensar que ele
havia pedido para fazer anal comigo. Não tinha tanta certeza se queria. Era
muito insegura quanto a tudo que envolvia o Michael. — Ele me chamou
para fazer um passeio de lancha mais tarde.
— Você vai?
— Não.
— Por quê?
— Viemos para cá juntas. Não vou deixá-la sozinha. Até onde eu sei,
você não deve estar com vontade de segurar vela.
— Eu gosto dele, Jenna. Odeio você por ter me feito enxergar isso.
Quando o Michael me toca é como se o restante do mundo deixasse de
existir. Porém, todas as vezes em que estamos vivendo um momento incrível,
de repente, ele abre a boca e estoura a bolha. Ele sabe estragar algo perfeito
como ninguém.
— Meu conselho pode ser ruim, mas acho que deveria sair com ele. Já
que não vai mesmo conseguir sair com outro homem sem que o cara surte, vê
no que dá, Rachel. Ele pode ser só um sexo bom, então, curte o cara, depois
chuta ele quando voltarmos para Londres.
— E se eu não conseguir?
Estava contente por ela ter decidido ir. Pela forma como Rachel saíra
do meu quarto, já estava pensando sobre alguma forma de convencê-la a
mudar de ideia.
Gosto de você... a frase dela ecoou pela minha mente. Será que a
Rachel esperava alguma resposta para essa declaração? Se esperava, o que eu
deveria dizer? Já havia gostado de algumas mulheres, gostava da Zoe e deu
no que deu: peguei a minha noiva na cama com o meu melhor amigo. Gostar
era difícil, mas gostar da Rachel parecia ainda mais complicado, pois deixaria
a nossa situação ainda mais louca.
Voltei para o quarto e me arrumei para sair. Vesti uma bermuda, uma
camisa polo branca e desci para a recepção. Era pouco mais de meio-dia, mas
não vi nenhum sinal da Rachel pelos próximos minutos. A espera revelou em
mim uma pessoa muito ansiosa.
— Para o píer.
— Boa tarde!
Meu peito estava tomado por uma sensação estranha. Era como se
algo houvesse sido tirado da balança, quebrando o equilíbrio. Será que o meu
coração havia fugido para ele e por isso eu sentia que faltava alguma coisa?
Ou talvez a insegurança estivesse sobrando e estava causando a sensação de
desequilíbrio.
— Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe, porque estava
ocupada demais brigando comigo, ou simplesmente porque não se deu ao
trabalho de perguntar.
— Minha mãe não gosta de me ver longe agora que tenho vinte e
cinco. A possibilidade de me ter fora por um mês quando eu ainda nem era
maior de idade deveria ser enlouquecedora para ela.
— Aceita?
— Em quê?
— Nada importante. — Abri um sorriso amarelo. Não iria falar para
ele que estava pensando em nós dois como casal, pois a falta de resposta ao
gosto de você já havia me magoado o suficiente. Não queria que ele jogasse
na minha cara que era apenas um momento. Queria que fosse eterno enquanto
durasse.
— Tem certeza?
— Nadar? — Sorriu.
— Ei! — Segurei o tecido sobre os meus seios para não ficar nua da
cintura para cima. — O que está fazendo? Era para tirar só o vestido.
— Michael!
Ele agarrou o meu cabelo e trouxe o meu rosto para frente. Rocei
meus lábios no seu membro e Michael deixou que um gemido escapasse do
fundo da sua garganta. Senti a textura da sua glande com a ponta da língua
enquanto dava pequenos toques apenas para provocá-lo e enchê-lo de
vontade. Lambi a glande, contornando-a com a língua, mas sem botá-lo na
minha boca, porém foi o suficiente para que eu o visse revirando os olhos.
Enquanto seu pau socava o céu da minha boca, seus dedos enredavam
nos fios e puxavam o meu cabelo, incentivando-me a o engolir mais.
Abandonei completamente o pudor enquanto dava prazer ao Michael de
forma indecorosa. Ele explodiu na minha boca e eu engoli o seu gozo.
— Acho que tem partes do meu corpo que são bem satisfatórias. —
Estremeci diante do seu olhar safado.
— Toma cuidado.
— É muito diferente. — Ele subiu com uma mão para a minha nuca
até enfiar os dedos no meu cabelo, puxando o meu rosto até o seu.
Michael pressionava seu corpo contra o meu e não havia água que
conseguisse nos afastar. Meus seios estavam pressionados contra o seu peito
firme e o seu membro cutucava o meu sexo. Minha cabeça se movia de um
lado para o outro, sacudindo o meu cabelo, enquanto tentava encontrar o
melhor ângulo para se encaixar na dele.
Virei a cabeça para tentar ver melhor e Michael piscou para mim
quando os nossos olhos se encontraram. Ele me penetrou com um dedo e eu
me espichei. Joguei o cabelo para o lado enquanto me acostumava com a
sensação do dedo dele me penetrando e se movendo. Olhei para o mar e
suspirei. Não havia local mais bonito para perder a minha virgindade anal.
Mick se debruçou sobre mim, tirou meu cabelo das costas e traçou um
caminho de beijos, mordidas e chupões pelos meus ombros, nuca e costas.
Com uma mão, ele segurava a minha cintura, me mantendo na mesma
posição enquanto investia contra mim, e com a outra, ele estimulava o meu
clitóris. Assim, foi impossível não sentir prazer.
Apenas rosnei e ele riu. Mick parou de se mover e nos girou. Quando
dei por mim, estava caindo sentada no colo dele, com o seu pau ainda na
minha bunda. Michael afundou os dedos nas minhas nádegas, segurando
meus glúteos com força, e busquei equilíbrio, apoiando as mãos nos seus
joelhos.
— Admite que você gosta. — Puxou meu cabelo para trás e mordeu o
meu pescoço.
Queria dizer que não, mas o meu corpo estava me traindo. Se havia
algo que o Michael dominava bem era o sexo.
Fui até ele e Michael moveu a cabeça para que um dos meus joelhos
se acomodasse ao lado dela e, como o espaço era pequeno, minha outra perna
precisou ficar para fora; mantive o meu pé no chão, enquanto Michael
acomodava a cabeça e me puxava na direção do seu rosto. Sua língua
encontrou o meu clitóris; eu joguei a cabeça para trás e rebolei no rosto do
Michael, mergulhando no prazer que ele estava disposto a me dar. Com o
Michael, eu estava fazendo sexo para além da forma que eu achava ser
adequada e, o pior, era que eu estava amando.
— Acho.
— Eu também quis.
— E daí?
— E daí que não quero amar. A vida de solteiro tem menos surpresas
e decepções.
— É só um caso.
— Me leva de volta.
Algo dentro de mim me fazia pensar que a culpa era minha, porém,
como reagir diferente? Eu já havia tentado um compromisso antes e o
resultado fora um par de chifres e a perda do meu melhor amigo.
— Oi, Michael, tudo bem? Sei que vocês ingleses presam pela
pontualidade e antecedência, mas, mesmo estando em cima da hora, queria te
fazer um convite. Meus irmãos chegaram e vamos fazer uma festa, algo mais
íntimo, porém seria bom se você viesse.
— Quando?
— Eu vou, sim.
— Obrigado.
Trinta e três
— Por que vocês são tão idiotas? — rosnei para o telefone ao atendê-
lo, com lágrimas nos olhos.
Havia chegado no hotel e corrido direto para o meu quarto. Mal fechei
a porta e o meu celular vibrou com uma ligação do meu irmão.
— Quê?
— Parece que gostam tanto de ficar sozinhos que agem como uns
idiotas toda vez que uma mulher ameaça a sua vida de cafajeste.
— Eu dei para ele. Dei várias vezes e agora estou me sentindo uma
boba. — Passei a mão livre pelo cabelo, quase o arrancando, e saí com uns
fios loiros agarrados no dedo.
— Não. Ele não forçou nada. Eu quis, e isso faz com que eu me sinta
ainda mais idiota.
— Tudo bem, irmã. Isso não é algo que eu fico pensando. Liguei para
saber se você está bem, mas parece que não.
— Fui dar ouvidos para uma coisa que a Jenna falou e isso me deixou
confusa.
— Sobre o Michael?
— Will, eu disse para ele, mas ele disse que era só um caso. E se eu
parar na frente dele, vou fazê-lo engolir cada uma das palavras.
— Deve ser só o sexo, porque quando ele me segura, sinto que posso
flutuar. Hoje, antes de ele estragar tudo, nós transamos numa lancha, e ele...
— Quando você volta para casa? Vai ser mais fácil ajudar você
estando aqui. Mas se te anima, quem me dera seu eu tivesse percebido antes.
— Tenho certeza que sim. Vou voltar para casa e para a minha vida.
— Okay!
— Terminou mal?
— Ele pode não admitir, mas eu tenho certeza que ele gosta. Você
sabe como os homens são. Seu irmão é a prova disso.
— Que idiota!
— Nisso eu concordo.
— Vou pisar nas bolas dele com salto agulha. — Ela fez uma careta e
eu gargalhei.
— A última vez que fomos para uma festa não foi nada bom.
Honestamente, estou de saco cheio.
— Do Michael?
— De tudo!
Preferira dizer que estava farta a admitir que o meu coração estava
partido, como não se partia há muito tempo. Eu me entreguei demais a
possibilidade de que Michael e eu poderíamos ter algo real, tanto que acabei
trazendo à tona um sentimento com o qual não estava habituada a lidar. Meu
amor pelo Michael deveria ter continuado escondido sob uma camada de
ódio.
Trinta e quatro
Segui a música até notar que ela vinha da área da piscina. Surpreendi-
me com o homem sentado em um pequeno palco. Não sabia que o Dean
cantava, porém a situação ficou ainda mais estranha quando vi o Dean me
chamando, vindo de outra direção.
— Obrigado.
Vi o Dylan se aproximar por trás. Dean não percebeu até que o irmão
envolveu seu pescoço com uma chave de braço. Fiquei esperando o que iria
acontecer até que Dean deu uns tapinhas no braço do irmão, rendendo-se por
falta de ar.
— O prazer é meu.
— Eu?
— Sua mãe não quer descer, disse que não tem mais idade para festas
e quer ficar com os netos. Botou as crianças em roda e está contando
histórias. O mais engraçado é ver a Cristine e a Beatrice realmente prestando
atenção, mesmo sendo apenas bebês. Angel — voltou-se para a cunhada, — a
Laura conteve o pequeno Harrison melhor do que eu. Ele parou de puxar o
cabelo da Clare após algumas ameaças da avó.
— Deixa a minha mãe cuidar das crianças. Bom que podemos curtir
nosso aniversário de casamento. — Dylan puxou a ruiva e a beijou. Não um
beijo casto, como os meus pais costumavam trocar na minha frente, mas um
beijo voraz, que me permitiu ver as suas línguas.
Rachel...
— Olá!
— Oi. — Desviou os olhos castanhos, passando a mão pelo cabelo.
Assim como a Angel, ela também tinha traços latinos, porém parecia ser mais
jovem do que a esposa de Dean Clark. Vinte, no máximo vinte e dois anos.
Ele fez uma careta e Dylan riu, como se estivesse se divertindo com a
relutância do irmão.
— Já cantei.
— Mas...
— Medroso é seu...
— Olha a boca! — gritou uma mulher que estava próxima a eles. Ela
era morena e tinha olhos azuis como os dos gêmeos. — Querem que eu vá
buscar a mamãe para dar um jeito em vocês?
Ouvir Dylan a chamando pelo nome me fez lembrar quem ela era.
Daphne Clark, a atriz. Dean havia falado algo sobre os irmãos distribuírem
autógrafos. Lembrar dessa informação confirmou a minha suspeita.
— Meu anjo. — Dean estendeu a mão, chamando pela esposa, que
subiu no palco para se juntar a ele. — Cinco anos juntos — ele falou,
segurando o microfone na altura da boca e usando a mão livre para entrelaçar
os dedos nos da esposa.
— Eu quero que você me permita estar ao seu lado não somente pelos
próximos cinco anos, mas pelos próximos cinquenta, e por quantos mais eu
viver. Não consigo pensar em mais um ano da minha vida em que você não
esteja nele.
Fui idiota demais e não consegui notar que sempre a amei.... Saí de
perto da garota e fui até o bar com aquela frase martelando na minha cabeça.
Aquele dia estava me fazendo experimentar um pouco de todos os
sentimentos, indo do êxtase a angústia.
Trinta e cinco
— Acho que você deveria ficar — falei para a Jenna, quando nós duas
chegamos na recepção.
— Não, amiga. Ficar aqui sozinha vai ser um saco. — Jogou uma
mecha do cabelo ruivo para trás e colocou a mão na cintura.
— Era só um lance. Ele nem me ligou depois que saiu do meu quarto.
Sabe que eu não sou dessas que corre atrás de homem.
— Me desculpa. Bom, vamos embora. Voltar para casa nos fará bem.
Faísca e os outros devem estar sentindo falta de você.
— Que pena.
— Relaxa, é uma festa. Ninguém vai te julgar por ter ficado bêbado.
— Fiquei noivo de uma garota, mas peguei ela transando com o meu
melhor amigo.
— Que horrível!
— Certa? Sei lá! Acho que sim. Ela era divertida, o sexo era bom e
minha mãe a odiava. — Ri ao me recordar de que, em toda oportunidade que
tinha, minha mãe fazia a caveira da Zoe. — Como eu descubro se ela era ou
não a mulher certa?
— É aquela que faz o seu coração sangrar no momento em que você
percebe que você poderia fazer qualquer coisa, até abrir mão de qualquer
uma, para ter apenas aquela.
— Você disse que havia sido idiota demais para perceber, por quê?
— Foi a Zoe que te deixou desse jeito? — Ele moveu a cabeça para
me analisar melhor.
— Seria possível amar uma mulher que cresceu comigo e que estava
ao meu lado o tempo inteiro, mas eu nunca ter percebido?
— Mas como?
— Eu tenho medo.
— Pode deixar.
— Igualmente.
Respirei fundo quando o táxi chegou. Iria até o quarto dela quando
chegasse no hotel, mas iria falar o quê? Estava confuso; qualquer certeza que
eu tinha de que não deveria amar a Rachel, nem nenhuma outra mulher, havia
desaparecido diante dos belos discursos apaixonados dos irmãos Clark.
Deveria ser só desejo. Ela era uma mulher linda. Os olhos verdes e
brilhantes como duas esmeraldas, o cabelo loiro sempre muito vibrante, a
boca deliciosa...
— Algumas horas.
Será que Rachel havia mudado de hotel para não ficar perto de mim
ou havia voltado para Londres?
— Foi bom. — Sorri para a Jenna antes que ela me fizesse lembrar de
coisas que eu não queria. Mantive o sorriso e fingi que o meu coração era
feito de aço, e que não poderia ser partido em milhares de pedaços por
alguém que, desde sempre, foi um completo babaca comigo.
— Tia Chel!
— Passo pouco mais de uma semana fora e tosam você? — Fiz uma
careta e a Rose riu.
— Aceito, sim.
Ele puxou as nossas malas mais pesadas enquanto eu seguia atrás dele
com a minha sobrinha no colo e Jenna ao meu lado. Até a casa da minha
melhor amiga, a viagem foi completamente silenciosa, porém, assim que ela
saiu do carro e Rose dormiu no meu colo, William olhou para mim pelo
retrovisor central e fez a pergunta que eu estava torcendo para que ele não
fizesse.
— Já ouviu aquela: faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço?
Além disso, o meu lance com o Michael é bem diferente. Ele sempre foi um
babaca comigo, não deveria gostar dele, muito menos admitir. Não vou ficar
correndo atrás dele.
— Por quê?
— Pode, sim.
— Obrigada.
— Tenho certeza de que vai gerar. — Sorri, mas meus lábios logo se
contorceram em uma careta.
— Não sei, é você quem tem que me dizer. Deveria estar contente
com o nosso acordo, mas está com uma cara horrível.
— Mas...
— Por quê?
— Estava tudo indo bem, Dean. Até que ela disse que gostava de mim
e esperava que eu gostasse dela também.
— É a mesma garota?
— Não.
— Então, ela não tem nada a ver com isso — afirmou me deixando
desconcertado. —Michael, eu já fui como você, diria que até pior. Pensa em
uma coisa: você estava noivo da mulher errada, porque se ela fosse a mulher
da sua vida, você não estaria atraído por outra na festa. Quanto ao seu melhor
amigo, é bom que tenha se livrado dele.
— Estou com raiva por ela ter ido embora. Estou com raiva de mim
por tê-la deixado ir. Principalmente, estou com raiva porque não sei o que
fazer. Ontem, eu passei o dia todo tentando ligar para ela e acho que foi o
domingo mais angustiante que eu já tive.
Enquanto Dean falava comigo, percebi que não havia ganhado apenas
um parceiro de negócios, mas um amigo.
— Obrigada por terem me deixado ficar aqui por uns dias. — Sorri
para ela.
— Ele é bom.
— É? — Franziu o cenho.
Queria ter certeza do que eu estava fazendo, mas não tinha. Sequer
sabia o que iria dizer para a Rachel. Estava apenas atendendo a necessidade,
que gritava dentro de mim, de vê-la.
— Sabe me dizer onde posso encontrá-la? Quero muito falar com ela.
— Ela viajou com uma amiga para os Estados Unidos, e não sei
quando ela retorna.
— Tem algo mais que eu possa ajudá-lo? Quer deixar algum recado?
— E conseguiu?
— Era da empresa?
— Não.
— Oh, querido!
— Pois é...
— Além disso, sempre disse que a Zoe não era mulher para você.
Temia que algo assim acontecesse e lamento muito por estar certa.
Eu não precisei dizer nada para que a minha mãe soubesse exatamente
quem estava me deixando daquele jeito.
— É angustiante.
— Estou perdido.
— Sim, doutora.
— Oi.
— Eu tinha certeza disso. Por aqui também está tudo bem. — Jenna
era a responsável pelos cavalos do haras da família.
— Isso é bom.
— Você não parece tão bem. — Ela percebeu pelo meu tom de voz e
não gostei disso. — Pensando no Michael?
— Tenho parte da culpa nisso. Não deveria ter me envolvido com ele
esperando um resultado diferente do óbvio. Michael não é um príncipe, ele
sempre foi um idiota.
— Não esse!
— Qual é? Você é uma mulher adulta. Não vai parar de remoer o que
aconteceu se não sair e curtir um pouco.
Cuidar dos bichos e me cercar deles faria com que eu não pensasse
tanto no quanto havia sido um erro esse breve envolvimento com o Michael.
Ódio e amor talvez não andassem tão próximos quanto todos diziam.
Quarenta e dois
— Jura?
— Mas eu...
— Você é tão culpada quanto ele, Zoe. Ambos deveriam ter honrado
a relação que tinham comigo, mas não se importaram.
— Não fala isso, por favor, Mick. Você só está com raiva, mas eu
juro que serei a melhor esposa que você poderia querer. Me perdoa.
— Zoe, chega! Não perca o seu tempo nem o meu com esse seu
drama. Vá se entender com o Joseph, eu não quero você!
— Quem?
— É a Rachel, não é? Estava na cara que você iria correr para ela na
primeira oportunidade que tivesse.
Estava tão na cara assim? Ainda era difícil aceitar que eu havia sido
tão estúpido que não percebera o óbvio: sempre tinha amado a Rachel.
— Tenho certeza de que comemorou o motivo para terminar tudo
comigo. Está aí todo ofendido, mas aposto que estava me traindo também —
continuou o discurso, que eu não queria ouvir.
— Zoe, chega!
— Segue a sua vida que é o melhor que pode fazer para nós dois. —
Desliguei a chamada na cara dela; não estava disposto a ficar discutindo um
relacionamento que eu não queria mais. A única suposição que eu tinha era
que o lance dela com o Joseph não havia dado certo, pois, caso contrário, não
estaria correndo atrás de mim.
— Isso é desagradável.
— Não. Acho que a maior culpa do meu mal humor é o fato de ela
não me atender. Parece que a Zoe me ligando depois de tanto tempo é um
sinal de que não vai ser tão fácil.
— Só posso dizer que foi muito bom tê-lo conhecido, Dean. Não
apenas para o futuro da Aliance.
— Até, Dean.
Sem pensar muito, dirigi para o outro hotel. Era fim de tarde e o
trânsito só serviu para me deixar mais irritado. Por fim, a recepcionista
daquela unidade ligou para a secretária do William, que me colocou sentado
em um sofá diante da sala do cara. Minha vontade era arrombar a porta,
porém, usei o restante de bons modos que ainda me restava para permanecer
sentado, quase como uma criança colocada de castigo.
A sala era ampla, mas bem mais rústica do que a minha. Possuía
objetos de decoração antigos e muitas fotos de uma mulher morena e um
casal de crianças. Pela aliança, que vi na mão dele assim que fitei o homem
loiro sentado atrás da mesa, imaginei que fosse sua esposa e filhos.
— Quero falar com a sua irmã. Fui até a mansão Allen e me disseram
que Rachel ainda estava em Miami, mas sei que ela já voltou. Ela não atende
nenhuma das minhas ligações, não responde minhas mensagens e não sei
onde encontrá-la.
— E por qual motivo acha que eu vou pedir para ela para falar com
você?
— Rachel sempre foi uma mulher muito bonita. Você acha que eu
vou interceder com a minha irmã em nome de qualquer idiota que aparece na
minha porta? Ainda mais no fim do expediente, quando eu estou louco para ir
para casa e ficar com a minha mulher e os meus filhos?— Ele revirou os
olhos.
Ele não disse nada, apenas abriu uma gaveta e tirou o celular dela.
Discou um número e me entregou o telefone, já estava chamando. Não sei
exatamente o quê, mas algo no meu discurso foi o suficiente para que ele
intercedesse ao meu favor.
Meu coração parou de bater durante os segundos que o telefone
chamou, e voltou acelerado quando, finalmente, após vários dias, ouvi a voz
dela.
— Sim.
— Por qual razão eu não faria isso? — Ela poderia não estar na minha
frente, mas a imaginei diante de mim, com dentes cerrados e uma expressão
fechada.
— Rachel?
— Por favor. Você me conhece, Rachel. Sabe que eu não sou do tipo
que suplica.
— Sim.
— Estou nervosa.
— Acha que o Michael iria atrás do William para tentar falar com
você e dizer que a ama, para simplesmente ser tudo uma brincadeira?
— Eu o amo, Lilly.
— Obrigada!
— Minha nada. Só dei a chance para que ele pudesse falar para você o
que acreditava que precisava dizer.
— Você vai ficar bem, não vai? — Ele segurou a minha mão e me
olhou como se eu fosse a sua filha de quatro anos e precisasse dele para tudo.
— ... qualquer coisa eu ligo para você — interrompi ele. — Sei disso.
— Eu vi pela janela.
— Outro dia a tia leva você, meu amor. — Dei um beijo na bochecha
dela e a menina assentiu com um movimento de cabeça.
— Okay!
— Você está linda! — Ele abriu um largo sorriso que iluminou a rua
toda.
— Você também.
Ele esticou a mão para segurar a minha e pensei por alguns minutos se
deveria aceitá-la.
— Farei isso.
— Saiba que não é o único capaz de encontrar o escritório de alguém.
— Admito que tive ajuda. — Ele sorriu e percebi um leve corar das
suas bochechas. Era mais fácil reparar nas expressões dele quando fazia a
barba.
— Ela foi perfeita.
— Um aniversário de casamento.
— Sem surpresas?
— Só boas.
— Acho justo.
— Que bom!
— Você não vai ser arrepender, Chel. — Acariciou o meu rosto com
as pontas dos dedos, sem se importar se estávamos em público.
— Espero que não, nanico.
— Continue segurando.
Percebi que não, quando ele puxou o meu vestido para cima e tombou
a cabeça na direção do meu sexo. Algo dentro de mim se retorceu quando seu
hálito entrou pelos fios da renda da minha calcinha. Tentei fechar as pernas
em um movimento involuntário para que ele parasse, porém Michael agarrou
as faces internas das minhas coxas e as manteve bem abertas. Não podia
negar que, no sexo, gostava da forma como ele me dominava.
Ele soltou uma das minhas coxas e seu dedo foi parar sobre o meu
clitóris enquanto a sua língua percorria as texturas do meu sexo e me
penetrava levemente. Fui dominada por uma onda de luxúria e precisei
morder os lábios para não gemer alto, gritando o nome dele. Ele sabia muito
bem usar a língua e os dedos para me enlouquecer.
Seus lábios envolveram meu clitóris e seu dedo adentrou meu canal.
Rebolei na cadeira e o prazer do sexo que ele fazia comigo se tornou ainda
maior. Eu gostava da boca dele na minha, mas sua boca me dando prazer
daquele jeito era incomparável. Habilmente, Michael me levava a um
precipício onde eu não tinha escapatória a não ser me atirar. Entrar no jogo
dele era a melhor e mais deliciosa alternativa.
Talvez fosse o amor em jogo, mas o sexo com ele era muito intenso e
viciante, o melhor que eu tinha provado. Eu queria mais, muito mais. Michael
agitou o dedo dentro de mim, e os movimentos rápidos, frenéticos, somados a
precisão da sua língua, me levaram ao ápice em poucos minutos, mas ele não
parou de me enlouquecer mesmo percebendo que eu estava gozando.
— Vem aqui! — Ele agarrou o meu cabelo e me puxou para frente até
que meu nariz tocasse a braguilha da sua calça.
Mordi os lábios para não gritar de prazer quando ele escorregou para
dentro de mim; seu pênis preencheu meu canal e eu rebolei para que
encaixasse perfeitamente. Ele apertou a minha cintura e mordeu a minha
orelha enquanto seu corpo se chocava contra o meu no movimento mais
gostoso do mundo.
Virei a cabeça para o lado e procurei pela sua boca, para que o beijo
abafasse meus gemidos. Porém, o estalo que a minha pele fazia ao se chocar
com a dele era difícil de aplacar.
Ele puxou o meu cabelo para frente e fez com que eu me debruçasse
sobre a cadeira o máximo possível.
Com uma mão ainda na minha cintura, ele usou a outra para penetrar
meu ânus. Dei um gritinho que foi abafado pela música da apresentação e me
espichei, num misto de prazer e vergonha. Ele iria fazer de novo?
— Embora.
— Você não pode ir. — Beijei sua nuca arrepiando os pelos finos do
seu corpo.
— Não posso. — Ela ficou nas pontas dos pés e levou a sua boca até a
minha.
Tirei as mãos das suas coxas e a desci para o chão. Rachel me olhou
com um bico e uma expressão furiosa, mas eu a puxei pelo cabelo, fazendo-a
soltar um gritinho, e a trouxe para a cama. Sentei-me na beirada do colchão e
acomodei-a no meu colo de frente para mim. Rachel apoiou os joelhos na
cama e jogou os braços sobre os meus ombros antes de se encaixar em mim,
movendo-se.
Sorri, malicioso, ao vê-la jogar o belo e sedoso cabelo loiro para trás e
rebolar em mim. Os olhos verdes reviravam de prazer a cada vez que quicava
em mim. A fricção era insana e deixei que ela conduzisse o nosso sexo,
desfrutando da visão dela em mim, entregando-se completamente. Se o meu
corpo suportasse, não iria permitir que parássemos.
Agarrei seu cabelo pela nuca e trouxe a sua boca para a minha. Seus
lábios estavam gelados e ela gemia enquanto a sua boca buscava a minha
desenfreadamente. Tinha que admitir que era mil vezes melhor estar assim
com ela do que brigando.
— Que bom, meu filho. Estou muito feliz por vocês. — Minha mãe
nos olhou amorosamente antes de voltar a comer.
Quando apresentei a Zoe como minha noiva, minha mãe não havia
sorrido da mesma forma, nem demonstrado a mesma felicidade. Ela sempre
tinha gostado da Rachel, apesar da nossa constante batalha. Provavelmente,
ela já havia percebido o que eu demorei tanto para notar. Eu sempre amei a
Rachel.
— Oi, mãe.
— O que é isso?
— Não. Eu iria te dar quando você estivesse com a mulher que ama.
Estou muito feliz por você e a Rachel finalmente estarem juntos. Espero que
você faça o pedido no momento certo.
— Eu também.
Nós nos abraçamos e ficamos assim por alguns minutos, até que ela
saiu do quarto e me deixou sozinho para que terminasse de me arrumar.
Peguei a caixa com o anel que ela havia me dado e o guardei em uma gaveta
da cômoda. O apoio da minha mãe ao meu relacionamento com a Rachel me
indicava, ainda mais, que eu estava no caminho certo.
Quarenta e cinco
Um mês depois...
— Acho que o sexo com o Mick está fazendo bem a você — disse
Jenna em um tom debochado, antes de tomar um gole do seu chocolate
quente.
— Isso aí, garota! — Ela só não bateu palmas porque a mão estava
ocupada com o copo de chocolate quente. Devido ao frio que havia chegado
com o início do inverno, duvidava que Jenna fosse soltar a bebida quente. —
Em cima da mesa não é o lugar mais confortável, mas pode ser bem
excitante.
— Não se preocupa, o Michael não vai brigar com você por me deixar
passar. — Segui, abrindo a porta. O que eu não poderia prever era que não
era a fúria do Michael que ela estava tentando evitar.
Com os olhos cheios d’água, dei as costas e saí correndo dali o mais
rápido que consegui. Achava que o Michael não fosse mais brincar comigo,
mas ele poderia ter armado a maior brincadeira de todas e destruído o meu
coração no processo.
Continua em Paixão Inevitável...
Sinopse:
Sinopse:
Sem laços familiares fortes, tudo o que ele tem de mais importante é a
amizade de décadas com o sócio. O que ele não esperava era que a filha do
seu melhor amigo, dezoito anos mais jovem, nutrisse sentimentos por ele, um
amor proibido. ⠀
Guto vai lutar com todas as forças para não ceder à tentação. Dentre todas as
mulheres do mundo, Rosi deveria ser intocável; não era permitida para ele.
Porém, às vezes é difícil escapar de uma rasteira do desejo.
Eternamente Minha
Sinopse:
Sinopse:
Sinopse:
Sinopse:
Harrison Clark abriu uma concessionária de carros de luxo em Miami. Se
tornou milionário, figurando na lista dos homens mais ricos do Estados
Unidos. O CEO da Golden Motors possui mais do que carros de luxo ao seu
dispor, tem mulheres e sexo quando assim deseja. Porém, a única coisa que
realmente amava, era o irmão gêmeo arrancado dele em um terrível acidente.
Laura Vieira perdeu os pais quando ainda era muito jovem e foi morar com a
avó, que acabou sendo tirada dela também. Sozinha, ela se viu impulsionada
a seguir seus sonhos e partiu para a aventura mais insana e perigosa da sua
vida: ir morar nos Estados Unidos. No entanto, entrar ilegalmente é muito
mais perigoso do que ela imaginava e, para recomeçar, Laura viveu
momentos de verdadeiro terror nas mãos de coiotes.
Chegando em Miami, na companhia de uma amiga que fez durante a
travessia, Laura vai trabalhar em uma mansão como faxineira, e o destino
fará com que ela cruze com o milionário sedutor. Porém, Harrison vai
descobrir que ela não é tão fácil de conquistar quanto as demais mulheres
com quem se envolveu. Antes de poder tirar a virgindade dela, vai ter que
entregar o seu coração.
Quando a brasileira, ilegal nos Estados Unidos, começa a viver um conto de
fadas, tudo pode acabar num piscar de olhos, pois nem todos torciam a favor
da sua felicidade.
Uma virgem para o CEO (Irmãos Clark
Livro 1)
Sinopse:
Laura mudou de vida, mas nunca deixou para trás a amiga e faz de tudo
para ajudar a ela e a filha. Acredita que Angel, uma moça simples, virgem, e
onze anos mais jovem, é a melhor escolha para o seu filho arrogante e
cafajeste, entretanto, tudo o que está prestes a fazer é colocar uma ovelhinha
ingênua na toca de um lobo.
Dean vai enxergar Angel como um desafio, ele quer mais uma mulher em
sua cama e provar que ela não é virgem. No jogo para seduzi-la, ganhará um
coração apaixonado que não está pronto para cuidar...
Será que o cafajeste dentro dele se redimirá ou ele só destruirá mais uma
mulher?
Uma noiva falsa para o popstar (Irmãos
Clark Livro 2)
Sinopse:
Dylan Clark sempre teve o mundo aos seus pés. Dono de uma voz cativante e
um carisma ímpar, ele é um astro do pop famoso mundialmente, com uma
legião de fãs apaixonadas. Lindo, sexy e milionário, ele tem uma lista
interminável de conquistas. Entretanto, seu estilo de vida cafajeste está
ameaçado pelo noivado do seu irmão gêmeo.
Com o casamento do seu irmão, Dean, Dylan sabe que sua mãe tentará
fazer o mesmo com ele, mas não quer abrir mão da vida que leva. Acha que a
melhor solução é dar a mãe o que ela quer, um noivado. A primeira mulher
que vem a sua mente é Caroline, ninguém o conhece melhor do que ela e é a
candidata perfeita para convencer sua mãe da farsa.
Sinopse:
O destino fará com que a vida dos dois se cruze. A estrela vai se hospedar
no hotel do canalha para as gravações de um filme. Em meio a uma relação
explosiva, podem descobrir que são exatamente o que o outro precisa, mas
fantasmas do passado podem voltar e por tudo a prova.
Será que Daphne está pronta para brigar pelo amor de verdade ou o
deixará ir?
Meu primeiro amor é o meu chefe
Sinopse:
Atenção: Esta é uma obra de ficção imprópria para menores de 18 anos. Pode conter
gatilhos, incluindo conteúdo sexual gráfico, agressão física e linguagem imprópria. Não
leia se não se sente confortável com isso.
_______________________
"Entre a cruz e a espada." Esse ditado nunca fez tanto sentido para Vânia.
Uma mulher brilhante, uma advogada admirável, mãe de um adorável bebê, mas que não
consegue se livrar de um relacionamento abusivo com o pai da criança. Entretanto, a vida
está prestes a brincar com o seu destino.
Sinopse:
Minha viagem para a Coreia não deveria passar de uma experiência
cultural e artística, mas ela mudou a minha vida inteira.
Lucas sempre foi um policial exemplar, em todas as áreas, mas ele nunca
imaginou que a sua beleza e charme um dia seriam usados como arma.
Trabalhando para a narcóticos na luta constante contra o tráfico em São
Paulo, ele receberá uma missão um tanto inusitada: se infiltrar entre os
bandidos para seduzir e conquistar a princesa do tráfico, filha de um dos
maiores líderes de facção criminosa no país.
Era simples, pegue, não se apegue e extraia as informações necessárias
para prender todos os bandidos, porém em jogos que envolvem o coração as
coisas nunca saem como esperado e Patrícia o levará à loucura.
Clique aqui...
Jéssica Macedo possui vários outros títulos na Amazon, confira!
Clique aqui