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AUTORES:
ANTONIO RAMALHO DE SOUZA CARVALHO
NESTOR BRANDÃO NETO
EDSON APARECIDA DE ARAÚJO QUERIDO OLIVEIRA
Resumo
Abstract
Due to the need of if they maintain viable and competitive the research and development
organizations started to develop organizational process based in the different
administration styles, initially, based on bureaucratic techniques, looking goes the
excellence in the administration of documents, normalizing the several processes, it goes
soon afterwards, to uses the inherent techniques to the new models of contemporary
organizations, that they constantly look goes the diffusion of the knowledge and the
organizational learning. As a consequence of the first models, the bureaucratic tools
continued the if it perpetuates in the new organizations, however, with more laudable
focuses than the originally foreseen. The norms consist among the tools that they are
perpetuated, however, besides the function of standardization of activities and definition of
requirements, they become instruments of organizational learning. The research, for the
elaboration of that article, consisted of diagnosing, in an institution of development
research, as their technical standards corroborate with the organizational learning. For the
research method documental information were analyzed on the technical standards of the
Aerospace Technical Center and the theoretical references of the tendencies on the models
focused in the organizational learning. It noticed that the research and development
organizations, during the conception of their process, look goes the going goes the
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1. Introdução
Gouldner (apud MAXIMIANO, 2000) descreve que as Organizações podem ser mais ou
menos burocráticas, sendo que a regulamentação intensa eleva o grau de burocratização e
diminui a autonomia das pessoas tornando as organizações mais mecânicas3, enquanto as
Organizações menos burocráticas, possuem menos normas e consequentemente maior
autonomia para as pessoas, tornando as organizações próximas ao modelo orgânico4.
Em complemento ao apresentado, Robbins (2002) descreve que a organização mecanicista
possui, além de uma estrutura rígida e controlada, uma rede de informação limitada e
extremamente centralizada, enquanto a organização orgânica possui uma arquitetura
organizacional adaptativa, solta e flexível, tendo uma rede de informações abrangentes e
descentralizadas.
Outro autor, Gerstein (1993), descreve que cada vez mais as organizações tradicionais
estão migrando para os modelos contemporâneos, criando novos modelos organizacionais
na busca de enfrentar a complexidade do ambiente que as cercam, onde as reservas de
1 Sociedade Industrial – iniciada a partir da década de 70 do século XVIII, com a invenção da máquina a vapor por James
Watt, em 1776. Possui como pilares de sustentação os meios de transporte, a energia e a indústria, tendo o Estado como
agente de mudanças ou de construção da sociedade. (RODRIGUEZ, 2002, p.16).
2 Sociedade da Informação e do Conhecimento - iniciada a partir da década de 40 do século XX, com o surgimento do
primeiro computador, denominado Mark I, em Harvard, por Aitken em 1944, possui como pilares de sustentação a
tecnologia da informação, a conectividade, a energia e, em especial, o conhecimento, tendo as empresas e redes de
pessoas como agentes de mudança da construção da sociedade (RODRIGUEZ, 2002, p.16).
3 A cultura mecanicista é adequada a ambientes estáveis, sendo a visão de conjunto privilégio daqueles que administram
e a valorização é feita àqueles que são leais e obedientes aos superiores.
4 A cultura orgânica adapta-se aos ambientes instáveis, onde o ambiente cooperativo do conhecimento é enfatizado ao
invés da especialização.
3
5 O conhecimento tácito inclui a intenção, as perspectivas, crenças e valores que as pessoas formam como resultado de
suas experiências. Está profundamente arraigado na ação e no comprometimento do indivíduo com determinado contexto.
6 O conhecimento explícito refere-se ao conhecimento transmissível em linguagem formal e sistemática, ou seja, é aquele
cujas regras são exteriorizadas por informações que podem ser transmitidas a outros por meio dos sentidos humanos. É
representado por relatórios, base de dados, patentes, produtos e processos.
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7 Segundo Tapscott e Caston (1995) a mudança de paradigma é uma nova maneira de ver algo, sendo freqüentemente
exigida em função de novos desenvolvimentos ocorridos em ciência, tecnologia, arte, ou outras áreas de atuação que
envolvem transformações ou mudanças.
5
Dentro do ambiente técnico, as normas são criadas de modo a facilitar a atividade dos
gerentes e de padronizar as informações que circulam nas esferas operacional, tática e
estratégica da organização. As normas são guias que norteiam as atividades dos gerentes e
possibilitam que as informações geradas respeitem um ciclo de processos dentro da
organização, facilitando sua recuperação e a compreensão dos resultados por meio de um
modelo padronizado, permitindo assim, uma aprendizagem organizacional por meio da
vivência (VALERIANO, 2001).
NCTA 001
Elaboração de normas
NCTA 002
NCTA 006 NCTA 003
NCTA 005
NCTA 004
Informações NCTA 007
Técnico- NCTA 008
Qualidade
Científicas
Projetos
8 OBS: Revogada pelo CTA devido ao cancelamento da NBR ISO 9001:1994, que deixou der válida a partir de 15 DEZ
2003 para fins de Certificação de Sistemas da Qualidade e também devido à emissão da AS 9100:2001 pela SAE e
tomando-se como base uma instrução do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DEPED), órgão superior ao
CTA.
9 O PMI - Project Management Institute, criado nos Estados Unidos em 1969, é uma instituição sem fins lucrativos
dedicada ao avanço do estado-da-arte em gerenciamento de projetos, tendo como o seu principal compromisso a
promoção do profissionalismo e da ética em gestão de projetos (PRADO, 1999). Dentro das suas práticas da promoção da
gestão de projetos está a A Guide to the Project Management Body of Knowledge, mais conhecido como PMBOK Guide.
10 PDCA - Planejar, fazer, verificar e atuar, sendo: Planejar (Plan) - estabelecer os objetivos e processos necessários para
produzirem resultados em conformidade com o escopo do projeto; Fazer (Do) - implementar os processos; Verificar
(Check) - monitorar e medir os processos em relação aos objetivos, metas, requisitos legais e outros, e reportar os
resultados; e Atuar (Act) - tomar ações para melhorar continuamente o desempenho do projeto.
7
Dentro do escopo das NCTA há a definição de um prazo mínimo para sua atualização,
onde profissionais altamente especializados em normas e em gestão técnica são designados
pela alta direção do Centro para geração de soluções que serão convertidas em normas.
Silva e Ricco (1998) descrevem que as normas técnicas são instrumentos que evoluíram de
uma visão isolada e imediatista, para uma visão sistêmica e integrada no processo de
gestão, onde cada aspecto passou a ser tratado em contribuição com o todo, caracterizando
a espiral do conhecimento organizacional preconizado por Nonaka e Takeuchi (op. cit.).
HORAS/HOMEM
H/H
1400,0
1232,4
1200,0
1000,0
800,0
H/H
600,0
427,5
0,0
0001 0003 0004 0005 0006 0007 0008
11 Não existe registro sobre a quantidade de horas-homem utilizados para e elaboração da NCTA 002.
8
NCTA
Um dos principais benefícios do tempo utilizado foi o entendimento das situações e dos
eventos que ocorriam e, também, a troca de experiência e de conhecimento entre os
participantes que, devido ao seus perfis, facilitam a absorção do conhecimento e sua
difusão nos setores funcionais de trabalho, uma linha de atuação apresentada e defendida
por Davenport e Prusak (1998).
12 Em agradecimento pela informação disponibilizada pelo Analista Luiz Antonio Chiste Brandão - ABNT/CB-08 da
Subdivisão de Normalização - CSG-SN do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial – IFI do CTA
9
Durante toda a fase de elaboração de normas, passa a existir uma transferência expontânea,
e muitas vezes, não estruturada do conhecimento. Descreve Lima (2004) que as
transferências não estruturadas do conhecimento são oportunidades para encontros
espontâneos de mente e têm o potencial de gerar novas idéias.
Ao se ter a proposta final da norma, é feita uma consulta pública, onde qualquer
funcionário pode participar com sugestões e críticas, tornando uma estratégia primária para
a transferência do conhecimento, consequentemente a aprendizagem organizacional, uma
vez que a participação dos membros da organização nos processos sistêmicos auxiliam a
aprendizagem organizacional, conforme a visão de Peter Senge (1990).
Ao término do ciclo de consultas, é elaborada a versão final de norma técnica que tem sua
aprovação pelo Diretor do Centro.
Por fim, a divulgação da norma ao Centro por meio dos trâmites formais de comunicação,
cadeia hierárquica funcional e também por meio da Intranet.
4. Aspectos Observados
Todo o processo de elaboração das normas técnicas no Centro Técnico Aeroespacial, bem
como o conteúdo das normas de projetos, demonstra um direcionamento para a
transformação do conhecimento tácito em conhecimento explícito e para a aprendizagem
organizacional, porém, algumas deficiências foram observadas, não diferentes das demais
instituições públicas de pesquisa:
a) quanto ao processo de elaboração:
- Não se realiza atualização das normas dentro do prazo previsto;
- A consulta pública é feita pelos canais formais, sendo que existem
filtros durante o processo, onde informações consideradas irrelevantes,
mas que poderiam vir a contribuir com o processo, são retiradas;
- No processo de consulta existe um feedback ineficiente ao colaborador
de sugestões, desmotivando futuras participações; e,
- A aprovação da norma não vem seguida de um processo de
conscientização, diminuindo com isso o apoio em massa para sua
aplicabilidade;
b) quanto ao conteúdo da norma:
- As normas são ricas em detalhe, tornando-se uma atividade demorada
para determinados projetos, contribuindo para uma sonegação à parte do
processo;
- Nem sempre há confiança dos gerentes da aplicabilidade das
informações que são destinados aos setores superiores de controle e
planejamento; e,
- As informações geradas na norma não são percebidas por alguns
gerentes como ferramenta de trabalho, mas apenas como informações de
controle.
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5. Conclusão
Referências
AASE, Karina. Handbooks as a tool for organizational learning: a case study. Journal of
Engineering and Technology Management JET-M. pg. 201-228. 1998.
DAFT, Richard L. Administração. Tradução de Fernando Gastaldo Morales. Rio de
Janeiro: LTC, 1999.
DAVENPORT, Thomas H; PRUSAK, Laurence. Conhecimento empresarial: como as
organizações gerenciam o seu capital intelectual. Tradução de Lenke Peres. Rio de Janeiro:
Campus, 1998.
GERSTEIN, Marc S. Das burocracias mecânicas às organizações em rede: uma viagem
arquitetônica. In: NADLER, David. Arquitetura organizacional: a chave para a mudança
empresarial. Tradução Waltensir. Rio de Janeiro: Campus, 1993.
LIMA, M. C. Rizzi de. Gestão do conhecimento para gestores da informação. SENAC:
São Paulo, 2004. Apostila de curso.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. São Paulo: Atlas,
2000.
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas
japonesas geram dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
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