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O
ritmo acelerado de desenvolvimento de novas tecnologias, ou de
aprimoramento das já existentes, promove uma infinidade de melhorias em
nosso dia a dia. Um dos destaques desses avanços, que pode ser facilmente
percebido, está no entretenimento, em especial nos jogos.
A cada nova geração de console, novo modelo de placa gráfica ou até mesmo novo título
de uma franquia, é possível ver que graficamente os games se tornam mais polidos e, em
alguns casos, mais próximos da realidade.
Assim, é natural que ao comprar um video game você queira usufruir ao máximo do seu
potencial de processamento e visual. Porém, para isso é fundamental que a televisão
usada para reproduzir os jogos esteja bem “calibrada”. Se você tem dúvidas de como
configurar a sua TV para jogar ou não faz a menor ideia de como fazer isso, este artigo
traz dicas bacanas para ajudá-lo nessa busca por diversão de qualidade.
Premissas importantes
Antes de qualquer coisa, é essencial que façamos algumas observações pertinentes e
apresentemos algumas informações para que você fique mais familiarizado com o
assunto. O primeiro dilema com que muitas pessoas se deparam é qual a melhor
tecnologia de TV para jogos: plasma ou LED?
De maneira bem objetiva, a melhor opção é a de plasma devido ao seu menor tempo de
resposta e maior contraste. Nesta publicação você encontra um infográfico e maiores
detalhes de comparação entre esses tipos de televisores. Todavia, antes de optar pela
compra de uma televisão de plasma pesquise muito bem para saber se ela não sofre com
burn-in, o que pode fazer com que a tela fique marcada por jogos que possuem menus
fixos.
Outra dúvida muito recorrente é sobre o tamanho de tela. Para saber quantas polegadas
a sua TV deveria ter, você pode medir a distância do seu sofá ou cama até a televisão
(lembre-se de adotar a medida em metros) e multiplicar por 12. Essa é uma das técnicas
possíveis, mas clicando aqui você encontra mais alternativas para realizar tal estimativa.
E os questionamentos não terminam aí. Você já deve ter percebido que muitas
fabricantes indicam e até destacam a frequência com a qual seus produtos operam — 60,
120, 240 e 480 Hz. Basicamente, essa é a velocidade com que a TV faz a leitura das cenas
transmitidas pelo game ou filme, por exemplo.
Assim, em teoria, quanto maior for esse valor, menores as chances de você encontrar
imagens desfocadas ou borradas. Contudo, é preciso cautela ao analisar essa
especificação para não cair em uma jogada de marketing das empresas ou gastar
dinheiro com um modelo muito potente para os conteúdos que você irá realmente
consumir. Para evitar isso, não deixe de ler esta matéria.
E qual seria o melhor cabo a ser utilizado para a transmissão das imagens: HDMI, VGA,
Componente ou Composto? Embora o HDMI não seja o único a, teoricamente, reproduzir
conteúdos em 1080p, ele é o mais indicado por enviar os sinais por meio digital e oferecer
um resultado mais equilibrado entre cores, contraste e nitidez. O VGA também pode ser
uma boa opção, mas os demais devem ser evitados.
Por fim, devemos salientar a importância de se atentar para a altura na qual a televisão
ficará. Caso ela esteja muito alta ou apoiada em um móvel muito baixo, dependendo da
qualidade da TV, as imagens podem apresentar distorções de cores e nitidez, mesmo que
a angulação não seja grande. Aqui não tem segredo: sentado com as costas e a cabeça
retas, o ideal é que a sua visão siga para o centro do televisor.
Conceitos básicos
Além dessas premissas, você deve ainda ter em mente alguns conceitos básicos, os quais
com certeza vão aparecer na sua frente quando for configurar sua televisão. Portanto, é
relevante que você saiba o que cada um significa. Vamos às explicações.
Brilho: é ele quem determina a intensidade da cor preta. Se estiver configurado com
taxas muito altas, a imagem assume aspectos acinzentados. Em contrapartida, se o
brilho estiver baixo, a reprodução ganha tons mais escuros e a diferenciação de
contraste entre cores é dificultada.
Contraste: grosso modo, é uma função complementar ao brilho, mas com o objetivo
de regular os tons de branco. Quando está muito alto, o contraste acaba
promovendo a sensação de cenas borradas. Caso esteja abaixo do ideal, ele reduz a
definição da imagem.
Cor: basicamente, ao ajustar a cor da sua TV você está regulando a saturação das
diferentes tonalidades reproduzidas. Ao aumentar a intensidade dessa
característica, as nuances das diversas cores são reforçadas, e as imagens ficam mais
vivas. Por sua vez, a redução da saturação deixa prevalecer os tons de cinza, e as
cenas ganham um aspecto de “lavadas”.
Temperatura de cor: presente apenas em modelos mais modernos, a temperatura
de cor manipula os tons de branco e, consequentemente, toda a paleta de cores. As
configurações “quentes” são indicadas para o uso do televisor em ambientes muito
iluminados, enquanto os modos “frios”, para locais mais escuros.
Nitidez: controle responsável pela nitidez das imagens, como era de se imaginar. Se
sua regulagem estiver muito alta, os elementos exibidos podem ser contornados por
linhas brancas e transparecer baixa resolução. Porém, se o ajuste estiver muito
baixo, a sensação é de que os objetos e personagens estão “recortados” do cenário.
Matiz: mecanismo que dá equilíbrio à tonalidade das cores e, para isso, utiliza
ajustes com base em tons de verde e violeta. Contudo, esse recurso se faz necessário
apenas no padrão NTSC, que pode sofrer interferências. Nas diretrizes mais atuais e
usadas no Brasil, como a PAL, essas correções são feitas automaticamente. Assim,
sua TV pode nem ter tal opção.
Modo Jogo
As TVs mais modernas oferecem um perfil predefinido para a jogatina, o clássico “Modo
Jogo”. Esse mecanismo tem o objetivo de adaptar automaticamente as configurações da
televisão para que você possa usufruir de games com melhor qualidade. A princípio, a
sensação é de que essa opção apenas torna a tela mais escura. Porém, ela vai muito além
disso.
Obviamente, todo esse processo leva algum tempo, e, embora não passe de
milissegundos, ele pode ser percebido em jogos que apresentem cenas mais dinâmicas e
intensas. Se o console e o televisor não operarem em ritmos iguais ou parecidos, surgem
os problemas de tempo de resposta — como atrasos de transição de cenas que induzem
a erros de movimentos e falhas de sincronia labial de personagens.
Para reduzir e até mesmo eliminar tal problema, as fabricantes começaram a criar
tecnologias capazes de desativar alguns recursos das TVs que não são tão influentes
durante a jogatina (incluindo escalonamento avançado de imagens, redução de ruídos e
processamento de cores) e acabam atrasando aqueles procedimentos de conversão já
mencionados.
Mas nem tudo no Modo Jogo é melhoria. A configuração pode trazer alguns efeitos
colaterais, como a aparição de artefatos em imagens, sutis distorções nas cores e até
borrões de elementos que se movem com muita velocidade pela tela. Não existe milagre:
quanto menor o tempo de resposta estabelecido, menor será a qualidade geral de
imagem — algumas características têm que se sacrificar para outras se sobressaírem.
Assim, esse tipo de função pode compensar algumas limitações da TV, mas o
complemento com ajustes manuais é necessário para se obter a melhor experiência.
Caso você queira se aprofundar no assunto, leia este artigo.
Variáveis imprevistas
Existem outras variáveis que podem influenciar nesse tempo de resposta das televisões.
Algumas marcas adotam diferentes tecnologias para aprimorar a reprodução de cenas
rápidas em filmes executados a partir de DVD ou Blu-ray players e programações
convencionais de TV. Porém, tais recursos podem acabar afetando o desempenho do
aparelho para jogos, e os consumidores nem percebem que basta desativá-los para
solucionar esses atrasos.
Preparação
Como a proposta deste artigo é promover a melhor experiência de jogo, sugerimos que
as configurações indicadas aqui sejam feitas com um game sendo executado. Além disso,
é essencial que você verifique se determinadas configurações da TV estão “compatíveis”
com as do console ou do computador.
Assim, você deve se certificar de que ambos os aparelhos estejam operando com o
chamado “Full RGB”, caso os dois possuam essa opção. Se a televisão ou o console não
suportar tal especificação, é melhor que o outro dispositivo também tenha essa função
desligada para não ocasionar incompatibilidades e distorções de cores.
O local onde essas configurações são disponibilizadas varia de modelo para modelo, mas
geralmente está relacionado a menus de “definições de apresentação”, “saída de vídeo”
e descrições do gênero. Em caso de dúvidas, consulte o manual de instruções da sua TV
ou video game. É válido salientar ainda o fato de que o Full RGB opera somente por meio
de uma conexão HDMI.
Pegando o controle da TV
Já com os devidos conhecimentos adquiridos e observações assimiladas, chegou a hora
de pegar o controle da sua televisão e começar a configurá-la para que você possa
usufruir da melhor experiência de jogatina com ela.
Feitas essas configurações, você deve evitar mexer nas opções de configuração de ajuste
de contraste e brilho oferecidas por alguns jogos — tal ação só estragaria as mudanças
que você acabou de fazer. Se você perceber que um game está meio “apagado”, use as
ferramentas de gama de cores do próprio jogo para que o brilho e o contraste sejam
ajustados de maneira uniforme.
E o que tais observações querem dizer? Elas significam que não existe uma fórmula exata
para a calibragem de TVs. Cada modelo, dependendo das tecnologias empregadas e de
suas especificações de hardware, vai exigir ajustes específicos. Portanto, esse guia traz
apenas sugestões de regulagem, e nada impede que você encontre ajustes mais
adequados para o seu televisor.
Aliás, se você achar uma configuração diferente das que citamos e que tenha ficado
bacana na sua televisão, deixe um comentário explicando qual é essa regulagem. Não se
esqueça de mencionar a marca e o modelo da sua TV para que os demais leitores possam
aproveitar a dica caso possuam o mesmo dispositivo.
FONTE(S) Arkade/Fernando Paulo, Fórum Adrenaline/Proper
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21 comentários
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Agora, em relação a essa imagem, o certo era para haver a diferenciação das
cores, fiz um teste com o monitor da LG E1950 (LED), coloquei o contraste no
máximo, realmente mesclaram as cores, MAS, com o contraste no máximo a
diferenciação das cores diminui muito, no caso, eu estava utilizando o Chrome,
quando o contraste estava no máximo, o degradê da barra de navegação
praticamente desapareceu. Pelo menos neste monitor que estou usando o
ideal seria colocar o contraste no 70, que é a que estou usando.
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Sony Bravia e PS4 união perfeita os dois trabalham em sincronia, até agora não vi nem um
lag, nem mudança de tonalidade entre os jogos, muito bom mesmo!!
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