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FECHAMENTO DE ARQUIVOS:

dicas para não errar


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 03
SISTEMAS DE COR ................................................................................................................................................. 04
RESOLUÇÃO DE IMAGEM .................................................................................................................................. 08
RESOLUÇÃO DE SAÍDA ....................................................................................................................................... 09
O MITO DOS 300 DPI ............................................................................................................................................ 10
QUAL É O TAMANHO IDEAL? ........................................................................................................................... 11
COMO FECHAR ARQUIVOS .............................................................................................................................. 12
SUPRIMENTOS: TÃO IMPORTANTES QUANTO UM BOM ARQUIVO .......................................... 13
INTRODUÇÃO
O mercado de grandes formatos, de uns anos pra cá, tem revelado seu
potencial econômico e, aliado às tendências, atende uma demanda que
antes não era vista: a personalização junto às pequenas tiragens. Hoje em
dia é muito fácil ter desde uma lancheira, por exemplo, com seu nome, até
fronhas de travesseiro também personalizadas por preços acessíveis;
adesivos não são mais um luxo e, cada vez mais, estão ao alcance das
pessoas para decorar paredes, envelopar veículos, criar instalações e fazer
tudo que a criatividade permitir.

Quando começamos neste mercado, seja na comunicação visual ou na


área têxtil, muitas são as dúvidas e, geralmente, vamos aprendendo na
tentativa e erro. Com o tempo, a dificuldade já não é mais um obstáculo.
A intenção da VinilSul com este e-book não é ensinar tudo que você precisa
saber, mas te orientar de forma fácil a alguns detalhes que são importantes
para que seus arquivos tenham ainda mais qualidade!

BOA LEITURA!

03
SISTEMAS DE COR
Em 2019, a 3M do Brasil anunciou ao mercado a mudança da tonalidade do Amarelo do material BR6300-35, que correspondia ao
Pantone 116C. A partir de junho daquele ano, a cor passou a ser o Pantone 7548C. Você pode se perguntar: qual é a diferença?

Mas você sabe para que serve o Pantone e os demais sistemas de Gerenciamento de Cores?

Os sistemas de cores utilizados nos dias de hoje são nada mais do que tentativas de padronizar as tonalidades de cores existentes
em todos os dispositivos envolvidos na produção, desde a criação até a impressão. Essenciais para a indústria gráfica, garantem que
o material impresso se mantenha fiel ao tom do arquivo solicitado pelo cliente, por exemplo.
Além do Pantone, os padrões mais comuns de sistemas de cores são o RGB e o CMYK.

O SISTEMA RGB
RGB é o sistema criado para reprodução de cores em objetos que
emitem luz: aparelhos eletrônicos e seus diferentes modelos de
tela (TVs, monitores, telas de notebooks, câmeras digitais, celulares,
entre outros). A sigla representa as iniciais de suas três cores em
inglês:

vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue).

É um padrão aditivo, pois, ao mesclar as três cores, obteremos mais


luz, até chegar ao branco.
Este e-book, por exemplo, foi feito no sistema RGB, já que você
provavelmente o está lendo através de uma tela.

04
O SISTEMA CMYK
É o sistema de cores padrão utilizado em impressões em
todo o mundo, sejam em impressoras domésticas ou gráfi-
cas profissionais. Tem como suas cores primárias:

Azul (Cyan), magenta (Magenta), amarelo (Yellow) e preto


(Black).

É um padrão subtrativo pois é composto por pigmentos


sólidos, que quando se sobrepõem, ficam cada vez mais
escuros – e a partir da mistura desses pigmentos, é possível
reproduzir a maioria das cores com diversas tonalidades.

Algumas marcas, como as da EPSON, adicionaram mais


cores a esse sistema com a finalidade de melhorar ainda
mais a qualidade de impressão de seus equipamentos.
Entre elas, estão o Azul Claro (Light Cyan) e o Magenta
Claro (Light Magenta). São facilmente encontradas nas
linhas iniciais de grandes formatos.

Já nas impressoras voltadas ao mercado e à indústria, como


a SureColor® S80600, por exemplo, o número de cores
pode chegar a 11, potencializando ainda mais o sistema.

SureColor® S80600

+
(opcionais)

05
A ESCALA PANTONE®
A Pantone é uma empresa norte-americana, responsável pela criação de um
sistema de cores na década de 1960, quando buscava um padrão de impres-
são. Hoje, a escala Pantone é referência em impressão para profissionais que
buscam exatidão de cores em seus trabalhos. Além disso, a empresa atua em
pesquisas de tendências e novas cores, indicando anualmente a cor do ano.

O sistema é baseado em uma mistura específica de pigmentos para se criar


novas cores, permitindo também a impressão de cores especiais, como as
cores metálicas e fluorescentes.

O Guia reune cartões de cores com códigos de identificação, especificando as


cores de um trabalho. Assim, um arquivo enviado do Brasil para impressão no
Japão, por exemplo, terá exatamente as cores escolhidas, pois o fornecedor
pode identificar corretamente a cor desejada e desenvolver mecanismos
para obtê-la.
06
CMYK OU RGB?
Ao finalizar um projeto, é preciso verificar qual dos padrões
de cores está sendo usado no equipamento onde será feita
a impressão. Na dúvida, escolha o padrão CMYK, assim
você terá maiores chances de reproduzir as cores como LEMBRE-SE:
são vistas na tela do computador.
Assim como em qualquer tecnologia
Caso você tenha certeza que o equipamento possui um de impressão digital, a qualidade de
sistema de gerenciamento avançado de cores, como um impressão e as cores que querem ser
software RIP, a melhor opção é imprimir em RGB. alcançadas, depende de três fatores
principais: a tecnologia de impressão
utilizada, as tintas e, por último, mas
não menos importante, o substrato
COMO IMPRIMIR EM PANTONE? usado.

Para imprimir arquivos na escala Pantone em impressoras


de grandes formatos, é preciso um software RIP. Com essa
tecnologia, a impressora é capaz de converter Pantone
para CMYK com precisão, imprimindo exatamente o que
está sendo exibido no monitor, independentemente do
software de design.

Outra opção é utilizar o seu software de design favorito,


TABELA DE CONVERSÃO
como o Adobe Illustrator ou Corel, para tentar alcançar PANTONE | CMYK | RGB
uma cor próxima à desejada. CLIQUE AQUI!

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RESOLUÇÃO DE IMAGEM PPI
A informação em PPI (pixels per inch) indica a quantidade de
O assunto pode ser um pouco complexo, mas a explicação
pixels existentes em uma polegada, independente se ela está na
a seguir, além de tirar suas dúvidas, pode te ajudar a criar
vertical ou na horizontal, pois é considerado que estamos tratando
projetos incríveis e impressões com qualidade de imagem
de pixels quadrados. Ele serve como um medidor de densidade.
superior.

PIXELS: UNIDADE DE MEDIDA


Toda imagem, quando trabalhamos com fotografia,
design para a web ou impressão, é totalmente dependente
de resolução, ou seja, depende da quantidade de pixels
que possui. Logo, resolução de imagem é a relação entre
altura e largura, porém não é o único fator para determinar
a qualidade de imagem. Para saber quantos pixels há em
uma imagem, basta consultar as propriedades dela.
Como dá para perceber, quanto maior o PPI, maior será a qualida-
Sendo o pixel uma unidade de medida, quanto mais se
de da imagem, e isso sim definirá a boa ou má resolução.
tem, maior é a imagem, o que não quer dizer que ela seja
melhor. Isso se dá por causa de um outro elemento impor-
tante: o PPI.

10ppi 72ppi
400x300px

970x728 px
08
RESOLUÇÃO DE SAÍDA
Em resumo, é a resolução alcançada na hora da impressão. Cada impressora tem um limite, medido sempre em DPI. Ele é essencial
para imagens nítidas e com cores bem vivas. Contudo, é necessário que o material a ser impresso seja também de qualidade. É isso
que vai definir uma boa impressão e, por consequência, o sucesso de um negócio.

DPI
O DPI é muito parecido com o PPI, mas a diferença é que
temos a definição da imagem determinada em pontos por
polegada, em vez de pixels, já que estamos tratando da
impressão. Essa mudança de unidade de medida é necessá-
ria, já que o pixel é um elemento totalmente virtual, não
podendo ser impresso.

Apesar disso, o DPI é dependente dos valores em pixels, já que


é necessária uma conversão no computador antes de mandar
um arquivo para impressão. De qualquer forma, vale a mesma
regra que nos displays: quanto maior for o DPI, maior será a
densidade.

ENTÃO QUANTO MAIOR O DPI,


MELHOR FICA O TRABALHO? NÃO É BEM ASSIM!

09
O MITO DOS 300 DPI
Ao trabalhar com impressão, normalmente usamos 300dpi para
que o resultado tenha qualidade superior. Isso nem sempre está
exatamente certo!

Diferente do que a maioria de nós pensamos, menos é mais.


Quanto MAIOR a arte realizada, MENOS pontos por polegada são
necessários. Isso se dá pela distância dos nossos olhos ao material
impresso. De longe, o olho humano não tem a mesma percepção
de um material que está perto. Sendo assim, se ele for:

Menor que 1m²: Entre 200 e 300dpi


Entre 1m² e 10m²: Entre 100 e 200 dpi
Maior que 10m²: Menos de 100dpi

Ou seja, um material que está a 30cm ou 40cm dos nossos olhos


precisa de mais pontos por polegada para que vejamos tudo com
nitidez, ao passo que, à uma distância maior, essa quantidade não é
necessária.
De maneira geral, podemos dizer que, se o impresso com 300dpi
pode ser visto de 40cm dos olhos, se dobrarmos a distância de visu-
alização, podemos dividir a resolução por 2.

Duas finalidades, duas resoluções


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QUAL É O TAMANHO IDEAL? CONSIDERE UM ARQUIVO DE:
10 metros: 30dpi
Quando trabalhamos com grandes formatos, é normal lidarmos com
programas que travam e arquivos muito pesados que, às vezes, são
5 metros: 150 dpi
até mesmo difíceis de enviar.
1 metro: 300dpi
O que muita gente não sabe é que, para criar materiais em grandes
formatos, não é necessário que o arquivo tenha as mesmas dimensões
Se seu arquivo será, por exemplo, 10 VEZES MENOR
do produto final. Trabalhando com a configuração e as proporções
que o material impresso, a quantidade de DPIsdeve
certas, você terá a mesma qualidade de entrega com facilidade e
ser 10 VEZES MAIOR para que, ao imprimir, a
arquivos (bem) menores!
qualidade seja mantida.
Como dito anteriormente, o DPI funciona de forma inversamente
proporcional: quanto maior o arquivo, menor será o DPI.

COMO FAZER ESSE CÁLCULO?


Vamos trabalhar com o exemplo de um outdoor de 10 metros, que
ficará a uma distância de 10 metros dos nossos olhos: não é necessário
POR QUE TÃO POUCO?
e nem desejável que o arquivo tenha esse mesmo tamanho, pois ficará O termo “qualidade de impressão”
muito pesado e, com certeza, dará muito mais trabalho. Logo, trabalha- tem a ver com a sensação de
mos com medidas menores, mantendo a proporcionalidade de todos conforto visual. Ao visualizar uma
os elementos. imagem, a distância da qual essa
imagem será vista influencia
Para este outdoor, com 10 metros de largura, podemos trabalhar em diretamente na quantidade de dpi
um arquivo até 10 vezes menor, de acordo com o que você desejar. Ele necessária para imprimi-la.
pode ter 5 metros (metade) e até mesmo 1 metro (dez vezes menor)! A
proporcionalidade é chave para o bom desempenho deste trabalho. A
quantidade de DPIs necessários varia muito, mas em um outdoor tão
grande, trabalharemos com 30dpi.
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FECHANDO ARQUIVOS
Depois de explorarmos alguns conceitos para que os trabalhos
sejam cada vez melhores, chega a hora de fechar o arquivo.
Nessa etapa, algumas dicas são muito importantes. São elas:
3 CUIDADO COM AS FONTES
Sempre incorpore as fontes no arquivo original. Em
outras palavras, faça a conversão de fontes em
curvas. Isso evita problemas na hora da impressão,
seja de grande formato ou não e garante que nada

1 ATENÇÃO AO SISTEMA DE CORES


Observe o sistema de cores do arquivo: de nada adianta criar
em seu trabalho será alterado.

materiais incríveis mas que, na hora de imprimir, vão dar erro;

4 ATENÇÃO AO MATERIAL
Certifique-se do material a ser impresso: adesivo,

2 CONVERTA ARQUIVOS EM PDF/X-1A


PDF significa “Portable Document Format” ou “Formato de
lona, papel para sublimação, etc., além das confi-
gurações de impressão indicadas para cada um.
Documento Portátil”. Ele foi projetado para tornar os arquivos
mais leves. As especificações do PDF variam de empresa para
empresa, mas fechar arquivos em PDF/X-1A é quase unânime.

Em seu “Novo Manual de Produção Gráfica”, David Bann 5 MARGENS


Essencial no fechamento do arquivo, elas evitam
(2011) explica mais: que os materiais tenham erros de corte.
Certifique-se de que seu arquivo possui:
“Uma vantagem do arquivo PDF é o fato de que é difícil alterá-lo
sem conhecimento especializado o que diminui a ocorrência de marcas de corte;
erros na pré-impressão ou impressão. Todavia, qualquer erro
detectado no arquivo fechado deve ser informado ao designer área de segurança (3mm de cada lado para
para que ele corrija e crie um novo PDF. Por outro lado, se o forne- dentro da área de corte);
cedor for confiável, modificações e emendas podem ser feitas sem
a criação de arquivos PDF completamente novos. Contudo, lem-
sangria (3mm de cada lado para fora da área de
bre-se de que alterações significativas devem ser inseridas tanto
no original quanto no arquivo PDF.” (BANN, 2011) corte).

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SUPRIMENTOS: TÃO IMPORTANTES QUANTO UM BOM ARQUIVO
SUBSTRATOS

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Há diversos substratos para impressão no mercado, como vinil, EVITE SURPRESAS: EXPLIQUE TUDO AO CLIENTE
lona, papel para sublimação, rígidos, entre outros. É preciso
Devido ao orçamento, seu cliente pode vir a escolher
levar em conta as configurações de impressão indicadas para
um material que não é adequado para o projeto. Neste
cada um, além do uso correto de cada substrato em seu devido
caso, explique todos os prós e contras para que não
equipamento.
hajam dúvidas e nem surpresas.

ANTES DE ESCOLHER UM MATERIAL:

1 ENTENDA O QUE SEU CLIENTE NECESSITA


Se ele precisa de um projeto itinerante, por exemplo, os
AO COMPRAR SUBSTRATOS, VERIFIQUE:

1) Procedência / Fabricante
materiais usados devem resistir às mudanças de local.
2) Validade
3) Informações técnicas do produto

2 PERGUNTE SOBRE A DURABILIDADE DO PROJETO


Essa informação é essencial para a escolha.
4)
5)
Garantia
Suporte comercial e técnico

3 PERGUNTE QUAL É A SUPERFÍCIE DE APLICAÇÃO


Isso evitará problemas com a instalação, além de um
TINTAS
possível retrabalho.
Você já sabe, mas não custa lembrar: a melhor tinta
para sua impressora será sempre a que o fabricante

4 ENTENDA QUAL É A FINALIDADE DE CADA MATERIAL


Conhecer os materiais que compra para seu negócio te
recomendar. Ela trará mais qualidade para seus
trabalhos, além de não danificar seu equipamento.
ajuda a decidir mehor quando e onde usar cada um;
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(48) 3372-8300

(41) 3207-0800

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