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1º SEMESTRE DE 2024

DISCIPLINA:

COLETA, TRANSPORTE E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS

CURSO: ENGENHARIA CIVIL

Professor: William Gladstone

e-mail: william.gladstone@uni9.pro.br
Conteúdo da Aula:
1. Concepção do sistema coletor de esgoto separador absoluto
2. Vazões de contribuição
3. Traçado da rede coletora
4. Critérios hidráulicos
5. Dimensionamento da rede coletora
6. Detalhamento da rede coletora
7. Entrega final do projeto completo em CD (rede de drenagem e de
esgoto)
8. Apresentação do projeto em duas seções (rede de esgoto)
Bibliografia Básica

TSUTIYA, M.; SOBRINO, P.A., Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários, Editora São Paulo,
1999, São Paulo;

Bibliografia Complementar

ABNT NBR 9649/1986- Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário;


1. Concepção do sistema coletor de esgoto separador absoluto

a) Projeto de engenharia

Um projeto de engenharia deve apresentar:

• os elementos e informações necessárias e suficientes para que a obra


seja executada com segurança, funcionalidade, adequação, facilidade
de construção, conservação e operação, durabilidade dos componentes
e principalmente a possibilidade do emprego de mão-de-obra, material,
matérias-primas e tecnologias existentes no local.
b) Definições:
b.1) estudos de concepção — conjunto de estudos e conclusões referentes ao estabelecimento de todas
as diretrizes, parâmetros e definições necessárias e suficientes para a caracterização completa do sistema a
projetar, tendo como objetivos:
• identificação e qualificação de todos os fatores intervenientes com o sistema de esgotos;
• diagnóstico do sistema existente, considerando a situação atual e futura;
• estabelecimento de todos os parâmetros básicos de projeto;
• pré-dimensionamento das unidades dos sistemas, para as alternativas selecionadas;
• escolha da alternativa mais adequada mediante a comparação técnica, econômica e ambiental, entre as
alternativas, levantando os impactos negativos e positivos;
• estabelecimento das diretrizes gerais de projeto e estimativa das quantidades de serviços que devem ser
executados na fase de projeto;

b.2) projeto básico — conjunto de elementos necessários e suficientes, com precisão adequada, para
caracterizar a obra e o serviço, ou o complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base
nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade do empreendimento, e que
possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução;

b.3) projeto executivo — conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra,
de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
c) Componentes do projeto básico
Memorial descritivo
Para a elaboração do memorial descritivo de sistemas de esgoto sanitário, é necessário o
desenvolvimento de uma série de atividades, sendo as principais listadas a seguir:
• descrição sucinta do município ou localidade, inclusive principais atividades econômicas e
equipamentos sanitários urbanos com suas respectivas áreas de abrangência;
• condições sanitárias atuais; índices estatísticos de saúde; ocorrências de moléstias de
origem hídrica;
• concepção da obra, incluindo a justificativa da alternativa técnica adotada, bem como a forma
de execução de cada etapa ou fase da obra projetada;
• projeção da população urbana baseada em métodos matemáticos, analíticos, comparativos e
outros (ano a ano);
• informações que possibilitem a aceitação/aprovação:
 da solução técnica adotada;
 dos locais onde serão desenvolvidos os trabalhos;
 dos métodos executivos;
 da descrição do material a ser utilizado; e
 da forma de implantação de cada etapa;
d) Memorial de cálculo

Os critérios e parâmetros de projeto a serem utilizados, listados a seguir, deverão ser


considerados, devidamente justificados:

• grau de atendimento no período de projeto;

• detalhamento dos cálculos, das quantidades dos serviços, inclusive dos materiais, de
acordo com os quantitativos da Planilha Orçamentária;

• quanto à rede coletora, apresentar o estudo de traçado da rede; pré-


dimensionamento hidráulico-sanitário das tubulações; identificação de tubulações,
peças e acessórios (definição do material);

• quanto ao coletor tronco, interceptor e emissário, apresentar a definição do traçado;


pré-dimensionamento hidráulico-sanitário de tubulação, peças e acessórios;
identificação das tubulações, peças e acessórios (definição do material); identificação
de interferências e pontos notáveis;
• quanto à estação elevatória e linha de recalque, apresentar o pré-dimensionamento do poço
de sucção da elevatória, dimensões e formas geométricas; pré-dimensionamento dos
conjuntos elevatórios incluindo curvas características da bomba e do sistema; pré-
dimensionamento hidráulico-sanitário de tubulações, peças e acessórios; identificação das
tubulações, peças e acessórios (definição do material); identificação de rede de energia
elétrica no local, indicando suas características;

• quanto à estação de tratamento de esgoto, apresentar a identificação do corpo receptor;


determinação do grau de tratamento de esgoto; relatório de sondagens da área onde será
instalada a ETE com parecer técnico; pré-dimensionamento das unidades componentes da
ETE; estudo da locação da ETE em função da topografia; identificação das tubulações,
peças, acessórios, equipamentos, etc. (definição do material); tratamento dos lodos;

• memória de cálculo das quantidades de materiais e serviços — o projeto básico deverá


apresentar a planilha de quantitativos de materiais e serviços, calculados de acordo com as
normas, especificações e manuais técnicos e são de responsabilidade do projetista. A
memória de cálculo detalhada só será exigida em caso de dúvidas quanto aos valores
apresentados na planilha.
e) Plantas

Verificação básica:

• material gráfico completo e suficiente;

• planta da cidade ou do município com a localização da área de planejamento do sistema;

• planta do sistema de esgoto sanitário existente;

• a planta baixa deverá apresentar indicação de cotas e dados relevantes do projeto;

• planta de cortes do pré-dimensionamento hidráulico das partes construtivas do sistema;

• rede hidráulica com diâmetros de tubulações e demais dispositivos localizados;

• detalhes referentes aos projetos estruturais, sendo que as instalações e obras


complementares deverão ser suficientes à avaliação precisa dos quantitativos propostos.
f) Normas técnicas

Os parâmetros e faixas de recomendações para o dimensionamento de unidades componentes de um projeto de


sistema de esgotamento sanitário estão disponíveis nas Normas Brasileiras editadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).

As normas da ABNT estão relacionadas a seguir:

• NBR 9.648 — Estudo de Concepção de sistemas de Esgoto Sanitário, que estabelece terminologia e condições
gerais para este tipo de estudo, promulgada em 1986;

• NBR 9.649 — Projeto de Redes Coletoras de esgoto Sanitário, que estabelece terminologia e critérios de
dimensionamento para elaboração de projeto hidráulicosanitário de redes coletoras de esgoto sanitário,
promulgada em 1986;

• NBR 12207— Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitário, que estabelece condições de elaboração de projeto e
dimensionamento de interceptores de grande porte, promulgada em 1992;

• NBR 12208— Projeto de Estações Elevatórias de Esgoto Sanitário, que estabelece condições para a elaboração
de projeto hidráulico sanitário de estações elevatórias de esgoto sanitário com emprego de bombas centrífugas,
promulgada em 1992;

• NBR 12209— Projeto de Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário, que estabelece condições para a
elaboração de projeto hidráulico-sanitário de estações de tratamento de esgotos, promulgada em 1992.
1.1- PROJEÇÃO POPULACIONAL
A projeção populacional é uma estimativa do crescimento futuro da
população de um determinado local que pode ser um país, estado,
município, ou outro.

Para se executar projetos de qualidade que possuam uma vida útil


satisfatória, os engenheiros devem levar em consideração a projeção
populacional.

Nos projetos de saneamento básico, a projeção populacional é


indispensável, pois para diferentes projetos dessa área é necessário o
conhecimento da população de final de plano (população de projeto), bem
como da sua evolução ao longo do tempo, para o estudo das etapas de
implantação. Estes valores servem de “base” para o dimensionamento das
redes.
Os principais métodos utilizados para as projeções populacionais são:
• projeção aritmética;
• projeção geométrica;
• Regressão multiplicativa;
• taxa decrescente de crescimento;
• crescimento logístico;
• Comparação gráfica entre cidades similares;
• método da razão e correlação
• método da previsão com base nos empregos.

Realizar pesquisa no site do IBGE (http://www.ibge.gov.br/home) para a


obtenção do histórico dos censos populacionais de cidades com até 60.000
habitantes.
Os elementos que devem compor o estudo preliminar são:
a) Caracterização quantitativa dos esgotos afluentes à ETE
- Estimativa da vazão doméstica
- Estimativa da vazão de infiltração
- Estimativa da vazão industrial

b) Caracterização quantitativa dos esgotos afluentes à ETE


- Esgotos domésticos
- Despejos industriais

c) Requisitos de qualidade do efluente e nível de tratamento desejado

d) Estudos populacionais

e) Determinação do período de projeto e das etapas de implantação

f) Estudo técnico das diversas alternativas de tratamento possíveis de aplicação na


situação em análise
g) Pré-dimensionamento das alternativas mais promissoras do ponto de vista técnico

h) Avaliação econômica das alternativas pré-dimensionadas

i) Seleção da alternativa a ser adotada com base em análise técnica e econômica.


A projeção populacional
deverá ser feita para vinte
anos 2016 a 2036
2. Vazões de contribuição
Cada sub-área da quadra irá contribuir com a vazão do trecho de rua

Área

Área
3. Traçado da rede coletora

A concepção do traçado da rede coletora:


• Planta topográfica planialtimétrica nas escalas 1:2000 ou 1:1000, com
cotas altimétricas nos cruzamentos de ruas e pontos de órgãos
acessórios (Poço de Visita (PV), Terminal de Limpeza (TL), Caixa de
Passagem (CP), Terminal de Inspeção e Limpeza (TIL).)

• Delimitar área de projeto e dividir em bacias a área de projeto.

Ver desenho da área de projeto e delimitação de sub-bacias


SUB-BACIA 1

SUB-BACIA 2

SUB-BACIA 3
Malha de coordenadas

Sub-bacia 1

Sub-bacia 2
Sentido de escoamento do esgoto

Divisão da quadra em áreas de contribuição

Cotas topográficas nos


cruzamentos de rua
Área de contribuição de esgoto
A 54 = 0,7227 ha

Poço de Visita PV

Rede coletora

Área de contribuição de esgoto


A 39 e 40 = 0,8429 ha
Desenho esquemático do sistema: ramal, rede e coletor de esgoto
4. Critérios hidráulicos

• O primeiro passo de um projeto de rede coletora de esgotos é a


determinação das vazões de projeto. Para todos os trechos da rede
devem ser estimadas as vazões inicial e final (Qi e Qf).

• Inexistindo dados pesquisados e comprovados, com validade estatística,


recomenda-se como o menor valor de vazão 1,5 l/s em qualquer trecho.

• Os diâmetros a empregar devem ser os previstos nas normas e


especificações brasileiras relativas aos diversos materiais, o menor não
sendo inferior a DN 100.
• A declividade de cada trecho da rede coletora não deve ser inferior à
mínima admissível.

• Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa média de valor
mínimo st = 1,0 Pa, calculada para vazão inicial (Qi), para coeficiente de
Manning n = 0,013.

• A declividade mínima que satisfaz essa condição pode ser determinada pela
expressão aproximada

• A declividade máxima admissível é aquela que resulta em uma


velocidade de escoamento na tubulação igual a 5,0 m/s, para a vazão
final de projeto.
Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os valores de tensão
trativa média e declividade mínima a adotar devem ser justificados.
• A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha Vf = 5,0 m/s.

Velocidade final e velocidade crítica


• Percentagem de enchimento (lâmina de água):
• Y/D máx 75 % , quando a velocidade final for menor que a velocidade
crítica
• Y/D máx 50% quando a velocidade final for maior que a velocidade
crítica.
• Não existe limite mínimo para a lâmina d’água, já que o critério de
dimensionamento considera a autolimpeza das tubulações, desde que
pelo menos uma vez no dia seja atingida uma tensão trativa igual ou
maior que 1,0 Pa.
• As lâminas d’água devem ser sempre calculadas admitindo o
escoamento em regime uniforme e permanente, sendo o seu valor
máximo, para vazão final (Qf), igual ou inferior a 75% do diâmetro do
coletor.
Recomendações gerais para o projeto da rede coletora de esgotos.
• Recobrimento mínimo.
O recobrimento não deve ser inferior a 0,90 metros para coletor assentado no
leito da via de tráfego ou a 0,65 metros para coletor assentado no passeio.
• Distância entre PV, TIL ou TL.
A distância máxima (120 metros) deve ser limitada pelo alcance dos
equipamentos de desobstrução (60 metros).
• Tubo de queda.
O tubo de queda deve ser colocado quando o coletor afluente apresentar degrau
com altura maior ou igual a 0,50 m.
• Poço de visita (PV).
O poço de visita deve ser obrigatoriamente usado nos seguintes casos:
 Na reunião de mais de dois trechos de coletor;
 Na reunião que exige a colocação de tubo de queda;
 Nas extremidades de sifões invertidos e passagens forçadas;
 Em outros casos onde seria possível a utilização de outro órgão acessório, onde a
profundidade for maior que 3,0m.
As dimensões dos poços de visita (PV) devem se ater aos seguintes limites:
- tampão: diâmetro mínimo de 0,60 m.
- câmara; dimensão mínima em planta de 0,80 m.

• Terminal de limpeza (TL).


O terminal de limpeza pode ser usado em substituição ao poço de visita no início
de coletores, isto é, nas cabeceiras da rede;

• Caixas de passagem (CP).


A caixa de passagem pode ser usada em substituição ao poço de visita, quando
garantido o acesso de equipamento de limpeza no trecho de jusante, nas
mudanças de direção, declividade, material e diâmetro onde não for necessário o
uso de degraus.

As caixas de passagem podem ser substituídas por conexões nas mudanças de


direção e declividade, quando as deflexões coincidem com as respectivas
conexões.
• Terminal de inspeção e limpeza (TIL).
O terminal de inspeção e limpeza pode ser usado em substituição ao poço de visita nos
casos previstos para o terminal de limpeza e para as caixas de passagem e nos
seguintes casos:
 na reunião de até dois trechos ao coletor;
 nos pontos com degrau menor que 0,50 m;
 a jusante de ligações prediais cujas contribuições podem acarretar problema de
manutenção

• Taxa de contribuição de infiltração.


A taxa de contribuição de infiltração depende de uma série de condições (penetração de
água pelas juntas das tubulações, imperfeições nas paredes dos tubos e águas
provenientes de penetrações em poço de visita e estações elevatórias), e de acordo
com a ABNT-NBR-9649/1986 deverá ser adotado um valor compreendido entre 0,5 e
1,0 l/s.km;
• Atendimento a economias em nível abaixo do nível da rua.
A rede coletora não deve ser aprofundada para o atendimento de economia
com cota de soleira abaixo do nível da rua.

Nos casos de atendimento considerado necessário, devem ser feitas


análises da conveniência do aprofundamento, considerados seus efeitos
nos trechos subsequentes e comparando-se com outras soluções.

• Profundidade das tubulações.


A profundidade máxima da tubulação é de 4,0 a 4,5m e a profundidade
mais conveniente é de 1,5 a 2,5 m.

Maiores profundidades só serão admitidas com justificativa técnica e


econômica já que acima de 4,0 m de profundidade é aconselhável que se
projete coletores auxiliares para receber as ligações prediais.
5. Dimensionamento da rede coletora
• Sistema separador absoluto: destinado a coletar somente esgoto
sanitário
• Rede coletora: Ligação predial, coletor de esgoto, coletor principal,
coletor tronco, coletor predial e órgãos acessórios
• Traçado da rede:

 Traçado dos grandes condutos (coletores-tronco e interceptores).


Interceptores as margens dos cursos d’água e os coletores nos
talvegues divisores de bacias.

 Rede simples/dupla:
 Vias de tráfego intenso
 Ruas com largura superior a 14 metros
 Diâmetro do coletor ≥ 400 mm em concreto que não recebem ligações
prediais
 Profundidade do coletor excede 4,0 m inviabilizando ligações prediais
• Parâmetros de projeto
Os principais parâmetros a serem adotados no dimensionamento hidráulico
do projeto de rede coletora de esgoto sanitário:
 População (inicial 2026 e fim de plano 2036).
 Coeficiente de retorno (C): 0,80 (NBR-9649/1986
 Taxa per capita (q): L/hab.dia), q = 165 L/hab.dia
 Coeficientes de variação de vazão:
k1 = 1,2 (dia de maior demanda)
k2 = 1,5 (hora de maior demanda)
k3 = 0,5 (hora de demanda mínima)
 Vazão de esgoto: Q=Qd+I+Qc
Qd = vazão de esgoto doméstico
I = vazão de água de infiltração
Qc = vazão de contribuição concentrada
Qd = vazão de esgoto doméstico
Vazão média inicial
𝐶.𝑃𝑖.𝑞𝑖 𝐶.𝑎𝑖.𝑑𝑖.𝑞𝑖
𝑄𝑑, 𝑖 = ; 𝑄𝑑, 𝑖 =
86.400 86.400
𝐶.𝑎𝑓.𝑑𝑓.𝑞𝑓 𝐶.𝑎𝑓.𝑑𝑓.𝑞𝑓
Vazão média final 𝑄𝑑, 𝑓 = ; 𝑄𝑑, 𝑓 =
86.400 86.400
a = área (ha); d = densidade populacional (hab/ha) ;q = consumo de água (L/hab.dia)
Vazão inicial: Qi = K2.Qd,i+I+ΣQc,i (L/s)

Vazão final: Qf = K1.K2.Qd,f+I+ΣQc,f (L/s)

Vazão de dimensionamento ou taxas de cálculo

l- comprimento médio de tubo inicial e final em metros/hectare


Condições hidráulicas:
𝑌
• Relação lâmina d’água pelo diâmetro (Y/D): <0,75
𝐷
• Mínima vazão: 1,5 l/s ou 0,0015 m3/s
m3/s
 Cálculo do diâmetro
Para coeficiente de Manning (n=0,013) e vazão máxima Q(f) atendendo a
relação Y = 0,75 D. Na formula a vazão é em m3/s e D em metros.

3
  8
 Qf 
D  0,3145   1 
 2
 Io 
 Cálculo da declividade mínima
I em m/m e vazão em l/s
I o min  0,0055.Qi 
0 , 47
Deve-se calcular a declividade do terreno (em m/m) e adotar a declividade
maior.
Cotamon tan te  Cota jusante
It 
Ltrecho
Declividade máxima admissível: Para manter a velocidade final máxima em 5
m/s, pode ser utilizada a expressão aproximada da declividade máxima (para
n=0,013):

Cálculo da vazão e velocidade a seção plena.


8 1
m3
Q p  23,976.D .I 
3
0
2
0 ; D em metro e I em m/m
s
2 1
m
V p  30,527.D .I 
3
0
2
0 ; D em metro e I em m/m
s
Critério da Tensão Trativa
A ABNT-NBR- 9649/1986 recomenda o valor mínimo da tensão trativa de
1,0 Pa, para garantir o arraste de partículas de até 1,0 mm de diâmetro. O
valor do coeficiente de Manning utilizado é 0,013.

10.000 N/m3)
(Pa)
Q  AM .V
2 1
1 3 2
V  .RH .I
n
5.1 – Projeto de Engenharia
Traçado da rede de esgoto

800,00 800,00 800,00

2-1 1-1 3-1

799,20 799,40
2-2 2-3 798,60 3-3 3-2
798,85 798,90

1-2

798,10
Dados do projeto:
Pi = 82.367 hab. (Atendimento de 70%: 57.656 hab)
Pf = 88.512 hab. (Atendimento de 90%: 79.661 hab)
Li = 35.000 m
Lf = 40.000 m
Coeficiente de retorno (C): 0,80
q = 165 l/hab.dia
K1 = 1,2
K2 = 1,5
Ti = 0,5 l/s x km ou 0,0005 l/sxm
Memória de cálculo:

• Vazão doméstica inicial e final:


𝑘2. 𝐶. 𝑃𝑖. 𝑞𝑖
𝑄𝑑, 𝑖 =
86.400

= (1,5x0,8x57656x165)/86.400 =132,13 l/s (inicial)


= (1,5x0,8x79661x165)/86400 = 182,56 l/s (final)
• Coeficiente de contribuição linear inicial e final
Txi = 132,13/35000 + 0,0005 = 0,0043 l/sxm
Txf = 182,13/40000 + 0,0005 = 0,0051 l/sxm

Profundidade mínima nos coletores: 1,20 m


CÁLCULO :
DATA FOLHA
PLANILHA DE CÁLCULO HIDRÁULICO : SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
VERIFICADO : / / /

Trecho de Extensão Taxa de Contribuição Vazão (l/s) Diâmetro Declividade Cota Cota Profundidade Lâmina Profundidade Velocidade Tensão Velocidade Observações
Coletor (m) Contribuição do Trecho Montante Jusante (mm) (m/m) do Terreno do Coletor Coletor Líquida do PV/PI/TIL (m/s) Trativa Crítica
Linear (l/s) (m) (m) (m) Y/D Jusante (Pa) (m/s)
(l/sxm) (m)
Inicial Inicial Inicial Inicial Montante Montante Montante Inicial Inicial
Final Final Final Final Jusante Jusante Jusante Final Final

1-1

2-1

2-2

2-3

3-1

3-2

3-3

1-2

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