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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVINCIA DO KUANZA SUL


DIRECÇÃO DA EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA
Instituto Médio Politécnico do Sumbe
Curso Técnico de Energias  Instalações Eléctricas

Outubro, 2021

Elaborado por: Makiadi José Paulo Pedro


Professor e Coordenador da área de formação de Electricidade electrónica e Telecomunicações

1
Conteúdo
RESUMO ........................................................................................................................................ 3
Planta arquitectónica da residência .............................................................................................. 4
CAPITULO 1-DEFINIÇÃO DE TERMOS USUAIS NO TRABALHO....................................................... 5
2. Dimensionamento da Residência .......................................................................................... 8
2.2- Planta baixa da residência .................................................................................................. 9
2.3- Secções dos condutores ..................................................................................................... 9
2.4- Dimensionamento da residência. ..................................................................................... 10
2.4.1- Cálculo da corrente de serviço IB ........................................................................... 11
2.4.1.1- Cálculo da Secção e do tubo VD a utilizar .......................................................... 11
2.3 – Verificação da condição da queda de tensão .................................................................. 12
2.3.1- Cálculo das quedas de tensão: expressões simplificadas. ............................................. 12
2.3.2- Quedas de tensão máximas admissíveis em instalações colectivas .............................. 13
3. Circuito de iluminação .................................................................................................... 14
Planta do circuito de iluminação ............................................................................................. 16
4. Tomadas .......................................................................................................................... 17
2.10.1- MARCAÇÃO DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO ................................................................. 17
2.10.2- As tomadas no referido projecto, foram distribuídas em função das necessidades
verificadas nestas áreas. Sendo que ....................................................................................... 18
2.10.3- Peças de tomadas ....................................................................................................... 19
2.10.4- Circuitos independentes. ............................................................................................ 19
3-O que é Aterramento Eléctrico? O que é Fio-Terra? ........................................................... 21
4- Quadro eléctrico .................................................................................................................. 22
4.1- Dimensionamentos dos mesmos ...................................................................................... 22
4.2- Esquema dos quadros/ Residência ................................................................................... 23
5 - Orçamento ............................................................................................................................. 25
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 26
SUGESTÕES/RECOMENDAÇÕES.......................................................................................... 27

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RESUMO
O projecto em análise, traduz o resultado de um estudo aturado que se levou acabo antes
de se executar a instalação eléctrica de um local de uso habitacional unifamiliar
(Residência), na qual tem como objectivo, fixar todas as condições em que a execução
futura poderá obedecer.

A residência, será alimentada a partir de um poste de distribuição de energia, localizada


na via pública que dista a 15 metros do recinto da residência.

Este caderno de encargo, está elaborada de forma que o proprietário do mesmo e a


empresa de electricidade (ENDE), possam ter uma noção clara e objectiva sobre a
complexidade do seu funcionamento. Assim será fácil localizar uma anomalia na
instalação prevista. Servirá também como guião, para possíveis manutenções
correctivas e preventivas por parte de qualquer electricista que domine a linguagem
técnica.

No caso em que se observar um corte na distribuição de energia da rede pública, a


vivenda está munida de um gerador para o restabelecimento de energia por intermédio
de um sistema de comutação de redes.

Sendo assim, foram instaladas no projecto, peças de iluminação, tomadas (uso gerais e
específicos), circuitos de climatização, electrobomba e cilindro eléctrico. Pois que o
projecto apresenta peças escritas e desenhadas, todas elas, baseadas no Regulamento de
Segurança de Instalação e Utilização de Energia Eléctrica.

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
A necessidade do uso da electricidade, com o propósito de iluminar casas, fazer
funcionar electrodomésticos, entre outras formas de utilização, o número de acidentes
aumentou significativamente. Os exemplos de choques eléctricos contribuem para o
maior índice de mortalidade. Instalações mal feitas por curiosos e o uso de
equipamentos irregulares, que não apresentam níveis de protecção adequadas são,
muitas vezes, causas de diversos tipos de acidentes fatais.

3
Planta arquitectónica da residência

2,40m 1,70m 1,35


4,5m 2,70m 4,5m

2m

2m
Dispensa

3,60m
Cozinha
4,20m

5,20m
Sala Quarto
5,20m

1,70m
Dispensa

1,70
14,8 mm x
14,8 mm Quarto
1,35m

50cm 2,70m
50cm wc
2,40m 1,70m 1,70m
1m

2,10 m
Corredor
60cm
4,50 m 60cm
1,40m

Varanda 1,50m 50cm 1,10m


80cm

8,15m
4,5m

Fig. 01- Planta arquitectónica da residência em estudo

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CAPITULO 1-DEFINIÇÃO DE TERMOS USUAIS NO TRABALHO

Dimensionamento: é o acto de medir, preparar ou adoptar uma instalação


eléctrica.

Circuito eléctrico: são pontos de consumo com mesmos condutores e


mesmos dispositivos de protecção.

Dispositivo de protecção: são aparelhos que actuam automaticamente em


condições anormais com objectivo de evitar danos como: curto-circuito, sobre
intensidade, sobre tensão, sob tensão, etc.

Curto-circuito: é um tipo de defeito que acontece quando dois pontos do


circuito com potenciais eléctricos diferentes ou mesmo potencial entram em
contacto directo entre si.

Sobre intensidade: dá-se quando a corrente eléctrica de serviço (IB)


ultrapassar o valor máximo (Iz) permitido nos condutores.

Sobre tensão: as sobre tensões (aumento da tensão) podem ser de origem


externa (descarga atmosférica nas linhas) ou de origem interna (falsas
manobras, deficiências de isolamento com linhas de tensão mais elevada).

As sobre tensões são geralmente bruscas e podem danificar a aparelhagem


eléctrica, particularmente a de informática e de electrónica.

Sob tensão: as sob tensões (abaixamento da tensão) podem ocorrer por


excesso de carga ligada (originando quedas de tensão nas linhas e cabos),
desequilíbrio acentuado na rede trifásica, rotura de uma das fases ou contactos
à terra de uma fase.

Sobre carga: corresponde a demasiados aparelhos ligados simultaneamente


numa mesma canalização (IB> Iz). Ou seja quando uma máquina por exemplo,
solicita uma maior corrente que a canalização não seja capaz de fornecer.

Instalação de utilização: é a instalação eléctrica destinada a permitir aos


utilizadores a aplicação de energia eléctrica pela sua transformação noutra
forma de energia.

5
Origem da instalação de energia eléctrica em baixa tensão: é o ponto por
onde uma instalação de baixa tensão recebe a energia eléctrica.

Canalização eléctrica: o R.S.I.U.E.E, no seu artigo 17 define canalização


eléctrica como um conjunto constituído por um ou mais condutores eléctricos e
pelos elementos que asseguram o seu isolamento eléctrico com a sua
protecção mecânica, química e eléctrica, e a sua fixação devidamente
agrupado e com aparelhos de ligação comum. O artigo 84, do mesmo
regulamento realça os tipos de ambiente das canalizações art 177, e
consequentemente, o artigo 359, apresenta as condições de estabelecimento
que devem apresentar estas canalizações, em função de vários ambientes que
estarão expostas.

Aparelhos de ligação: são aparelhos destinados a ligar entre si, dois ou mais
troços de uma canalização.

Aparelhos de corte: são aparelhos destinados a ligar, desligar, isolar uma


instalação ou ainda um aparelho de utilização.

Aparelhos de comando: são aparelhos destinados a modificar o regime do


funcionamento de uma instalação ou de um aparelho de utilização.

Circuito de utilização: é o conjunto de canalizações e aparelhos eléctricos de


utilização, dotado de aparelhos de protecção contra sobre intensidade no
quadro onde tem início.

Contador de energia eléctrica: é um aparelho que regista a energia eléctrica


consumida na instalação do utilizador.

Quadro de entrada: é um conjunto de aparelhos convenientemente agrupados


incluindo suas ligações, estruturas de suporte destinado a proteger, comandar
ou controlar a instalação eléctrica.

Disjuntor: é um aparelho de corte, comando e protecção cuja actuação contra


sobre intensidade perante condições pré-determinadas.

6
Ramal: define-se como canalização que parte de um Poste de distribuição de
energia, ramificando-se depois em troços comuns de chegada, portinhola, ou
aparelho de entrada de uma instalação de utilização.

Portinhola: é um quadro onde finda o ramal e que contém os aparelhos de


protecção geral contra sobre intensidade das instalações colectivas ou
entradas ligadas a jusantes.

7
2. Dimensionamento da Residência

O projecto de uma instalação eléctrica residencial, não é mas se não o acto de medir,
preparar ou doptar uma residência de elementos que permitem o fácil acesso aos
aparelhos eléctricos. Garantindo assim a segurança dos utilizadores e da própria
instalação.

A residência em estudo, está localizado no Município do Sumbe, no Bairro do São João.


O mesmo possui dois Quartos, uma Sala Comum, Cozinha, Wc, Corredor, dispensas e
uma varanda. Nela foram aplicados os seguintes cálculos de dimensionamentos:

a) Peças desenhadas dos circuitos de iluminação, tomadas e de Climatização.

b) As protecções parciais, as respectivas secções, números de condutores e


diâmetro dos tubos VD.

c) As protecções gerais e o cabo que vai alimentar o quadro geral da vivenda.

d) O esquema dos quadros.

e) A queda de tensão se a residência for alimentada a partir de um poste de


distribuição pública.

8
2.2- Planta baixa da residência

Dispensa

10
5
7

cozinha

Quarto
2
Dispensa
6
3 11
Sala 8 Quarto
1

wc
4 Corredor

Fig. 01. Planta da referida residência

2.3- Secções dos condutores


Segundo as regras técnicas de instalação eléctrica de baixa tensão (R.T.I.E.B.T) as
secções dos condutores dos circuitos das instalações de locais de habitação, devem ser
determinadas em função das potências previsíveis, com os valores mínimos indicados
no quadro seguinte:

Secções mínimas dos condutores dos circuitos em locais de habitação

Natureza dos circuitos Secção (mm²)


Iluminação 1,5
Tomadas 2,5
Termo acumulador 2,5
Máquina de lavar e secar roupa ou lavar loiça 2,5
Climatização ambiental 2,5
Fogões eléctricos 4
Tabela. 01. Secções mínimas em habitações (art.º 426 do R.S.I.U.E.E)

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2.4- Dimensionamento da residência.

Dimensionamos a residência da seguinte maneira:

 A residência em causa, será trifásica, pois apresenta uma potência instalada


acima dos 6,6 𝐾𝑉𝐴 ou seja, a demanda de carga é superior a 5580 𝑤 (arto 426)
do R.S.I.U.E.E.

Verificação da Potência de dimensionamento:

Circuito geral de iluminação:

𝑃𝑡(𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜) = 𝑃𝑙 1+𝑃𝑙2 + 𝑃𝑙3 + 𝑃𝑙4 + 𝑃𝑙5 + ⋯ 𝑃𝑙n

𝑃𝑡(𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜) = (20x17) + (2x 60)

𝑃𝑡(𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜) = 340 + 120

𝑃𝑡(𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜) = 460𝑤

𝑃
𝐼= =
𝑉. 𝑐𝑜𝑠

460
𝐼= = 2,61𝐴
220.0,8

𝑃𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑟 𝑢𝑚 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑙ℎ𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 𝒈𝒆𝒓𝒂𝒍 𝒅𝒐 𝒄𝒊𝒓𝒄𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒊𝒍𝒖𝒎𝒊𝒏𝒂çã𝒐,


𝑎𝑠𝑠𝑢𝑚𝑖𝑚𝑜𝑠 16𝐴 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑠𝑒𝑐çã𝑜 𝑑𝑒 2,5𝑚𝑚2, 𝑒 𝑢𝑚 𝑡𝑢𝑏𝑜 𝑉𝐷16,
𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑜𝑟𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑜 (𝑅. 𝑆. 𝐼. 𝑈. 𝐸. 𝐸)

Circuito total de tomadas.

𝑃𝑡(𝑡𝑜𝑚𝑎𝑑𝑎𝑠) = 𝑃𝑡1+𝑃𝑡2 + 𝑃𝑡3 + 𝑃𝑡4 + 𝑃𝑡5 + ⋯ 𝑃𝑡n

𝑃𝑡(𝑡𝑜𝑚𝑎𝑑𝑎𝑠) = (250x 8)𝑤 + (250x 8)𝑤 + (250x 6)𝑤 + (250x 8)𝑤 + 3300𝑤
+ 6000𝑤 + 3000 + 2000𝑤 + 2000𝑤

𝑃𝑡(𝑡𝑜𝑚𝑎𝑑𝑎𝑠) = 21800𝑤 (trifásico)

𝑃
𝐼= ;
√3. 𝑈𝑐. 𝑐𝑜𝑠

21800 21800
𝐼= = = 41,4𝐴
1,73.380.0,8 526

𝐼𝑚𝑎𝑥 = 50𝐴 𝑒 10𝑚𝑚2 ; (𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 𝑒𝑚 𝑎𝑛𝑒𝑥𝑜)


{𝑆 = 5x10𝑚𝑚2 (3 𝑓𝑎𝑠𝑒𝑠, 𝑁𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 𝑒 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒𝑐çã𝑜)
𝑇𝑢𝑏𝑜 𝑉𝐷 32(𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 𝑒𝑚 𝑎𝑛𝑒𝑥𝑜)

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Circuito geral de Climatização
Considerando aparelhos com uma potência frigorifica de 12BTU/H, correspondentes a
(2637,5w), potência de cada aparelho de climatização, teremos:

𝑃𝑡(𝐴𝑐) = 𝑃A𝑐 1+𝑃A𝑐2 + 𝑃A𝑐3

𝑃𝑡(𝐴𝐶) = (2637,5x 3)𝑤

𝑃𝑡(𝐴𝐶) = 7912,5𝑤

𝑃
𝐼= =
√3. 𝑉. 𝑐𝑜𝑠

7912,5
𝐼= = 15,027𝐴
1,73.380.0,8
Por consulta da tabela, obtemos 17A, e uma seção de 1,5mm2. Facto este que contraria
efectivamente o artigo 426 do R.S.I.U.E.E, da secção mínima em circuitos de tomadas,
climatização e f.e.m. Portanto,

𝑃𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑟 𝑢𝑚 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑙ℎ𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 𝒈𝒆𝒓𝒂𝒍 𝒅𝒐 𝒄𝒊𝒓𝒄𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝑪𝒍𝒊𝒎𝒂𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐,


𝑎𝑠𝑠𝑢𝑚𝑖𝑚𝑜𝑠 29𝐴 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑠𝑒𝑐çã𝑜 𝑑𝑒 4 𝑚𝑚2, 𝑒 𝑢𝑚 𝑡𝑢𝑏𝑜 𝑉𝐷25

Determinação da Potencia total da Instalação (𝑃d):

𝑷d = 𝑷𝒕(𝒊𝒍𝒖𝒎𝒊𝒏𝒂çã𝒐) + 𝑷𝒕(𝒕𝒐𝒎𝒂𝒅𝒂𝒔) + 𝑷(𝑪𝒍𝒊𝒎𝒂𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐)

𝑃d = ( 460 + 21800 + 7912,5) 𝑤

𝑃d = 30172,5 𝑤

2.4.1- Cálculo da corrente de serviço IB :


𝑃 30172,5
3. 𝐼 = √3.𝑉.𝑐𝑜𝑠 = 1,73 x 380 x 0,8

= 30172,5 / 525,92

= 57A.

Optamos por:

Imáx = 70A S=16 mm2;

2.4.1.1- Cálculo da Secção e do tubo VD a utilizar:


Por consulta de tabelas da página 12 e 13 da brochura temos:

𝐼𝐵 = 70 𝐴 ==> 𝑆 = 5𝑥16 𝑚𝑚2; 𝑇𝑢𝑏𝑜 𝑉𝐷40

11
(3 𝑓𝑎𝑠𝑒𝑠, 𝑁𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 𝑒 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒𝑐çã𝑜).

(a) O condutor neutro e a protecção são considerados de secção reduzida de acordo com
as regras usuais.

Em resumo:
A coluna (cabo de alimentação) será constituída por:
- 3 Condutores de fase com S = 16 mm2 ; Cores (preta, castanha e cinzenta)
- Condutor neutro com S = 10 mm2 (cor azul clara).
- Condutor de protecção com S = 6 mm2 (cor verde/amarelo).
2.6.1- Selecção do dispositivo de protecção contra sobre intensidades:

O dispositivo de protecção escolhido foi o fusível gG (EN 60 269) que garante a


protecção conjunta contra sobrecargas e curto-circuitos exigida regulamentalmente.
A corrente estipulada do fusível será:

2.3 – Verificação da condição da queda de tensão

Uma análise simplificada do cálculo das quedas de tensão foi feita considerando que a
distância desde a alimentação da energia da rede pública, e o ramal da residência, é de
15 metros.

2.3.1- Cálculo das quedas de tensão: expressões simplificadas.


Tipo de Expressões simplificadas de cálculo de Queda de tensão (%)
circuitos queda de tensão (u) (V)
Monofásico u=2 IB ρ L /S cos φ Δu = 100 u / U0
(fase –neutro)
Trifásico u= √3 IB ρ L /S cos φ Δu = 100 u / Uc
(entre fases)
Trifásico u= IB ρ L /S cos φ Δu = 100 u / U0
(fases-neutro)

Em que: IB – corrente de serviço do circuito em A; ρ – resistividade dos condutores


para almas de cobre 0,0225 e para almas de alumínio 0,036 ohm x mm2/m. ; L –
comprimento simples do circuito em metros; S – Secção dos condutores em mm2 ; cos φ
– factor de potência; U0 – tensão fase – neutro da instalação em Volts; Uc– tensão
composta (fase – fase) da instalação em Volts;

Para este caso a queda de tensão será: (ver tabela em cima).

u = IB ρ L / S cosφ

u= 70 x 0,036 x 15 / 16 x 1 = 2,36 V

12
Δu = 100 u / U0 = 100 x 2,36/ 230 = 1%

Esta queda de tensão é claramente inferior ao máximo permitido de 1% (Ver Quadro).

2.3.2- Quedas de tensão máximas admissíveis em instalações colectivas


Tipo de utilização Pontos de referência Quedas de tensão
máx. admissíveis
Instalações individuais Troço entre ligadores de saída da
portinhola e a origem da instalação 1,5 %
eléctrica.
Instalações não individuais Troço correspondente à entrada ligada
alimentadas por colunas a uma caixa de coluna 0,5 % (a)
montantes
Colunas em instalações não Troço correspondente à coluna 1%
individuais
Fig. 09

(a) Estes valores podem não ser individualmente respeitados em casos justificados,
desde que o valor global (coluna+entrada) não exceda 1,5%.

 Entradas

Condutores de fase (castanho, preto) / neutro ( azul claro), incluindo condutor de


protecção)

Material - Alumínio;

Secção – 16mm2 – H07V-R

Tubo: VD 40 (recomendável o VD 50)

 Protecção pessoas – condutores de protecção

Coluna montante: condutores de protecção (PE), cobre, 6mm2, H07V-R


(verde/amarelo).

Dimensionamento da instalação classificada como local habitacional

Características Dimensionamento
Potência de cálculo (SD) 30172,5 w
Corrente de serviço (IB) 70 A
Fase: H07V-R3x16mm2 (Cast.,preto, cinz.)
Tipo e secção dos condutores Neutro: H07V-R1x10mm2 (azul claro)
Protecção: H07V-R1G4mm2
(verde/amarelo)
Diâmetro e tipo do tubo VD 50
Intensidade estipulada do fusível gG 63 A
Queda de tensão 1%
Aparelho de corte geral 70A

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3. Circuito de iluminação

A instalação de iluminação é um ponto fundamental em qualquer residência, porque


uma má iluminação é extremamente prejudicial a saúde.
Para a iluminação deste projecto considerou-se os tectos e paredes claras, lâmpadas
fluorescente tipo TLD armaduras simples e duplas com potência de 20w e 60w
lâmpadas incandescentes respectivamente. Condutor com a secção de 1,5 mm2 de
acordo com o regulamento no artigo nº 426º alínea b. Os aparelhos de manobras
encontram-se a uma altura de 1,50 m colocados à 0,05 m da abertura contrária das
portas.
Para a iluminação do mesmo, consultou-se as normas estabelecidas segundo
(R.S.I.E.U.E.E) regulamento de segurança de instalações e utilização de energia
eléctrica. Baseou- se nas normas (luminotecnia) para que não houvesse implementações
de maneira arbitraria que poderão obrigar que os olhos possam actuar com esforço e que
posteriormente poderá causar graves problemas de visão. Portanto, escolhemos a
iluminação Semi-Directa. Onde a maior parte do fluxo é dirigida para a superfície a
iluminar (60 – 90%) dirigindo- se o restante noutras direcções. Neste caso, o contraste
sombra - luz não é tão acentuado como noutros tipos de iluminação.

Sequências de procedimentos num projecto de iluminação:


Antes de iniciar o projecto propriamente dito, precisamos de conhecer os seguintes
elementos:

• Planta do local, à escala;

• Comprimento, largura e altura do local (c, l, h);

• Cor das paredes e tecto;

• Natureza do trabalho a efectuar, disposição de móveis ou máquinas, altura do


plano de trabalho;

• Tensão da rede;

• Tipo de lâmpadas a utilizar, sistema de iluminação e tipo de armaduras;

• Intensidade de iluminação necessária no local;

• Altura de suspensão das armaduras.

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• Fluxo luminoso total a instalar (Ft) – Depois de conhecidas todas as grandezas
anteriores, podemos finalmente calcular o fluxo total a instalar:

ES d
t 

Finalmente, determinamos o número de lâmpadas pela equação seguinte:

𝑡
𝑁=
𝑙

Para o cálculo das lâmpadas das distintas áreas do nosso projecto, nos apoiamos
nas equações anteriormente descritas. (Cálculo modelo e válido nas restantes locais)

Exemplo do Local: Sala Fórmula Resolução Resposta

Á𝑟𝑒𝑎 (4,5𝑥4,2) = 18,9 𝑚2 𝐸. 𝑆. 𝑑 𝑡 = 100.18,9 .1,35 𝑡 =7731,81 lum


𝑡 = 0,33
ℎ𝑢 = 3,5 𝑚 
𝐸 = 100 𝑙𝑢𝑥
𝑡 7731,81
𝑙 = 3200 𝑙𝑢𝑚 𝑁= 𝑁= 𝑁 =4 Lâmpadas
𝑙 3200
𝑑 = 1,35
𝐾=𝐻  = 0,33
Obs. Usamos os mesmos cálculos, podendo variar apenas a área (local) e a
intensidade luminosa (E) recomendado.

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Planta do circuito de iluminação

20w 20w
2x20w

cozinha

Quarto
Quarto

Corredor

Fig. 11- Peças desenhadas do circuito de iluminação

Simbologia

- Interruptor

- Inversor

- Interrptor Duplo

- Comutador de Escada

- Quadro Electrico

- Caixa de Derivação

- Lâmpada Fluorescente

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4. Tomadas

São dispositivos (aparelhos) que permitem a alimentação directa dos receptores a rede.
Para a instalação de tomadas deste projecto previu-se dois grupos de tomadas
nomeadamente
Tomadas interiores K 137/521+TC e tomadas interiores 137/5 com terra com potência
de 250 W, respetivamente as tomadas foram instaladas nos compartimentos em função
das necessidades verificadas nestes locais com secção de 2,5 mm2 de acordo com o
artigo 426 alínea b da (R.S.I.U.E.E) e com tubos VD16 de diâmetro. Na cozinha
instalou-se tomada de circuito independente com uma potência de 3000 w para o fogão
eléctrico de duas bocas, com potência de 1500 w por cada boca. Com uma secção de
4mm2 de acordo com o regulamento.

2.10.1- MARCAÇÃO DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO

Recomendação para unidades residenciais. Tomadas de uso geral (TUG`s):Banheiros:


pelo menos uma tomada junto ao lavatório (600 VA até três tomadas e 100 VA para
cada tomada excedente); Configuração mínima de TUG’s para banheiro, cozinhas, no
mínimo uma tomada para cada 3,5 m, ou fração de perímetro, sendo que, acima de cada
bancada com largura superior a 0,30 m, deve ser previsto pelo menos uma tomada (600
VA até três tomadas e 100 VA para cada tomada excedente);
Em locais como corredor e varanda: pelo menos uma tomada (no mínimo 100 VA por
tomada). Demais cômodos e dependências: se a área for igual ou inferior a 6 m 2, pelo
menos uma tomada, se a área for superior a 6 m2, pelo menos uma tomada para cada 5
m, ou fração de perímetro, espaçados tão uniformemente quanto possível (no mínimo
100 VA por tomada). Configuração mínima de TUG’s para dependência tipo quarto
(área = 11,2 m2 e perímetro = 13,8m) , equipamento a ser alimentado. Devem ser
instaladas, no máximo, a 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser alimentado.

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2.10.2- As tomadas no referido projecto, foram distribuídas em função
das necessidades verificadas nestas áreas. Sendo que:

Sala
 Assumimos 6 tomadas de uso geral.

Quartos
 Assumimos 4 tomadas de uso geral em cada quarto.

Cozinha
 Assumimos 2 tomadas de circuitos independentes.

Dispensa
 Assumimos 2 tomadas uso geral

Corredor
 Assumimos 1 tomada uso geral

WC
 Assumimos 2 tomadas. Sendo: 1 de uso geral, e outra independente, para
alimentar o cilindro eléctrico. As tomadas no wc, encontram-se situadas a uma
altura considerável, e localizada em zonas onde não haja projecção de água, tal
como manda o regulamento de segurança e instalação de energia eléctrica.
Duma maneira em geral, as tomadas, foram colocadas a 50 cm do chão. Com excepção
da cozinha e wc.

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2.10.3- Peças de tomadas

cozinha

Quarto
Sala Quarto

Corredor

Fig. 12 Peças desenhadas do circuito de tomadas

Simbologia

Tomada

Quadro Eléctrico

Caixa de Aparelhagem

2.10.4- Circuitos independentes.

Também foram instaladas tomadas independentes para o fogão eléctrico, o termo


acumulador, para a máquina de lavar, e para o ferro de engomar.

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Peças de Ar condicionado.
Houve necessidade de se instalar aparelhos de climatização, em função de vários
parâmetros que têm a ver com o ambiente em causa e a potência frigorifica do
equipamento. Sendo assim, usou-se aparelhos de marca LG com uma potência
frigorífica de 12000BTUH, a que corresponde a uma potência activa de 2637,5w.

Calculo modelo usado para determinação dos aparelhos de ar condicionado.

cozinha
AC

Quarto
AC

Sala Quarto

Corredor AC

Fig. 13 Peças desenhadas do circuito de climatização

Simbologia

AC
-Aparelho de Ar Condicionado

- Quadro eléctrico

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3-O que é Aterramento Eléctrico? O que é Fio-Terra?
A palavra aterramento refere-se à terra propriamente dita. O aterramento é o fio ou a
barra de cobre enterrado, onde passa a corrente eléctrica para o solo. Quando se diz que
algum aparelho está aterrado(ou eletricamente aterrado) significa que um dos fios do
seu cabo de ligação está propositalmente ligado à terra. Ao fio que faz essa ligação
denominamos,"fio-terra".
3.1- Como Instalar um Fio Terra?
A conexão dos equipamentos eléctricos ao sistema de aterramento deve permitir que,
caso ocorra uma falha na isolação dos equipamentos, a corrente de falta (corrente
"fugitiva") passe através do fio de aterramento ao invés de percorrer o corpo de uma
pessoa que eventualmente esteja tocando o equipamento (o que provocaria choque,
lesões e até mesmo morte - dependendo de cada situação e da intensidade da corrente de
fuga).
Dentro de uma instalação eléctrica existem diversos tipos de protecção: contra choques
eléctricos, contra descargas atmosféricas, contra sobretensões, etc. Para uma melhor
compreensão e busca da solução mais conveniente, deve-se estudar separadamente cada
uma delas. Porém ao executar a instalação, deve ser feito um único aterramento. As
normas técnicas não permitem aterramentos isolados ou independentes, para que não
apareça diferença de tensão, que é a principal causa de "queima" dos equipamentos e
colocam em riscos os usuários das instalações eléctricas. Um único ponto de
aterramento é que irá garantir a protecção adequada.
O procedimento muito comum de utilizar aterramentos isolados, exclusivos ou
independentes, constitui um grande equívoco. Esse procedimento não está de acordo
com as regras das Normas Técnicas Brasileiras, de uso obrigatório, e coloca em risco as
pessoas e aparelhos eléctricos
Todo o quadro de distribuição deve ter um terminal de aterramento, para onde irão
convergir os fios terra da instalação. Isto significa que todos os fios terra, de cada
aparelho, devem ser ligados ao mesmo ponto de aterramento.
O terminal, por sua vez, deve ser ligado ao eléctrodo de aterramento, de uso obrigatório
em todo padrão de entrada de energia. Essas ligações devem ser feitas da forma mais
directa e curta possível.

21
4- Quadro eléctrico
E um conjunto de aparelho (dispositivo de manobras corte comando, protecção e de
manobras) contido numa caixa que pode ser de plástico ou de metal.
Para a instalação deste projecto utilizou-se quadros eléctrico EP, os quadros EP são em
material isolante auto extinguível a 960 C possui um grau de protecção (IP415) de cor
cinzenta clara, possui uma base encastrável equipada com 2 calha DIN com barra de
terra de 16 furos. A mesma esta localizada no hall principal.

4.1- Dimensionamentos dos mesmos


A alimentação do quadro geral é trifásico partindo da portinhola este quadro esta
destinado para alimentar dois quadros parciais e secundário. Para a proteção do quadro
geral utilizou-se disjuntores magntotermico porque é um tipo de comando e proteção
dos circuitos contra as sobre cargas e contra os curtos- circuitos. Em quanto que os
parciais foram protegidos com disjuntores diferencias visto que é um tipo que
interrompe um circuito quer manual quer automaticamente, em caso de defeito.

22
4.2- Esquema dos quadros/ Residência

KW/H
90A
4 5

VD 70 A
5 X 25 mm VD40
5 X 16mm
5

16A 50A 32A


H05vv – U 3x 2,5 H05vv – U 3x 10 H05vv – U 3x 4

10A 10A 10A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 16A

Bornes R S T R S T R S T R S T R S T R S T R S T R S T R

Circuitos 01 2 3 4 05 6 7 8 9 10 11 12 13 14 016 17 18 19 20

Calibre 16A 10A 10A 16A 50A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 16A 32A 25A 25A 16A 16A

VD32 VD32 VD20


VD16 VD12 VD20
Canalização H05vv –U H05VV-U
H05vv – U 3x 2,5 H05v – U 3x1,5 H05vv –U 3x 2,5 H05VV – U 3x 2,5
5 x 2,5 5x4

Utilização Iluminação Tomada Ar Ar Condicionado


Iluminação Tomada
Condicionado
Reserv
Reserv

Reserv
Reserv

Reserv

1,2,3,5, 4,7,8,9 Corredor Corredor


Localização Corredor Corredor 2 3 5,6,11 2 6 7
6,11 10

23
 Art. 437⁰ Quadro de entrada.
1. Em locais residências ou de uso profissional poderá dispensar-se a aplicação no
disposto no nº 3 do artigo 421.
2. Se as proteções contra sobreintensidades do circuito de saída forem constituídas por
disjuntores de corte unipolar, em número não superior a 3 será dispensável a aplicação
do disposto no nº 1 do artigo 422.

 Art. 438⁰ Circuitos monofásicos.


Em locais residências ou de uso profissional os circuitos deverão em regra ser
monofásicos.
O disposto no artigo visa, em especial os circuitos para iluminação.

 Art 439º secção nominal mínima dos condutores das canalizações


Em locais residenciais ou de uso profissional, permitir-se-á o emprego, de condutores
de secção nominal 1,5 mm2 para alimentação de tomadas ligada a circuitos de
iluminação, desde que elas sejam comandadas por um aparelho de comando

24
5 - Orçamento
Levantamento dos matérias
Tomadas 25 X 1200Kz =
Lâmpadas incandescente 6 X 500Kz =
Lampâdas fluorescente 14 X 6000Kz=
Caixa de parelhagem 25 X 200Kz =
Caixa de derivação 9 X 350Kz =
Interruptor Simples 7 X 800Kz =
Interruptor duplo 2 X 1550 Kz =
Comutador de escada 6 X 1500Kz =
Inversor de grupo 1 X 30.000Kz =
Disjuntores unipolares de 10A 5 X 1000Kz =
Disjuntores de 16A 8 X 3.000Kz =
Disjuntores de 32A 2 X 5000Kz =
Disjuntores de 25A 4 X 5.009kz
Dijuntor diferencial 1 X 11.000Kz =
Fusíveis 3 X 500Kz = 1.500kz
Porta fusíveis 1 X 8.000kz =
Quadro 1 X 18.000 = 5.000kz
Condutor de 4mm2 ( 3 rolos X 3 cond) =
Condutor de 2,5mm2 ( 8 rolos X 3 cond) X 3.000 Kz =
Condutor de 1,5mm2 ( 4 rolos X 3 cond) X 2.500 Kz =
Tubos VD 40 (1 rolo) X 8.000Kz =
Tubos VD 20 (4 rolo) X 4.500Kz =
Tubos VD 16 (8 rolo) X 3.000Kz =

Total = ______________________Kz

OBS: O levantamento foi feito nas lojas de vendas de matérias de instalações eléctricas,
localizadas na cidade do Sumbe, denominadas: SILUZ e GES.
A mão-de-obra será a terça parte do preço do orçamento (custo total dos materiais) .

25
CONCLUSÃO

Elaborou-se este projecto para se evitar implementações de dispositivos eléctricos de


maneira arbitrária que posteriormente poderão colocar os utilizadores do mesmo em
risco, pois os acidentes de origem eléctrica são muito perigosos, pode levar a morte.
Para se evitar um futuro lastimável na instalação desta residência, respeitaram-se as
regras indicadas no (R.S.I.U.E.E) Regulamento de Segurança de Instalações e
Utilização de Energia Eléctrica para que se utilizem os equipamentos com bons níveis
de qualidades que em termos de segurança expondo - á directiva de baixa tensão.
A instalação prevista tem a capacidade de alimentar todos receptores com maior grau de
segurança possível para os utilizadores. Pois, foram dispostos equipamentos eléctricos
com novas funções e níveis de qualidades elevados.
A execução deste projecto tem como objectivo exibir com objectividades, e concisão os
aparelhos utilizados, suas referências, marcas e números de circuitos utilizados para que
possa dar a conhecer de uma forma clara, não só ao electricista mas também ao
proprietário da residência, no caso em se verificar um problema nesta instalação será
fácil a sua localização.
Porém não é o melhor trabalho que apresentamos tendo em conta que é pela primeira
vez a execução de um trabalho desta natureza por fim esperamos que com esta
explicação, o leitor possa ter um pequeno conhecimento de como foi elaborada a
instalação de energia eléctrica desta residência.

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SUGESTÕES/RECOMENDAÇÕES
Em função do exposto apresentado e desenvolvido durante a nossa monografia sobre o
tema: Dimensionamento de uma Instalação Residencial, Compreendendo a sua
importância vital no desenvolvimento da sociedade e pelas vantagens que a mesma
apresenta sugerimos o seguinte:
1- Que os órgãos de competências no sector energético velassem mais para inspecção das
instalações eléctricas residências.
2- Sugerimos também que a empresa distribuidora no caso a ENDE, seja mais rigorosa ou
seja adopte medidas severas com vista a desmantelar da rede as instalações que não
apresentam medidas de segurança nenhuma.
3- Que seja feita uma campanha junto dos consumidores com cartazes ilustrativo sobre os
perigos pertinentes as instalações que não apresentam nenhuma medidas de segurança.
4- Que todas instalações tenham um disjuntor DR a montante do mesmo, de modo a
prevenir as pessoas sobre os efeitos psicopatológicos resultantes quando a corrente tem
como trajectória as partes do corpo humano ou contra perigos de choques e electrocução
que muitas vezes, são as causas dos acidentes fatais.
5- Que o ministério da educação insira no curriculum em todas áreas do saber medidas de
prevenção contra choques de origem eléctrica e socorros a prestar aos sinistrados em
corrente eléctrica. Pois que todos somos usuários deste bem inevitável. Tal como se faz
passar noções sobre a educação rodoviária.
6- Que se façam periodicamente manutenções preventivas pois que todas as aparelhagens
que compõem o mosaico das instalações eléctricas, também tem um tempo de vida útil.
7- Em caso de ausência da energia eléctrica devem desligar os aparelhos de consumo, pois
que quando a tensão é reestabelecida normalmente atingem os valores de pico.
8- Que no caso de fusão do fusível ou desarme dos disjuntores que não sejam respostas na
sua posição inicial por pessoa não qualificada, sem que primeiro sejam verificadas as
causas que procederam esta ocorrência.
9- Que se instalem circuitos independentes nas residências, para permitir que no caso de
defeito seja afectada apenas a área avariada, podendo ficar o restante em pleno
funcionamento.
10- Que se vela na qualidade de matérias, pois baixo preço representa baixa qualidade.

27
Quadro no 1. Intensidade de Corrente Máxima Admissível em Condutores do Tipo (V)
(H07 V-U)
INTENSIDADE DE CORRENTE MÁXIMA ADMISSÍVEL
(A)

CONDUTORES CONDUTORES INSTALADOS AO AR


SECCÃO ENFIADOS NO
NOMINAL MESMO COM UMA DISTÂNCIA COM UMA DISTÂNCIA ENTRE
TUBO ENTRE SI INFERIOR AO SI IGUAL OU SUPERIOR AO
(mm2) SEU DIÂMETRO EXTERIOR SEU DIÂMETRO EXTERIOR
1 13 17 21
1,5 17 22 27
2,5 22 30 36
4 29 40 48
6 37 50 60
10 50 70 85
16 70 95 110
25 95 125 145
35 120 150 180
50 140 180 210
70 185 230 25
95 225 275 330
120 265 315 390
150 320 360 440
185 350 410 505
240 415 480 595
300 480 550 685
400 580 650 820
500 600 810 935

28
Quadro no 2- Diâmetro nominal de tubos VD para enfiamento de condutores tipo V
(canalizações à vista e embebidas)

Canalizações à vista Canalizações em bebidas


Secção dos
condutores Número de condutores Número de condutores
(mm2)
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

1,5 12 12 16 16 16 12 12 16 16 20

2,5 12 12 16 16 20 12 16 16 20 20

4 12 16 16 20 20 12 16 20 20 25

6 12 16 20 20 25 12 16 20 25 25

10 16 20 25 32 32 16 25 25 32 32

16 16 25 32 32 32 20 25 32 32 40

25 20 32 32 40 40 25 32 40 40 50

35 25 32 40 40 50 25 40 40 50 50

50 25 40 50 50 50 32 40 50 50 63

70 32 40 50 63 63 32 50 63 63 63

95 32 50 63 63 75 40 50 63 50 50

120 40 50 63 75 75 40 63 75 75 90

150 40 63 75 75 90 50 63 75 90 90

185 50 63 75 90 90 50 75 90 90 110

240 50 75 90 90 110 63 75 90 110 110

300 63 75 110 110 110 63 90 110 110 -----

400 63 110 110 ------- 75 110 ---- ---- ----

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30

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