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Proteção de Sistemas 2
Proteção de Sistemas 2
Sistemas Elétricos
PÓS-GRADUAÇÃO
Proteção de Sistemas
Elétricos
Bloco 1
Heverton Bacca Sanches
Objetivos
Fonte: senorcampesino/iStock.com.
O projeto de proteção
Fonte: Evening_T/iStock.com.
Proteção com disjuntores
Onde:
ICS – corrente de curto-circuito que atravessa o dispositivo
de proteção.
T – tempo de duração da corrente de curto-circuito.
Seletividade entre disjuntos e fusíveis
A corrente absorvida pelo motor durante
a partida (Ip) é bastante superior à de
Figura 4 – Operação de um motor elétrico funcionamento normal (In) em carga.
A potência absorvida em
funcionamento é determinada pela
potência mecânica no eixo do motor.
Fonte: imantsu/iStock.com.
Sistema de aterramento
O Sistema de aterramento promove
Figura 7 – Circuito de aterramento
a proteção contra descargas
atmosféricas, a proteção dos
indivíduos contra contato em parte
metálicas energizadas e a
uniformização do potencial em toda
a área do projeto.
Fonte: tbradford/iStock.com.
PÓS-GRADUAÇÃO
Dispositivo de Proteção à
corrente Diferencial-
Residual (DR) e
Dispositivos de Proteção
contra Surtos (DPS)
Bloco 2
Heverton Bacca Sanches
Proteção contra contatos indiretos
• Deve ser feita por seccionamento automático da alimentação
do circuito, evitando uma tensão de contato superior a 50V
em ambientes normais ou 25V em áreas externas e ambientes
molhados por um tempo máximo de 5 segundos (ABNT,
2004).
• É necessário, também, garantir um percurso para corrente de
falta, ou seja, um sistema de aterramento por meio de
condutores de proteção que ligam as massas ao terminal de
aterramento principal.
O DR
Figura 9 – Exemplo de uso de A coordenação dos dispositivos
DR e aterramento pode ser alcançada tendo-se
para o dispositivo geral uma
corrente de falta superior a 30
mA e os circuitos terminais uma
correntes de falta de até 30 mA.
Teoria em Prática
Bloco 3
Heverton Bacca Sanches
A principal carga elétrica nas industrias
Figura 11 – Motor elétrico
em uma indústria A principal carga elétrica
nas indústrias é o motor
elétrico e, devido as suas
peculiaridades de
funcionamento, a NBR
5410 define alguns
dispositivos de proteção
como os relés térmicos de
sobrecarga, contatores e
dispositivos de proteção
contra curtos-circuitos.
Fonte: Nordroden/iStock.com.
Ajuste do relé de proteção
Como determinar o ajuste desse relé de proteção para um
motor de 50 cv, 380 V/IV polos, em regime de funcionamento
S1 e tempo de partida de 3 segundos, alimentado por um
circuito condutor unipolar de cobre, com isolação do tipo
PVC de seção de 25 mm², em canaleta fechada embutida?
Os relés térmicos de sobrecarga
Os relés eletrônicos instantâneos são usados na proteção de
motores elétricos acoplados às máquinas, com elevados
conjugados resistentes de partida, grande momento de
inércia e com probabilidades de ter o rotor bloqueado. Eles
podem estar associados a contatores, formando um
dispositivo de comando e proteção.
Para um motor de 50 cv, 380 V/IV polos.
Corrente nominal do disjuntor
A corrente nominal, ou ajuste da
unidade térmica do disjuntor, deve ser
igual ou superior à corrente de projeto,
ou simplesmente de carga prevista:
𝐼𝑎 ≥ 𝐼𝑐
𝐼𝑎 - corrente nominal ou de ajuste do
disjuntor.
𝐼𝑐 - corrente de projeto do circuito.
Portanto,
𝐼𝑎 ≥ 𝐼𝑐 → 𝐼𝑐 = 68,8 𝐴
Capacidade de corrente dos condutores
A corrente nominal, ou de ajuste da
unidade térmica do disjuntor, deve ser
igual ou inferior à capacidade de
condução de corrente dos condutores.
𝐼𝑎 ≤ 𝐼𝑛𝑐
𝐼𝑛𝑐 - corrente nominal do condutor.
Considerando a instalação em canaleta
fechada embutida no piso, temos o
método de referência B1 na tabela 36
na NBR 5410 (ABNT, 2004), temos:
68,8 A ≤ 𝐼𝑎 ≤ 89 𝐴
Atuação dos disjuntor
A corrente convencional de atuação
do disjuntor deve ser igual ou inferior
a 1,45 vez a capacidade de condução
de corrente dos condutores.
𝐼𝑎𝑑𝑐 ≤ 1,45 × 𝐼𝑛𝑐
𝐼𝑎𝑑𝑐 - corrente convencional de
atuação para disjuntor ou corrente
convencional de fusão para fusíveis.
Considerando o fabricante de relés
bimetálicos da série 3UA da Siemens
e a corrente adotada de 68,8 A,
teremos o relé 3UA60-00-2W.
Ajuste do tempo do relé
O tempo de partida do motor, 𝑇𝑝𝑚, deve
ser inferior ao tempo de atuação do
relé, 𝑇𝑎𝑟, para a corrente de partida
correspondente, enquanto o tempo de
rotor bloqueado, 𝑇𝑟𝑏, deve ser igual ou
superior ao valor da corrente ajustada:
𝑇𝑟𝑏 ≥ 𝑇𝑎𝑟 > 𝑇𝑝𝑚
Considerando um tempo de partida do
motor de 3 segundos e o tempo de rotor
bloqueado de 12 segundos e uma
relação de corrente de partida, 𝑅𝑐𝑝𝑚 =
6,4, segundo a tabela de especificações
de motores da WEG.
Atuação da unidade térmica
Como M é o múltiplo da corrente
ajustada, 𝐼𝑎 é a corrente da unidade
térmica temporizada e 𝐼𝑐 é a corrente
que atravessa o relé, temos:
𝐼𝑝𝑚 = 𝑅𝑐𝑝𝑚 × 𝐼𝑛𝑚=6,4 × 68,8 = 440,3 𝐴
𝐼𝑝𝑚 440,3
𝑀= = = 6,4
𝐼𝑎 68,8
Seleção da faixa de ajuste
Figura 12 – Característica do relé
3UA da Siemens
De acordo com o
gráfico 𝑇𝑎𝑟 = 5,5 s.
Dica do Professor
Bloco 4
Heverton Bacca Sanches
Onde encontrar informação?
• O ELAT, Grupo de Eletricidade Atmosférica, do
Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE),
conta com um mapa em tempo real da intensidade
de atividade atmosférica no Brasil.
Onde encontrar informação?
• O documentário
Fragmentos de Paixão
busca entender como
tantas descargas
atmosféricas podem
afetar vidas de formas
tão diferentes.
Onde encontrar informação?
Como você estudou os conceitos de proteção de
sistemas elétricos, e considerando que por ano caem
cerca de 50 milhões de raios e 500 pessoas são
atingidas no Brasil, 130 delas fatais, e que o Brasil é o
campeão mundial de incidência de raios, segundo o
INPE (2019), vale a pena considerar ter o máximo de
informação sobre esse fenômeno da natureza.
Referências
Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR
5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de
Janeiro: ABNT, 2004.
______. ABNT NBR 5419 – Proteção contra descargas
atmosféricas Parte 1: Princípios gerais. Rio de Janeiro:
ABNT, 2015.
BRASIL. INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS
ESPACIAIS. Grupo de Eletricidade Atmosférica. 2019.
Disponível em:
<http://www.inpe.br/webelat/homepage/>. Acesso
em: 26 fev. 2019.
Referências
PRYSMIAN CABLES & SYSMEMS. 2010. Manual
Prysmian de Instalações Elétricas. Disponível em:
<https://br.prysmiangroup.com/sites/default/files/a
toms/files/Manual_Instalacoes_Eletricas.pdf>.
Acesso em: 26 fev. 2019.
SOUZA, José R. A. de; MORENO, Hilton. Guia EM da
NBR 5410. Revista Eletricidade Moderna, São Paulo,
2001.