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Arquitetura TCP/IP – Camada de Aplicação – Análise de Pacotes – Protocolos


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ARQUITETURA TCP/IP – CAMADA DE APLICAÇÃO – ANÁLISE DE


PACOTES – PROTOCOLOS BOOTP E DHCP

ARQUITETURA TCP/IP

Camada de Aplicação:

Os protocolos que estão relacionados à camada de aplicação fazem interação com o


usuário. Todo protocolo baseado na camada de aplicação possui uma aplicação relacionada
a um serviço de comunicação.
Nem todos os programas que estão na camada de aplicação fazem parte da camada
de aplicação da arquitetura TCP/IP, fazem parte somente aqueles que estão relacionados à
comunicação. Para saber a distinção de qualquer programa, software, aplicativo, processo
relacionado à comunicação, deve-se observar quando há um protocolo relacionado a ele,
quando não houver, então não faz parte desta camada.
Será estudado sobre o protocolo DHCP, no entanto, será dado ênfase, primeiramente, no
protocolo BOOTP porque ele foi o antecessor do DHCP.

Obs.: Tudo que for falado para o BOOTP servirá, também, para o DHCP.

• Protocolo
– BOOTP e DHCP
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Protocolo BOOTP/DHCP:

Obs.: Arquitetura TCP/IP é sinônimo de internet.

• Fornecem aos protocolos TCP/IP informações iniciais de configuração da máquina


(cliente).

O BOOTP e o DHCP são programas que servem para quando as máquinas ingressam
na rede, quando não possuem informações sobre a rede, com relação a nome de arquivos,
ao nome de servidores, nome do DNS etc. O DHCP e o BOOTP servirão para dar essas
informações.

• Endereço IP;

Ambos também possuem o advento de proporcionar a entrega de endereços IP’s de uma


forma dinâmica, porque no início, quando poucas máquinas existiam na rede, era fácil con-
trolar isso, inclusive de forma manual. Com o grande avanço das máquinas, e neste universo
da internet em que há um número infinito de dispositivos, não é mais possível haver imple-
mentos manuais.
Portanto, ambos fornecem a relação de endereço IP da máquina. Este IP pode ser iden-
tificado como uma identificação lógica, enquanto a identificação física é referente ao MAC.

• Máscara de sub-rede;
• Roteadores default;
• Rotas;
• Servidores de Boot;
• Servidores de nome (DNS);
5m
• Utilizados principalmente para realizar a administração centralizada de máquinas TCP/
IP e possibilitar o BOOT de máquinas sem disco rígido e sem informações iniciais de
configuração;
• Utiliza tabela de configuração para cada máquina.

Portanto, o servidor terá um sistema de dados, não um sistema gerenciador, mas uma
reunião de informações.
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Protocolo BOOTP – Bootstrap Protocol:

• Precursor do DHCP;
• Protocolo utilizado para o boot inicial de dispositivos de rede, como roteadores, swit-
ches, hubs gerenciáveis, além de estações Unix diskless (sem disco);

Obs.: Unix é o mesmo que sistemas operacionais baseados em código livre de larga escala
para uso de redes de computadores.

• O DHCP é um pouco mais complexo e mais versátil, utilizado principalmente para sim-
plificar a administração de endereços e outros parâmetros de configuração de grandes
instalações de máquinas TCP/IP;

O DHCP é um avanço, portanto, é natural que tivesse implemento de novos serviços


mais rebuscados.

Obs.: As LAN’s incorporaram para si a arquitetura TCP/IP, que surgiu para ser utilizada na
internet, mas foi implementada dentro das redes locais com esses protocolos que
vieram da arquitetura TCP/IP.

• Uma mensagem BOOTP é encapsulada em UDP (Req. 67 / Resp. 68).

UDP é um protocolo que está na camada de transporte. Na camada de transporte, para a


arquitetura TCP/IP, tem-se o TCP e o UDP. O BOOTP, assim como o DHCP, trabalhará com o
UDP, que basicamente faz a multiplexação de serviços da camada de aplicação, com relação
à camada de transporte.
As portas utilizadas, que também são números identificadores, para SAP (pontos de
acesso a serviços) são as portas 67 e 68.
10m

Obs.: Em servidores as portas sempre serão a 67 e a 68.

Protocolo BOOTP – Campos

Abaixo tem-se os campos do protocolo BOOTP:


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Observe que há 32 bits, começando a contar de 0 a 31.


A operação (OP) se diferencia se há 1 para Req. e 2 para Rep.
HW TYPE é o mesmo que tipo de hardware. O BOOTP não foi feito, especificamente, para
a arquitetura TCP/IP. Estes protocolos que estão sendo estudados foram soluções implemen-
tadas em sistemas operacionais Unix. Desta forma, a internet herdou estes protocolos do Unix.
Então, o Unix servia para vários tipos de redes, de distintos fabricantes. Portanto, a depender
do tipo de rede que está sendo implementado, haverá o tipo de hardware específico.
HLENGTH é o comprimento do cabeçalho, o HOPS é o número de saltos, e o TRANSAC-
TION ID é a identificação da transação.

• Operation: Código da operação, Pedido ou Resposta. Poderia ser detectado pela


porta UDP usada, redundância de dados, e neste caso, simplifica o processamento.
Server recebe na porta 67 e responde 68.

Obs.: O pedido é sempre identificado por 1 e Resposta por 2.


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Além de ser possível identificar pelo tipo da operação, também é possível identificar atra-
vés da porta que está sendo utilizada no servidor.

• Hardware Type: Identifica o tipo da rede física.


15m
• Hardware Length: Informa o comprimento utilizado do campo de endereço físico.

A depender do tipo de hardware, haverá um tamanho de codificação desse hardware


para a identificação do seu endereço.

• Hops: Inicializado com o valor 0, pode ser usado para limitar o número de retransmis-
sões através de BOOTP redirects.

Na máquina que está sendo solicitada uma informação, se ela souber qual a outra que
possa informar, é neste campo que ela irá passar esse parâmetro para quem solicitou, para
que da próxima vez ele possa, diretamente, solicitar ao host adequado.

• Transaction ID: Identificador da transação. O servidor deve repetir em sua resposta


este valor, gerado aleatoriamente pelo cliente. É uma forma de garantir que um cliente
não vai receber a resposta de outro.
• Seconds: Número de segundos desde que o cliente começou o processo de pedidos
BOOTP. Pode ser usado na implementação de servidores secundários, que só respon-
dem depois de algum tempo, caso um servidor primário não tenha ainda respondido.

A intenção é que quando o servidor secundário percebe que há um tempo que o primário
não responde, o secundário responde. Isso também balanceia cargas e faz com que o tempo
de pedido do cliente não seja muito duradouro.

• Unused: Colocado apenas para garantir que os campos com endereços IP vão estar
alinhados em endereços múltiplos de 4.

Serão alinhados em endereços múltiplos de 4 porque ao final a formatação de 0 a 32 é


uma padronização que deve ser mantida.

• Client IP Addr: Endereço IP do Cliente, preenchido pelo próprio, caso seja conhecido
de antemão.
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Por vezes o cliente já possui seu endereço IP, e ele quer solicitar outro tipo de informação
para o servidor. Se ele já souber o seu IP, ele já acrescenta esta informação.

Obs.: Um mesmo endereço IP pode ser compartilhado para mais de uma máquina, mas
não no mesmo instante, dentro da mesma rede, porque se não haverá conflito de
endereço IP.

• Facilita a operação do servidor e pode ser usado em chamadas secundárias ao serviço


de BOOTP, para pegar mais parâmetros do campo Vendor Specific.
• Your IP Addr: Endereço IP do cliente, preenchido pelo Servidor na operação de
resposta.
20m
• Server IP Addr: Endereço IP do servidor de Bootstrap. Poderia ser obtido via DNS,
porém nem sempre possível.

Obs.: O que se fala de Bootstrap pode ser levado em consideração, também, para o DHCP.
Obs.: Este endereço não é necessariamente o mesmo do servidor BOOTP.

• Gateway IP Addr: Endereço do roteador a ser usado durante a operação de bootstrap.


– Evita que o cliente tenha que conhecer algoritmos de roteamento neste instante.

Obs.: O Gateway é o dispositivo de entrada e saída da rede.

• Client Hardware Addr: Endereço físico do cliente. Campo de preenchimento obri-


gatório pelo cliente, usado como chave primária na maioria das buscas em tabela
no servidor.

Obs.: Client Hardware Addr é o endereço MAC.

O endereço MAC não muda, ele vem sempre grafado na cartão de identificação de rede.

• Server Host Name: Nome do servidor. Campo opcionalmente preenchido pelo servi-
dor. Pode também ser usado pelo cliente para sugerir uma opção ao servidor BOOTP,
que poderá ou não aceitar a dica.
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Ou seja, o cliente pode, previamente, sugerir qual servidor que ele irá buscar informação.

• Boot File Name: Nome do arquivo que deve ser carregado no bootpstrap. Preenchido
pelo servidor, mas pode ser usado pelo cliente para sugerir um sistema operacional a
ser utilizado. Em geral nomes genéricos, como “unix”, “router”, “selftest”, etc.
• Vendor Specific Area: Usado opcionalmente para se colocar dados de extensão do
protocolo. Como em geral estes dados são definidos pelo fabricante de um produto,
este campo ficou conhecido como campo de informação dependente do fabricante.

Abaixo é possível ver a questão do 1 para request, e 2, no campo operação, para uma
resposta, uma “reply”:

• Mensagens BOOTP Request e BOOTP Reply tem o mesmo formato mas no Request
alguns campos não são preeenchidos;
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Obs.: O protocolo BOOTP e o DHCP não possuem payload (campo de dados), eles só pos-
suem o header (cabeçalho). No cabeçalho sempre haverá campos para preenchi-
mento. A diferença do request para o reply é que os campos que estarão em branco
no request serão preenchidos no reply.
25m

• Uma estação que deseja obter informações de configuração pode enviar uma mensa-
gem BOOTP Request por broadcast;

É por broadcast porque ele não possui informações da rede, não sabe para quem irá
perguntar, então perguntará para todos os host da rede. Com isso, o servidor irá identificar
e vai responder em unicast, porque no request o client irá mandar, pelo menos, o seu MAC
Address, então, ali o DHCP irá identificar, nem que seja pelo endereço físico, para quem deve
dar uma resposta.

• Um servidor de BOOTP pré configurado na rede com os parâmetros de cada cliente,


receberá a mensagem e enviará os dados previamente armazenados para o cliente.

Protocolo DHCP – Dynamic Host Control Protocol:

• Vantagem (BOOTP) - capacidade de configuração automática de estações.

O DHCP implementa esta capacidade de configuração automática.

• Não necessita de tabela de configuração para cada máquina (parâmetros e endereços


MAC BOOTP).

Parâmetros e endereços relacionados em tabelas era como o BOOTP trabalhava.

• Configuração de diversas estações IP existentes na rede de modo genérico e


consistente.
• Formas distintas de fornecimento de distribuição de endereços IP.

Formas de distribuição de endereços IP:

• Empréstimo (leasing) de endereço aleatório por tempo limitado:


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– Servidor fornece ao cliente um endereço IP obtido de um conjunto pré-definido de


endereços (p.ex. 192.168.0.10 a 192.168.0.90) por tempo pré-determinado.

Exemplo: tem-se uma sequência de endereços IP, desta sequência é possível pegar
o primeiro rol e dizer que ele será diretamente relacionado por um número limitado de
tempo de uso.

• Empréstimo de endereço aleatório por tempo infinito:


– Servidor associa endereço obtido do conjunto de endereços a um cliente na primeira
vez que este cliente contactar o servidor.

Por exemplo: a estação de trabalho entrou na rede, ela pega o endereço IP, e esse IP
será sempre entregue a ela todas as vezes que ela retornar.
– Nas demais vezes, será fornecido o mesmo endereço a este cliente (associado atra-
vés do endereço MAC).

• Empréstimo de endereço fixo:


Neste caso o gestor de rede vai a máquina e determina ao DHCP que ele forneça
determinados IPs a determinados MACs. Esta é uma forma fixa de relacionar cada
endereço no servidor.
30m
– Neste tipo de fornecimento, o DHCP opera como o BOOTP, onde há a associação
explícita entre o endereço IP e o endereço MAC da máquina origem, estipulado em
uma tabela de configuração.

Protocolo DHCP – Campos

Observe a seguinte imagem em que os campos de DHCP são os mesmos relaciona-


dos ao BOOTP:
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As mesmas informações, os mesmos campos são os mesmos do BOOTP. Veja abaixo:

CAMPO DESCRIÇÃO
op Tipo da mensagem (Opcode).
htype Tipo do endereço do hardware.
hlen Tamanho do endereço do hardware.
hops Cliente seta para zero, o campo é usado por roteadores.
trans id Identificador da transação.
secs Número de segundos desde que o cliente começou seu processo de boot.
flags Flags.
cliente ip ddr Endereço IP do cliente. Preenchido pelo cliente usando DHCPREQUEST.
your ip ddr Endereço IP do seu cliente.

 Obs.: Nenhum dos dois possui o campo do payload.


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CAMPO DESCRIÇÃO
server ip ddr Endereço IP do servidor.
router ip ddr Endereço IP do relay agent, usado na inicialização por um roteador.
client hardware ddr Endereço do hardware do cliente.
Nome do servidor. O cliente pode preencher este campo se ele sabe o
server host name
nome do seu servidor(opcional).
boot file Nome do arquivo de boot.
Options Campo opcional para parâmetros client ip ddr

Protocolo DHCP – Mensagens:

Por fim, há a parte relacionada às mensagens:

MENSAGEM USO
DHCPDISCOVER Cliente faz um broadcast para localizar os servidores.
Servidor para cliente em resposta ao DHCPDISCOVER com oferecimento de
DHCPOFFER
parâmetros de configuração.
Mensagem do cliente para o servidor pode ser: requisitando parâmetros ofereci-
DHCPREQUEST dos por um servidor e descartando os outros, verificando a corretude do endereço
previamente alocado ou extendendo o lease de um endereço IP.
DHCPACK Servidor para cliente com parâmetros de configuração, incluindo o endereço IP.
Servidor para cliente indicando que o endereço de rede está incorreto ou alocado
DHCPNAK
para outro cliente.
DHCPDECLINE Cliente para servidor indicando que o endereço IP já está em uso.
DHCPRELEASE Cliente para servidor renunciando o endereço IP e cancelando o lease.
DHCPINFORM Cliente para servidor, perguntando pelo parâmetro de configuração de rede local.

Exemplo de DHCPREQUEST é quando uma pessoa possui um empréstimo por um tempo


indeterminado e assim ele pode fazer um novo request para ter estendido aquele tempo de
empréstimo.
No DHCPNAK tem-se o servidor que declina um pedido do cliente.
Estas são as informações relacionadas ao BOOTP e DHCP.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Edward Lima.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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