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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense

Campus Pelotas
Programa de Pós-Graduação em Educação
Doutorado Profissional em Educação e Tecnologia

Anteprojeto de pesquisa

Arte, Educação Humanizada e Afetividade: Um Caminho para o


Desenvolvimento Integral

Fernanda Xavier Ott Perotoni


Orientador Pretendido: Prof. Dr. Alberto D’Ávila Coelho
Linha de Pesquisa: Intervenções no espaço-tempo da educação básica: filosofia,
arte e tecnologias

Pelotas
2023
Fernanda Xavier Ott Perotoni

Arte, Educação Humanizada e Afetividade: Um Caminho para o


Desenvolvimento Integral

Anteprojeto de pesquisa de
doutorado, na linha de pesquisa
Intervenções no Espaço-Tempo da
Educação Básica: filosofia, arte e
tecnologias, apresentado ao
Programa de Pós-Graduação em
Educação, ao curso de Doutorado
Profissional em Educação e
Tecnologia, do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia
Sul-Rio-Grandense, sob possível
orientação do Professor Doutor
Alberto D’Ávila Coelho.

Pelotas
2023

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SUMÁRIO

1. Introdução: tema e problema....................................................... 4


2. Justificativa.....................................................................................6
3. Objetivos........................................................................................ 8
3.1 Objetivo geral.................................................................................8
3.2 Objetivos específicos..................................................................... 8
4. Revisão de literatura e referencial teórico...................................9
5. Metodologia...................................................................................11
6. Bibliografia ....................................................................................14

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1. Introdução: tema e problema

Os aspectos emocionais têm conquistado um espaço, cada vez mais, significativo em


todas as arenas onde as interações sociais são necessárias. No campo da educação, a
dimensão socioemocional tem ganhado destaque, infundindo um caráter mais
humanizado nas relações e nas trocas pessoais entre professor e aluno na rotina
escolar.
Esse enfoque sempre atraiu minha atenção, desde minha infância, quando
gradualmente se tornava mais evidente que as experiências emocionalmente
significativas eram as que mais marcavam a memória durante minha trajetória escolar.
Na minha trajetória acadêmica, ao ingressar no ensino superior, minha busca foi
pautada por um desejo de encontrar um campo no qual as emoções desempenhassem
um papel central. Isso, de forma natural, me conduziu para o mundo campo das artes e,
posteriormente, ao das ciências sociais. Ao longo da minha vida universitária, fui,
especialmente, atraída por projetos de extensão nos quais as questões culturais e as
interações ocorriam de maneira espontânea. Na minha experiência durante a pós-
graduação, a memória emocional se tornou significativamente proeminente. Essas
considerações emocionais me acompanharam igualmente de forma intensa ao longo da
minha carreira profissional. Além das experiências na sala de aula, busquei
oportunidades de proporcionar vivências extracurriculares, sempre com o propósito de
criar lembranças e experiências mais ricas em afetividade.
Nos últimos dez anos, fui desafiada a ingressar em uma nova esfera no campo da
educação. Tornei-me coordenadora pedagógica, e é, sem dúvida, a partir dessa
experiência que me sinto motivada a realizar um doutorado profissional em educação.
Minha intenção é buscar enriquecimento teórico, mas, acima de tudo, possibilitar a
projeção e a criação de algo que, de alguma forma, possa contribuir para o
desenvolvimento pessoal de educadores e educandos, não apenas dentro da escola,
mas também estimulando uma abordagem mais integral em suas relações
socioemocionais.

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O ambiente educacional, que é influenciado por fatores sociais, culturais e
tecnológicos em constante evolução, desafia constantemente os educadores a se
adaptarem às novas demandas. A presença de dispositivos eletrônicos, as redes sociais
e a dinâmica da sociedade moderna têm impacto direto nas relações humanas e, por
conseguinte, nas relações entre professores, alunos e suas famílias.
Nesse cenário de constante transformação, o papel do educador vai além da mera
transmissão de conhecimento. A necessidade de promover a humanização e a empatia
se destaca como um aprendizado fundamental para o desenvolvimento saudável e
integral dos indivíduos. Afinal, não basta apenas adquirir conhecimento acadêmico; é
igualmente relevante cultivar habilidades interpessoais, compreensão e respeito pelas
diferenças, e a capacidade de se colocar no lugar do outro.
Essa abordagem contribui para a formação de cidadãos mais conscientes, tolerantes
e capazes de enfrentar os desafios da sociedade contemporânea. Como Paulo Freire
(1980) afirmou com sabedoria, “Educação não transforma o mundo. Educação muda as
pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Através de uma educação humanizada,
podemos capacitar as pessoas a se tornarem agentes de mudança, capazes de impactar
positivamente o mundo ao seu redor.
A educação humanizada e a afetividade estão surgindo como temas de destaque na
pesquisa educacional contemporânea. Enquanto a educação humanizada coloca ênfase
no desenvolvimento integral dos alunos, levando em consideração seus aspectos
emocionais e sociais, a afetividade na educação tem um importante papel pela
espontaneidade e desenvolvimento de empatia. Nesse contexto, a arte, como meio de
expressão e comunicação, desempenha um papel fundamental na promoção da empatia
e na criação de experiências educacionais mais significativas.
A pesquisa irá abranger da educação infantil no recorte da idade obrigatória escolar,
ou seja, crianças entre 4 e 5 anos, ponto crucial da vida colegial, onde acontece a
introdução da aprendizagem e das trocas socioafetivas.
Nosso estudo será dividido em dois momentos. Primeiramente, buscaremos
compreender em que medida os três aspectos referenciais - arte, educação humanizada
e afetividade - estão atualmente presentes na educação, a partir das narrativas orais e

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escritas de profissionais que estão diretamente ligados a este contexto. Em seguida,
trabalharemos na criação de um material direcionado que possa facilitar a integração
eficaz desses elementos na formação integral do aluno, ou seja seria a produção de um
manual que contenha técnicas e orientações para o desenvolvimento de um trabalho
pautado na união da tríade arte, educação humanizada e afetividade. Com esse enfoque,
minha pesquisa, contribuirá para a evolução do cenário educacional, promovendo uma
educação mais problematizadora e enriquecedora.

2. Justificativa

Ao contemplarmos os emergentes cenários educacionais que se delineiam à


nossa volta, acompanhados das crescentes carências socioemocionais, é necessário
reconhecer a urgência de uma abordagem educacional que transcenda a simples
transmissão de conhecimentos, informações e abrace plenamente as dimensões
emocionais, sociais e criativas do processo de aprendizado. Nesse contexto,
apresentamos uma justificativa abrangente:
• Desenvolvimento Integral: reconhecemos que o desenvolvimento integral dos
indivíduos não se resume apenas à aquisição de habilidades cognitivas e
conhecimento acadêmico. É igualmente importante promover o desenvolvimento
emocional, social e criativo, bem como a formação de cidadãos conscientes, éticos e
empáticos. Este projeto se baseia na compreensão de que a educação deve
valorizar todas as dimensões do ser humano.
• Arte como Ferramenta Pedagógica: a arte tem o poder de envolver os alunos de
maneira emocional e criativa. Ela permite que os estudantes expressem suas
emoções, desenvolvam a criatividade, construam a autoestima e explorem o mundo
de maneira única. Integrar a arte à educação não apenas enriquece o processo de
aprendizado, mas também estimula a imaginação e a expressão pessoal.
• Educação Humanizada: A educação humanizada coloca o aluno no centro do
processo de aprendizado. Ela valoriza não apenas os resultados acadêmicos, mas

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também a construção de relacionamentos positivos entre educadores e alunos, a
promoção do respeito à diversidade, a inclusão e a compreensão mútua. Essa
abordagem é fundamental para o desenvolvimento de cidadãos responsáveis e
solidários.
• Afetividade e Empatia: o papel da afetividade na educação não pode ser
subestimado. O afeto e a empatia entre professores e alunos criam um ambiente
acolhedor e seguro, estimulando a motivação para aprender e a confiança. Isso
também fortalece as relações interpessoais, promove a resolução de conflitos de
maneira saudável e contribui para a formação de indivíduos empáticos. Que
ultrapassa os muros da escola chegando aos lares e as comunidades.
• Necessidade de Mudanças Educacionais: a educação tradicional, muitas vezes, não
dá a real importância a afetividade, a arte e a educação humanizada. O projeto
busca ser um novo instrumento, fornecendo um espaço para refletir sobre e
implementar práticas educacionais mais inclusivas, centradas no aluno e ricas em
experiências.
• Preparação para o Futuro: a sociedade contemporânea exige não apenas
habilidades técnicas, mas também competências sociais, emocionais e criativas.
Este projeto visa preparar os alunos para enfrentar questões tão delicadas,
capacitando-os não apenas com conhecimento, mas com a capacidade de se
relacionar com os outros, resolver problemas e contribuir para um mundo mais
compassivo e justo.
Desta forma, o projeto Arte, Educação Humanizada e Afetividade: Um Caminho
para o Desenvolvimento Integral propõe uma abordagem educacional que busca tratar
sobre a diversidade e a complexidade da experiência humana, oferecendo possíveis
caminhos para o desenvolvimento integral dos indivíduos, bem como para a construção
de uma sociedade mais harmoniosa.

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3. Objetivos

3.1. Objetivo geral


Investigar, compreender e promover a integração efetiva da arte, educação
humanizada e afetividade no contexto educacional, modernizando o desenvolvimento
integral dos alunos.

3.2. Objetivos específicos


Partindo para os objetivos específicos, que aqui se almeja alcançar de forma mais
específica, teremos:
• Explorar as bases teóricas, fazendo uma revisão bibliográfica correlacionada às
teorias da educação humanizada, afetividade e arte, identificando os pontos de
interseção e as oportunidades para uma abordagem integrada.
• Investigar o impacto das atividades artísticas realizando estudos de caso em
escolas e programas educacionais que incorporam a arte e como se dá a abordagem
humanizada para entender as experiências dos alunos e professores. Isso envolverá a
coleta de dados qualitativos por meio de observações e entrevistas.
• Explorar as bases teóricas da educação humanizada, afetividade e arte,
identificando os pontos de interseção e as oportunidades para uma abordagem
integrada.
• Investigar como o engajamento em atividades artísticas afeta a cognição
emocional e a empatia.
• Avaliar a eficácia de estratégias pedagógicas que incorporam a arte para
promover a empatia em contextos educacionais.
• Desenvolver um modelo teórico e estratégias pedagógicas que integre a arte, a
educação humanizada e a afetividade, fornecendo uma estrutura para a prática
educacional, a fim de colaborar com os educadores

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4. Revisão de literatura e referencial teórico

Em um cenário que prioriza o desenvolvimento completo do indivíduo, baseado


nas interseções da arte, educação humanizada e afetividade, é essencial empreender
uma exploração das implicações e papéis desempenhados por esses três elementos
fundamentais.
Ao nos envolvermos no universo da arte, vislumbrando o crescimento individual,
nos deparamos com uma jornada repleta de sentimentos, sensações e emoções. Sobre
os sentimentos, podemos dizer que possuem características que os fazem interligar
diretamente com as sensações, ou seja, sentimentos envolvem compreensão e
integração. São notadamente individualizados e tem a necessidade de incorporar
acontecimentos específicos das experiências e memórias do sujeito. (POLSTER;
POLSTER, 2001).
A partir dos sentimentos e da interligação com as sensações, partiremos do termo,
o qual refere-se à experiência sensorial iniciada por um estímulo externo ou interno
causado através de impressões em um órgão receptor e seus mecanismos biológicos.
Portanto, podemos dizer que a sensação é basicamente uma ação dos sentidos (RIES,
2004).
Considerando que cada indivíduo está em constante processo de aprendizado e é
dotado de sensações e sentimentos. É indissociável a arte no processo educacional,
percebendo que ambos desempenham papéis fundamentais no desenvolvimento e no
enriquecimento da experiência humana. De acordo com Barbosa (2006), a arte é
intrinsecamente ligada à criatividade e ao desenvolvimento cognitivo, manifestando-se
por meio de atos e ideias. Já a perspectiva de Duarte Junior (2007) nos oferece a ideia
de que a arte visa expressar a visão singular do ser humano sobre o mundo, permitindo
a exteriorização de suas percepções, ideias e emoções.
Por outro lado, a educação carrega consigo a missão de transmitir conhecimento,
cultivar habilidades sociais e fomentar o crescimento intelectual, almejando moldar o
indivíduo como um cidadão capaz. Nas palavras de Aranha (2002), a educação se revela
como o agente que impulsiona a humanização, a socialização e o aprimoramento das

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atividades humanas. Neste viés, segundo César Nunes (2020), a educação humanizada
se mostra como uma grande aliada no contexto social, logo a

Pedagogia Humanizadora assume estas categorias ontológicas sociais


como seu fundamento. E acompanha a compreensão de que educar seja
formar a pessoa humana. A Educação não-formal é uma etapa desta
formação omnilateral, vivida nas unidades parentais e na sociedade, mas a
educação formal, isto é, a educação escolar, é uma forma especial
igualmente de formação humana. A escola é uma agência especializada
em formação humana. Os tempos e etapas da educação escolar
acompanham a formação humana integral de cada pessoa e de cada ser
humano. Deste modo, a educação escolar deveria considerar, em primeiro
lugar, esta base semiológica, educar na escola é desenvolver todas as
características humanas das crianças, dos jovens, dos educandos.
(NUNES, 2020, p. 11)

Nunes (2020) reforça a premissa entre o educar e o humanizar enaltecendo esse


duplo processo. Assim, educar

significa manejar um duplo processo: hominizar-se, isto é, fazer-se homem


e humanizar, isto é, fazer o mundo à medida do homem! Esta é a tarefa
pedagógica, ética e estética, da educação e da escola no tempo histórico
em que vivemos. Para isso as sociedades estruturam e sustentam seus
sistemas educacionais e escolares. A concepção de Educação como
Humanização é a premissa de uma Pedagogia Humanizadora. (NUNES,
2020, p.02)

Por fim, não podemos esquecer do importante papel da afetividade em todo esse
envolvimento entre a arte e suas implicações e a educação e seus propósitos, Segundo
Castro (2017), a teoria das emoções de Wallon parte do pressuposto de que a
afetividade surge a partir de condutas cognitivas e, inicialmente, se manifesta como pura
emoção. A emoção é vista como uma manifestação afetiva, um meio de comunicação
expressivo e contagioso. Conforme o desenvolvimento humano avança, a emoção
encontra novas formas de expressão, adquire e compreende novos significados, o que,
por meio da diversidade de experiências emocionais, contribui para o aprendizado.

Para Henri Wallon (1986a [1954], p. 288) a afetividade ocupa lugar central
para a formação da pessoa e a construção do conhecimento, partindo do

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pressuposto de que as emoções também oportunizam os vínculos entre
os indivíduos. Em Wallon a emoção é capaz de realizar transições, é
compreendida como o ponto de partida do psiquismo com raízes na vida
orgânica e é sempre influenciada pelo meio social, cultural e ainda, pelo
biológico. (CASTRO, 2017, p.99).

De acordo com Vygotsky (1998) enfatiza, a afetividade desempenha um aspecto


crucial no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que estimula os alunos a
estabelecer uma relação direta com o professor, resultando em benefícios para seu
desenvolvimento educacional. Essa relação está intimamente relacionada ao prazer de
estar imerso no ambiente educacional e participar ativamente do processo de
aprendizagem. Logo, a afetividade

é um elemento cultural que faz com que tenha peculiaridades de acordo


com cada cultura. Elemento importante em todas as etapas da vida da
pessoa, a afetividade tem relevância fundamental no processo ensino
aprendizagem no que diz respeito à motivação, avaliação e relação-
professor e aluno (VYGOTSKY 1998, p.42)

Conforme evidenciam os autores mencionados anteriormente, a arte, a educação


humanizada e a afetividade desempenham papéis fundamentais no processo de ensino
e aprendizagem. Elas servem de estímulo para que os educandos interajam com o
ambiente ao seu redor, permitindo a exploração do "novo". Nesse contexto, um educador
que compreende a importância dos aspectos ligados à afetividade conduzirá o processo
educacional em direção a um desenvolvimento mais abrangente e significativo.

5. METODOLOGIA

Ao apresentar a metodologia que irá compor esta pesquisa, busco trazer


primeiramente o recolhimento de referencial teórico afim de realizar o encaminhamento
do pensamento. Para isso será necessário realizar uma revisão aprofundada e crítica

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dos referenciais bibliográficos selecionados, destacando suas contribuições para a
compreensão da relação entre arte, afetividade e educação humanizada.
Após uma Análise Comparativa, das abordagens teóricas dos autores e títulos
selecionados, identificar áreas de convergência e divergência em relação à integração da
arte na educação e à promoção da afetividade.
Dando sequência, a abordagem metodológica a ser empregada partirei para
pesquisa-ação, uma prática de investigação realizada em contextos de sala de aula,
visando aprimorar a compreensão de situações coletivas. Conforme Thiollent (2005), em
Metodologia da Pesquisa-ação, pode-se definir como:

um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada


em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da
situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou
participativos. (THIOLLENT, 2005, p.16).

A pesquisa em questão é caracterizada pelo seu enfoque qualitativo, uma vez que
busca aprofundar e especificar a compreensão, neste caso as questões relacionadas às
dinâmicas sociais. Após a definição do referencial teórico, seguida de uma revisão crítica
e análise comparativa, avançaremos para a fase de implementação prática. Esse estágio
engloba a pesquisa-ação e a exploração das relações afetivas e humanizadas,
principalmente no contexto da arte durante as aulas.
Na qualidade de coordenadora pedagógica, tenho acesso a um grupo de
professores e alunos que abrange desde a Educação Infantil até o 2º ano do Ensino
Fundamental. Isso me confere a oportunidade de supervisionar e orientar todo o
processo de pesquisa, além de conduzir estudos de caso e estratégias de ensino que
integrem o discurso e ações afetivas na aplicação prática de dimensão artística.
Primeiramente, ocorrerá a análise e a coleta de literatura baseada nos aspectos
artísticos, humanizadores e afetivos, de acordo com a proposta do projeto. Essa relação
bibliográfica é de suma importância para compreender o que será abordado nas
narrativas dos professores e como será feita a orientação, utilizando para tal o Manual de

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Orientação para os professores da Educação Infantil, que trabalham com crianças
pequenas (4a – 5a 11m), de acordo com a BNCC (2018).
Em um segundo momento, serão realizadas oficinas quinzenais que trarão nas
narrativas dos professores a temática apresentada como objeto de estudo. Nas primeiras
oficinas, a problemática será apresentada ao grande grupo, que será estimulado a
debater sobre o assunto. Esse debate será gravado para registro da pesquisa. Após
essa primeira discussão, sem contextualização teórica, iremos para um diálogo sobre os
referenciais e como eles se manifestam nas práticas pré-existentes.
Em seguida, passaremos para a experimentação de dinâmicas que,
posteriormente, serão aplicadas pelos professores em suas classes, com o objetivo de
iniciar, por meio do instrumental artístico, o desenvolvimento do socioafetivo e da
educação de maneira mais sensível e humanizada. Nos encontros posteriores a essa
aplicação, voltaremos às narrativas, registrando os resultados e debatendo como
aprimorar esses recursos.
Por fim, com todos esses registros, debates e sugestões em mãos, chegaremos
ao momento de avaliar e criar o Manual de Orientações, que utilizará as artes como
ferramenta para promover o desenvolvimento socioafetivo em uma abordagem
educacional mais humanizada.

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