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AULAS
Introdução aos ciclos
biogeoquímicos
objetivos
INTRODUÇÃO Neste módulo inicial será apresentada uma introdução aos ciclos biogeoquímicos,
que correspondem a transformações sofridas por alguns elementos químicos
presentes na crosta terrestre, incluindo sua absorção pelos organismos e o
retorno a formas inorgânicas.
Muitos dos conceitos introduzidos nessas aulas serão estudados detalhadamente
em aulas posteriores, tais como: intemperismo, minerais, rochas, etc. Você não
deve, portanto, preocupar-se em conhecer cada processo mencionado em
detalhes. O nosso principal objetivo é dar uma visão geral das interações dos
seres vivos com o ambiente físico, e motivá-lo para as aulas que se seguem.
O CICLO HIDROLÓGICO
Figura 2: Representação
esquemática simplificada
do ciclo hidrológico. Os
materiais (vapor, água
e gelo) também podem
ser chamados de reser-
vatórios de massa e são
apresentados dentro de
elipses. Os processos de
transferência de massa
de um reservatório para
o outro são apresentados
ao lado de setas.
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Podemos ainda aprofundar um pouco mais nossos conhecimentos
sobre o ciclo hidrológico, observando a Figura 3, onde aparecem os
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valores estimados para a massa de água em cada reservatório na Terra,
e ainda as taxas de transferência de um reservatório para outro ao lado
das setas. Observe que nos oceanos a evaporação supera a PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO
ATMOSFÉRICA
ATMOSFÉRICA, produzindo um excesso de vapor que se desloca em direção
Chuva.
aos continentes. Nos continentes, a precipitação supera a evaporação,
resultando em um fluxo de águas fluviais em direção aos oceanos,
fechando o ciclo.
A fonte de energia para o ciclo hidrológico é o sol, uma fonte
externa ao planeta, e por isto este ciclo faz parte de um conjunto de
processos geológicos denominado “Dinâmica Externa”.
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CO2 + H2O ↔ H2CO3 de dissolver substâncias. As reações químicas são mostradas ao lado,
H2CO3 ↔ H+ + HCO3-
desde a hidratação da molécula de CO2 até as reações de dissociação
do ácido carbônico.
HCO3- ↔ H+ + CO32-
Figura 4: Diagrama dos caminhos percorridos pela água de chuva após sua precipi-
tação na superfície dos continentes.
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dos solos são preenchidos por uma mistura de ar e água, e esta região é
referida como zona subsaturada, zona de percolação ou de aeração.
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• O lençol freático é, na verdade, uma zona do solo totalmente saturada
de água, e não uma “camada de água” abaixo da superfície.
A água subterrânea flui lateralmente em subsuperfície devido
SAZONAL
à ação da gravidade, através dos poros, os quais se comunicam entre
si. Quando o lençol freático intercepta a superfície terrestre (veja Relativo a eventos
cujas características
novamente a Figura 4), a água passa a fluir na forma de nascentes, rios, variam ao longo
das estações do ano
pântanos e lagos. A contínua contribuição da água subterrânea para os (ex: precipitação
rios, importante nos períodos secos, é conhecida como fluxo de base. pluviométrica).
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Figura 5: Representação
esquemática simplificada
do ciclo biogeoquímico
do carbono.
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uma saída que ocorre através dos rios. Sendo assim, podemos considerar
o ecossistema florestal como uma “caixa preta” e quantificar entradas
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e saídas de massa (Figura 6).
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Concentração
Elemento (% em peso seco de tecidos)
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Carbono (C) 45
Oxigênio (O) 45
Hidrogênio (H) 6
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As árvores retiram nutrientes das várias fontes discutidas acima.
As entradas externas primárias são gases atmosféricos, chuva, aerossóis
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retidos pela vegetação e as rochas subjacentes. Os gases atmosféricos e
a chuva fornecem parte do enxofre, nitrogênio e fósforo, enquanto os
aerossóis e rochas fornecem a maior parte do potássio, magnésio, cálcio,
sódio e silício. As perdas da floresta ocorrem através do fluxo lateral de
água subterrânea e dos rios.
Se uma floresta se encontra em estado estacionário, isto é, se não
está crescendo e estocando nutrientes, as entradas se igualam às saídas, BACIA DE
DRENAGEM
e as mudanças na composição da água, passando de água de chuva para
Área de captação
água fluvial, se devem à liberação de elementos pelo intemperismo. Assim, das águas de chuva
para um determinado
é possível estimar taxas de intemperismo através de balanços de massa corpo d’água.
de elementos. Estes balanços são feitos estimando-se a entrada e saída
de massa em uma BACIA DE DRENAGEM delimitada.
Pode-se ainda ordenar os elementos de acordo com o grau em
que são afetados pela atividade biológica, medindo-se a razão entre o
estoque de cada elemento na vegetação viva e morta e sua perda anual
no fluxo fluvial (Berner & Berner, 1996):
P>N>K>Ca>S>Mg>Na
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RESUMO
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EXERCÍCIOS AVALIATIVOS
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Para resolver esses exercícios você deve retornar ao texto sempre que necessário.
Caso você sinta alguma dificuldade, procure o tutor da disciplina no seu pólo.
Leitura recomendada
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