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NOVENA DE NATAL 2022

SUGESTÃO CAPA
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TEXTO EM DESTAQUE: “FALOU-NOS POR MEIO DO FILHO” (Hb 1, 2)


TEXTO (BAIXO DA PÁGINA): NOVENA DE NATAL - DIOCESE DE GUAXUPÉ

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MENSAGEM DO BISPO
“Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora, aos Pais pelos profetas; agora, nestes
dias que são os últimos, falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as
coisas, e pelo qual fez os séculos”. (Hb 1, 1-2)

Prezado irmã o e estimada irmã ,

Essa é a inspiraçã o bíblica que motivou a equipe de redaçã o a produzir a Novena


de Natal deste ano. A riqueza da Palavra de Deus é tã o imensa que a cada ano percebemos
jeitos diferentes de olharmos para o Mistério do Natal, celebrado todos os anos. Deus
sempre nos surpreende, de um modo ou de outro Ele se mostra capaz de ser pró ximo de
seu Povo.
Neste ano, a proposta ofertada é um mergulho profundo na Sagrada Escritura, pois
os encontros, centrados na Sagrada Família, farã o uma reflexã o interessante, trazendo à
tona pessoas importantes do Antigo Testamento e sua relaçã o com Jesus, Maria e José.
Com toda certeza, o resultado é surpreendente e inspirador, pois nos faz refletir sobre os
caminhos preparados por Deus para nos enviar seu Filho Jesus. Nada na Histó ria da
Salvaçã o acontece de uma hora para a outra ou como fruto do acaso, tudo está
misteriosamente ligado e é o pró prio Senhor quem nos conduz no mundo para que possa
salvar a todos nó s, criados por amor.
Pelo terceiro ano consecutivo, temos a alegria de termos uma Novena de Natal com
o rosto da Diocese de Guaxupé, preparada por nossos padres e voltada para nosso povo,
com elementos pró prios de nossa caminhada pastoral e litú rgica. Isso é uma conquista
bastante satisfató ria, pois demonstra a açã o de Deus a cultivar pessoas que se esforcem
por seu Reino e transmitam sua Palavra, de modo criativo e inspirador.
Este roteiro vem para lhe ajudar a sair um pouco da rotina e intensificar a vida de
comunidade, vivendo a espiritualidade cristã como base só lida, onde apoiamos nossas
vidas. Que esta Novena de Natal ajude você a se preparar para este momento rico e
iluminado de nossas comunidades!
Receba minha bênçã o e conte sempre com minhas oraçõ es por todas as famílias de
nossa diocese. Um santo e abençoado Natal!

“Nasceu-nos hoje um menino


E um filho nos foi dado
Grande é este pequenino
Rei da paz será chamado
Aleluia, aleluia!”

Dom José Lanza Neto


Bispo de Guaxupé

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1
APRESENTAÇÃO
“FALOU-NOS POR MEIO DO FILHO” (Hb 1, 2)

Povo de Deus!

Chega agora em suas mã os a Novena de Natal 2022, um roteiro de oraçã o feito por
nó s com o intuito de fazer seu coraçã o vibrar de alegria ao se preparar para o Natal do
Senhor, tempo de luz e esperança.
Mais uma vez, fomos convidados pela Diocese de Guaxupé para partilharmos nossa
oraçã o e nossas inspiraçõ es com todas as comunidades de fé. Isso, verdadeiramente, nos
traz alegria, pois aprendemos desde a infâ ncia o jeito bonito e simples de nossa gente em
viver a beleza do Natal do Senhor com o auxílio das novenas, ao vermos nossas famílias
rezarem em nossas casas.
O envolvimento fraterno e a linguagem simples sã o o objetivo de nosso trabalho,
pois contemplamos o Deus que quis se fazer Menino, para que nó s o pudéssemos alcançar,
e Jesus falava de um jeito pró ximo e acessível que alcançava o coraçã o das pessoas e,
humildemente, nos inspiramos em nosso Mestre e nos esforçamos para seguir seu
exemplo.
Para este ano, nos concentramos nos três personagens do Presépio: Jesus, Maria e
José. A Sagrada Família é nossa inspiraçã o e, definitivamente, contamos com sua
intercessã o durante a elaboraçã o deste material, pois percebemos como a açã o de Deus
ajudou-nos a colocar, mesmo com o limite de nossas palavras, a grandeza da Histó ria da
Salvaçã o.
Dividimos os encontros em três grupos, cada um dedicado a uma pessoa da
Sagrada Família, relacionando-os com pessoas importantes do Antigo Testamento. Isso
gerou uma experiência rica de contemplarmos o modo como Deus cuida de todos os
detalhes e como seus propó sitos se costuram perfeitamente ao longo do tempo.
No primeiro bloco de encontros, olharemos para Sã o José e seu papel de guardiã o
da Sagrada Família, colocando-o ao lado dos Patriarcas, Abraã o, Isaac e Jacó . No coraçã o
dos encontros, teremos a ternura da Virgem Maria e o papel decisivo das Santas Mulheres,
Raquel, Ana e Ester. E, coroando nossa novena, estaremos pró ximos do Filho de Deus,
Nosso Senhor Jesus Cristo, em sua concretizaçã o do sonho do Povo de Deus de receber o
Messias; isso é exposto com clareza nas histó rias de Moisés e Davi e também nas profecias
de Isaías.
Reze conosco, produzimos cada encontro pensando em você e em sua comunidade
e, é claro, na profundidade do amor de Deus presente neste momento de nossa fé. Deixe
que a Luz Divina ilumine seu coraçã o e se prepare para a vinda do Salvador.

Maran atha – Vem, Senhor!

Equipe de Redaçã o
Padre Dione Piza
Padre Michel Pires
Padre Sérgio Bernardes
Padre Vinícius Pereira Silva

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1º ENCONTRO
DESDE ABRAÃO, DEUS “FALOU-NOS POR MEIO DO FILHO” PELA FÉ!

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA

2
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Dirigente: Que o Senhor, que vem nos salvar, esteja conosco nesta casa e nesta família!
Todos: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo!

Dirigente: Povo Santo de Deus, iniciamos mais uma novena em preparaçã o para o Santo
Natal de Nosso Senhor! Neste ano, a Diocese de Guaxupé nos propõ e contemplarmos um
versículo da Carta aos Hebreus: “Falou-nos por meio do Filho” (Hb 1,2). Dia apó s dia,
encontro apó s encontro, seremos conduzidos por personagens do Antigo Testamento que
esperavam ansiosamente o cumprimento das profecias, e convidados a “ver nos olhos de
José e Maria” esta promessa realizada em Jesus de Nazaré e seremos, ainda, provocados a
fazer que a mesma mensagem ecoe de forma atual através de nossos gestos e nossas
palavras! Clamemos a sabedoria do Espírito Santo sobre nó s!

Todos (cantando):
Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar
Nossos caminhos, vem iluminar!
Nossas ideias, vem iluminar!
Nossas angústias, vem iluminar!
As incertezas, vem iluminar

INTRODUZINDO O TEMA
Dirigente: “A fé é um modo de possuir o que ainda se esperava” (Hb 11,1). Pela fé, nos
constituímos povo de Deus nesta terra e sempre romeiros da eternidade. É a fé que moveu
o coraçã o de Abraã o há quase 4 mil anos. Pela fé, morrem os primeiros amigos do Senhor
no princípio do cristianismo e até os dias de hoje. A fé conforta e provoca! Com fé, vamos
rezar esta novena!

Todos (cantando):
Nossa novena será abençoada
pois o Senhor vai derramar o seu amor
Derrama Senhor, derrama Senhor
Derrama sobre nós o teu amor.

DEUS FALOU OUTRORA A NOSSOS PAIS


Leitor 1.: “E o Eterno disse a Abrão: ‘Sai de tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai,
para a terra que te mostrarei’” (Gn 3,12). Com essa frase, a Sagrada Escritura abre as
narrativas sobre a saga de Abraã o. “E Abraão, esperando com paciência, alcançou a
realização da promessa” (Hb 6,15), completa a carta aos hebreus. Por ter acreditado e
alcançado, Abraã o é visto como o pai na fé e um pai de fé para todo o Povo de Deus!
Leitor 2: Abraã o é considerado o primeiro que acreditou no Deus ú nico. Tamanha fé o fez
deixar a casa paterna e buscar uma terra para edificar um novo povo; o fez crer que
mesmo casado com uma esposa estéril, seria pai; o fez oferecer em sacrifício o ú nico filho,
fruto de um milagre, confiando cegamente no amor de Deus! Pela fé, “esperando, contra
toda a esperança, se tornou pai de muitas nações” (Rm 4,18).
L3.: Esse sentimento inexplicá vel chamado fé será o distintivo do Povo eleito e “o mesmo
Deus que pede a Abraã o para se confiar totalmente a Ele, revela-Se como a fonte donde
provém toda a vida” (Lumen Fidei 11), ele se faz carne e veio morar entre o Povo Eleito. De
fato, “Abraão (...) exultou pensando em ver o meu dia; viu-o e ficou feliz” (Jo 8, 56) afirmará
Jesus, o filho de um outro pai de muita fé, o carpinteiro José.

Todos (cantando): Eu confio em nosso Senhor com fé, esperança e amor (2x)

3
Leitor 1: Com a histó ria de Abraã o, entendemos que Deus nunca abandona seu povo. Antes
de tudo, é um Deus que se faz pró ximo, que caminha com os seus, faz promessa e anima na
caminhada. Se revela como Criador, mas também como amigo: motiva, encoraja, diz “nã o
tenha medo” e, sobretudo, acredita. Deus nã o desiste do projeto de amor, mas é insistente,
até poderíamos mineiramente dizer: “Deus é teimoso!”
Leitor 2: Contudo, todo projeto para dar certo exige, naturalmente, o comprometimento de
todas as partes. Por isso, o povo de Deus percebeu, desde a histó ria de Noé, que seu Deus é
um Deus de Aliança. Embora o amor e o desejo incondicional de Deus em relaçã o a seu
povo sejam inteiros e transbordantes, esse povo também deve corresponder ao amor de
Deus: “Vos tomarei para meu povo e eu serei o vosso Deus” (Ex 6,7).
Leitor 3: Somente firmado nesta aliança de amor, o povo pode exclamar “eu sou para meu
amado, e meu amado é para mim”! (Ct 6,3). Por convicçã o de fé, Abraã o acreditou. A
mesma convicçã o levou Moisés, Josué e os juízes a batalhar. A fé fez os profetas e os
exilados esperarem um novo reino davídico e a mesma fé fez a Igreja de Cristo derramar
seu sangue, nã o mais por terra ou por reinados terrenos, mas pela promessa da
eternidade!

ACLAMAÇÃO À PALAVRA
É como a chuva que lava
É como o fogo que arrasa
Tua palavra é assim
Não passa por mim sem deixar um sinal
Tenho medo de não responder
De fingir que eu não escutei
Tenho medo de ouvir o teu chamado
Virar do outro lado e fingir que não sei

LEITURA BÍBLICA: Gênesis 15,1-7

Após a leitura, guardar um breve instante de silêncio.

DEUS FALOU-NOS POR MEIO DE SEU FILHO


Leitor 1: “Andá com fé eu vou, que a fé não costuma faiá”, poetizou Gilberto Gil. Porém, a fé
que move montanhas nada pode diante de um coraçã o duro! As promessas feitas ao pai
Abraã o nã o foram muito entendidas e acolhidas pelos seus descendentes. Deus insistiu em
diversas alianças, mas a infidelidade de seu povo foi a resposta mais corriqueira. Até que
por um ato livre de amor, “Deus se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).
Leitor 2: Para que tal ato de amor fosse de fato real, Deus contou com a fé de um outro
Abraã o, que também acreditou mesmo sem ter visto: José, o pobre carpinteiro de Nazaré.
De fato, em José temos uma perfeita correspondência de Abraã o: também nosso
campesino José se tornou pai de uma multidã o, nã o biologicamente, mas, pelo mistério de
Deus, é protetor da Igreja de Jesus.
Leitor 3: A mesma ordem dada a Abraã o, não tenhas medo, é dada a José (Mt 1,20). Ambos
sã o pais de um prodígio do mistério de Deus, ambos sã o postos à prova, ambos sã o bons e
justos! Ambos sã o tementes ao Eterno, mas apenas um deles pô de acalentar o Criador de
todas as coisas em seus braços, e ouvi-lo chamá -lo de Abba, isto é, paizinho! “Sã o José
constitui a dobradiça que une o Antigo e o Novo Testamento” (Patris Corde 1).

PARTILHA
Diante de alguma situaçã o desafiante da vida, a fé já foi fundamental? Temos convicçã o do
amor de Deus por cada um de nó s? Como alimentar mais nossa fé?

Todos (cantando):
Pelos prados e campinas, verdejantes, eu vou

4
É o Senhor que me leva a descansar
Junto às fontes de águas puras, repousantes, eu vou
Minhas forças o Senhor vai animar
Tu és, Senhor, o meu pastor
Por isso nada em minha vida faltará!

O POVO DE DEUS FALA E SE COMPROMETE


Leitor 1: Neste primeiro encontro, nos deparamos com Abraã o, o dom da fé, e com José.
Ambos, Abraã o e José, podem ser chamados pais na fé. Em hebraico, o nome pai significa
muito mais que genitor, mas é força da casa ou casa forte, proteção, segurança! Belíssimo
significado, nã o é verdade?! Ser pai vai muito além de fecundar, mas é também proteger,
amar, se preciso for, se sacrificar pela casa e pela família!
Leitor 2: Além deste cará ter social, há o sagrado cará ter de ser homem de fé! “Pelo seu
exemplo de vida cotidiana, os pais fiéis têm a capacidade mais envolvente de transmitir
aos seus filhos a beleza da fé cristã ” (Diretó rio de Catequese, 124). E como nosso mundo
contemporâ neo necessita de pais santos e apaixonados pelo Pai do Céu! Homens de fé que
nã o se envergonhem de falar sobre as verdades celestes com palavras e atos!
Leitor 3: A fé de outros Abraãos e a coragem de outros Josés modernos enchem de santo
orgulho o coraçã o da Igreja e acendem luzes que nã o se apagam nos presépios perenes de
nossas comunidades! Igualmente louvadas sejam as mulheres que, como na histó ria de
Macabeus, têm “coragem varonil” (2Mc 7, 21) no testemunho social e religioso. Que
aprendamos a honrar a missã o e o dom da paternidade em um mundo tã o controverso!

PRECES
Dirigente: Oremos humildemente ao Senhor, de quem procede toda perfeiçã o e santidade
dos justos, e digamos:
Todos: Santificai-nos, Senhor, segundo vossa justiça!
Leitor 1: Senhor Deus, que chamastes nossos pais na fé para caminhar em vossa presença
com um coraçã o perfeito, fazei que, seguindo seus passos, alcancemos a perfeiçã o de
acordo com vossa vontade. Rezemos.
Leitor 2: Vó s, que escolhestes Sã o José, homem justo, para cuidar de vosso Filho, fazei que
vos sirvamos em nossos irmã os e irmã s, unidos ao Corpo Místico de Cristo. Rezemos.
Leitor 3: Vó s, que nos destes a terra, ensinai-nos a trabalhar corajosamente neste mundo,
buscando sempre vossa gló ria. Rezemos.
Leitor 1: Pai de todos nó s, lembrai-vos da obra de vossas mã os, e dai a todos trabalho justo
e condiçõ es de vida digna. Rezemos.

PAI NOSSO | AVE MARIA | GLÓRIA

GESTO CONCRETO
A cada três dias da novena, somos chamados a viver um gesto concreto. Nestes primeiros três
dias, nossa iniciativa deve ser uma doação (alimento, roupa, objetos etc.) a irmãos e irmãs
que necessitem.

AVISOS

CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Antes de encerrarmos, nos três primeiros dias da novena, rezaremos o texto do
Evangelho de Sã o Lucas (Lc 1,68-79), que recebe o nome especial Benedictus, ou Bendito. É
o hino cantado por Zacarias quando nasceu seu filho, Joã o, depois chamado o Batista. É um
belo hino que exalta nossos pais na fé e já prepara nossos coraçõ es para a chegada do
Messias:

Bendito seja o Senhor Deus de Israel,

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porque a seu povo visitou e libertou;
e fez surgir um poderoso Salvador
na casa de Davi, seu servidor,
como falara pela boca de seus santos,
os profetas desde os tempos mais antigos,
para salvar-nos do poder dos inimigos
e da mã o de todos quantos nos odeiam.
Assim mostrou misericó rdia a nossos pais,
recordando a sua santa Aliança
e o juramento a Abraã o, o nosso pai,
de conceder-nos que, libertos do inimigo,
a ele nó s sirvamos sem temor
em santidade e em justiça diante dele,
enquanto perdurarem nossos dias.
Será s profeta do Altíssimo, ó menino,
pois irá s andando à frente do Senhor
para aplainar e preparar os seus caminhos,
anunciando ao seu povo a salvaçã o,
que está na remissã o de seus pecados;
pela bondade e compaixã o de nosso Deus,
que sobre nó s fará brilhar o Sol nascente,
para iluminar a quantos jazem entre as trevas
e na sombra da morte estã o sentados
e para dirigir os nossos passos,
guiando-os no caminho da paz.

Dirigente: Gló ria ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.


Todos: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: Deus todo-poderoso, pelas preces de Sã o José, a quem confiastes as primícias da
Igreja, concedei que ela possa levar à plenitude os mistérios da salvaçã o. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Dirigente: O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
Todos: Amém.

CÂNTICO FINAL
Noite feliz, noite feliz
Ó, Senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa Jesus, nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus

2º ENCONTRO
COM ISAAC, DEUS ENSINA A TER ESPERANÇA!

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Dirigente: Que o Senhor, que vem nos salvar, esteja conosco, nesta casa e nesta família!
Todos: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo!

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Dirigente: No encontro de hoje, vamos rezar um grande mistério: Deus sempre cumpre sua
promessa! Sabemos disso, mas quando a vida nos exige algum sacrifício, quando a
esperança perde seu brilho, caímos fá cil na infidelidade e no medo. Isaac foi para Abraã o
algo semelhante ao que o Natal foi para José e é para nó s: na fragilidade de uma criança
que nasce, o renascer da Esperança! Peçamos a luz do Espírito Santo de Deus!

Todos (cantando):
Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar
Toda a Igreja, vem iluminar
A nossa vida, vem iluminar!
Nossas famílias, vem iluminar!
Toda a terra vem iluminar!

INTRODUZINDO O TEMA
Dirigente: “Abraão gerou Issac” (Mt 1,2)! Essa nã o foi uma simples geraçã o. De fato, Issac é
o cumprimento de uma promessa de Deus! Muitos Santos Padres viram em Issac a
prefiguraçã o de Jesus: “Issac levando a lenha para o pró prio sacrifício é a figura de Cristo
que carregou a sua cruz”, afirma Origines (séc. 3º). Com fé, amor e muita esperança, vamos
rezar este segundo dia de nossa novena!

Todos (cantando):
Nossa novena será abençoada
pois o Senhor vai derramar o seu amor
Derrama Senhor, derrama Senhor
Derrama sobre nós o teu amor.

DEUS FALOU OUTRORA A NOSSOS PAIS


Leitor 1: Quem foi Isaac? Abrã o era casado com Sara, e ela nã o podia ter filhos. Nesta
época, diferentemente de hoje, um casal sem filhos era considerado amaldiçoado, pois sua
memó ria seria esquecida. Abrã o, em um costume da época, teve um filho chamado Ismael
com uma serva chamada Agar, o qual poderia ser considerado filho do casal Abrã o e Sara
(Gn 15,6). Porém, essa nã o era a promessa de Deus!
Leitor 2: Deus cumpre a promessa de esperança com o nascimento de Isaac. A esperança
faz coisas impossíveis: um pai de cem anos e uma mã e de 90 anos geram um menino
chamado riso! Sim, o nome Isaac significa riso, alegria! No bom vocabulá rio mineiro, Issac
significa uma risada boa! Em tempos de dificuldades, somente a esperança pode fazer a
gente rir... E somente Deus pode trazer esperança em meio aos espinhos!
Leitor 3: A histó ria de Isaac nã o foi um circo! Pelo contrá rio, existiu também calvá rio.
Abraã o é chamado a testemunhar sua fé e oferecer em sacrifício seu filho ú nico. Assim,
provoca o escritor Orígenes: “disse Isaac a Abrã o ‘Pai’! ... imaginai quanto a voz daquele
jovem, prestes a ser imolado, nã o terá comovido o coraçã o paterno!” A esperança nã o
engana, é muito mais que sonhar. Esperança é força para realizar!

Todos (cantando):
Eu sou teu alimento, ó caminheiro
Eu sou o pão da vida verdadeiro
Te faço caminhar, vale e monte atravessar...
Pela Eucaristia, Eucaristia!

Leitor 1: A histó ria de Isaac e seu pai Abraã o é prefigurativa da histó ria de amor de Jesus,
seu Pai e a humanidade: Jesus é o Isaac poupado de Abraã o, mas que se sacrifica na Santa
Cruz pela nossa salvaçã o: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos

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seus amigos. Vó s sois meus amigos...” (Jo 15,13-14)! Na histó ria de Isaac, Deus poupa o
sacrifício humano, mas nã o teme sacrificar o pró prio Filho pela humanidade!
Leitor 2: Abrã o passa a se chamar Abraã o por causa de Isaac: Abrã o que é pai de Harã, com
a promessa de Isaac, tornará a ser Abraã o, isto é, o pai de todas as nações! Abraã o é pai!
Deus é Pai! Assim afirma o Papa Francisco no documento Coraçã o de Pai (Patris Corde 2):
“Jesus viu a ternura de Deus em José: ‘Como um pai se compadece dos filhos, assim o
Senhor Se compadece dos que O temem’”.
Leitor 3: Parece loucura ou desatino, mas o Deus Eterno, Abraã o e José compartilham o
mesmo nome: Pai! Isaac também será pai, junto com Rebeca, e hoje nos ajudará a entender
uma face maravilhosa da esperança, que se revelou em Sã o José: A esperança “nos traz
alegria mesmo na provaçã o (...) e se exprime e alimenta na oraçã o, especialmente no Pai-
Nosso, resumo de tudo o que a esperança nos faz desejar” (Catecismo da Igreja Cató lica
1820).

ACLAMAÇÃO À PALAVRA
É como a chuva que lava
É como o fogo que arrasa
Tua palavra é assim
Não passa por mim sem deixar um sinal
Tenho medo de não perceber
De não ver o teu amor que passar
Tenho medo de estar
Distraído, magoado, ferido
E então me fechar

LEITURA BÍBLICA: Gênesis 26,20-25

Após a leitura, guardar um breve instante de silêncio.

DEUS FALOU-NOS POR MEIO DE SEU FILHO


Leitor 1: “E deu-se àquele poço o nome de Esec”, que significa desafio. A família de Isaac tem
desafios, assim como a Família de Nazaré. E, diante deles, José se mostrava com “coragem
criativa”! Nas palavras do Papa: “perante uma dificuldade, pode-se parar e abandonar o
campo, ou tentar vencê-la de algum modo. À s vezes, sã o as dificuldades que fazem sair de
cada um de nó s recursos que nem pensá vamos ter” (Patris Corde 5).
Leitor 2: “Afastou-se daí, e cavou outro poço”! A coragem criativa é a dimensã o da
esperança que leva Isaac, no Antigo Testamento, e José, no Evangelho, a sempre crer que é
possível, com a graça de Deus, tentar mais uma vez! Realmente, “se, em determinadas
situaçõ es, parece que Deus nã o nos ajuda, isso nã o significa que nos tenha abandonado,
mas que confia em nó s com aquilo que podemos projetar, inventar, encontrar” (Patris
Corde 5).
Leitor 3: “Não temas, pois estou contigo”! “A esperança é a virtude teologal pela qual
desejamos como nossa felicidade a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de
Cristo e apoiando-nos nã o em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo”
(Catecismo da Igreja Cató lica 1817). Sim, a esperança é mais que uma ideia, é uma certeza:
nã o há por que temer! Embora haja os desafios, sei que Deus está comigo!

PARTILHA
Como as histó rias de Isaac e de José e as meditaçõ es feitas até aqui podem nos inspirar a
ter mais esperança em nossa realidade concreta?

Todos (cantando):
Somos gente da esperança que caminha rumo ao pai!
Somos povo da aliança que já sabe aonde vai.

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De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais.
Pra cantar o novo hino de alegria, amor e paz!

O POVO DE DEUS FALA E SE COMPROMETE


Leitor 1: Nossos pais na fé nos inspiram à nobre virtude da esperança e para nó s, Povo
Santo de Deus, a esperança é mais que uma ideia filosó fica, é uma pessoa: Jesus Cristo:
“pelos méritos de Jesus Cristo e de sua Paixã o, Deus nos guarda na ‘esperança que nã o
decepciona’” (Catecismo da Igreja Cató lica 1820). Em 2020, quando vivíamos a pandemia,
a Diocese de Guaxupé já anunciava que sempre há esperança, pois, para nó s, Jesus é a
verdadeira esperança!
Leitor 2: No presépio de Belém, temos uma bela representaçã o concreta dessa esperança:
aí vemos, na fragilidade do Menino Deus, o sinal mais claro da presença do Senhor com seu
povo. Embora seja uma cena encantadora, o presépio também é calvá rio: há medo, há
insegurança e há dor; contudo, há amor, há coragem e há esperança! Eis aí José, o homem
da esperança e da coragem! Se o medo é grande, maior é a fé de José!
Leitor 3: É Sã o José o guardiã o da esperança que nasce no Natal! Muitos quadros e
imagens do nascimento de Jesus põ em na mã o de José uma tocha ou uma lamparina:
embora a Luz de Deus esteja deitada na manjedoura, José está ali fazendo sua parte! Diante
dessa imagem, deveríamos rezar mais como o Papa nos ensina: “Ó Bem-aventurado José,
mostrai-vos pai também para nó s e guiai-nos no caminho da vida”!

PRECES
Dirigente: Invoquemos humildemente a Deus, fonte de toda a paternidade no céu e na
terra, e digamos:
Todos: Pai santo, que estais nos céus, ouvi-nos!
Leitor 1: Pai Santo, que revelastes a Sã o José o mistério de Cristo, escondido desde toda a
eternidade, fazei-nos conhecer melhor o vosso Filho, Deus e Homem. Rezemos.
Leitor 2: Pai Celeste, que alimentais as aves do céu e vestis a erva dos campos, dai a todos
os seres humanos o pã o do corpo e da alma. Rezemos.
Leitor 3: Criador de todas as coisas, que nos confiastes a obra de vossas mã os, fazei que os
operá rios possam honestamente usufruir a recompensa de seu trabalho. Rezemos.
Leitor 1: Deus de toda justiça, que amais os justos, dai-nos, por intercessã o de Sã o José, a
graça de caminhar na vida praticando o que vos agrada. Rezemos.

PAI NOSSO | AVE MARIA | GLÓRIA

GESTO CONCRETO
A cada três dias da novena, somos chamados a viver um gesto concreto. Nestes primeiros três
dias, nossa iniciativa deve ser uma doação (alimento, roupa, objetos etc.) a irmãos e irmãs
que necessitem.

AVISOS

CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Antes de encerrarmos, nos três primeiros dias da novena, rezaremos o texto do
Evangelho de Sã o Lucas (Lc 1,68-79), que recebe o nome especial Benedictus, ou Bendito. É
o hino cantado por Zacarias quando nasceu seu filho, Joã o, depois chamado o Batista. É um
belo hino que exalta nossos pais na fé e já prepara nossos coraçõ es para a chegada do
Messias:

Bendito seja o Senhor Deus de Israel,


porque a seu povo visitou e libertou;
e fez surgir um poderoso Salvador
na casa de Davi, seu servidor,

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como falara pela boca de seus santos,
os profetas desde os tempos mais antigos,
para salvar-nos do poder dos inimigos
e da mã o de todos quantos nos odeiam.
Assim mostrou misericó rdia a nossos pais,
recordando a sua santa Aliança
e o juramento a Abraã o, o nosso pai,
de conceder-nos que, libertos do inimigo,
a ele nó s sirvamos sem temor
em santidade e em justiça diante dele,
enquanto perdurarem nossos dias.
Será s profeta do Altíssimo, ó menino,
pois irá s andando à frente do Senhor
para aplainar e preparar os seus caminhos,
anunciando ao seu povo a salvaçã o,
que está na remissã o de seus pecados;
pela bondade e compaixã o de nosso Deus,
que sobre nó s fará brilhar o Sol nascente,
para iluminar a quantos jazem entre as trevas
e na sombra da morte estã o sentados
e para dirigir os nossos passos,
guiando-os no caminho da paz.

Dirigente: Gló ria ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.


Todos: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: Deus todo-poderoso, pelas preces de Sã o José, a quem confiastes as primícias da
Igreja, concedei que ela possa levar à plenitude os mistérios da salvaçã o. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Dirigente: O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
Todos: Amém.

CÂNTICO FINAL
Noite feliz, noite feliz
Ó Jesus, Deus da luz
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar
E a nós todos salvar

3º ENCONTRO
COMO JACÓ, ENTREGAR-SE POR AMOR

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Dirigente: Que o Senhor, que vem nos salvar, esteja conosco, nesta casa e nesta família!
Todos: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo!

Dirigente: Amor, palavra tã o breve, mas ao mesmo tempo tã o intensa! Amor é


maternidade, amor é amizade, amor é silêncio, amor é atraçã o, amor é atençã o, mas,

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sobretudo, amor é entrega, amor é sacrifício, amor é doaçã o! Já pensou o que é trabalhar
quatorze anos para estar com a pessoa amada? É isso que ensina a histó ria do patriarca
Jacó , que conheceremos hoje. E, a partir dessa histó ria, vamos entender o amor de José e
Jesus de Nazaré!

Todos (cantando):
Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar
Toda a Igreja, vem iluminar
A nossa vida, vem iluminar!
Nossas famílias, vem iluminar!
Toda a terra, vem iluminar!

INTRODUZINDO O TEMA
Dirigente: Nã o poderia faltar nesta novena aquele patriarca que, por amor ao irmã o, fugiu
de sua ira; que, apesar de enganado pelo sogro, por amor, nã o abandonou Lea; que, por
amor, trabalhou como servo por quatorze anos para ter por esposa Raquel; por amor, se
humilhou para ganhar a paz com o irmã o; por amor, chorou a morte de sua esposa Raquel
e a sepultou onde hoje é Belém. Que o amor abençoe nossa oraçã o!

Todos (cantando):
Nossa novena será abençoada
pois o Senhor vai derramar o seu amor
Derrama Senhor, derrama Senhor
Derrama sobre nós o teu amor.

DEUS FALOU OUTRORA A NOSSOS PAIS


Leitor 1: “De Jacó, recebemos os sacerdotes, os levitas e todos os que servem no altar de
Deus; dele procedeu, segundo a carne, o Senhor Jesus”, afirma Clemente Romano, discípulo
de Sã o Pedro, já no século 1º! A histó ria de Jacó é uma das mais envolventes: era filho de
Isaac e irmã o gêmeo de Esaú . Nascido depois de Esaú , teria conquistado o direito à bênçã o
do primeiro filho. Por isso, fugiu da ira do irmã o.
Leitor 2: Fugindo, encontrou sua amada Raquel! Em um acordo com o sogro Labã o,
trabalhou sete anos para se casar. Mas, na noite do casamento, lhe foi entregue outra filha,
Lia! Nã o a abandonou, mas exigiu que o acordo fosse cumprido, para isso, trabalhou mais
sete anos! Voltou para a casa do pai e fez as pazes com seu irmã o. Teve doze filhos, que sã o
a origem das Doze Tribos de Israel!
L3.: Embora seu nome fosse Jacó (que significa o que segura pelo calcanhar, já que foi
assim que nasceu), apó s uma luta mística, exigiu a bênçã o de Deus e teve seu nome
mudado para Israel, que quer dizer lutar com Deus! E lutou mesmo, pois só quem ama luta
e só luta quem ama, como fez Sã o José!

Todos (cantando):
Ó Jesus não me deixe jamais caminhar solitário!
Pois conheces a minha fraqueza e o meu coração.
Vem ensina-me a viver a vida na tua presença
No amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união!
Te amarei Senhor, Te amarei Senhor,
Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de ti

Leitor 1: Já nos recordou o Papa Francisco no documento A alegria do Amor (Amoris


Laetitia): “Na vida familiar, é preciso cultivar esta força do amor, que permite lutar contra
o mal que a ameaça” (Amoris Laetitia 119). E o Natal é justamente a celebraçã o desse amor
que dá forças para continuar a luta! Feliz o lar cristã o que, como Jacó , nã o desiste de lutar,

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mas batalha com coragem pelo dom do amor e do amar! Certamente, aí será um magnífico
presépio!
Leitor 2: A partir do amor, é fá cil ligar Jacó a José: Jacó gerou os filhos que formariam as
tribos de Israel e José protegeu Aquele do qual nasceria o Novo Israel, isto é, a Igreja! Jacó
foi amor fecundo e se consagrou à Raquel, a esposa mais amada. Sã o José foi amor casto e
se dedicou à ú nica amada esposa, Maria! Jacó teve que merecer sua esposa e a “grandeza
de José consiste no fato de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus” (Patris Corde 1).
Leitor 3: Na teologia judaica, Jacó , também chamado Israel, é a personificaçã o e o nome do
Povo de Deus. Entã o, com o Papa Francisco, podemos afirmar que “como o Senhor fez com
Israel, assim José ensinou Jesus a andar, segurando-O pela mã o: era para Ele como o pai
que levanta o filho contra o seu rosto, inclinava-se para Ele a fim de Lhe dar de comer”
(Patris Corde 2), e o mais belo: neste Natal podemos fazer o mesmo com nossa família
também!

ACLAMAÇÃO À PALAVRA
Eu vim para escutar
Tua palavra, Tua palavra,
Tua palavra de amor
Eu gosto de escutar
Tua palavra, Tua palavra
Tua palavra de amor
O mundo ainda vai viver
Tua palavra, Tua palavra
Tua palavra de amor

LEITURA BÍBLICA: Gênesis 46,1-7

Após a leitura, guardar um breve instante de silêncio.

DEUS FALOU-NOS POR MEIO DE SEU FILHO


Leitor 1: “Eis-me aqui”! Providencialmente, a resposta encontrada nos lá bios de Jacó é a
mesma encontrada no coraçã o de Maria, na Anunciaçã o: o Amor abre o coraçã o para a
resposta generosa e pronta! O apaixonado tem pressa, nã o põ e empecilhos e nem inventa
desculpa! Quem ama de verdade sabe que “a vida é trem-bala, parceiro, e a gente é só
passageiro prestes a partir”. As respostas de Jacó , de Maria e José devem ser a nossa!
Leitor 2: Dentre os filhos de Jacó , está José. Nã o o pai de Jesus, mas José do Egito. E no
Egito que conclui sua histó ria de amor! Apó s chorar a morte da esposa e crer que um filho
lhe havia sido tirado, Jacó descobre que José vive e o espera. Porém, tem medo. Precisa
ouvir Deus lhe dizer: “eu sou Deus... Não temas descer ao Egito, pois aí te transformarei em
um povo numeroso. Eu descerei contigo ao Egito e te farei subir” (Gn 46, 3).
Leitor 3: “E descerei contigo ao Egito”! Em hebraico, Egito é Mitzraim e significa limitação.
Este foi o início dos 400 anos de escravidã o! Por que Deus permitiu? Teria falhado? Assim
comenta o rabino Rebe: “Assim é o Divino propó sito, descobrir em cada judeu as forças
ocultas e os depó sitos de fé que estã o na alma. As dificuldades e pressõ es do exílio fazem
estas qualidades interiores e o auto sacrifício serem revelados”.

PARTILHA
Na Primeira Carta de Joã o, está a frase “no amor nã o há medo; ao contrá rio, o perfeito
amor expulsa o medo”. Depois de termos rezado a histó ria de Jacó e associado à trajetó ria
de Sã o José, resta-nos perguntar: por que ainda temos medo?

Todos (cantando):
O nosso Deus, com amor sem medida,
Chamou-nos à vida, nos deu muitos dons!

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A Nossa resposta ao amor que será feita
Se a nossa colheita mostrar frutos bons
Mas é preciso que o fruto se parta!
E se reparta na mesa do amor!

O POVO DE DEUS FALA E SE COMPROMETE


Leitor 1: A partir do modelo de Jacó , descobrimos em José um grande patriarca de nossa
fé! Imaginemos esse homem simples ao receber a notícia da gravidez de Maria ou na gruta
de Belém ou, ainda, no caminho do Egito! Nã o teria tido medo? Certamente! Mas, como
lembra Papa Francisco: Sã o José “ensina-nos que, no meio das tempestades da vida, nã o
devemos ter medo de deixar a Deus o timã o da nossa barca” (Patris Corde 2).
Leitor 2: Quando se ama, se confia! “Por vezes queremos controlar tudo, mas o olhar d’Ele
vê sempre mais longe” (Patris Corde 2). Olhando a cena da Lapa de Belém, entendemos
que o amor é simples e suave, porém intenso e marcante. Assim como Jacó confiou na
promessa de Deus e José confiou na mensagem do Anjo, conhecendo o amor de Deus
encarnado em Jesus é preciso confiar mais!
Leitor 3: Tanto Isaac quanto José tiveram que ir para o Egito! E o Egito é símbolo de
desafio! Mas quem ama a Deus, nã o teme o desafio: “o que Deus disse ao nosso Santo –
José, Filho de Davi, nã o temas–, parece repeti-lo a nó s também: ‘nã o tenhais medo!’ É
necessá rio deixar de lado a ira e a desilusã o para dar lugar à quilo que nã o escolhemos e,
todavia, existe”! (Patris Corde 4). Que o amor de Deus e o amor a Deus nos encham de
coragem!

PRECES
Dirigente: Só nos resta implorar, de Sã o José, a graça das graças: nossa conversã o. Como
nos ensinou Papa Francisco, dirijamos-lhe nossa oraçã o:
Leitor 1: Salve, guardiã o do Redentor e esposo da Virgem Maria! A vó s, Deus confiou seu
Filho; em vó s, Maria depositou sua confiança; convosco, Cristo tornou-Se homem.
Todos: São José, rogai a Jesus por nós!
Leitor 2: Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nó s e guiai-nos no
caminho da vida.
Todos: São José, rogai a Jesus por nós!
Leitor 3: Alcançai-nos graça, misericó rdia e coragem, e defendei-nos de todo o mal.
Todos: São José, rogai a Jesus por nós!

PAI NOSSO | AVE MARIA | GLÓRIA

GESTO CONCRETO
A cada três dias da novena, somos chamados a viver um gesto concreto. Nestes primeiros três
dias, nossa iniciativa deve ser uma doação (alimento, roupa, objetos etc.) a irmãos e irmãs
que necessitem.

AVISOS

CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Antes de encerrarmos, nos três primeiros dias da novena, rezaremos o texto do
Evangelho de Sã o Lucas (Lc 1,68-79), que recebe o nome especial Benedictus, ou Bendito. É
o hino cantado por Zacarias quando nasceu seu filho, Joã o, depois chamado o Batista. É um
belo hino que exalta nossos pais na fé e já prepara nossos coraçõ es para a chegada do
Messias:

Bendito seja o Senhor Deus de Israel,


porque a seu povo visitou e libertou;
e fez surgir um poderoso Salvador

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na casa de Davi, seu servidor,
como falara pela boca de seus santos,
os profetas desde os tempos mais antigos,
para salvar-nos do poder dos inimigos
e da mã o de todos quantos nos odeiam.
Assim mostrou misericó rdia a nossos pais,
recordando a sua santa Aliança
e o juramento a Abraã o, o nosso pai,
de conceder-nos que, libertos do inimigo,
a ele nó s sirvamos sem temor
em santidade e em justiça diante dele,
enquanto perdurarem nossos dias.
Será s profeta do Altíssimo, ó menino,
pois irá s andando à frente do Senhor
para aplainar e preparar os seus caminhos,
anunciando ao seu povo a salvaçã o,
que está na remissã o de seus pecados;
pela bondade e compaixã o de nosso Deus,
que sobre nó s fará brilhar o Sol nascente,
para iluminar a quantos jazem entre as trevas
e na sombra da morte estã o sentados
e para dirigir os nossos passos,
guiando-os no caminho da paz.

Dirigente: Gló ria ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.


Todos: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: Deus todo-poderoso, pelas preces de Sã o José, a quem confiastes as primícias da
Igreja, concedei que ela possa levar à plenitude os mistérios da salvaçã o. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Dirigente: O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
Todos: Amém.

CÂNTICO FINAL
Noite feliz, noite feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores, seus anjos no céu
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador
De Jesus Salvador

4º ENCONTRO
RAQUEL, A ESPOSA ESCOLHIDA

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
Dirigente: Irmã os e irmã s, sejamos todos bem-vindos ao quarto dia de nossa Novena de
Natal. Depois de olharmos com carinho para a figura de Sã o José, queremos nos aproximar
da grande Mã e de Deus, a Virgem Maria. Iniciemos em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo!
Todos: Amém!

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Dirigente: Irmã os e irmã s, bendizei ao Senhor da Vida que escolheu Maria para ser a Mã e
do Salvador!
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
Dirigente: Cantemos pedindo a força do Espírito Santo que gerou o Cristo no ventre de
Maria:

Todos (cantando):
Vem, Espírito Santo Vem, vem iluminar
Vem, Espírito Santo Vem, vem iluminar
Nossa família, vem iluminar
Nossa novena, vem iluminar
Nossa paróquia, vem iluminar
Toda a Igreja, vem iluminar

INTRODUZINDO O TEMA
Dirigente: Queridos irmã os, de Maria se pode dizer: “O Senhor a escolheu, entre todas
preferida” (cf. Liturgia das Horas). Deus, que sonda e conhece os coraçõ es, percebeu em
Maria uma pequenez e uma abertura à graça ú nicas, nunca vistas em nenhuma outra
mulher. Maria nã o se tornou especial por ser escolhida, mas foi escolhida por ser especial.
Por ter um coraçã o tã o aberto à vontade de Deus, era a cheia de graça (cf. Lc 1,28). Nesta
novena, peçamos sua intercessã o para estarmos sempre abertos a Deus.

Todos (cantando):
Nossa novena será abençoada
pois o Senhor vai derramar o seu amor
Derrama Senhor, derrama Senhor
Derrama sobre nós o teu amor.

DEUS FALOU OUTRORA A NOSSOS PAIS


Leitor 1: Quando lemos o livro do Gênesis, vemos o início do povo de Deus no Antigo
Testamento. Percebemos como Deus usou de homens e mulheres para comunicar-se com
seu povo, para traçar o caminho até a realizaçã o de sua promessa de salvaçã o,
concretizada em Jesus Cristo. Assim, no Antigo Testamento podemos encontrar muitos
sinais prefigurados dos acontecimentos e personagens do Novo Testamento.
Leitor 2: Hoje, queremos olhar para uma mulher muito especial: Raquel. Raquel era
sobrinha de Rebeca, a mã e de Jacó . Seu nome significa ovelha e traz a ideia de mansidã o,
mulher pacífica. Além disso, trabalhava cuidando de rebanhos de ovelhas de seu pai. Em
Gênesis 29,17 diz-se que Raquel “tinha um belo porte e bela aparência”. Por isso, seu
primo Jacó apaixonou-se por ela.
Leitor 3: Jacó havia recebido a bênçã o de seu pai, Isaac, e deveria encontrar uma mulher
para se casar e, assim, continuar a descendência de Abraã o. Conforme o costume da época,
Jacó deveria casar-se com uma mulher de seu povo. Por essa razã o, viajou em busca de
uma esposa e, quando conheceu Raquel, desejou casar-se com ela.
Todos: Deus nos ama e não desiste de procurar por nós.
Leitor 1: Raquel encantou Jacó de tal modo que ele estava disposto a tudo para estar com
sua amada. Entã o, propô s ao pai de Raquel que trabalharia para ele durante sete anos,
para que assim pudesse casar-se com Raquel. O pai de Raquel aceitou e Jacó o serviu por
sete anos.
Leitor 2: O amor de Jacó por Raquel era tã o grande que ele nem viu os anos passarem,
pareceram ser poucos dias. Terminado o tempo combinado, chegou o casamento. Contudo,

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uma coisa incomodava o pai de Raquel: sua filha mais velha, Lia, ainda nã o tinha se casado,
desse modo, enganou Jacó e lhe entregou Lia no lugar de Raquel.
Leitor 3: Apenas na manhã seguinte ao casamento, Jacó percebeu a troca. Ao questionar o
pai de Lia e Raquel, esse lhe falou que nã o era costume a filha mais nova casar antes da
mais velha, mas que, passada uma semana, ele poderia se casar também com Raquel
(naquele tempo era tolerado ter mais de uma mulher). Mas tinha uma condiçã o: Jacó
deveria trabalhar para seu sogro por mais sete anos. Jacó nã o teve dú vidas: aceitou a
proposta e se casou com Raquel.
Todos: Por amor a nós, Deus se encarnou no seio de Maria.

ACLAMAÇÃO À PALAVRA
A vossa Palavra, Senhor, é sinal de interesse por nós.
Como um pai ao redor de sua mesa, revelando seus planos de amor.

LEITURA BÍBLICA: Gênesis 29, 20-30

Após a leitura, guardar um breve instante de silêncio.

DEUS FALOU-NOS POR MEIO DE SEU FILHO


Leitor 1: Como vimos no texto bíblico, Jacó tinha grande amor por Raquel e por ela fez de
tudo para permanecer junto de sua amada, sua escolhida. Raquel é sinal do povo de Israel,
pois Deus o ama profundamente e nã o desiste de estar ao seu lado, mesmo diante de
tantas infidelidades do povo. O amor de Deus por seu povo e seu desejo de salvaçã o sã o
tã o grandes que quis assumir a natureza humana, encarnar-se e estar em meio aos
homens.
Leitor 2: Assim, “na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher,
nascido sujeito à lei” (Gl 4,4). Para nascer entre os homens, Deus escolheu uma jovenzinha
muito especial, de uma pequena aldeia chamada Nazaré. As palavras que o Anjo Gabriel
utilizou para saudar Maria mostram a importâ ncia do momento, da escolha que Deus fez:
“Alegra-te cheia de graça! O Senhor está contigo!” (Lc 1, 28). Maria nã o era uma jovem
qualquer, mas tinha grande abertura para Deus.
Leitor 3: Em Maria, todas as promessas feitas no Antigo Testamento começariam a ser
realizadas. Pelo sim de Maria, o Filho de Deus veio a nó s, para reinar e salvar o mundo. No
Antigo Testamento, o amor de Jacó por Raquel contribuiu para a continuaçã o da promessa
feita a Abraã o. No Novo Testamento, o amor de Deus pela humanidade encontrou, em
Maria, terra fértil para o cumprimento da promessa de salvaçã o.

PARTILHA
Dirigente: Olhando o texto bíblico que ouvimos e olhando a pessoa de Maria, vamos
partilhar. Como vemos a importâ ncia da Virgem Maria na histó ria da Salvaçã o? Como a
atitude de Maria no presépio e na vida de Jesus nos inspira no caminho de fé?

Todos (cantando):
Uma entre todas foi a escolhida
Fostes tu, Maria, a serva preferida.
Mãe do meu Senhor, Mãe do meu salvador.
Maria, cheia de graça e consolo
Venha caminhar com teu povo
Nossa mãe e sempre será.

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O POVO DE DEUS FALA E SE COMPROMETE
Leitor 1: Deus escolhe instrumentos para realizar sua obra. No Antigo Testamento, foram
patriarcas e matriarcas, reis, profetas e sacerdotes. No Novo Testamento, desponta a
Virgem Maria como a primeira vocacionada, a primeira escolhida, antes mesmo do
nascimento de Jesus, o Salvador.
Leitor 2: Na proximidade com Deus, entendemos seu chamado em nossa vida. Somos
convocados por Deus a uma vocaçã o, a uma missã o. Ser leigo atuante, esposo ou esposa,
pai ou mã e, padre, religiosa, catequista e animador de comunidade. Enfim, cada um de nó s,
a partir do batismo, deve trabalhar com empenho na vivência do Reino de Deus e na
transformaçã o de sua realidade.
Leitor 3: Este Natal estamos vivendo dentro do Ano Vocacional. O chamado de Deus é feito
a pessoas reais, para uma missã o concreta. Que possamos, a partir desta novena, viver
com maior intensidade e empenho nosso sim a Deus, em nossa vocaçã o específica. Como
Maria Santíssima, queremos sempre repetir:
Todos: Eis aqui a(o) serva(o) do Senhor. Faça-se em mim a vossa vontade.

PRECES
Dirigente: Junto com Maria, dirijamos nossos pedidos e louvores a Deus.
Leitor 1: Pai de amor, abençoai os moradores desta casa que nos recebe. Fortalecei todas
as famílias e dai-nos a graça de imitarmos em nossos lares o amor da Sagrada Família. Nó s
vos pedimos.
Todos: Ouvi-nos, Senhor!
Leitor 2: Deus de bondade, sustentai na vossa misericó rdia a nossa comunidade e a nossa
paró quia. Fazei-nos sempre mais conscientes de nossa missã o no mundo, de manifestar o
vosso amor a todos. Nó s vos pedimos.
Leitor 3: Senhor, Deus de misericó rdia, volvei vosso olhar para os pobres e sofredores.
Vó s, que nunca vos esqueceis dos pequenos deste mundo, dai-nos coragem para estar
entre os vossos preferidos, aliviando um pouco o peso da cruz dos que sofrem. Nó s vos
pedimos.

PAI NOSSO | AVE MARIA | GLÓRIA

GESTO CONCRETO
Dirigente: Como Maria visitou sua parenta Isabel, nosso gesto concreto para os três
pró ximos encontros será visitar alguém. Um doente, um idoso, uma instituiçã o de abrigo
de menores, um lar de velhinhos, uma prisã o etc. Vamos escolher alguém para visitar e,
como fez Maria, levar a alegria de Jesus que nascerá no Natal.

AVISOS

CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Como Maria entoou estas palavras quando visitou Isabel, nó s queremos,
também, manifestar juntos a açã o de Deus entre nó s:

A minha alma glorifica ao Senhor


e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pô s os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarã o
bem-aventurada todas as geraçõ es.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:

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Santo é o seu nome.
A sua misericó rdia se estende
de geraçã o em geraçã o sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mã os vazias.
Acolheu Israel seu servo,
lembrado da sua misericó rdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraã o e à sua descendência para sempre.

Dirigente: Gló ria ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.


Todos: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Em
nome do Pai e Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.

CÂNTICO FINAL
Noite feliz, noite feliz
Ó , Senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa Jesus, nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus

5º ENCONTRO
ANA, UMA MÃE AGRACIADA POR DEUS

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
Dirigente: Irmã os e irmã s, com alegria, estamos reunidos para nosso quinto dia de
preparaçã o para o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sintam-se todos bem-vindos e
acolhidos pelo coraçã o de Deus. Mais um dia nosso olhar se dirige À quela que foi a Mã e do
Salvador, a Virgem Maria. Iniciemos: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo!
Todos: Amém!
Dir.: Irmã os e irmã s, bendizei ao Senhor da Vida que viu a pequenez de Maria e por ela fez
maravilhas!
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
Dir.: Cantemos pedindo a força do Espírito Santo, que agiu em Isabel quando ela ouviu a
saudaçã o de Maria:

Todos (cantando):
Vem, Espírito Santo Vem, vem iluminar
Vem, Espírito Santo Vem, vem iluminar
Nossas escolhas, vem iluminar

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Nosso caminho, vem iluminar
Nosso trabalho, vem iluminar
A nossa vida, vem iluminar

INTRODUZINDO O TEMA
Dirigente: Queridos irmã os, o primeiro dogma (verdade da fé) sobre Maria é o que se
chama de Theotokos, ou seja, Maria é Mã e de Deus, pois O gerou em seu ventre. Quando foi
declarado pela Igreja, ainda no século quinto, alguns nã o acreditavam que Jesus era Deus e
Homem verdadeiro. Diziam que Jesus, ao nascer, era apenas humano e, por isso, Maria
seria somente Mã e de Cristo. A Igreja, com sabedoria, afirmou que, desde a concepçã o,
Jesus é o Verbo Encarnado, e, portanto, Deus. Maria é, sim, a Mã e de Deus. Gerou o pró prio
Deus no tempo. Neste quinto dia da novena, peçamos a intercessã o de Nossa Senhora, para
que nos ajude a mostrar Cristo ao mundo.

Todos (cantando):
Nossa novena será abençoada
pois o Senhor vai derramar o seu amor
Derrama Senhor, derrama Senhor
Derrama sobre nós o teu amor.

DEUS FALOU OUTRORA A NOSSOS PAIS


Leitor 1: Depois de vagar anos no deserto e entrar na terra prometida, o povo de Deus se
estabeleceu em torno de juízes, que organizavam e dirigiam a vida do povo. Entre esse
povo havia uma mulher de nome Ana (nã o confundir com a mã e de Nossa Senhora). Ana
nã o conseguia engravidar, isso a deixava muito triste. Era humilhada pelas outras
mulheres, mas Ana nã o perdia a fé. Todos os anos ia ao templo pedir a graça de ser mã e.
Leitor 2: Em uma dessas visitas ao templo, Ana rezava com muita concentraçã o. O
sacerdote chamado Eli até estranhou, pensando que ela estivesse embriagada. Depois de
tudo se explicar, o sacerdote a abençoou e Ana voltou diferente para casa. Uniu-se ao seu
marido e concebeu um filho. Quando seu filho nasceu, deu a ele o nome de Samuel.
Leitor 3: Ana fez o propó sito de apresentar seu filho Samuel ao Senhor Deus, para que
pudesse ficar no templo e crescer no serviço a Deus. E assim fez. Depois de alguns anos,
levou Samuel ao templo, ofereceu o sacrifício da lei e deixou Samuel com Eli, o sacerdote.

Todos: Só um coração humilde reconhece Deus agindo!

Leitor 1: Ana demonstrou muita fé. Sua alegria foi tanta que até entoou um canto,
conhecido depois como Câ ntico de Ana. Este câ ntico serviu de inspiraçã o para o
Magnificat, o canto de Maria quando foi visitar sua parenta Isabel. “A minh’alma
engrandece o Senhor e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, porque olhou
para a pequenez de sua serva” (Lc 1, 46-48).
Leitor 2: Por permanecer fiel e sempre confiar em Deus, Ana foi agraciada com a
maternidade. Seu filho, Samuel, foi um grande juiz para o povo de Deus. Apó s escutar o
chamado, colocou-se a serviço de Deus. Inclusive foi Samuel quem, em nome de Deus,
ungiu a Davi como Rei de Israel. Quando nos colocamos à escuta de Deus e nos dispomos a
seu serviço, Deus faz de nó s instrumentos para seu projeto de salvaçã o.
Leitor 3: Ana proclama em seu câ ntico a vitó ria, nã o sua, mas de Deus. Reconhece que tudo
vem das mã os de Deus e por isso agradece, com o coraçã o exultante, as maravilhas que o
Senhor realiza. Ele nã o deixa de olhar para os humildes, para os famintos, para os
sofredores. Todos esses têm lugar de honra no Reino de Deus.

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Todos: Senhor, dá-nos um coração manso e humilde.

ACLAMAÇÃO À PALAVRA
Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça,
e tudo mais vos será acrescentado, aleluia, aleluia.
A vossa Palavra, Senhor é sinal de interesse por nós.
Como um pai ao redor de sua mesa,
revelando seus planos de amor.

LEITURA BÍBLICA: 1 Samuel 1, 25 – 2, 1-10

Após a leitura, guardar um breve instante de silêncio.

DEUS FALOU-NOS POR MEIO DE SEU FILHO


Leitor 1: No texto bíblico que ouvimos, percebemos a oferta que Ana faz de seu filho e a
alegria que demonstra ao reconhecer a açã o de Deus em sua vida e no mundo. Ana, ao ser
agraciada, nã o viveu a maternidade de maneira egoísta, como se o filho fosse propriedade
sua. Sabia que tinha recebido Samuel como dom de Deus e, num gesto de gratidã o,
encaminhou o filho no serviço a Deus.
Leitor 2: Maria era muito jovem quando recebeu a visita do anjo Gabriel. Certamente
sonhava em ser mã e. Provavelmente, nunca pensou que seria a mã e do Messias, o Salvador
da humanidade. No Antigo Testamento, foi Ana quem pediu um filho a Deus. Na vida de
Maria, a iniciativa foi do pró prio Deus. Ela é a cheia de graça e, por isso, Isabel proclama:
“Quem sou eu para que me visite a mã e de meu Senhor?” (cf. Lc 1,43).
Leitor 3: Mesmo sendo a mã e do Salvador, Maria nã o buscou ser servida. Fez-se serva.
Aquela que disse “eis a serva do Senhor” também se fez serva de Isabel. E, depois, na vida
pú blica de Jesus, fez-se serva do pró prio Filho. Maria, mesmo sem entender algumas vezes,
nã o fez de sua maternidade um meio de engrandecimento, mas um modo de servir. Oferta
o Filho no Templo, oferta o Filho na missã o, oferta o Filho na Cruz. E hoje, oferta o Filho na
Igreja, para que nó s o possamos segui-lo, como ela fez.

PARTILHA
Dirigente: Depois de lermos e meditarmos o texto bíblico, queremos contemplar Maria
como mã e e serva. Por isso, vamos partilhar. Em que a histó ria de Ana nos ajuda a viver
melhor o Natal? Como podemos abraçar o serviço como meio de viver tal qual Maria?

Todos (cantando):
A Ti, meu Deus, elevo meu coração
Elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz
A Ti, meu Deus, eu quero oferecer
Meus passos e meu viver
Meus caminhos, meu sofrer
A tua ternura, Senhor, vem me abraçar
E a tua bondade infinita me perdoar
Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração
Eu quero sentir o calor de tuas mãos

O POVO DE DEUS FALA E SE COMPROMETE


Leitor 1: Maria é, verdadeiramente, Mã e de Deus. Ela, que é criatura, pela vontade de Deus,
gerou o Criador no tempo. Claro que o Deus-Trindade existe desde sempre e Maria nã o é

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anterior a Deus. Ela também foi criada por Ele. Mas, no tempo e na histó ria, foi geradora do
Verbo Encarnado, Jesus de Nazaré. Deus escolhe instrumentos para realizar sua obra.
Leitor 2: Em nossa realidade e em nosso tempo, também nó s devemos ser geradores de
Deus. Apresentar Jesus ao mundo, levá -lo em todos os lugares. Isto é gerar espiritualmente
a Cristo. Neste Natal, façamos o compromisso de viver nossa missã o de batizados e encher
o mundo com a alegria do Evangelho.
Leitor 3: Jesus nos ensinou um jeito novo de viver. Veio ao mundo para nos salvar e o fez
ofertando sua vida. Toda a trajetó ria de Jesus foi um rebaixamento, um inclinar-se em
direçã o à humanidade, ao pequeno e ao humilde. Maria foi a primeira a assumir esse estilo
de Jesus, pois fez-se serva. Também nó s precisamos abraçar o serviço como modo de vida,
como atitude fundamental. Como Maria, queremos sempre repetir:
Todos: Eis aqui a(o) serva(o) do Senhor. Faça-se em mim a vossa vontade.

PRECES
Dirigente: Junto com Maria, dirijamos ao Pai nossos pedidos e louvores a Deus.
Leitor 1: Pai de amor, abençoai a família que nos recebe e todas as nossas famílias.
Iluminai os momentos de escuridã o pelos quais passamos e abri nossos caminhos com
vossa graça. Nó s vos suplicamos.
Todos: Ouvi-nos, Senhor!
Leitor 2: Deus de bondade, há muitos casais sonhando em ter filhos. Vinde em socorro
deles, dai-lhes a graça da gravidez ou a conformidade com vossa vontade. E que todos os
pais e mã es inspirem-se na Sagrada Família para a educaçã o dos filhos no amor e na fé.
Nó s vos suplicamos.
Leitor 3: Senhor, sabemos que a vida começa desde a concepçã o, e que já ali Vó s amais a
cada um. Ajudai nossos governantes e nosso povo a nunca aceitarem o aborto como
caminho, pois nenhuma soluçã o começa com a morte de alguém. E que tenhamos força
para transformar o mundo em um lugar onde ninguém sofra violência de qualquer tipo.
Nó s vos suplicamos.

PAI NOSSO | AVE MARIA | GLÓRIA

GESTO CONCRETO
Dirigente: Nosso gesto concreto continua sendo visitar alguém. Já escolhemos alguém ou
alguma instituiçã o para visitar? Já fizemos essa visita? Ainda há tempo! Nã o deixemos de
viver nossa missã o neste Natal!

AVISOS

CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Maria reconheceu a açã o de Deus com o canto do Magnificat. Com ela, também
nó s queremos entoar as maravilhas de Deus entre os humildes:

A minha alma glorifica ao Senhor


e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pô s os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarã o
bem-aventurada todas as geraçõ es.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.
A sua misericó rdia se estende

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de geraçã o em geraçã o sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mã os vazias.
Acolheu Israel seu servo,
lembrado da sua misericó rdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraã o e à sua descendência para sempre.

Dirigente: Gló ria ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.


Todos: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Em
nome do Pai e Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.

CÂNTICO FINAL
Noite feliz, noite feliz
Ó Jesus, Deus da luz
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar
E a nós todos salvar

6º ENCONTRO
ESTER, UMA VERDADEIRA INTERCESSORA DO POVO

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
Dirigente: Queridos irmã os, estamos no sexto dia de nossa novena. Mais uma vez, vamos
concentrar nosso olhar para a Mã e de Deus, a Virgem Maria. Sejam todos bem-vindos!
Iniciemos: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo!
Todos: Amém!
Dirigente: Irmã os e irmã s, bendizei ao Senhor Deus que, por Maria, trouxe a salvaçã o à
humanidade!
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
Dirigente: Peçamos a força do Espírito Santo que fez de Maria participante do projeto de
Salvaçã o:

Todos (cantando):
Vem, Espírito Santo Vem, vem iluminar
Vem, Espírito Santo Vem, vem iluminar
Nossa missã o, vem iluminar
Nossas palavras, vem iluminar
Os nossos passos, vem iluminar
Nossas açõ es, vem iluminar

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INTRODUZINDO O TEMA
Dirigente: Irmã os e irmã s, estamos cada vez mais pró ximos do Natal. Como vimos, as
figuras de Sã o José e de Nossa Senhora sã o muito importantes para nó s. Sabemos que
Maria “nã o é deusa, nã o é mais que Deus, mas depois de Jesus, o Senhor, neste mundo
ninguém foi maior” (Pe. Zezinho). Mesmo sendo um instrumento, Maria deu o sim mais
importante de toda a histó ria da salvaçã o. Por ela, pelo seu sim, Deus desceu à terra e veio
nos salvar do pecado e da morte. O sim de Maria mediou a graça de Deus na humanidade.
Por isso, em nosso sexto dia da novena de Natal, peçamos a intercessã o de Nossa Senhora,
para que vivamos bem este momento da graça.

Todos (cantando):
Nossa novena será abençoada
pois o Senhor vai derramar o seu amor
Derrama Senhor, derrama Senhor
Derrama sobre nós o teu amor.

DEUS FALOU OUTRORA A NOSSOS PAIS


Leitor 1: Mais uma vez, vamos contemplar uma mulher do Antigo Testamento que nos
ajuda a nos aproximar da missã o de Maria. Hoje vamos conhecer um pouco mais da
histó ria da rainha Ester. Ela viveu no tempo em que o povo de Israel era dominado pelos
persas. Ester era judia, mas foi criada na Pérsia por seu primo, pois era ó rfã .
Leitor 2: O rei da Pérsia havia dispensado sua rainha e procurava uma nova. Muitas jovens
se apresentaram, mas Ester, por sua beleza e formosura, encantou a todos. Assim, o rei a
escolheu e a coroou rainha. Ester nã o contou a ninguém que era de família judaica, pois o
povo judeu era perseguido na época.
Leitor 3: Certa vez, Ester, auxiliada por seu pai adotivo, Mardoqueu, descobriu uma
conspiraçã o que procurava matar o rei. Imediatamente, comunicou ao rei, que comprovou
ser verdade e eliminou os que conspiravam contra ele. Ester havia salvado a vida do rei.
Todos: O desejo de Deus é que todos tenham vida!
Leitor 1: Certo tempo depois, um homem chamado Amã foi feito primeiro ministro pelo
persa. Amã queria que todos se ajoelhassem diante dele, mas o pai adotivo de Ester se
recusou. Nem sequer se inclinava diante de Amã . Como era judeu, nã o aceitava curvar-se
diante dos homens, apenas para Deus.
Leitor 2: Isto causou muita raiva em Amã . Entendendo que seria pouco castigar apenas
Mardoqueu, decidiu acabar com toda a raça de judeus que se encontrassem no reino persa.
O rei, influenciado por Amã , permitiu que Amã tratasse o povo judeu como bem
entendesse. Amã , em nome do rei, decretou que fossem mortos todos os judeus do reino.
Leitor 3: Diante do decreto, Mardoqueu ficou muito preocupado. Procurou Ester para que
ela pudesse pedir pelo povo ao rei. Mas nã o seria fá cil. Havia uma puniçã o para quem se
apresentasse diante do rei sem ser chamado, a nã o ser que o rei estendesse seu cetro.
Ester correria risco de morte se buscasse salvar seu povo. Mas depois de rezar com todo o
povo, dirigiu-se ao rei.

Todos (cantando):
Quem vive para si,
empobrece seu viver
quem doar a própria vida,
vida nova há de colher!

ACLAMAÇÃO À PALAVRA

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É como a chuva que lava
É como o fogo que arrasa
Tua palavra é assim
Não passa por mim sem deixar um sinal.
Tenho medo de não responder
De fingir que eu não escutei
Tenho medo de ouvir o teu chamado
Virar do outro lado e fingir que não sei.

LEITURA BÍBLICA: Ester 5,1-2 e 7, 2-3

Após a leitura, guardar um breve instante de silêncio.

DEUS FALOU-NOS POR MEIO DE SEU FILHO


Leitor 1: A figura de Ester, que intercede pelo seu povo, foi vista no cristianismo como um
sinal de Maria. A Virgem Maria é chamada de medianeira da graça. É verdade que Cristo é
o nosso ú nico intercessor e mediador com o Pai. E é Cristo que realiza a maior de todas as
graças: a redençã o.
Leitor 2: Maria Santíssima, porém, participa dessa missã o de Jesus, pois foi associada de
modo ú nico no processo de salvaçã o. Por isso, nos ensina a Igreja: “a funçã o maternal de
Maria em relaçã o aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta ú nica mediaçã o de
Cristo; manifesta antes a sua eficá cia” (Lumen Gentium 60).
Leitor 3: Maria intercede junto a seu Filho, Jesus. Nas bodas de Caná , foi pelo pedido de sua
Mã e que Jesus realizou o primeiro sinal do Evangelho de Joã o: a transformaçã o da á gua em
vinho. Na Cruz, acolheu o discípulo amado como seu filho. E, por isso, Maria acompanha a
Igreja, concedendo graças a todos nó s.

PARTILHA
Dirigente: Maria é mã e do Autor da graça, Jesus. Por ela, a maior de todas as graças veio
até nó s: Cristo Jesus. Diante de missã o tã o bonita, queremos partilhar. Como podemos agir
em defesa da vida do povo em nossa realidade? Quais graças recebemos de Deus pelas
mã os de Maria?

Todos (cantando):
Ó, Mãe, por intermédio do teu nome
Queremos nossos dons oferecer
O povo não tem pão e passa fome
Espera a nossa oferta acontecer
Maria, medianeira divinal
Se pedes, teu Jesus atenderá
Repete o teu apelo maternal
Assim como nas bodas de Caná

O POVO DE DEUS FALA E SE COMPROMETE


Leitor 1: Maria tem um lugar especial dentre os discípulos de Jesus. Está unida a Cristo
“por um vínculo estreito e indissolú vel” e associada “na descendência de Adã o, a todos os
homens necessitados de salvaçã o”. Maria é, entã o, “membro eminente e singular da Igreja”
(Lumen Gentium 53) e, dessa forma, nos ajuda a nos aproximar de Jesus, ao mesmo tempo
em que intercede pela Igreja junto a seu Filho.

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Leitor 2: Inspirados por Maria, devemos nos aproximar mais de Jesus e nos
comprometermos com seu seguimento. O mundo precisa de cristã os mais comprometidos
com a proposta do Evangelho, de comunicar a salvaçã o de Cristo, o amor do Pai e o Reino
de amor, paz e justiça. Que neste Natal nos aproximemos com maior fervor de Jesus e
caminhemos sempre com Ele.
Leitor 3: Maria intercede por nó s e nos ensina a “fazer tudo o que Jesus nos disser” (cf. Jo
2,5) e do céu cuida de nó s, como filhos amados. Nó s, como irmã os que somos, devemos
também rezar uns pelos outros e cuidar dos mais pequeninos. Caminhando juntos,
promovendo no mundo uma sociedade fraterna, sem violência e ó dio, até chegarmos um
dia à plenitude do céu. Essa é a vontade de Deus. Por isso, com Maria Santíssima,
queremos, mais uma vez, repetir:
Todos: Eis aqui a(o) serva(o) do Senhor. Faça-se em mim a vossa vontade.

PRECES
Dirigente: Junto com Maria, dirijamos ao Pai nossos pedidos e louvores.
Leitor 1: Deus de amor, vó s nos convidais a sermos santos como vó s sois Santo! Que, pela
intercessã o de Maria Santíssima, busquemos pessoal e comunitariamente a santidade,
para sermos no mundo um sinal de vosso amor. Nó s vos pedimos.
Todos: Por intercessão de Maria, ouvi-nos, Senhor!
Leitor 2: Deus da paz, vosso povo padece na fome, na miséria, na violência. Cheios da
alegria do Natal, que possamos ser no mundo mediadores de vossa misericó rdia, para
levantar os caídos, socorrer os famintos, aliviar a cruz dos sofredores e servir a todos. Nó s
vos pedimos.
Leitor 3: Senhor, sustentai vossa Igreja nas estradas desta vida. Que, ao celebramos o Natal
de vosso Filho, possamos encher-nos de santa esperança de dias melhores, caminhando
com Maria e José e partilhando com os outros as graças que de vó s recebemos. Nó s vos
suplicamos.

PAI NOSSO | AVE MARIA | GLÓRIA

GESTO CONCRETO
Dirigente: Para vivermos bem o Natal, a oraçã o precisa tornar-se açã o. Nosso
compromisso de visitar alguém, inspirado pela atitude de Maria, é um gesto muito bonito e
importante. Se ainda nã o escolhemos quem visitar, nã o deixemos para depois! Levemos a
alegria do Natal a alguém.

AVISOS

CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Maria percebe a situaçã o dos pequenos e humildes do seu tempo e sabe que
Deus está com eles. Por isso, entoa o Magnificat. Como nossa oraçã o, também nos
comprometamos com uma vida de comunhã o com nossos irmã os. Rezemos juntos:

A minha alma glorifica ao Senhor


e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pô s os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarã o
bem-aventurada todas as geraçõ es.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.

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A sua misericó rdia se estende
de geraçã o em geraçã o sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mã os vazias.
Acolheu Israel seu servo,
lembrado da sua misericó rdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraã o e à sua descendência para sempre.

Dirigente: Gló ria ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.


Todos: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Em
nome do Pai e Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.

CÂNTICO FINAL
Noite feliz, noite feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores, seus anjos no céu
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus salvador
De Jesus salvador

7º ENCONTRO
MOISÉS, “EU OUVI O CLAMOR DO MEU POVO E VIM LIBERTÁ-LO”

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
Dirigente: Iniciemos nosso santo encontro com a firme certeza que Deus caminha conosco
e nos prepara a experiência da salvaçã o, ao nos permitir rezar nos preparando para o
nascimento de seu Filho, Jesus. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Todos (cantando):
Vem Espírito Santo, vem! Vem iluminar!
Nossos caminhos, vem iluminar
Nossas ideias, vem iluminar
Nossas angústias, vem iluminar
As incertezas, vem iluminar.

INTRODUZINDO O TEMA
Dirigente: É com sentimento de esperança e alegria que vamos nos aproximando do Natal
do Senhor e, a partir do encontro de hoje, iremos entender melhor como o Povo do Antigo
Testamento já aguardava a chegada do Messias enviado por Deus para dar coragem ao

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povo, que vivia momentos difíceis e afastados do caminho da salvaçã o. Confiando na graça
de Deus, vamos pedir as luzes do Espírito Santo sobre nó s:

Todos (cantando):
Nossa novena será abençoada
pois o Senhor vai derramar o seu amor
Derrama Senhor, derrama Senhor
Derrama sobre nós o teu amor.

DEUS FALOU OUTRORA A NOSSOS PAIS


Leitor 1: Ao longo dos tempos, Deus preparou seu povo escolhido para receber a vinda de
seu Filho, o Messias que nos daria a plena salvaçã o, aquele que nos libertaria de todo o
pecado. Como sinal antecipado de sua bondade, ao ouvir o clamor do povo escravizado no
Egito, Deus prepara um escolhido para ajudar na libertaçã o dos hebreus.
Leitor 2: Seu nome, Moisés, filho de hebreus. Sua histó ria é marcada por um caminho
tortuoso que o Senhor soube utilizar pelo bem de todos aqueles que acreditavam n’Ele.
Com o mal gerado pela opressã o do Faraó , que temia que o povo de Deus crescesse em
nú mero suficiente para alcançar sua liberdade, muitos meninos foram mortos para manter
a força dos egípcios (cf. Ex. 1, 8-22) Com a bênçã o de Deus e o esforço de sua mã e e seus
irmã os, o pequeno Moisés foi protegido até que, um dia, o colocaram em um cesto e
lançado ao rio, na esperança de ser resgatado por alguém que pudesse cuidar dele.
Leitor 3: O menino cresceu, sob os cuidados da filha do Faraó , e se tornou um príncipe do
Egito. Diante das contradiçõ es entre sua origem e sua identidade, além das inquietaçõ es
geradas ao ver o sofrimento do povo, Moisés foge e, em seu caminho, Deus se revela numa
sarça ardente, pedindo a ele que seja o sinal que o povo necessita para que alcance a
liberdade. Moisés teme enfrentar o faraó , mas obedece ao pedido de Deus e, assim, torna-
se aquele que conduzirá o povo de Deus pelo deserto em busca da Terra Prometida.

Todos (cantando):
A liberdade haverá,
a igualdade haverá
e nesta festa onde a gente é irmão,
O Deus da vida se faz comunhão!

Leitor 1: O caminho do povo, apó s a libertaçã o, nã o foi fá cil, mas sempre Moisés estava à
sua frente, corrigindo suas atitudes e ensinando-lhes a vontade de Deus. Um dos
momentos mais marcantes da trajetó ria dessa longa histó ria é quando Moisés recebe no
Sinai os mandamentos, que ajudarã o os hebreus a seguir o que lhes pede o Senhor (cf. Ex
19, 1 – 20, 21). E, mesmo assim, haveria inú meras quedas e traiçõ es da parte do povo,
tentado constantemente a voltar à escravidã o do pecado e a se afastar do caminho de
Deus. Diante de tantas armadilhas, o povo que caminhava no deserto se desviou de sua
proximidade com o Senhor. Moisés, escolhido e enviado por Deus, teve uma missã o
fundamental, nã o permitindo que todos se perdessem ao longo do caminho.
Leitor 2: A misericó rdia de Deus sempre foi generosa com todos aqueles que erram e, aos
poucos, vivendo a aridez do deserto, homens e mulheres foram aprendendo a forma
verdadeira de seguir os desígnios divinos. A cada passo em direçã o à Canaã , a terra onde
corre leite e mel (cf. Ex 3, 8), a esperança de uma vida abençoada pelo Senhor e conforme
seus ensinamentos vai crescendo no coraçã o de todos. Sã o quarenta anos de caminho e
preparaçã o, até que aqueles que foram libertados cheguem ao lugar reservado. Ali o povo
eleito se estabelece na Terra da Promessa, preparada por Deus.
Leitor 3: Moisés é importante para o povo hebreu e para toda a histó ria da salvaçã o, pois
viveu com fidelidade o chamado recebido por Deus e, com coragem e fé, soube responder
à quilo que Deus lhe pediu em seu primeiro encontro, para ser o sinal do Deus dos
Patriarcas que fariam os hebreus alcançar a liberdade e peregrinar, sob os cuidados do

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Senhor, pelo deserto até chegar a uma terra boa e vasta. Ali, o povo de Deus poderia viver
a proximidade com o Senhor e louvá -lo pelas suas maravilhas em favor daqueles que lhe
clamavam.

ACLAMAÇÃO À PALAVRA
Eu vim para escutar
Tua palavra, Tua palavra
Tua palavra de amor
Eu gosto de escutar
Tua palavra, Tua palavra
Tua palavra de amor

LEITURA BÍBLICA – Êxodo 3, 1-8.13-15

Após a leitura, guardar um breve instante de silêncio.

DEUS FALOU-NOS POR MEIO DE SEU FILHO


Leitor 1: Jesus nã o só vem para nos mostrar o caminho da liberdade e do amor ao povo de
Deus, como fez Moisés. Ele se apresenta como “Caminho, Verdade e Vida” (cf. Jo 14,6). A
vinda do Filho de Deus dá esperança à toda a humanidade, tã o desamparada num mundo
tã o marcado pelo egoísmo, que gera o afastamento de tantas pessoas da intimidade com o
Senhor. O percurso que Jesus fez com seus discípulos, ao longo do Evangelho, é a prova
definitiva do cuidado que Deus demonstra com seus filhos e filhas. Ao caminhar pelas
estradas empoeiradas de Israel, Cristo vive perfeitamente a experiência de libertaçã o e
comunhã o e, assim, faz com que aqueles que caminhavam nas trevas vissem uma grande
luz (cf. Is 9, 1; Mt 4, 16; Lc 1,79).
Leitor 2: Essa Luz que é o Filho de Deus é justamente a claridade que celebramos no Natal,
na firme certeza que nossos caminhos sã o iluminados e que Cristo nã o nos deixa seguir
sem sua presença, que salva e fortalece. Nã o há quem possa afastar-se do amor
misericordioso do Senhor que continua, insistentemente, a procurar por seus filhos e
filhas, mesmo quando esses ainda recaem nas armadilhas do pecado. Jesus, de modo
inigualá vel, faz sua entrega pela humanidade inteira. Ele é o rosto amá vel de Deus que nã o
nos deixa sozinhos e, com sua mensagem, traz a esperança diante das incertezas de nossos
tempos.
Leitor 3: Ao nos abrir o caminho da salvaçã o, Jesus é nosso alimento em preparaçã o à
peregrinaçã o que fazemos rumo ao Céu, a Pá tria definitiva de todos nó s, onde ansiamos
por participar do banquete celeste, junto dos anjos e dos santos, quando assumiremos a
herança eterna que o Senhor prepara para todos aqueles que se deixaram conduzir pelas
estradas da vida, mantendo seus olhos fixos em Jesus (cf. Hb 12, 2).

PARTILHA
Dirigente: A partir do que ouvimos e percebemos da proposta amorosa e libertadora do
Senhor, que acontece com a missã o de Moisés, ao conduzir o povo para uma terra
preparada por Deus, e se torna plena em Jesus Cristo, peregrino que nos prepara para a
estrada rumo ao céu, como podemos viver nosso caminho no aqui e agora de nossa vida?
Para onde estamos dirigindo nosso olhar e nossos passos?

Todos (cantando):
O povo de Deus no deserto andava
Mas a sua frente alguém caminhava
O povo de Deus era rico de nada
Só tinha esperança e o pó da estrada
Também sou teu povo, senhor
Estou nessa estrada

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Somente a tua graça
Me basta e mais nada

O POVO DE DEUS FALA E SE COMPROMETE


Leitor 1: Em nossos dias, muitas pessoas têm se afastado de Deus, buscando de forma
errada a satisfaçã o para suas dores e suas angú stias em respostas vazias e imediatas. Isso
só aumenta o vazio que há no coraçã o de cada ser humano, pois nunca haverá nada que
possa ocupar o lugar do Senhor na vida de seu povo. Por isso, pelo caminho temos
encontrado tantos famintos e sedentos de Deus e de sua misericó rdia.
Leitor 2: Nó s, cristã os, recebemos do Mestre Jesus a tarefa de ajudarmos nossos irmã os e
irmã s a se alimentar do Cristo, que se dá como alimento verdadeiro e eterno na Eucaristia.
“Fazei isto em minha memó ria” (Lc 22, 19). Ao longo de nossa jornada, devemos ajudar
com fraternidade os mais sofredores a percorrer o caminho e a descobrir a fonte
inesgotá vel que sacia a nossa sede (cf. Jo 4, 14)). Assumindo a missã o com perseverança e
coragem, alcançaremos a meta que o Senhor nos ajuda a percorrer: “minha morada é a
casa do Senhor por dias sem fim” (Sl 23, 6).
Leitor 3: Que o caminho percorrido por nó s até o Natal do Senhor nos ajude, cada vez
mais, a superar os descaminhos e os descompassos de nossa caminhada como Igreja
Peregrina. Desse modo, nos lembremos que a estrada é percorrida com alegria em saber
que nã o caminhamos só s, mas somos conduzidos por Deus. E o Senhor, por toda nossa
histó ria, se mostra um generoso companheiro de jornada, nã o deixando que nada falte a
seus filhos.

PRECES
Dirigente: Ao Deus da Vida e da Paz, dirigimos nossas preces, na firme esperança de que o
Senhor nunca se cansa de ouvir e atender aos clamores de seu povo:
Leitor 1: Libertai-nos, ó Pai, de todas as prisõ es ainda presentes em nosso mundo, que
aplicam duras penas a seus filhos e filhas, tã o necessitados de alguém que ouça seus
clamores. Rezemos.
Todos: Caminhai conosco, Senhor.
Leitor 2: Convoca-nos, ó Deus, a viver com coragem nossa fé e a responder a vosso
chamado em meio a tantas vozes que dificultam-nos perceber a clareza de vossa voz.
Rezemos.
Leitor 3: Acompanha-nos, ó Mestre, pelos caminhos de nossas vidas, indicando o terreno
seguro, no qual nossos passos se manterã o firmes, e nã o permitais que o desâ nimo toque o
coraçã o de vossos filhos. Rezemos.
Leitor 1: Alimentai-nos, ó Pã o Vivo, pelo mistério de vossa Paixã o, Morte e Ressurreiçã o,
trazendo-nos o sentido para nossas jornadas e, no caminho rumo à eternidade,
prossigamos na unidade. Rezemos.
Leitor 2: Ensinai-nos, ó Santificador, com vossos dons infinitos, a conservar os sonhos
divinos, que permitem ao nosso mundo assemelhar-se a vosso Reino de Amor e Justiça.
Rezemos.
Leitor 3: Iluminai-nos, ó Santo Espírito, para que nossa comunidade mantenha sempre
viva a esperança diante das trevas que dificultam nossa percepçã o dos sinais dos tempos.
Rezemos.

PAI NOSSO | AVE MARIA | GLÓRIA

GESTO CONCRETO
Nos últimos três dias de nossos encontros, somos chamados à oração pessoal. Reservemos um
momento do nosso dia para meditar a Palavra de Deus, visitar o Santíssimo Sacramento e,
até mesmo, a oração do Santo Terço. Tudo isso nos ajuda a iluminar nossa vida neste
momento tão especial em que aguardamos a chegada do Menino Jesus.

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AVISOS

CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Ao nos aproximarmos do grande mistério do Nascimento do Salvador,
queremos louvá -lo com as palavras ensinadas por Sã o Paulo na carta aos Colossenses (Cl
1, 15-20). O hino que rezaremos juntos é um modo sublime de celebrarmos a vinda do
Filho de Deus, que nos permite acreditar e confiar em sermos seus filhos adotivos.

Cristo é a imagem do Deus invisível,


o primogênito de toda a criaçã o,
pois por causa dele,
foram criadas todas as coisas no céu e na terra,
as visíveis e as invisíveis,
tronos e dominaçõ es, soberanias e poderes.
Tudo foi criado por meio dele e para ele.
Ele existe antes de todas as coisas
e todas têm nele a sua consistência.
Ele é a Cabeça do corpo, isto é, da Igreja.
Ele é o Princípio, o Primogênito dentre os mortos;
de sorte que em tudo ele tem a primazia,
porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude
e por ele reconciliar consigo todos os seres,
os que estã o na terra e no céu,
realizando a paz pelo sangue da sua cruz.

Dirigente: Gló ria ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.


Todos: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: Que nossos esforços deste dia e o descanso desta noite nos ajudem a
celebrarmos a Luz de Deus em nossas casas. Abençoe-nos, o Deus todo-poderoso, em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.

CÂNTICO FINAL
Noite feliz, noite feliz
Ó Senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa, Jesus, nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus

8º ENCONTRO
“EU ELEGI, UNGI E ENVIEI O MEU SERVO DAVI”

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
Dirigente: Com esperança e caridade, busquemos que a estrela que guia nossa jornada em
preparaçã o rumo ao céu seja o pró prio Jesus, Filho de Deus Pai, que nos enviou o Espírito
Santo para que nó s nã o caminhá ssemos nas trevas, mas nos encontrá ssemos sempre na
luz do céu. Com fé, iniciemos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.

Todos (cantando):

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Vem Espírito Santo, vem! Vem iluminar!
Nossos caminhos, vem iluminar
Nossas ideias, vem iluminar
Nossas angústias, vem iluminar
As incertezas, vem iluminar.

INTRODUZINDO O TEMA
Dirigente: Hoje, damos mais um passo rumo à celebraçã o do Natal de Jesus. Como é bom
estarmos juntos em comunidade e vivermos a beleza da fé e a luz da paz que se aproxima
de nó s. Tã o perto estamos da chegada do Menino Deus que nosso coraçã o já pula de
alegria pela oportunidade de também nó s renascermos na luz do Senhor. Antes, porém, de
conhecermos um pouco mais de nossa fé e o que este momento representa, vamos clamar
ao Espírito Santo de Deus que esteja conosco em nosso encontro.

Todos (cantando):
Nossa novena será abençoada
pois o Senhor vai derramar o seu amor
Derrama Senhor, derrama Senhor
Derrama sobre nós o teu amor.

DEUS FALOU OUTRORA A NOSSOS PAIS


Leitor 1: Um dos momentos marcantes da histó ria do Povo de Deus no Antigo Testamento
é a uniã o das Doze Tribos, concretizada com a formaçã o da monarquia em Israel. Assim o
povo eleito dá mais um passo como naçã o santa que o Senhor escolheu como herança.
Desde a libertaçã o do Egito e o longo caminho pelo deserto, os hebreus começam a
experimentar um tempo de paz e esperança, no qual vai se firmando e se compreendendo
dentro do projeto de Deus.
Leitor 2: E um dos homens escolhidos por Deus para conduzir o seu povo é Davi, o mais
famoso rei de Israel, da cidade de Belém, tribo de Judá . O profeta Samuel é quem se torna
instrumento de Deus para que Davi receba a unçã o necessá ria para sua tarefa. Escolhido
dentre seus irmã os, será ele quem o Senhor olhará e o reconhecerá pelo coraçã o (cf. 1 Sm
16, 7). Ao receber o Espírito de Deus, contando com essa força durante toda sua vida, Davi
será capaz de cumprir a missã o para a qual o Senhor lhe escolheu. Com Davi, as tribos
cresceram na unidade e ele foi símbolo da graça divina que abençoava seu povo e, assim,
ele se tornaria um rei forte e traria segurança para seu povo.
Leitor 3: Conhecemos vá rios trechos da histó ria de Davi, mas um dos mais marcantes é sua
eleiçã o para se tornar aquele a quem o Senhor confiaria seu povo. Davi experimentará em
sua vida diversas situaçõ es em que será desafiado a viver conforme a vontade de Deus,
como no enfretamento do gigante Golias, quando ele demonstra como a confiança no
Senhor é superior a toda pretensã o humana. Ainda que escolhido por Deus, Davi será sinal
de contradiçã o ao cometer um grave pecado, mas ele se torna exemplo de arrependimento
ao converter-se e buscar a verdadeira consolaçã o na misericó rdia do Senhor.

Todos (cantando):
Sim, eu quero que a luz de Deus,
Que um dia em mim brilhou
Jamais se esconda e
não se apague em mim o seu fulgor.
Sim, eu quero que o meu amor ajude o meu irmão
a caminhar guiado por tua mão
em tua lei, em tua luz, Senhor.

Leitor 1: Voltando um pouquinho a histó ria, a gente começa a entender a escolha de Davi.
Por seu mau procedimento à frente do povo e nã o obedecer à s leis de Deus, o rei Saul,

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primeiro rei de Israel, é rejeitado como o líder da naçã o (cf. 1Sm 15, 11). Entã o, o Senhor
motiva o profeta Samuel a buscar um novo rei que correspondesse aos mandamentos
divinos. Assim, apó s anunciar que a Gló ria do Senhor nã o estava mais sobre a casa de Saul,
o profeta se dirige a uma pequena vila de Judá , Belém, de onde surgiria o novo rei (1Sm 16,
1).
Leitor 2: Samuel é enviado à casa de Jessé e lhe pede que apresente todos os seus filhos,
para verificar qual deles seria o escolhido por Deus para a missã o de conduzir seu povo.
Filho por filho se apresenta diante do profeta, mas a nenhum deles o Senhor escolheu
(1Sm 16, 10) até o momento em que Samuel questiona onde estaria o mais jovem, que
pastoreava o rebanho. Quando chega o menor dos filhos de Jessé, Davi, o profeta Samuel
ouve a confirmaçã o de Deus: “Levanta-te e unge-o: é ele!”. A partir desse momento, a
Gló ria do Senhor passa a acompanhar aquele que um dia ocuparia legitimamente o trono
real, preparado por Deus a seu eleito.
Leitor 3: Inacreditá vel como Deus realiza suas obras. Ele sempre parte daquilo ou
daqueles que aos olhos do mundo nã o possuem valor, mas o Senhor, que desvenda os
coraçõ es e sabe o que há no íntimo de todos os seus filhos, é capaz de eleger quem
responderá ao seu chamado com obediência e fidelidade. Davi, mesmo com suas quedas,
soube, durante toda a vida, manter-se confiante em Deus, seguindo os princípios que o
Senhor lhe apresentava. Sua escolha nã o foi um ato do acaso, mas parte do mistério da
salvaçã o que conduz a humanidade, desde o início dos tempos. Por esse motivo, o Povo
guarda na Palavra inspirada os momentos decisivos para que Israel se recordasse de sua
identidade de naçã o eleita.

ACLAMAÇÃO À PALAVRA
Todos (cantando):
A palavra de Deus é luz,
que nos guia na escuridão.
É semente de paz, de justiça e perdão!

LEITURA BÍBLICA – 1 Samuel 16, 1-13

Após a leitura, guardar um breve instante de silêncio.

DEUS FALOU-NOS POR MEIO DE SEU FILHO


Leitor 1: Assim como Davi, Jesus também tem sua origem em Belém. As proezas de Deus
mais uma vez se manifestam no que é considerado pequeno aos olhos do mundo. “E tu,
Belém, pequena entre os clã s de Judá , de ti sairá para mim aquele que governará Israel”
(Mq 5, 1). Como de um vilarejo tã o pequeno, podemos acolher, nã o somente o rei de Israel,
mas o Salvador da humanidade? Jesus nasce num pequeno está bulo, lugar onde os animais
descansavam, sem qualquer luxo, mas na simplicidade, cuidado por um casal humilde e
temente a Deus. Maria e José fizeram de suas vidas um ato profundo e amoroso de
obediência ao pedido de Deus, acolher a açã o do Espírito Santo e serem seus cuidadores
(cf. Mt 1, 18-25; Lc 1, 26-38).
Leitor 2: Deus nã o teme colocar-se numa situaçã o frá gil se isso favorecerá seu encontro
com o ser humano, criado por amor e preparado para a salvaçã o. Nó s, muitas vezes,
contaminados pela ló gica humana da grandeza, temos dificuldade em compreender o ato
de rebaixamento do Senhor (cf. Fl 2, 6-8) em fazer-se pequeno, humilde, frá gil, de modo
que nó s o possamos alcançar. Essa é a grandiosidade de Deus, só Ele é capaz de se fazer
caber no corpo de uma pequena criança para nos demonstrar até onde vai sua disposiçã o
em nos oferecer seu Reino. O Menino Jesus representa perfeitamente a açã o divina
generosa em fazer morada junto da humanidade para que, assim, aprendamos na vida
diá ria o caminho de santidade.
Leitor 3: No Natal, celebramos a alegria de termos a graça de um Deus conosco. Jesus nã o
nos abandona, caminha com seus discípulos, conduz e rege a multidã o, ainda escrava do

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pecado, mas que busca ouvir o Mestre e só junto d’Ele se ilumina e se santifica. Em Jesus,
descobrimos que todos somos eleitos a viver como nos ensinou. Queremos que o Salvador
nos encaminhe para o propó sito de Deus de abandonarmos nossas culpas e
correspondermos aos sonhos de Deus para nossas vidas. Ao nos capacitar com tantos
dons, o Espírito Santo quer fazer em nó s inú meras maravilhas, só precisamos acolher essa
graça com humildade filial e obediente disposiçã o.

PARTILHA
O que falta a ser iluminado em nosso caminho de preparação para o Natal? Temos
consciência de ser escolhidos por Deus para suas obras de misericórdia na humanidade?
Como podemos deixar que entre a Luz de Deus em nossa vida e em nossa família?

Todos (cantando):
Sim, eu quero que a luz de Deus,
Que um dia em mim brilhou
Jamais se esconda e não se apague em mim o seu fulgor.
Sim, eu quero que o meu amor
ajude o meu irmão a caminhar guiado por tua mão
em tua lei, em tua luz, Senhor.

O POVO DE DEUS FALA E SE COMPROMETE


Leitor 1: A celebraçã o do Natal mexe com nossas cidades, nossas casas, sobretudo conosco.
Dentro de nó s, surge uma luz que ilumina as trevas e nos faz mais generosos, mais abertos
à concó rdia e mais dispostos a perdoar. É bonito ver como as pessoas se preparam para o
Natal e perceber que, de algum modo, a rotina fica diferente. As pessoas saem à s ruas para
se maravilhar com a decoraçã o natalina, mal sabem elas que o maior enfeite que nossa
cidade pode ter é justamente nossa presença, iluminando nã o com luzes, mas com sorrisos
alegres, olhares de confiança e atitudes renovadas.
Leitor 2: Permanece em nó s, mesmo com as mudanças dos tempos e das atitudes, o
mesmo deslumbramento que os pastores tiveram há dois mil anos, quando um
mensageiro do céu lhes revelou que eles estariam diante do Salvador da humanidade,
Jesus, o Cristo. Poderíamos dizer que a mudança nas atitudes e no clima entre as pessoas
seria um milagre de Natal? Sim, com toda certeza. Mesmo que seja por um breve período,
parece que há esperança de Paz na Terra. A cada Natal, ressurge uma vez mais a luz divina
para acalantar nossos sonhos e manter viva nossa confiança em Deus.
Leitor 3: Estamos tã o pró ximos do Natal! Nossos coraçõ es nos pedem para estar em casa,
ao lado daqueles que nos fazem bem. Ternura maior nã o há do que o Menino que nasce na
manjedoura depois de uma longa jornada de seus pais. De modo misterioso, o nascimento
do Menino Deus provoca a esperança de tempos menos duros e dolorosos e de que ainda
há espaço para a bondade e a gentileza. A Festa das Luzes é um momento de nos iluminar
e nos aquecer diante de tempos tenebrosos e do distanciamento das relaçõ es. O Natal é
tempo de nos permitir o acolhimento do amor, nos abrindo à presença d’Aquele que nos
mantém unidos como família.

PRECES
Pastor Bondoso, apresentamos nossas preces e vos pedimos, com humildade, que faça de
nó s verdadeiros servos de vossa Gló ria, trabalhando incansavelmente pelo Reino. A cada
prece, digamos:
Todos: Fortalecei-nos em nossos caminhos, Senhor.
Leitor 1: Jesus, Caminho, Verdade e Vida, dai à vossa Igreja a coragem e o vigor para
anunciar o Evangelho em todos os cantos do mundo, principalmente onda exista um irmã o
que nã o se encontrou com vossa mensagem de esperança. Rezemos.

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Leitor 2: Senhor, Sinal de Misericó rdia no mundo, favorecei a conversã o de todos os vossos
filhos e filhas e nã o permitais que permaneçamos no pecado, dificultando nossa salvaçã o.
Rezemos.
Leitor 3: Luz do Céu, iluminai nossas casas e instruí nossas famílias, especialmente os
jovens que necessitam de vosso discernimento e vossa sabedoria para conduzirem suas
vidas conforme a Boa Nova. Rezemos.
Leitor 1: Salvador da humanidade, nó s vos louvamos por todas as pessoas que vivem a
caridade como firme propó sito e nã o se apegam aos bens, em vista do cuidado e da
partilha com nossos irmã os mais frá geis. Rezemos.

PAI NOSSO | AVE MARIA | GLÓRIA

GESTO CONCRETO
Nos últimos três dias de nossos encontros, somos chamados à oração pessoal. Reservemos um
momento do nosso dia para meditar a Palavra de Deus, visitar o Santíssimo Sacramento e,
até mesmo, a oração do Santo Terço. Tudo isso nos ajuda a iluminar nossa vida neste
momento tão especial em que aguardamos a chegada do Menino Jesus.

AVISOS

CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Ao nos aproximarmos do grande mistério do Nascimento do Salvador,
queremos louvá -lo com as palavras ensinadas por Sã o Paulo na carta aos Colossenses (Cl
1, 15-20). O hino que rezaremos juntos é um modo sublime de celebrarmos a vinda do
Filho de Deus, que nos permite acreditar e confiar em sermos seus filhos adotivos.

Cristo é a imagem do Deus invisível,


o primogênito de toda a criaçã o,
pois por causa dele,
foram criadas todas as coisas no céu e na terra,
as visíveis e as invisíveis,
tronos e dominaçõ es, soberanias e poderes.
Tudo foi criado por meio dele e para ele.
Ele existe antes de todas as coisas
e todas têm nele a sua consistência.
Ele é a Cabeça do corpo, isto é, da Igreja.
Ele é o Princípio, o Primogênito dentre os mortos;
de sorte que em tudo ele tem a primazia,
porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude
e por ele reconciliar consigo todos os seres,
os que estã o na terra e no céu,
realizando a paz pelo sangue da sua cruz.

Dirigente: Gló ria ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.


Todos: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: Que nossos esforços deste dia e o descanso desta noite nos ajudem a
celebrarmos a Luz de Deus em nossas casas. Abençoe-nos, o Deus todo-poderoso, em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.

CÂNTICO FINAL
Noite feliz, noite feliz

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Ó Jesus, Deus da luz
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar
E a nós todos salvar

9º ENCONTRO
DEUS FALA POR ISAÍAS: “UM FILHO NOS FOI DADO, ELE RECEBEU O PODER
NOS SEUS OMBROS”

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Dirigente: Reunidos em nome da Trindade, fonte eterna de amor, e desejosos por
aprofundar nossa experiência de fé através deste momento orante, cantemos:

Todos (cantando):
Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar
Nossos caminhos, vem iluminar!
Nossas ideias, vem iluminar!
Nossas angústias, vem iluminar!
As incertezas, vem iluminar

INTRODUZINDO O TEMA
Dirigente: Queridos irmã os e irmã s, com muita alegria e esperança, chegamos à conclusã o
de nossa Novena de Natal. Foram dias de intensa oraçã o, de fraternidade e comunhã o.
Deus seja louvado pelo bonito percurso que trilhamos! Certamente, podemos reconhecer
que nossos coraçõ es estã o mais preparados para celebrar e viver o Natal, nã o apenas
como um evento ou uma festa especial, mas como uma oportunidade de conversã o e de
renovar nosso compromisso de ser sal da terra e luz do mundo, como deseja o pró prio
Senhor.

Todos (cantando):
Nossa novena será abençoada,
porque o Senhor vai derramar o seu amor.
Derrama, ó Senhor! Derrama, ó Senhor!
Derrama sobre nós o teu amor!

DEUS FALOU OUTRORA A NOSSOS PAIS


Leitor 1: O tempo do Advento, que estamos prestes a concluir, convidou-nos à prá tica da
vigilâ ncia, atitude dos que confiam e esperam no Senhor, pois Ele vem constantemente a
nosso encontro, como veio no Natal. Sua visita é sempre transformadora. Sua presença
ilumina e dá um sentido novo a tudo. Suscita em nó s a atitude profética de anunciar, com
esperança, a Boa Nova do Reino, mas, ao mesmo tempo, a de denunciar tudo aquilo que
nã o contribui para sua edificaçã o em nosso meio.
Leitor 2: Como nosso mundo carece de profetas da esperança! Homens e mulheres de fé
que sejam, de fato, comprometidos com a Palavra e que se deixem sempre orientar,
esforçando-se para iluminar toda realidade à sua volta. Exemplos nã o nos faltam,
sobretudo no Antigo Testamento. O profeta Isaías é um deles. Deus o chamou para uma

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missã o difícil, porém, sua resposta foi cheia de convicçã o: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 5,
8).
Leitor 3: No seu tempo, corajosamente alertou a todos a respeito das consequências do
fechamento do coraçã o à vontade de Deus. Além disso, deparou-se com o desafio de pregar
a um povo que sofria muito com as injustiças, sobretudo contra os mais pobres e
excluídos. Assim, ele deveria ser, antes de tudo, profeta da esperança e anunciar que um
tempo novo estava para chegar: o Messias seria enviado para libertar e salvar, ainda que a
realidade forçasse a acreditar que isso seria impossível.

Todos: Falar sobre esperança quando tudo vai bem ao nosso redor e para pessoas que não
enfrentam nenhuma dificuldade é muito fácil e prazeroso. Difícil é fazer o mesmo em tempos
de crise e que colocam nossa fé à prova. Que, a exemplo do profeta Isaías, nós possamos ser
anunciadores da grande luz que é capaz de iluminar todos aqueles que estão nas trevas e a
vida dos mais sofredores e necessitados. Essa luz tem um nome e é Jesus!

Leitor 1: O Povo de Deus sempre manteve firme sua esperança na Promessa, desde sua
libertaçã o da escravidã o no Egito, a caminhada longa no deserto e os momentos de
estabilidade do Reino das Doze Tribos. Em diversos momentos, o caminho foi pedregoso e
houve muitas quedas e infidelidades de Israel em relaçã o aos propó sitos de Deus, mas o
Senhor nã o os deixou entregues à pró pria sorte, enviou profetas a seu povo com a missã o
de purificar-lhe de seus pecados e apresentar-lhe o convite de misericó rdia.
Leitor 2: Isaías contribuiu imensamente para que o Povo de Israel nã o estivesse afastado
do Senhor, pois ao acompanhar diversas fases da caminhada errante dos hebreus, o
profeta soube dizer as palavras que Deus colocou em seu coraçã o e em sua boca, para que
ele pudesse corrigir, animar, consolar e esperançar. Em seus textos, percebemos a frutuosa
açã o do Senhor em sua missã o profética, pois ao nos aproximarmos de sua profecia,
notamos a bondade e o acolhimento infinitos.
Leitor 3: O Povo da Aliança, escolhido e cultivado por Deus, estará sempre atento à s
maravilhas do Céu, pois sabe que sua confiança deve permanecer sempre n’Aquele que lhe
deu a vida e a liberdade. Nã o há em quem mais depositar a nossa fé, a nã o ser o Senhor,
pois Ele é quem cuida de seus filhos e nos prepara para termos vida abundante. A duras
penas, Israel aprende esta verdade, se Deus nã o for misericordioso e sempre disposto a
perdoar, de nada adiantarã o os nossos esforços. Ele é quem nos dá a vida e só com o
Senhor o caminho ganha um sentido verdadeiro.

ACLAMAÇÃO À PALAVRA
Guarda a Palavra, guarda-a no coração:
Que ela entre em tua alma, penetre os sentimentos!
Busca, noite e dia, a luz, o amor de Deus:
Se guardares a Palavra, ela te guardará!

LEITURA BÍBLICA: Isaías 9, 1-6

Após a leitura, guardar um breve instante de silêncio.

DEUS FALOU-NOS POR MEIO DE SEU FILHO


Leitor 1: Jesus é a mensagem perfeita de Deus para toda a humanidade. Ao aceitar a
missã o de tornar-se homem e fazer morada entre nó s, o Filho assume, de forma sublime e
definitiva, o amor transbordante que acolhe o humano que, mesmo com suas falhas e seus
erros, é salvo pela misericó rdia divina. Jesus converge em si todas as características

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esperadas pelo Povo da Aliança e, nã o tã o somente, Ele as plenifica, apresenta uma
proposta surpreendente, desafiando a razã o humana e nos permitindo viver o
maravilhamento de Sua grandiosidade.
Leitor 2: Todas as profecias do Antigo Testamento que nos indicaram o verdadeiro
Messias apontam para o Cristo, ungido pelo Senhor (cf. Is 61, 1), nascido de uma virgem
(cf. Is 7, 14) em Belém, terra de Davi, (cf. Mq 5, 1). Assim, a histó ria da salvaçã o é
conduzida para um ponto extraordiná rio, Deus fala conosco “por meio do Filho, a quem
constituiu herdeiro de todas as coisas, e pelo qual fez os séculos” (Hb 1, 2). Tudo o que
existe converge para o Cristo, que assumiu generosamente a vontade do Pai, por isso nó s o
louvamos e o colocamos como o centro de nossa vida e de nossa fé.
Leitor 3: O Natal de Jesus é celebraçã o de fé, pois nã o somente celebramos o encontro
fraterno, mas ao olharmos para o Céu e rendermos açã o de graças por infinitas bênçã os,
celebramos Aquele que age em nossa histó ria, um Deus que nã o quis manter-se habitando
em luz inacessível (cf. 1Tm 6, 16), mas permitiu-se morar entre nó s, nos ensinando o
caminho que nos conduz a Ele, nos mostrando os valores do Reino de amor e justiça, para
que nó s, também, um dia, possamos nos preparar para adentrar a Eternidade, onde
contemplaremos sua face esplendorosa (cf. Ap. 22, 5).

PARTILHA
Que prá ticas humanas têm tornado o caminhar de nosso povo mais difícil, mais cheio de
trevas? A luz que é Jesus nã o para de brilhar, embora seja, à s vezes, ofuscada. Quais sã o os
sinais dessa luz em nossa vida, em nossa família e em nossa comunidade?

Todos (cantando):
Minha luz é Jesus e Jesus me conduz pelos caminhos da paz!
Minha luz é Jesus e Jesus me conduz pelos caminhos da paz!

O POVO DE DEUS FALA E SE COMPROMETE


Leitor 1: O anseio de Deus para a vida de seu povo é que sua Palavra penetre em nossa
vida, ilumine nossa histó ria e alimente nosso interior, assim estaremos preparados para
ser reflexo do amor de Deus no mundo, tã o marcado por contradiçõ es e trevas. Acolher o
Senhor em nossa vida pode se assemelhar à manjedoura, tã o indigna de receber tã o
precioso presente, mas que foi tornada merecedora pelo despojamento do Senhor, que se
permite ultrapassar todos os limites para que seus filhos percebam a grandeza de seu
amor. Somos simples e pobres manjedouras com a sublime missã o de trazer em nosso
íntimo o Filho de Deus.
Leitor 2: A missã o confiada pelo Mestre Jesus a seus discípulos supera, definitivamente,
nossas capacidades e dons, mas sabemos que nã o caminhamos sozinhos e desamparados,
é por um Deus que se fez Emanuel, Deus conosco (cf. Mt 1, 23). Somos cooperadores do
Senhor em ajudar o mundo a superar as rivalidades e tomar consciência de fazermos parte
da família humana, através da qual Jesus nã o somente tornou-se homem, mas entregou
sua vida para salvar a todos.
Leitor 3: O pecado, ainda tã o presente em nosso mundo, cega nosso olhar para ver as
maravilhas de Deus e quando ficamos muito tempo no escuro, nossos olhos se acostumam
com as trevas e quando vemos uma grande luz, temos dificuldade de acolhê-la. Há , em
nosso meio, quem se acostume com uma vida envolta em sombras, viva fechado em si
mesmo e sinta-se ferido pelos sofrimentos cotidianos e, por isso, ainda nã o seja capaz de
abrir-se à luz libertadora e transformadora de Jesus. Ajudemos essas pessoas a recomeçar!
Sejamos profetas da esperança e da alegria em suas vidas! Que a luz do Natal de Jesus nos
guie nesta grande missã o!

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PRECES
Dirigente: Irmã os e irmã s, a Palavra que meditamos deve, agora, transformar-se em
oraçã o. Dirijamos nossos coraçõ es ao alto, pedindo que Jesus, o Príncipe da Paz, olhe para
nó s e nossas intençõ es e digamos (ou cantemos):
Todos: Vem, Senhor, vem nos salvar! Com teu povo vem caminhar!
Leitor 1: Senhor Jesus, que na simplicidade da manjedoura nos revelou o rosto de um Deus
rico em misericó rdia, iluminai-nos, para que vivamos a humildade como caminho de
conversã o e liberdade diante da cultura materialista de nosso tempo. Nó s vos pedimos.
Leitor 2: Senhor Jesus, que sois o Messias anunciado pelos profetas e, como profeta,
anunciastes os mistérios do Reino de Deus de uma maneira tã o singular e encantadora,
iluminai-nos, para que sejamos corajosos e criativos em nossa missã o profética de
anunciar a Boa Nova e denunciar tudo o que oprime e causa divisã o. Nó s vos pedimos.
Leitor 3: Senhor Jesus, que com Maria e José formastes a Sagrada Família, estendeis esse
vínculo a todos nó s, seus discípulos, iluminai-nos, para que sejamos sinal de esperança em
nossas famílias, muitas vezes marcadas pelo desâ nimo, pela falta de fé e pela falta de
fraternidade. Nó s vos pedimos.

PAI NOSSO | AVE MARIA | GLÓRIA

GESTO CONCRETO
Dirigente: Estamos à s portas do Natal e queremos, neste ano, celebrá -lo de uma maneira
especial. Por isso, como gesto concreto, vamos buscar rezar, em família e diante do
presépio, esta bonita oraçã o:
Todos: Menino Jesus, Deus que se fez pequeno por nó s, diante da cena de teu nascimento,
o presépio, estamos reunidos em família para rezar. Mesmo que fisicamente falte alguém,
em espírito somos uma só alma. Olhando Maria, tua Mã e Santíssima, rezamos pelas
mulheres de nossa família, que cada uma delas acolha com amor a palavra de Deus, sem
medo e sem reservas, que elas lutem pela harmonia e paz em suas casas. Vendo teu pai
adotivo, Sã o José, pedimos, ó Menino Deus, pelos homens desta família, que eles
transmitam segurança e proteçã o, estejam sempre atentos à s necessidades mais urgentes,
que saibam proteger nossos lares de tudo que nã o provém de ti. Diante dos pastores e reis
magos, pedimos por todos nó s, para que saibamos render-te graças, louvar-te sempre em
todas as circunstâ ncias, e que nã o nos cansemos de te procurar, mesmo por caminhos
difíceis. Menino Jesus, contemplando tua face serena, teu sorriso de criança, bendizemos
tua açã o em nossas vidas. Que nesta noite santa possamos esquecer as discó rdias, os
rancores, possamos nos perdoar. Jesus querido, abençoa nossa família, cura os enfermos
que nela houver, cura as feridas de relacionamentos. Fazemos hoje o propó sito de nos
amar mais. Que neste Natal a bênçã o divina recaia sobre nó s. Amém.

AVISOS

CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Ao nos aproximarmos do grande mistério do Nascimento do Salvador,
queremos louvá -lo com as palavras ensinadas por Sã o Paulo na carta aos Colossenses (Cl
1, 15-20). O hino que rezaremos juntos é um modo sublime de celebrarmos a vinda do
Filho de Deus, que nos permite acreditar e confiar em sermos seus filhos adotivos.

Cristo é a imagem do Deus invisível,


o primogênito de toda a criaçã o,
pois por causa dele,

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foram criadas todas as coisas no céu e na terra,
as visíveis e as invisíveis,
tronos e dominaçõ es, soberanias e poderes.
Tudo foi criado por meio dele e para ele.
Ele existe antes de todas as coisas
e todas têm nele a sua consistência.
Ele é a Cabeça do corpo, isto é, da Igreja.
Ele é o Princípio, o Primogênito dentre os mortos;
de sorte que em tudo ele tem a primazia,
porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude
e por ele reconciliar consigo todos os seres,
os que estã o na terra e no céu,
realizando a paz pelo sangue da sua cruz.

Dirigente: Gló ria ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.


Todos: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: Agradecidos por este encontro e por todas as graças que recebemos ao longo de
nossa novena, peçamos a Deus que derrame sobre nó s sua bênçã o. Em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Dirigente: Antes de irmos embora, desejemos uns aos outros a paz que vem de Jesus e
levemos a Boa Nova da vinda do Senhor a todos com quem nos encontrarmos.
Todos: Gló ria a Deus nas alturas e paz na terra aos homens!

CÂNTICO FINAL
Noite feliz, noite feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores, seus anjos no céu
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador
De Jesus Salvador

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ORAÇÃO DE NATAL

“Sois Vós, Jesus, o Filho que me torna filho.


Amais-me como sou, não como eu me sonho.
Abraçando-Vos, Menino da manjedoura, reabraço a minha vida.
Acolhendo-Vos, Pão de vida, também eu quero dar a minha vida.
Vós que me salvais, ensinai-me a servir.
Vós que não me deixais sozinho,
ajudai-me a consolar os vossos irmãos,
porque, a partir desta noite, são todos meus irmãos.”

PAPA FRANCISCO

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SUGESTÃO CONTRA-CAPA

BRASÃO DA DIOCESE CENTRALIZADO

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