Índice

Índice............................................................................................................... 01

Apresentação................................................................................................. 02

Introdução....................................................................................................... 03

1º Encontro
Desde Abraão, Deus “Falou-Nos Por Meio Do Filho” Pela Fé!.... 04

2º Encontro
Com Isaac, Deus Ensina A Ter Esperança! ................................. 10

3º Encontro
Como Jacó, Entregar-Se Por Amor............................................... 16

4º Encontro
Raquel, A Esposa Escolhida ........................................................ 22

5º Encontro
Ana, Uma Mãe Agraciada Por Deus ............................................. 28

6º Encontro
Ester, Uma Verdadeira Intercessora Do Povo............................... 34

7º Encontro
Moisés, “Eu Ouvi O Clamor Do Meu Povo E Vim Libertá-Lo” ....... 40

8º Encontro
“Eu Elegi, Ungi E Enviei O Meu Servo Davi” ................................ 47

9º Encontro
Deus Fala Por Isaías: “Um Filho Nos Foi Dado, Ele Recebeu O
Poder Nos Seus Ombros” ............................................................ 54

1
 Apresentação

“Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora, aos Pais pelos pro-
fetas; agora, nestes dias que são os últimos, falou-nos por meio do Filho, a
quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e pelo qual fez os séculos”.
(Hb 1, 1-2)

Prezado irmão e estimada irmã,

E
ssa é a inspiração bíblica que motivou a equipe de redação a produzir a
Novena de Natal deste ano. A riqueza da Palavra de Deus é tão imensa
que a cada ano percebemos jeitos diferentes de olharmos para o Misté-
rio do Natal, celebrado todos os anos. Deus sempre nos surpreende, de um
modo ou de outro Ele se mostra capaz de ser próximo de seu Povo.
Neste ano, a proposta ofertada é um mergulho profundo na Sagrada Es-
critura, pois os encontros, centrados na Sagrada Família, farão uma reflexão
interessante, trazendo à tona pessoas importantes do Antigo Testamento e
sua relação com Jesus, Maria e José. Com toda certeza, o resultado é surpre-
endente e inspirador, pois nos faz refletir sobre os caminhos preparados por
Deus para nos enviar seu Filho Jesus. Nada na História da Salvação acontece
de uma hora para a outra ou como fruto do acaso, tudo está misteriosamente
ligado e é o próprio Senhor quem nos conduz no mundo para que possa sal-
var a todos nós, criados por amor.
Pelo terceiro ano consecutivo, temos a alegria de termos uma Novena de
Natal com o rosto da Diocese de Guaxupé, preparada por nossos padres e
voltada para nosso povo, com elementos próprios de nossa caminhada pas-
toral e litúrgica. Isso é uma conquista bastante satisfatória, pois demonstra a
ação de Deus a cultivar pessoas que se esforcem por seu Reino e transmitam
sua Palavra, de modo criativo e inspirador.
Este roteiro vem para lhe ajudar a sair um pouco da rotina e intensificar a
vida de comunidade, vivendo a espiritualidade cristã como base sólida, onde
apoiamos nossas vidas. Que esta Novena de Natal ajude você a se preparar
para este momento rico e iluminado de nossas comunidades!
Receba minha bênção e conte sempre com minhas orações por todas as
famílias de nossa diocese. Um santo e abençoado Natal!

“Nasceu-nos hoje um menino e um filho nos foi dado

Grande é este pequenino, rei da paz será chamado
Aleluia, aleluia!”
Dom José Lanza Neto
Bispo de Guaxupé
2
 Introdução
“FALOU-NOS POR MEIO DO FILHO” (Hb 1, 2)

Povo de Deus!

Chega agora em suas mãos a Novena de Natal 2022, um roteiro de oração

feito por nós com o intuito de fazer seu coração vibrar de alegria ao se prepa-
rar para o Natal do Senhor, tempo de luz e esperança.
Mais uma vez, fomos convidados pela Diocese de Guaxupé para partilhar-
mos nossa oração e nossas inspirações com todas as comunidades de fé.
Isso, verdadeiramente, nos traz alegria, pois aprendemos desde a infância o
jeito bonito e simples de nossa gente em viver a beleza do Natal do Senhor
com o auxílio das novenas, ao vermos nossas famílias rezarem em nossas
casas.
O envolvimento fraterno e a linguagem simples são o objetivo de nosso
trabalho, pois contemplamos o Deus que quis se fazer Menino, para que nós
o pudéssemos alcançar.
Para este ano, nos concentramos nos três personagens do Presépio: Je-
sus, Maria e José. A Sagrada Família é nossa inspiração e, definitivamente,
contamos com sua intercessão durante a elaboração deste material, pois per-
cebemos como a ação de Deus ajudou-nos a colocar, mesmo com o limite de
nossas palavras, a grandeza da História da Salvação.
Dividimos os encontros em três grupos, cada um dedicado a uma pessoa
da Sagrada Família, relacionando-os com pessoas importantes do Antigo Tes-
tamento. Isso gerou uma experiência rica de contemplarmos o modo como
Deus cuida de todos os detalhes e como seus propósitos se costuram perfei-
tamente ao longo do tempo.
No primeiro bloco de encontros, olharemos para São José e seu papel de
guardião da Sagrada Família, colocando-o ao lado dos Patriarcas, Abraão,
Isaac e Jacó. No coração dos encontros, teremos a ternura da Virgem Maria
e o papel decisivo das Santas Mulheres, Raquel, Ana e Ester. E, coroando
nossa novena, estaremos próximos do Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus
Cristo, em sua concretização do sonho do Povo de Deus de receber o Mes-
sias; isso é exposto com clareza nas histórias de Moisés e Davi e também nas
profecias de Isaías.
Reze conosco, deixe que a Luz Divina ilumine seu coração e se prepare
para a vinda do Salvador.
Maranatha – Vem, Senhor!
Equipe de Redação:
Padre Dione Piza | Padre Michel Pires
Padre Sérgio Bernardes | Padre Vinícius Pereira Silva

3
 1º ENCONTRO
DESDE ABRAÃO, DEUS
“FALOU-NOS POR MEIO DO FILHO”

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA alizada em Jesus de Nazaré e

seremos, ainda, provocados a
Dirigente: Em nome do Pai e do fazer que a mesma mensagem
Filho e do Espírito Santo. ecoe de forma atual através de
Todos: Amém! nossos gestos e nossas pala-
Dirigente: Que o Senhor, que vras! Clamemos a sabedoria do
vem nos salvar, esteja conosco Espírito Santo sobre nós!
nesta casa e nesta família!
Todos: Bendito seja Deus, que Canto: Vem, Espírito Santo,
nos reuniu no amor de Cristo! vem! Vem iluminar
Nossos caminhos, vem iluminar!
Dirigente: Povo Santo de Deus, Nossas ideias, vem iluminar!
iniciamos mais uma novena em Nossas angústias, vem iluminar!
preparação para o Santo Natal As incertezas, vem iluminar
de Nosso Senhor! Neste ano, a
Diocese de Guaxupé nos propõe
INTRODUZINDO O TEMA
contemplarmos um versículo da
Carta aos Hebreus: “Falou-nos
por meio do Filho” (Hb 1,2). Dia Dirigente: “A fé é um modo de
após dia, encontro após encon- possuir o que ainda se esperava”
tro, seremos conduzidos por per- (Hb 11,1). Pela fé, nos constituí-
sonagens do Antigo Testamento mos povo de Deus nesta terra e
que esperavam ansiosamente sempre romeiros da eternidade.
o cumprimento das profecias, e É a fé que moveu o coração de
convidados a “ver nos olhos de Abraão há quase 4 mil anos. Pela
José e Maria” esta promessa re- fé, morrem os primeiros amigos
do Senhor no princípio do cris-
4
tianismo e até os dias de hoje. filho, fruto de um milagre, con-
A fé conforta e provoca! Com fé, fiando cegamente no amor de
vamos rezar esta novena! Deus! Pela fé, “esperando, con-
tra toda a esperança, se tornou
Canto: Nossa novena será aben- pai de muitas nações” (Rm 4,18).
çoada pois o Senhor vai derra-
mar o seu amor L3.: Esse sentimento inexplicá-
Derrama Senhor, vel chamado fé será o distintivo
derrama Senhor do Povo eleito e “o mesmo Deus
Derrama sobre nós o teu amor. que pede a Abraão para se con-
fiar totalmente a Ele, revela-Se
como a fonte donde provém toda
DEUS FALOU A NOSSOS PAIS a vida” (Lumen Fidei 11), ele se
faz carne e veio morar entre o
Leitor 1: “E o Eterno disse a Povo Eleito. De fato, “Abraão (...)
Abrão: ‘Sai de tua terra, da tua exultou pensando em ver o meu
parentela e da casa de teu pai, dia; viu-o e ficou feliz” (Jo 8, 56)
para a terra que te mostrarei’” afirmará Jesus, o filho de um ou-
(Gn 3,12). Com essa frase, a tro pai de muita fé, o carpinteiro
Sagrada Escritura abre as nar- José.
rativas sobre a saga de Abraão.
“E Abraão, esperando com paci- Canto: Eu confio em nosso Se-
ência, alcançou a realização da nhor com fé, esperança e amor
promessa” (Hb 6,15), comple- (2x)
ta a carta aos hebreus. Por ter
acreditado e alcançado, Abraão Leitor 1: Com a história de
é visto como o pai na fé e um pai Abraão, entendemos que Deus
de fé para todo o Povo de Deus! nunca abandona seu povo. An-
tes de tudo, é um Deus que se
Leitor 2: Abraão é considerado o faz próximo, que caminha com
primeiro que acreditou no Deus os seus, faz promessa e anima
único. Tamanha fé o fez deixar a na caminhada. Se revela como
casa paterna e buscar uma ter- Criador, mas também como ami-
ra para edificar um novo povo; o go: motiva, encoraja, diz “não
fez crer que mesmo casado com tenha medo” e, sobretudo, acre-
uma esposa estéril, seria pai; o dita. Deus não desiste do proje-
fez oferecer em sacrifício o único to de amor, mas é insistente, até

5
poderíamos mineiramente dizer: Não passa por mim sem deixar
“Deus é teimoso!” um sinal
Tenho medo de não responder
Leitor 2: Contudo, todo proje- De fingir que eu não escutei
to para dar certo exige, natu- Tenho medo de ouvir o teu cha-
ralmente, o comprometimento mado
de todas as partes. Por isso, o Virar do outro lado e fingir que
povo de Deus percebeu, desde não sei
a história de Noé, que seu Deus
é um Deus de Aliança. Embora LEITURA BÍBLICA:
o amor e o desejo incondicional Gênesis 15,1-7
de Deus em relação a seu povo
sejam inteiros e transbordantes, Após a leitura, guardar um breve
esse povo também deve corres- instante de silêncio.
ponder ao amor de Deus: “Vos
tomarei para meu povo e eu se- DEUS NOS FALA PELO SEU FILHO
rei o vosso Deus” (Ex 6,7).
Leitor 1: “Andá com fé eu vou,
Leitor 3: Somente firmado nesta que a fé não costuma faiá”, po-
aliança de amor, o povo pode ex- etizou Gilberto Gil. Porém, a fé
clamar “eu sou para meu amado, que move montanhas nada pode
e meu amado é para mim”! (Ct diante de um coração duro! As
6,3). Por convicção de fé, Abraão promessas feitas ao pai Abraão
acreditou. A mesma convicção não foram muito entendidas e
levou Moisés, Josué e os juízes acolhidas pelos seus descen-
a batalhar. A fé fez os profetas e dentes. Deus insistiu em diver-
os exilados esperarem um novo sas alianças, mas a infidelidade
reino davídico e a mesma fé fez de seu povo foi a resposta mais
a Igreja de Cristo derramar seu corriqueira. Até que por um ato
sangue, não mais por terra ou livre de amor, “Deus se fez carne
por reinados terrenos, mas pela e habitou entre nós” (Jo 1,14).
promessa da eternidade!
Leitor 2: Para que tal ato de
ACLAMANDO A PALAVRA
amor fosse de fato real, Deus
É como a chuva que lava contou com a fé de um outro
É como o fogo que arrasa Abraão, que também acreditou
Tua palavra é assim mesmo sem ter visto: José, o

6
pobre carpinteiro de Nazaré. De
fato, em José temos uma perfei-
ta correspondência de Abraão:
também nosso campesino José
se tornou pai de uma multidão,
não biologicamente, mas, pelo
mistério de Deus, é protetor da
Igreja de Jesus.
Leitor 3: A mesma ordem dada
a Abraão, não tenhas medo, é
dada a José (Mt 1,20). Ambos
são pais de um prodígio do mis-
tério de Deus, ambos são pos-
tos à prova, ambos são bons e
justos! Ambos são tementes ao
Eterno, mas apenas um deles
pôde acalentar o Criador de to-
das as coisas em seus braços, e
ouvi-lo chamá-lo de Abba, isto é,
paizinho! “São José constitui a
dobradiça que une o Antigo e o
Novo Testamento” (Patris Corde
1).
PARTILHA
Diante de alguma situação de-
safiante da vida, a fé já foi fun-
damental? Temos convicção do
amor de Deus por cada um de
nós? Como alimentar mais nossa
fé?
Canto: Pelos prados e campi-
nas, verdejantes, eu vou
É o Senhor que me leva a des-
cansar
7
Junto às fontes de águas pu-
ras, repousantes, eu vou
Minhas forças o Senhor vai ani-
mar
Tu és, Senhor, o meu pastor
Por isso nada em minha vida
faltará!
O POVO DE DEUS FALA
Leitor 1: Neste primeiro encon-
tro, nos deparamos com Abraão,
o dom da fé, e com José. Am-
bos, Abraão e José, podem ser
chamados pais na fé. Em hebrai-
co, o nome pai significa muito
mais que genitor, mas é força
da casa ou casa forte, proteção,
segurança! Belíssimo significa-
do, não é verdade?! Ser pai vai
muito além de fecundar, mas é
também proteger, amar, se pre-
ciso for, se sacrificar pela casa e
pela família!
Leitor 2: Além deste caráter so-
cial, há o sagrado caráter de ser
homem de fé! “Pelo seu exemplo
de vida cotidiana, os pais fiéis
têm a capacidade mais envolven-
te de transmitir aos seus filhos a
beleza da fé cristã” (Diretório de
Catequese, 124). E como nosso
mundo contemporâneo necessi-
ta de pais santos e apaixonados
pelo Pai do Céu! Homens de fé
que não se envergonhem de fa-
lar sobre as verdades celestes
com palavras e atos!
Leitor 3: A fé de outros Abraãos
e a coragem de outros Josés
modernos enchem de santo
orgulho o coração da Igreja e
acendem luzes que não se apa-
gam nos presépios perenes de
nossas comunidades! Igualmen-
te louvadas sejam as mulheres
que, como na história de Ma-
cabeus, têm “coragem varonil”
(2Mc 7, 21) no testemunho so-
cial e religioso. Que aprendamos
a honrar a missão e o dom da
paternidade em um mundo tão
controverso!
PRECES
Dirigente: Oremos humildemen-
te ao Senhor, de quem procede
toda perfeição e santidade dos
justos, e digamos:
Todos: Santificai-nos, Senhor,
segundo vossa justiça!
• Senhor Deus, que chamastes
nossos pais na fé para cami-
nhar em vossa presença com
um coração perfeito, fazei
que, seguindo seus passos,
alcancemos a perfeição de
acordo com vossa vontade.
Rezemos.
• Vós, que escolhestes São
José, homem justo, para
8
cuidar de vosso Filho, fazei
que vos sirvamos em nossos
irmãos e irmãs, unidos ao
Corpo Místico de Cristo. Re-
zemos.
• Vós, que nos destes a terra,
ensinai-nos a trabalhar co-
rajosamente neste mundo,
buscando sempre vossa gló-
ria. Rezemos.
• Pai de todos nós, lembrai-vos
da obra de vossas mãos, e
dai a todos trabalho justo e
condições de vida digna. Re-
zemos.
• PAI NOSSO, AVE MARIA,
GLÓRIA
GESTO CONCRETO
A cada três dias da novena, so-
mos chamados a viver um gesto
concreto. Nestes primeiros três
dias, nossa iniciativa deve ser
uma doação (alimento, roupa,
objetos etc.) a irmãos e irmãs
que necessitem.
AVISOS
CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Antes de encerrar-
mos, nos três primeiros dias da
novena, rezaremos o texto do
Evangelho de São Lucas (Lc
1,68-79), que recebe o nome es-
pecial Benedictus, ou Bendito.
É o hino cantado por Zacarias
quando nasceu seu filho, João,
depois chamado o Batista. É um
belo hino que exalta nossos pais
na fé e já prepara nossos cora-
ções para a chegada do Mes-
sias:
– Bendito seja o Senhor Deus de
Israel, porque a seu povo visitou
e libertou;
e fez surgir um poderoso Salva-
dor na casa de Davi, seu servi-
dor,
– como falara pela boca de seus
santos, os profetas desde os
tempos mais antigos, para sal-
var-nos do poder dos inimigos
e da mão de todos quantos nos
odeiam.
– Assim mostrou misericórdia a sus Cristo, vosso Filho, na unida-
nossos pais, recordando a sua de do Espírito Santo.
santa Aliança e o juramento a Todos: Amém!
Abraão, o nosso pai, de conce-
der-nos que, libertos do inimigo, Dirigente: O Senhor nos aben-
– A ele nós sirvamos sem temor
em santidade e em justiça dian-
te dele, enquanto perdurarem
nossos dias.
– Serás profeta do Altíssimo,
ó menino, pois irás andando à
frente do Senhor para aplainar
e preparar os seus caminhos,
anunciando ao seu povo a sal-
vação, que está na remissão de
seus pecados,
– pela bondade e compaixão
de nosso Deus, que sobre nós
fará brilhar o Sol nascente, para
iluminar a quantos jazem entre
as trevas e na sombra da morte
estão sentados e para dirigir os
nossos passos, guiando-os no
caminho da paz.
Dirigente: Glória ao Pai e ao Filho
e ao Espírito Santo.
Todos: Como era no princípio,
agora e sempre. Amém.
BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: Deus todo-podero-
so, pelas preces de São José, a
quem confiastes as primícias da
Igreja, concedei que ela possa
levar à plenitude os mistérios da
salvação. Por nosso Senhor Je-
çoe, nos livre de todo o mal e
nos conduza à vida eterna.
Todos: Amém.
CANTO
Noite feliz, noite feliz
Ó, Senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa Jesus, nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus
9
 2º ENCONTRO
COM ISAAC, DEUS ENSINA A
TER ESPERANÇA!

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA vem! Vem iluminar

Toda a Igreja, vem iluminar
Dirigente: Em nome do Pai e do A nossa vida, vem iluminar!
Filho e do Espírito Santo. Nossas famílias, vem iluminar!
Todos: Amém! Toda a terra vem iluminar!
Dirigente: Que o Senhor, que
vem nos salvar, esteja conosco, INTRODUZINDO O TEMA
nesta casa e nesta família!
Todos: Bendito seja Deus, que Dirigente: “Abraão gerou Issac”
nos reuniu no amor de Cristo! (Mt 1,2)! Essa não foi uma sim-
ples geração. De fato, Issac é o
Dirigente: No encontro de hoje, cumprimento de uma promessa
vamos rezar um grande misté- de Deus! Muitos Santos Padres
rio: Deus sempre cumpre sua viram em Issac a prefiguração
promessa! Sabemos disso, mas de Jesus: “Issac levando a lenha
quando a vida nos exige algum para o próprio sacrifício é a figu-
sacrifício, quando a esperança ra de Cristo que carregou a sua
perde seu brilho, caímos fácil cruz”, afirma Origines (séc. 3º).
na infidelidade e no medo. Isaac Com fé, amor e muita esperan-
foi para Abraão algo semelhante ça, vamos rezar este segundo
ao que o Natal foi para José e é dia de nossa novena!
para nós: na fragilidade de uma
criança que nasce, o renascer Canto: Nossa novena será aben-
da Esperança! Peçamos a luz do çoada pois o Senhor vai derra-
Espírito Santo de Deus! mar o seu amor
Derrama Senhor, derrama Se-
Canto: Vem, Espírito Santo, nhor
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Derrama sobre nós o teu amor. chamado a testemunhar sua fé
e oferecer em sacrifício seu fi-
DEUS FALOU A NOSSOS PAIS lho único. Assim, provoca o es-
critor Orígenes: “disse Isaac a
Leitor 1: Quem foi Isaac? Abrão Abrão ‘Pai’! ... imaginai quanto
era casado com Sara, e ela não a voz daquele jovem, prestes a
podia ter filhos. Nesta época, ser imolado, não terá comovido
diferentemente de hoje, um ca- o coração paterno!” A esperan-
sal sem filhos era considerado ça não engana, é muito mais que
amaldiçoado, pois sua memória sonhar. Esperança é força para
seria esquecida. Abrão, em um realizar!
costume da época, teve um filho
chamado Ismael com uma serva Canto: Eu sou teu alimento, ó
chamada Agar, o qual poderia caminheiro/ Eu sou o pão da
ser considerado filho do casal vida verdadeiro/ Te faço cami-
Abrão e Sara (Gn 15,6). Porém, nhar, vale e monte atravessar...
essa não era a promessa de Pela Eucaristia, Eucaristia!
Deus!
Leitor 1: A história de Isaac e seu
Leitor 2: Deus cumpre a pro- pai Abraão é prefigurativa da his-
messa de esperança com o nas- tória de amor de Jesus, seu Pai
cimento de Isaac. A esperança e a humanidade: Jesus é o Isa-
faz coisas impossíveis: um pai ac poupado de Abraão, mas que
de cem anos e uma mãe de 90 se sacrifica na Santa Cruz pela
anos geram um menino chama- nossa salvação: “Ninguém tem
do riso! Sim, o nome Isaac sig- maior amor do que aquele que
nifica riso, alegria! No bom vo- dá a sua vida pelos seus amigos.
cabulário mineiro, Issac significa Vós sois meus amigos...” (Jo
uma risada boa! Em tempos de 15,13-14)! Na história de Isaac,
dificuldades, somente a espe- Deus poupa o sacrifício humano,
rança pode fazer a gente rir... E mas não teme sacrificar o pró-
somente Deus pode trazer espe- prio Filho pela humanidade!
rança em meio aos espinhos!
Leitor 2: Abrão passa a se cha-
Leitor 3: A história de Isaac não mar Abraão por causa de Isaac:
foi um circo! Pelo contrário, exis- Abrão que é pai de Harã, com
tiu também calvário. Abraão é a promessa de Isaac, tornará a

11
ser Abraão, isto é, o pai de todas
as nações! Abraão é pai! Deus é LEITURA BÍBLICA:
Pai! Assim afirma o Papa Fran- Gênesis 26,20-25
cisco no documento Coração de
Pai (Patris Corde 2): “Jesus viu a Após a leitura, guardar um breve
ternura de Deus em José: ‘Como instante de silêncio.
um pai se compadece dos filhos,
assim o Senhor Se compadece DEUS NOS FALA PELO SEU FILHO
dos que O temem’”.
Leitor 1: “E deu-se àquele poço
Leitor 3: Parece loucura ou desa- o nome de Esec”, que significa
tino, mas o Deus Eterno, Abraão desafio. A família de Isaac tem
e José compartilham o mesmo desafios, assim como a Família
nome: Pai! Isaac também será de Nazaré. E, diante deles, José
pai, junto com Rebeca, e hoje se mostrava com “coragem cria-
nos ajudará a entender uma face tiva”! Nas palavras do Papa: “pe-
maravilhosa da esperança, que rante uma dificuldade, pode-se
se revelou em São José: A espe- parar e abandonar o campo, ou
rança “nos traz alegria mesmo tentar vencê-la de algum modo.
na provação (...) e se exprime Às vezes, são as dificuldades
e alimenta na oração, especial- que fazem sair de cada um de
mente no Pai-Nosso, resumo de nós recursos que nem pensáva-
tudo o que a esperança nos faz mos ter” (Patris Corde 5).
desejar” (Catecismo da Igreja
Católica 1820). Leitor 2: “Afastou-se daí, e cavou
outro poço”! A coragem criativa
ACLAMANDO A PALAVRA
é a dimensão da esperança que
É como a chuva que lava leva Isaac, no Antigo Testamen-
É como o fogo que arrasa to, e José, no Evangelho, a sem-
Tua palavra é assim pre crer que é possível, com a
Não passa por mim sem deixar graça de Deus, tentar mais uma
um sinal vez! Realmente, “se, em deter-
Tenho medo de não perceber minadas situações, parece que
De não ver o teu amor que passar Deus não nos ajuda, isso não
Tenho medo de estar significa que nos tenha abando-
Distraído, magoado, ferido nado, mas que confia em nós
E então me fechar com aquilo que podemos pro-

12
jetar, inventar, encontrar” (Patris perança e para nós, Povo Santo
Corde 5). de Deus, a esperança é mais que
uma ideia filosófica, é uma pes-
Leitor 3: “Não temas, pois es- soa: Jesus Cristo: “pelos méritos
tou contigo”! “A esperança é a de Jesus Cristo e de sua Paixão,
virtude teologal pela qual dese- Deus nos guarda na ‘esperança
jamos como nossa felicidade a que não decepciona’” (Catecis-
Vida Eterna, pondo nossa con- mo da Igreja Católica 1820). Em
fiança nas promessas de Cristo 2020, quando vivíamos a pande-
e apoiando-nos não em nossas mia, a Diocese de Guaxupé já
forças, mas no socorro da graça anunciava que sempre há espe-
do Espírito Santo” (Catecismo rança, pois, para nós, Jesus é a
da Igreja Católica 1817). Sim, a verdadeira esperança!
esperança é mais que uma ideia,
é uma certeza: não há por que Leitor 2: No presépio de Belém,
temer! Embora haja os desafios, temos uma bela representação
sei que Deus está comigo! concreta dessa esperança: aí
vemos, na fragilidade do Menino
PARTILHA Deus, o sinal mais claro da pre-
Como as histórias de Isaac e de sença do Senhor com seu povo.
José e as meditações feitas até Embora seja uma cena encanta-
aqui podem nos inspirar a ter dora, o presépio também é cal-
mais esperança em nossa reali- vário: há medo, há insegurança
dade concreta? e há dor; contudo, há amor, há
coragem e há esperança! Eis aí
Canto: Somos gente da espe- José, o homem da esperança e
rança que caminha rumo ao pai! da coragem! Se o medo é gran-
Somos povo da aliança que já de, maior é a fé de José!
sabe aonde vai.
De mãos dadas a caminho, Leitor 3: É São José o guardião
porque juntos somos mais. da esperança que nasce no Na-
Pra cantar o novo hino de ale- tal! Muitos quadros e imagens
gria, amor e paz! do nascimento de Jesus põem
na mão de José uma tocha ou
O POVO DE DEUS FALA
uma lamparina: embora a Luz
Leitor 1: Nossos pais na fé nos de Deus esteja deitada na man-
inspiram à nobre virtude da es- jedoura, José está ali fazendo

13
sua parte! Diante dessa imagem, • PAI NOSSO, AVE MARIA,
deveríamos rezar mais como GLÓRIA
o Papa nos ensina: “Ó Bem-a-
venturado José, mostrai-vos pai GESTO CONCRETO
também para nós e guiai-nos no A cada três dias da novena, so-
caminho da vida”! mos chamados a viver um gesto
concreto. Nestes primeiros três
PRECES
dias, nossa iniciativa deve ser
Dirigente: Invoquemos humil- uma doação (alimento, roupa,
demente a Deus, fonte de toda objetos etc.) a irmãos e irmãs
a paternidade no céu e na terra, que necessitem.
e digamos:
Todos: Pai santo, que estais AVISOS
nos céus, ouvi-nos!
• Pai Santo, que revelastes a CÂNTICO BÍBLICO
São José o mistério de Cristo, Dirigente: Antes de encerrar-
escondido desde toda a eter- mos, nos três primeiros dias da
nidade, fazei-nos conhecer novena, rezaremos o texto do
melhor o vosso Filho, Deus e Evangelho de São Lucas (Lc
Homem. Rezemos. 1,68-79), que recebe o nome es-
• Pai Celeste, que alimentais pecial Benedictus, ou Bendito.
as aves do céu e vestis a erva É o hino cantado por Zacarias
dos campos, dai a todos os quando nasceu seu filho, João,
seres humanos o pão do cor- depois chamado o Batista. É um
po e da alma. Rezemos. belo hino que exalta nossos pais
• Criador de todas as coisas, na fé e já prepara nossos cora-
que nos confiastes a obra de ções para a chegada do Mes-
vossas mãos, fazei que os sias:
operários possam honesta-
mente usufruir a recompensa – Bendito seja o Senhor Deus
de seu trabalho. Rezemos. de Israel, porque a seu povo
• Deus de toda justiça, que visitou e libertou;
amais os justos, dai-nos, por e fez surgir um poderoso Sal-
intercessão de São José, a vador na casa de Davi, seu ser-
graça de caminhar na vida vidor,
praticando o que vos agrada.
Rezemos. – como falara pela boca de

14
seus santos, os profetas des- os nossos passos, guiando-os
de os tempos mais antigos, no caminho da paz.
para salvar-nos do poder dos
inimigos e da mão de todos Dirigente: Glória ao Pai e ao Fi-
quantos nos odeiam. lho e ao Espírito Santo.
Todos: Como era no princípio,
– Assim mostrou misericórdia agora e sempre. Amém.
a nossos pais, recordando a
sua santa Aliança e o juramen- BÊNÇÃO E ENVIO
to a Abraão, o nosso pai, de
conceder-nos que, libertos do Dirigente: Deus todo-podero-
inimigo, so, pelas preces de São José, a
quem confiastes as primícias da
– A ele nós sirvamos sem te- Igreja, concedei que ela possa
mor em santidade e em justiça levar à plenitude os mistérios da
diante dele, enquanto perdura- salvação. Por nosso Senhor Je-
rem nossos dias. sus Cristo, vosso Filho, na unida-
de do Espírito Santo.
– Serás profeta do Altíssimo, Todos: Amém!
ó menino, pois irás andando à
frente do Senhor para aplainar Dirigente: O Senhor nos aben-
e preparar os seus caminhos, çoe, nos livre de todo o mal e
nos conduza à vida eterna.
– anunciando ao seu povo a Todos: Amém.
salvação, que está na remis-
CANTO
são de seus pecados,
Noite feliz, noite feliz
– pela bondade e compaixão Ó Jesus, Deus da luz
de nosso Deus, que sobre nós Quão afável é teu coração
fará brilhar o Sol nascente, para Que quiseste nascer nosso ir-
iluminar a quantos jazem entre mão
as trevas e na sombra da mor- E a nós todos salvar
te estão sentados e para dirigir E a nós todos salvar

15
 3º ENCONTRO
COMO JACÓ, ENTREGAR-SE
POR AMOR

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA Canto: Vem, Espírito Santo,

vem! Vem iluminar
Toda a Igreja, vem iluminar
Dirigente: Em nome do Pai e do
A nossa vida, vem iluminar!
Filho e do Espírito Santo.
Nossas famílias, vem iluminar!
Todos: Amém!
Toda a terra, vem iluminar!
Dirigente: Que o Senhor, que
vem nos salvar, esteja conosco, INTRODUZINDO O TEMA
nesta casa e nesta família!
Dirigente: Não poderia faltar
Todos: Bendito seja Deus, que
nesta novena aquele patriarca
nos reuniu no amor de Cristo!
que, por amor ao irmão, fugiu
de sua ira; que, apesar de enga-
Dirigente: Amor, palavra tão bre-
nado pelo sogro, por amor, não
ve, mas ao mesmo tempo tão
abandonou Lea; que, por amor,
intensa! Amor é maternidade,
trabalhou como servo por qua-
amor é amizade, amor é silêncio,
torze anos para ter por esposa
amor é atração, amor é atenção,
Raquel; por amor, se humilhou
mas, sobretudo, amor é entrega,
para ganhar a paz com o irmão;
amor é sacrifício, amor é doa-
por amor, chorou a morte de
ção! Já pensou o que é trabalhar
sua esposa Raquel e a sepultou
quatorze anos para estar com a
onde hoje é Belém. Que o amor
pessoa amada? É isso que en-
abençoe nossa oração!
sina a história do patriarca Jacó,
que conheceremos hoje. E, a
Canto: Nossa novena será aben-
partir dessa história, vamos en-
çoada pois o Senhor vai derra-
tender o amor de José e Jesus
mar o seu amor
de Nazaré!
Derrama Senhor, derrama Se-
16
nhor e teve seu nome mudado para
Derrama sobre nós o teu amor. Israel, que quer dizer lutar com
Deus! E lutou mesmo, pois só
DEUS FALOU A NOSSOS PAIS
quem ama luta e só luta quem
Leitor 1: “De Jacó, recebemos ama, como fez São José!
os sacerdotes, os levitas e todos
os que servem no altar de Deus; Canto: Ó Jesus não me deixe ja-
dele procedeu, segundo a carne, mais caminhar solitário!
o Senhor Jesus”, afirma Clemen- Pois conheces a minha fraqueza
te Romano, discípulo de São Pe- e o meu coração.
dro, já no século 1º! A história de Vem ensina-me a viver a vida na
Jacó é uma das mais envolven- tua presença
tes: era filho de Isaac e irmão gê- No amor dos irmãos, na alegria,
meo de Esaú. Nascido depois de na paz, na união!
Esaú, teria conquistado o direito Te amarei Senhor, Te amarei
à bênção do primeiro filho. Por Senhor, Eu só encontro a paz e
isso, fugiu da ira do irmão. a alegria bem perto de ti

Leitor 2: Fugindo, encontrou sua Leitor 1: Já nos recordou o

amada Raquel! Em um acordo Papa Francisco no documento
com o sogro Labão, trabalhou A alegria do Amor (Amoris Lae-
sete anos para se casar. Mas, na titia): “Na vida familiar, é preciso
noite do casamento, lhe foi entre- cultivar esta força do amor, que
gue outra filha, Lia! Não a aban- permite lutar contra o mal que a
donou, mas exigiu que o acordo ameaça” (Amoris Laetitia 119). E
fosse cumprido, para isso, traba- o Natal é justamente a celebra-
lhou mais sete anos! Voltou para ção desse amor que dá forças
a casa do pai e fez as pazes com para continuar a luta! Feliz o lar
seu irmão. Teve doze filhos, que cristão que, como Jacó, não de-
são a origem das Doze Tribos de siste de lutar, mas batalha com
Israel! coragem pelo dom do amor e
do amar! Certamente, aí será um
L3.: Embora seu nome fosse magnífico presépio!
Jacó (que significa o que segu-
ra pelo calcanhar, já que foi as- Leitor 2: A partir do amor, é fácil
sim que nasceu), após uma luta ligar Jacó a José: Jacó gerou os
mística, exigiu a bênção de Deus filhos que formariam as tribos de

17
Israel e José protegeu Aquele do
qual nasceria o Novo Israel, isto
é, a Igreja! Jacó foi amor fecundo
e se consagrou à Raquel, a es-
posa mais amada. São José foi
amor casto e se dedicou à úni-
ca amada esposa, Maria! Jacó
teve que merecer sua esposa
e a “grandeza de José consiste
no fato de ter sido o esposo de
Maria e o pai de Jesus” (Patris
Corde 1).
Leitor 3: Na teologia judaica,
Jacó, também chamado Isra-
el, é a personificação e o nome
do Povo de Deus. Então, com o
Papa Francisco, podemos afir-
mar que “como o Senhor fez
com Israel, assim José ensinou
Jesus a andar, segurando-O
pela mão: era para Ele como o
pai que levanta o filho contra o
seu rosto, inclinava-se para Ele a
fim de Lhe dar de comer” (Patris
Corde 2), e o mais belo: neste
Natal podemos fazer o mesmo
com nossa família também!
ACLAMANDO A PALAVRA
Eu vim para escutar
Tua palavra, Tua palavra,
Tua palavra de amor
Eu gosto de escutar...
O mundo ainda vai viver
Tua palavra, Tua palavra,
Tua palavra de amor
18
LEITURA BÍBLICA:
Gênesis 46,1-7
Após a leitura, guardar um breve
instante de silêncio.
DEUS NOS FALA PELO SEU FILHO
Leitor 1: “Eis-me aqui”! Provi-
dencialmente, a resposta en-
contrada nos lábios de Jacó é a
mesma encontrada no coração
de Maria, na Anunciação: o Amor
abre o coração para a resposta
generosa e pronta! O apaixona-
do tem pressa, não põe empe-
cilhos e nem inventa desculpa!
Quem ama de verdade sabe que
“a vida é trem-bala, parceiro, e a
gente é só passageiro prestes a
partir”. As respostas de Jacó, de
Maria e José devem ser a nossa!
Leitor 2: Dentre os filhos de
Jacó, está José. Não o pai de
Jesus, mas José do Egito. E no
Egito que conclui sua história de
amor! Após chorar a morte da
esposa e crer que um filho lhe
havia sido tirado, Jacó descobre
que José vive e o espera. Porém,
tem medo. Precisa ouvir Deus
lhe dizer: “eu sou Deus... Não
temas descer ao Egito, pois aí
te transformarei em um povo nu-
meroso. Eu descerei contigo ao
Egito e te farei subir” (Gn 46, 3). O POVO DE DEUS FALA

Leitor 3: “E descerei contigo

Leitor 1: A partir do modelo de
ao Egito”! Em hebraico, Egito
Jacó, descobrimos em José
é Mitzraim e significa limitação.
um grande patriarca de nossa
Este foi o início dos 400 anos de
fé! Imaginemos esse homem
escravidão! Por que Deus per-
simples ao receber a notícia da
mitiu? Teria falhado? Assim co-
gravidez de Maria ou na gruta
menta o rabino Rebe: “Assim é
de Belém ou, ainda, no caminho
o Divino propósito, descobrir em
do Egito! Não teria tido medo?
cada judeu as forças ocultas e
Certamente! Mas, como lembra
os depósitos de fé que estão na
Papa Francisco: São José “en-
alma. As dificuldades e pressões
sina-nos que, no meio das tem-
do exílio fazem estas qualidades
pestades da vida, não devemos
interiores e o auto sacrifício se-
ter medo de deixar a Deus o ti-
rem revelados”.
mão da nossa barca” (Patris Cor-
de 2).
PARTILHA
Na Primeira Carta de João, está
Leitor 2: Quando se ama, se
a frase “no amor não há medo;
confia! “Por vezes queremos
ao contrário, o perfeito amor ex-
controlar tudo, mas o olhar d’Ele
pulsa o medo”. Depois de ter-
vê sempre mais longe” (Patris
mos rezado a história de Jacó
Corde 2). Olhando a cena da
e associado à trajetória de São
Lapa de Belém, entendemos que
José, resta-nos perguntar: por
o amor é simples e suave, po-
que ainda temos medo?
rém intenso e marcante. Assim
como Jacó confiou na promessa
Canto: O nosso Deus, com
de Deus e José confiou na men-
amor sem medida,/ Chamou-
sagem do Anjo, conhecendo o
-nos à vida, nos deu muitos
amor de Deus encarnado em Je-
dons! A Nossa resposta ao
sus é preciso confiar mais!
amor que será feita
Se a nossa colheita mostrar
Leitor 3: Tanto Isaac quanto José
frutos bons
tiveram que ir para o Egito! E o
Mas é preciso que o fruto se
Egito é símbolo de desafio! Mas
parta!
quem ama a Deus, não teme o
E se reparta na mesa do amor!
desafio: “o que Deus disse ao

19
nosso Santo – José, Filho de mos chamados a viver um gesto
Davi, não temas–, parece repeti- concreto. Nestes primeiros três
-lo a nós também: ‘não tenhais dias, nossa iniciativa deve ser
medo!’ É necessário deixar de uma doação (alimento, roupa,
lado a ira e a desilusão para dar objetos etc.) a irmãos e irmãs
lugar àquilo que não escolhe- que necessitem.
mos e, todavia, existe”! (Patris
Corde 4). Que o amor de Deus AVISOS
e o amor a Deus nos encham de
coragem! CÂNTICO BÍBLICO
PRECES
Dirigente: Antes de encerrar-
mos, nos três primeiros dias da
Dirigente: Só nos resta implo- novena, rezaremos o texto do
rar, de São José, a graça das Evangelho de São Lucas (Lc
graças: nossa conversão. Como 1,68-79), que recebe o nome es-
nos ensinou Papa Francisco, di- pecial Benedictus, ou Bendito.
rijamos-lhe nossa oração: É o hino cantado por Zacarias
Todos: São José, rogai a Jesus quando nasceu seu filho, João,
por nós! depois chamado o Batista. É um
• Salve, guardião do Redentor belo hino que exalta nossos pais
e esposo da Virgem Maria! A na fé e já prepara nossos cora-
vós, Deus confiou seu Filho; ções para a chegada do Mes-
em vós, Maria depositou sua sias:
confiança; convosco, Cristo
tornou-Se homem. – Bendito seja o Senhor Deus
• Ó Bem-aventurado José, de Israel, porque a seu povo
mostrai-vos pai também para visitou e libertou;
nós e guiai-nos no caminho e fez surgir um poderoso Sal-
da vida. vador na casa de Davi, seu ser-
• Alcançai-nos graça, miseri- vidor,
córdia e coragem, e defen-
dei-nos de todo o mal. – como falara pela boca de
• PAI NOSSO, AVE MARIA, seus santos, os profetas des-
GLÓRIA de os tempos mais antigos,
para salvar-nos do poder dos
GESTO CONCRETO inimigos e da mão de todos
A cada três dias da novena, so- quantos nos odeiam.

20
– Assim mostrou misericórdia Dirigente: Glória ao Pai e ao Fi-
a nossos pais, recordando a lho e ao Espírito Santo.
sua santa Aliança e o juramen- Todos: Como era no princípio,
to a Abraão, o nosso pai, de agora e sempre. Amém.
conceder-nos que, libertos do
BÊNÇÃO E ENVIO
inimigo,
Dirigente: Deus todo-podero-
– A ele nós sirvamos sem te- so, pelas preces de São José, a
mor em santidade e em justiça quem confiastes as primícias da
diante dele, enquanto perdura- Igreja, concedei que ela possa
rem nossos dias. levar à plenitude os mistérios da
salvação. Por nosso Senhor Je-
– Serás profeta do Altíssimo, sus Cristo, vosso Filho, na unida-
ó menino, pois irás andando à de do Espírito Santo.
frente do Senhor para aplainar Todos: Amém!
e preparar os seus caminhos,
Dirigente: O Senhor nos aben-
– anunciando ao seu povo a çoe, nos livre de todo o mal e
salvação, que está na remis- nos conduza à vida eterna.
são de seus pecados, Todos: Amém.
CANTO
– pela bondade e compaixão
de nosso Deus, que sobre nós Noite feliz, noite feliz
fará brilhar o Sol nascente, para Eis que no ar vem cantar
iluminar a quantos jazem entre Aos pastores, seus anjos no
as trevas e na sombra da mor- céu
te estão sentados e para dirigir Anunciando a chegada de
os nossos passos, guiando-os Deus
no caminho da paz. De Jesus Salvador
De Jesus Salvador

21
 4º ENCONTRO
RAQUEL, A ESPOSA ESCOLHIDA

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA Nossa novena, vem iluminar

Nossa paróquia, vem iluminar
Dirigente: Irmãos e irmãs, seja- Toda a Igreja, vem iluminar
mos todos bem-vindos ao quar-
INTRODUZINDO O TEMA
to dia de nossa Novena de Natal.
Depois de olharmos com carinho Dirigente: Queridos irmãos, de
para a figura de São José, que- Maria se pode dizer: “O Senhor
remos nos aproximar da grande a escolheu, entre todas prefe-
Mãe de Deus, a Virgem Maria. rida” (cf. Liturgia das Horas).
Iniciemos em nome do Pai e do Deus, que sonda e conhece os
Filho e do Espírito Santo! corações, percebeu em Maria
Todos: Amém! uma pequenez e uma abertura
Dirigente: Irmãos e irmãs, ben- à graça únicas, nunca vistas em
dizei ao Senhor da Vida que es- nenhuma outra mulher. Maria
colheu Maria para ser a Mãe do não se tornou especial por ser
Salvador! escolhida, mas foi escolhida por
Todos: Bendito seja Deus que ser especial. Por ter um coração
nos reuniu no amor de Cristo. tão aberto à vontade de Deus,
Dirigente: Cantemos pedindo a era a cheia de graça (cf. Lc 1,28).
força do Espírito Santo que ge- Nesta novena, peçamos sua in-
rou o Cristo no ventre de Maria: tercessão para estarmos sempre
abertos a Deus.
Canto: Vem, Espírito Santo
Vem, vem iluminar Canto: Nossa novena será aben-
Vem, Espírito Santo Vem, vem çoada
iluminar pois o Senhor vai derramar o seu
Nossa família, vem iluminar amor
22
Derrama Senhor, derrama Se- se casar e, assim, continuar a
nhor descendência de Abraão. Con-
Derrama sobre nós o teu amor. forme o costume da época, Jacó
deveria casar-se com uma mu-
DEUS FALOU A NOSSOS PAIS
lher de seu povo. Por essa razão,
Leitor 1: Quando lemos o livro viajou em busca de uma esposa
do Gênesis, vemos o início do e, quando conheceu Raquel, de-
povo de Deus no Antigo Tes- sejou casar-se com ela.
tamento. Percebemos como Todos: Deus nos ama e não de-
Deus usou de homens e mulhe- siste de procurar por nós.
res para comunicar-se com seu
povo, para traçar o caminho até Leitor 1: Raquel encantou Jacó
a realização de sua promessa de tal modo que ele estava dis-
de salvação, concretizada em posto a tudo para estar com sua
Jesus Cristo. Assim, no Antigo amada. Então, propôs ao pai de
Testamento podemos encontrar Raquel que trabalharia para ele
muitos sinais prefigurados dos durante sete anos, para que as-
acontecimentos e personagens sim pudesse casar-se com Ra-
do Novo Testamento. quel. O pai de Raquel aceitou e
Jacó o serviu por sete anos.
Leitor 2: Hoje, queremos olhar
para uma mulher muito especial: Leitor 2: O amor de Jacó por Ra-
Raquel. Raquel era sobrinha de quel era tão grande que ele nem
Rebeca, a mãe de Jacó. Seu viu os anos passarem, parece-
nome significa ovelha e traz a ram ser poucos dias. Terminado
ideia de mansidão, mulher pací- o tempo combinado, chegou o
fica. Além disso, trabalhava cui- casamento. Contudo, uma coisa
dando de rebanhos de ovelhas incomodava o pai de Raquel: sua
de seu pai. Em Gênesis 29,17 di- filha mais velha, Lia, ainda não
z-se que Raquel “tinha um belo tinha se casado, desse modo,
porte e bela aparência”. Por isso, enganou Jacó e lhe entregou Lia
seu primo Jacó apaixonou-se no lugar de Raquel.
por ela.
Leitor 3: Apenas na manhã se-
Leitor 3: Jacó havia recebido a guinte ao casamento, Jacó per-
bênção de seu pai, Isaac, e de- cebeu a troca. Ao questionar o
veria encontrar uma mulher para pai de Lia e Raquel, esse lhe falou

23
que não era costume a filha mais dades do povo. O amor de Deus
nova casar antes da mais velha, por seu povo e seu desejo de
mas que, passada uma sema- salvação são tão grandes que
na, ele poderia se casar também quis assumir a natureza humana,
com Raquel (naquele tempo era encarnar-se e estar em meio aos
tolerado ter mais de uma mu- homens.
lher). Mas tinha uma condição:
Jacó deveria trabalhar para seu Leitor 2: Assim, “na plenitude
sogro por mais sete anos. Jacó dos tempos, Deus enviou seu Fi-
não teve dúvidas: aceitou a pro-lho, nascido de uma mulher, nas-
posta e se casou com Raquel. cido sujeito à lei” (Gl 4,4). Para
Todos: Por amor a nós, Deus se nascer entre os homens, Deus
encarnou no seio de Maria. escolheu uma jovenzinha muito
especial, de uma pequena aldeia
ACLAMANDO A PALAVRA chamada Nazaré. As palavras
Canto: A vossa Palavra, Senhor, que o Anjo Gabriel utilizou para
é sinal de interesse por nós. saudar Maria mostram a impor-
Como um pai ao redor de sua tância do momento, da escolha
mesa, revelando seus planos de que Deus fez: “Alegra-te cheia de
amor. graça! O Senhor está contigo!”
(Lc 1, 28). Maria não era uma jo-
LEITURA BÍBLICA: vem qualquer, mas tinha grande
Gênesis 29, 20-30 abertura para Deus.

Após a leitura, guardar um breve Leitor 3: Em Maria, todas as

instante de silêncio. promessas feitas no Antigo Tes-
tamento começariam a ser reali-
DEUS NOS FALA PELO SEU FILHO zadas. Pelo sim de Maria, o Filho
Leitor 1: Como vimos no texto de Deus veio a nós, para reinar e
bíblico, Jacó tinha grande amor salvar o mundo. No Antigo Testa-
por Raquel e por ela fez de tudo mento, o amor de Jacó por Raquel
para permanecer junto de sua contribuiu para a continuação da
amada, sua escolhida. Raquel promessa feita a Abraão. No Novo
é sinal do povo de Israel, pois Testamento, o amor de Deus pela
Deus o ama profundamente e humanidade encontrou, em Ma-
não desiste de estar ao seu lado, ria, terra fértil para o cumprimento
mesmo diante de tantas infideli- da promessa de salvação.

24
PARTILHA padre, religiosa, catequista e
Dirigente: Olhando o texto bíbli- animador de comunidade. En-
co que ouvimos e olhando a pes- fim, cada um de nós, a partir do
soa de Maria, vamos partilhar. batismo, deve trabalhar com em-
Como vemos a importância da penho na vivência do Reino de
Virgem Maria na história da Sal- Deus e na transformação de sua
vação? Como a atitude de Maria realidade.
no presépio e na vida de Jesus
nos inspira no caminho de fé? Leitor 3: Este Natal estamos vi-
vendo dentro do Ano Vocacio-
Canto: Uma entre todas foi a es- nal. O chamado de Deus é feito a
colhida / Fostes tu, Maria, a serva pessoas reais, para uma missão
preferida. / Mãe do meu Senhor, concreta. Que possamos, a par-
Mãe do meu salvador. tir desta novena, viver com maior
Maria, cheia de graça e conso- intensidade e empenho nosso
lo / Venha caminhar com teu sim a Deus, em nossa vocação
povo / Nossa mãe e sempre específica. Como Maria Santíssi-
será. ma, queremos sempre repetir:
Todos: Eis aqui a(o) serva(o) do
O POVO DE DEUS FALA
Senhor. Faça-se em mim a vossa
Leitor 1: Deus escolhe instru- vontade.
mentos para realizar sua obra.
No Antigo Testamento, foram pa- PRECES
triarcas e matriarcas, reis, profe- Dirigente: Junto com Maria, di-
tas e sacerdotes. No Novo Testa- rijamos nossos pedidos e louvo-
mento, desponta a Virgem Maria res a Deus.
como a primeira vocacionada, a Todos: Ouvi-nos, Senhor!
primeira escolhida, antes mes- • Pai de amor, abençoai os mo-
mo do nascimento de Jesus, o radores desta casa que nos
Salvador. recebe. Fortalecei todas as
famílias e dai-nos a graça de
Leitor 2: Na proximidade com imitarmos em nossos lares
Deus, entendemos seu chamado o amor da Sagrada Família.
em nossa vida. Somos convoca- Nós vos pedimos.
dos por Deus a uma vocação, a • Deus de bondade, sustentai
uma missão. Ser leigo atuante, na vossa misericórdia a nos-
esposo ou esposa, pai ou mãe, sa comunidade e a nossa

25
 paróquia. Fazei-nos sempre
mais conscientes de nossa
missão no mundo, de mani-
festar o vosso amor a todos.
Nós vos pedimos.
• Senhor, Deus de misericór-
dia, volvei vosso olhar para
os pobres e sofredores. Vós,
que nunca vos esqueceis
dos pequenos deste mundo,
dai-nos coragem para estar
entre os vossos preferidos,
aliviando um pouco o peso
da cruz dos que sofrem. Nós
vos pedimos.
• PAI NOSSO, AVE MARIA,
GLÓRIA
GESTO CONCRETO
Dirigente: Como Maria visitou
sua parenta Isabel, nosso gesto
concreto para os três próximos
encontros será visitar alguém.
Um doente, um idoso, uma insti-
tuição de abrigo de menores, um
lar de velhinhos, uma prisão etc.
Vamos escolher alguém para vi-
sitar e, como fez Maria, levar a
alegria de Jesus que nascerá no
Natal.
AVISOS
CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Como Maria entoou Dirigente: Glória ao Pai e ao Fi-
estas palavras quando visitou lho e ao Espírito Santo.
Isabel, nós queremos, também, Todos: Como era no princípio,
26
manifestar juntos a ação de Deus
entre nós:
A minha alma glorifica ao Se-
nhor e o meu espírito se alegra
em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humil-
dade da sua serva:
de hoje em diante me chama-
rão bem-aventurada todas as
gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim
maravilhas: Santo é o seu
nome.
A sua misericórdia se estende
de geração em geração sobre
aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu bra-
ço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de
seus tronos e exaltou os hu-
mildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos
vazias.
Acolheu Israel seu servo, lem-
brado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nos-
sos pais, a Abraão e à sua des-
cendência para sempre.
agora e sempre. Amém.
BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: O Senhor nos aben-
çoe, nos livre de todo o mal e
nos conduza à vida eterna. Em
nome do Pai e Filho e do Espírito
Santo.
27
Todos: Amém.
CANTO
Noite feliz, noite feliz
Ó, Senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa Jesus, nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus

ANA, UMA MÃE AGRACIADA
SAUDAÇÃO E ACOLHIDA
Dirigente: Irmãos e irmãs, com
alegria, estamos reunidos para
nosso quinto dia de preparação
para o Natal de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Sintam-se todos
bem-vindos e acolhidos pelo co-
ração de Deus. Mais um dia nos-
so olhar se dirige Àquela que foi
a Mãe do Salvador, a Virgem Ma-
ria. Iniciemos: Em nome do Pai e
do Filho e do Espírito Santo!
Todos: Amém!
Dir.: Irmãos e irmãs, bendizei ao
Senhor da Vida que viu a peque-
nez de Maria e por ela fez mara-
vilhas!
Todos: Bendito seja Deus que
nos reuniu no amor de Cristo.
Dir.: Cantemos pedindo a força
do Espírito Santo, que agiu em
Isabel quando ela ouviu a sauda-
ção de Maria:
Canto: Vem, Espírito Santo
Vem, vem iluminar
28
5º ENCONTRO
POR DEUS
Vem, Espírito Santo Vem, vem
iluminar
Nossas escolhas, vem iluminar
Nosso caminho, vem iluminar
Nosso trabalho, vem iluminar
A nossa vida, vem iluminar
INTRODUZINDO O TEMA
Dirigente: Queridos irmãos, o
primeiro dogma (verdade da fé)
sobre Maria é o que se chama
de Theotokos, ou seja, Maria é
Mãe de Deus, pois O gerou em
seu ventre. Quando foi declara-
do pela Igreja, ainda no século
quinto, alguns não acreditavam
que Jesus era Deus e Homem
verdadeiro. Diziam que Jesus,
ao nascer, era apenas humano
e, por isso, Maria seria somen-
te Mãe de Cristo. A Igreja, com
sabedoria, afirmou que, desde a
concepção, Jesus é o Verbo En-
carnado, e, portanto, Deus. Ma-
ria é, sim, a Mãe de Deus. Gerou
o próprio Deus no tempo. Neste
quinto dia da novena, peçamos
a intercessão de Nossa Senho- filho. Quando seu filho nasceu,
ra, para que nos ajude a mostrar deu a ele o nome de Samuel.
Cristo ao mundo.
Leitor 3: Ana fez o propósito de
Canto: Nossa novena será aben- apresentar seu filho Samuel ao
çoada Senhor Deus, para que pudesse
pois o Senhor vai derramar o seu ficar no templo e crescer no ser-
amor viço a Deus. E assim fez. Depois
Derrama Senhor, derrama Se- de alguns anos, levou Samuel
nhor ao templo, ofereceu o sacrifício
Derrama sobre nós o teu amor. da lei e deixou Samuel com Eli,
o sacerdote.
DEUS FALOU A NOSSOS PAIS
Leitor 1: Depois de vagar anos Todos: Só um coração humilde
no deserto e entrar na terra pro- reconhece Deus agindo!
metida, o povo de Deus se esta-
beleceu em torno de juízes, que Leitor 1: Ana demonstrou muita
organizavam e dirigiam a vida fé. Sua alegria foi tanta que até
do povo. Entre esse povo havia entoou um canto, conhecido de-
uma mulher de nome Ana (não pois como Cântico de Ana. Este
confundir com a mãe de Nossa cântico serviu de inspiração para
Senhora). Ana não conseguia o Magnificat, o canto de Maria
engravidar, isso a deixava mui- quando foi visitar sua parenta
to triste. Era humilhada pelas Isabel. “A minh’alma engrande-
outras mulheres, mas Ana não ce o Senhor e se alegrou o meu
perdia a fé. Todos os anos ia ao espírito em Deus, meu Salvador,
templo pedir a graça de ser mãe. porque olhou para a pequenez
de sua serva” (Lc 1, 46-48).
Leitor 2: Em uma dessas visitas
ao templo, Ana rezava com muita Leitor 2: Por permanecer fiel e
concentração. O sacerdote cha- sempre confiar em Deus, Ana foi
mado Eli até estranhou, pensan- agraciada com a maternidade.
do que ela estivesse embriaga- Seu filho, Samuel, foi um grande
da. Depois de tudo se explicar, o juiz para o povo de Deus. Após
sacerdote a abençoou e Ana vol- escutar o chamado, colocou-
tou diferente para casa. Uniu-se -se a serviço de Deus. Inclusive
ao seu marido e concebeu um foi Samuel quem, em nome de

29
Deus, ungiu a Davi como Rei de Ana faz de seu filho e a alegria
Israel. Quando nos colocamos à que demonstra ao reconhecer
escuta de Deus e nos dispomos a ação de Deus em sua vida e
a seu serviço, Deus faz de nós no mundo. Ana, ao ser agracia-
instrumentos para seu projeto de da, não viveu a maternidade de
salvação. maneira egoísta, como se o filho
fosse propriedade sua. Sabia
Leitor 3: Ana proclama em seu que tinha recebido Samuel como
cântico a vitória, não sua, mas dom de Deus e, num gesto de
de Deus. Reconhece que tudo gratidão, encaminhou o filho no
vem das mãos de Deus e por serviço a Deus.
isso agradece, com o coração
exultante, as maravilhas que o Leitor 2: Maria era muito jovem
quando recebeu a visita do anjo
Senhor realiza. Ele não deixa de
olhar para os humildes, para osGabriel. Certamente sonhava em
ser mãe. Provavelmente, nunca
famintos, para os sofredores. To-
dos esses têm lugar de honra nopensou que seria a mãe do Mes-
Reino de Deus. sias, o Salvador da humanidade.
Todos: Senhor, dá-nos um cora- No Antigo Testamento, foi Ana
ção manso e humilde. quem pediu um filho a Deus. Na
vida de Maria, a iniciativa foi do
ACLAMANDO A PALAVRA próprio Deus. Ela é a cheia de
Buscai primeiro o Reino de graça e, por isso, Isabel procla-
Deus, e a sua justiça, ma: “Quem sou eu para que me
e tudo mais vos será acrescen- visite a mãe de meu Senhor?”
tado, aleluia, aleluia. (cf. Lc 1,43).

LEITURA BÍBLICA: Leitor 3: Mesmo sendo a mãe

1 Samuel 1, 25 – 2, 1-10 do Salvador, Maria não buscou
ser servida. Fez-se serva. Aque-
Após a leitura, guardar um breve la que disse “eis a serva do Se-
instante de silêncio. nhor” também se fez serva de
Isabel. E, depois, na vida pública
DEUS NOS FALA PELO SEU FILHO de Jesus, fez-se serva do pró-
prio Filho. Maria, mesmo sem
Leitor 1: No texto bíblico que ou- entender algumas vezes, não
vimos, percebemos a oferta que fez de sua maternidade um meio

30
de engrandecimento, mas um criatura, pela vontade de Deus,
modo de servir. Oferta o Filho no gerou o Criador no tempo. Cla-
Templo, oferta o Filho na missão, ro que o Deus-Trindade existe
oferta o Filho na Cruz. E hoje, desde sempre e Maria não é
oferta o Filho na Igreja, para que anterior a Deus. Ela também foi
nós o possamos segui-lo, como criada por Ele. Mas, no tempo e
ela fez. na história, foi geradora do Ver-
bo Encarnado, Jesus de Nazaré.
PARTILHA Deus escolhe instrumentos para
Dirigente: Depois de lermos e realizar sua obra.
meditarmos o texto bíblico, que-
remos contemplar Maria como Leitor 2: Em nossa realidade e
mãe e serva. Por isso, vamos em nosso tempo, também nós
partilhar. Em que a história de devemos ser geradores de Deus.
Ana nos ajuda a viver melhor o Apresentar Jesus ao mundo, le-
Natal? Como podemos abraçar vá-lo em todos os lugares. Isto
o serviço como meio de viver tal é gerar espiritualmente a Cristo.
qual Maria? Neste Natal, façamos o com-
promisso de viver nossa missão
Canto: A Ti, meu Deus, elevo de batizados e encher o mundo
meu coração / Elevo as minhas com a alegria do Evangelho.
mãos, meu olhar, minha voz
A Ti, meu Deus, eu quero ofere-Leitor 3: Jesus nos ensinou um
cer / Meus passos e meu viver jeito novo de viver. Veio ao mun-
Meus caminhos, meu sofrer do para nos salvar e o fez ofertan-
A tua ternura, Senhor, vem me do sua vida. Toda a trajetória de
abraçar Jesus foi um rebaixamento, um
E a tua bondade infinita me inclinar-se em direção à humani-
perdoar dade, ao pequeno e ao humilde.
Vou ser o teu seguidor e te darMaria foi a primeira a assumir
o meu coração esse estilo de Jesus, pois fez-se
Eu quero sentir o calor de tuasserva. Também nós precisamos
mãos abraçar o serviço como modo de
vida, como atitude fundamental.
O POVO DE DEUS FALA
Como Maria, queremos sempre
Leitor 1: Maria é, verdadeira- repetir:
mente, Mãe de Deus. Ela, que é Todos: Eis aqui a(o) serva(o)

31
do Senhor. Faça-se em mim a
vossa vontade. • PAI NOSSO, AVE MARIA,
PRECES
Dirigente: Junto com Maria, di-
rijamos ao Pai nossos pedidos e
louvores a Deus.
Todos: Ouvi-nos, Senhor!
• Pai de amor, abençoai a fa-
mília que nos recebe e todas
as nossas famílias. Iluminai
os momentos de escuridão
pelos quais passamos e abri
nossos caminhos com vossa
graça. Nós vos suplicamos.
• Deus de bondade, há mui-
tos casais sonhando em ter
filhos. Vinde em socorro de-
les, dai-lhes a graça da gravi-
dez ou a conformidade com
vossa vontade. E que todos
os pais e mães inspirem-se
na Sagrada Família para a
educação dos filhos no amor
e na fé. Nós vos suplicamos.
• Senhor, sabemos que a vida
começa desde a concepção,
e que já ali Vós amais a cada
um. Ajudai nossos governan-
tes e nosso povo a nunca
aceitarem o aborto como ca-
minho, pois nenhuma solu-
ção começa com a morte de
alguém. E que tenhamos for-
ça para transformar o mundo
em um lugar onde ninguém
sofra violência de qualquer
32
tipo. Nós vos suplicamos.
GLÓRIA
GESTO CONCRETO
Dirigente: Nosso gesto concre-
to continua sendo visitar alguém.
Já escolhemos alguém ou algu-
ma instituição para visitar? Já
fizemos essa visita? Ainda há
tempo! Não deixemos de viver
nossa missão neste Natal!
AVISOS
CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Maria reconheceu a
ação de Deus com o canto do
Magnificat. Com ela, também
nós queremos entoar as maravi-
lhas de Deus entre os humildes:
A minha alma glorifica ao Se-
nhor e o meu espírito se alegra
em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humil-
dade da sua serva:
de hoje em diante me chama-
rão bem-aventurada todas as
gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim
maravilhas: Santo é o seu
nome.
A sua misericórdia se estende
de geração em geração sobre
aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu bra- BÊNÇÃO E ENVIO
ço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de Dirigente: O Senhor nos aben-
seus tronos e exaltou os hu- çoe, nos livre de todo o mal e
mildes. nos conduza à vida eterna. Em
nome do Pai e Filho e do Espírito
Aos famintos encheu de bens Santo.
e aos ricos despediu de mãos Todos: Amém.
vazias.
Acolheu Israel seu servo, lem- CANTO
brado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nos- Noite feliz, noite feliz
sos pais, a Abraão e à sua des- Ó Jesus, Deus da luz
cendência para sempre. Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso ir-
Dirigente: Glória ao Pai e ao Fi- mão
lho e ao Espírito Santo. E a nós todos salvar
Todos: Como era no princípio, E a nós todos salvar
agora e sempre. Amém.

33
 6º ENCONTRO
ESTER,UMA VERDADEIRA
INTERCESSORA DO POVO

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA Nossas palavras, vem iluminar

Os nossos passos, vem iluminar
Dirigente: Queridos irmãos, es- Nossas ações, vem iluminar
tamos no sexto dia de nossa no-
vena. Mais uma vez, vamos con- INTRODUZINDO O TEMA
centrar nosso olhar para a Mãe Dirigente: Irmãos e irmãs, esta-
de Deus, a Virgem Maria. Sejam mos cada vez mais próximos do
todos bem-vindos! Iniciemos: Natal. Como vimos, as figuras de
Em nome do Pai e do Filho e do São José e de Nossa Senhora
Espírito Santo! são muito importantes para nós.
Todos: Amém! Sabemos que Maria “não é deu-
Dirigente: Irmãos e irmãs, ben- sa, não é mais que Deus, mas
dizei ao Senhor Deus que, por depois de Jesus, o Senhor, neste
Maria, trouxe a salvação à huma- mundo ninguém foi maior” (Pe.
nidade! Zezinho). Mesmo sendo um ins-
Todos: Bendito seja Deus que trumento, Maria deu o sim mais
nos reuniu no amor de Cristo. importante de toda a história da
Dirigente: Peçamos a força do salvação. Por ela, pelo seu sim,
Espírito Santo que fez de Maria Deus desceu à terra e veio nos
participante do projeto de Salva- salvar do pecado e da morte. O
ção: sim de Maria mediou a graça de
Deus na humanidade. Por isso,
Canto: Vem, Espírito Santo em nosso sexto dia da novena
Vem, vem iluminar de Natal, peçamos a interces-
Vem, Espírito Santo Vem, vem são de Nossa Senhora, para que
iluminar vivamos bem este momento da
Nossa missão, vem iluminar graça.
34
Canto: Nossa novena será aben- rei, que comprovou ser verdade
çoada e eliminou os que conspiravam
pois o Senhor vai derramar o seu contra ele. Ester havia salvado a
amor vida do rei.
Derrama Senhor, derrama Se- Todos: O desejo de Deus é que
nhor todos tenham vida!
Derrama sobre nós o teu amor.
Leitor 1: Certo tempo depois,
DEUS FALOU A NOSSOS PAIS
um homem chamado Amã foi
Leitor 1: Mais uma vez, vamos feito primeiro ministro pelo per-
contemplar uma mulher do An- sa. Amã queria que todos se
tigo Testamento que nos ajuda ajoelhassem diante dele, mas o
a nos aproximar da missão de pai adotivo de Ester se recusou.
Maria. Hoje vamos conhecer um Nem sequer se inclinava diante
pouco mais da história da rainha de Amã. Como era judeu, não
Ester. Ela viveu no tempo em aceitava curvar-se diante dos ho-
que o povo de Israel era domina- mens, apenas para Deus.
do pelos persas. Ester era judia,
mas foi criada na Pérsia por seu Leitor 2: Isto causou muita raiva
primo, pois era órfã. em Amã. Entendendo que seria
pouco castigar apenas Mardo-
Leitor 2: O rei da Pérsia havia queu, decidiu acabar com toda
dispensado sua rainha e procu- a raça de judeus que se encon-
rava uma nova. Muitas jovens trassem no reino persa. O rei,
se apresentaram, mas Ester, por influenciado por Amã, permitiu
sua beleza e formosura, encan- que Amã tratasse o povo judeu
tou a todos. Assim, o rei a esco- como bem entendesse. Amã, em
lheu e a coroou rainha. Ester não nome do rei, decretou que fos-
contou a ninguém que era de fa- sem mortos todos os judeus do
mília judaica, pois o povo judeu reino.
era perseguido na época.
Leitor 3: Diante do decreto, Mar-
Leitor 3: Certa vez, Ester, auxi- doqueu ficou muito preocupado.
liada por seu pai adotivo, Mar- Procurou Ester para que ela pu-
doqueu, descobriu uma conspi- desse pedir pelo povo ao rei. Mas
ração que procurava matar o rei. não seria fácil. Havia uma puni-
Imediatamente, comunicou ao ção para quem se apresentasse

35
diante do rei sem ser chamado, É verdade que Cristo é o nosso
a não ser que o rei estendesse único intercessor e mediador
seu cetro. Ester correria risco de com o Pai. E é Cristo que reali-
morte se buscasse salvar seu za a maior de todas as graças: a
povo. Mas depois de rezar com redenção.
todo o povo, dirigiu-se ao rei.
Leitor 2: Maria Santíssima, po-
Canto: Quem vive para si, rém, participa dessa missão de
empobrece seu viver Jesus, pois foi associada de
quem doar a própria vida, modo único no processo de
vida nova há de colher! salvação. Por isso, nos ensina
a Igreja: “a função maternal de
ACLAMANDO A PALAVRA Maria em relação aos homens
É como a chuva que lava de modo algum ofusca ou dimi-
É como o fogo que arrasa nui esta única mediação de Cris-
Tua palavra é assim to; manifesta antes a sua eficá-
Não passa por mim sem deixar cia” (Lumen Gentium 60).
um sinal.
Tenho medo de não responder Leitor 3: Maria intercede junto
De fingir que eu não escutei a seu Filho, Jesus. Nas bodas
Tenho medo de ouvir o teu cha- de Caná, foi pelo pedido de sua
mado Mãe que Jesus realizou o primei-
Virar do outro lado e fingir que ro sinal do Evangelho de João:
não sei. a transformação da água em vi-
nho. Na Cruz, acolheu o discípu-
LEITURA BÍBLICA: lo amado como seu filho. E, por
Ester 5,1-2 e 7, 2-3 isso, Maria acompanha a Igreja,
concedendo graças a todos nós.
Após a leitura, guardar um breve
instante de silêncio. PARTILHA
Dirigente: Maria é mãe do Autor
DEUS NOS FALA PELO SEU FILHO
da graça, Jesus. Por ela, a maior
Leitor 1: A figura de Ester, que de todas as graças veio até nós:
intercede pelo seu povo, foi vis- Cristo Jesus. Diante de missão
ta no cristianismo como um sinal tão bonita, queremos partilhar.
de Maria. A Virgem Maria é cha- Como podemos agir em defesa
mada de medianeira da graça. da vida do povo em nossa reali-

36
dade? Quais graças recebemos e o Reino de amor, paz e justiça.
de Deus pelas mãos de Maria? Que neste Natal nos aproxime-
mos com maior fervor de Jesus
Canto: Ó, Mãe, por intermédio e caminhemos sempre com Ele.
do teu nome / Queremos nossos
dons oferecer / O povo não tem Leitor 3: Maria intercede por nós
pão e passa fome / Espera a nos- e nos ensina a “fazer tudo o que
sa oferta acontecer Jesus nos disser” (cf. Jo 2,5) e
Maria, medianeira divinal do céu cuida de nós, como filhos
Se pedes, teu Jesus atenderá amados. Nós, como irmãos que
Repete o teu apelo maternal somos, devemos também rezar
Assim como nas bodas de uns pelos outros e cuidar dos
Caná mais pequeninos. Caminhando
juntos, promovendo no mundo
O POVO DE DEUS FALA
uma sociedade fraterna, sem
Leitor 1: Maria tem um lugar es- violência e ódio, até chegarmos
pecial dentre os discípulos de Je- um dia à plenitude do céu. Essa
sus. Está unida a Cristo “por um é a vontade de Deus. Por isso,
vínculo estreito e indissolúvel” e com Maria Santíssima, quere-
associada “na descendência de mos, mais uma vez, repetir:
Adão, a todos os homens neces- Todos: Eis aqui a(o) serva(o) do
sitados de salvação”. Maria é, Senhor. Faça-se em mim a vossa
então, “membro eminente e sin- vontade.
gular da Igreja” (Lumen Gentium PRECES
53) e, dessa forma, nos ajuda a
nos aproximar de Jesus, ao mes- Dirigente: Junto com Maria, di-
mo tempo em que intercede pela rijamos ao Pai nossos pedidos e
Igreja junto a seu Filho. louvores.
Todos: Por intercessão de Ma-
Leitor 2: Inspirados por Maria, ria, ouvi-nos, Senhor!
devemos nos aproximar mais de • Deus de amor, vós nos con-
Jesus e nos comprometermos vidais a sermos santos como
com seu seguimento. O mundo vós sois Santo! Que, pela
precisa de cristãos mais com- intercessão de Maria Santís-
prometidos com a proposta do sima, busquemos pessoal e
Evangelho, de comunicar a sal- comunitariamente a santida-
vação de Cristo, o amor do Pai de, para sermos no mundo

37
 um sinal de vosso amor. Nós CÂNTICO BÍBLICO
vos pedimos. Dirigente: Maria percebe a situ-
• Deus da paz, vosso povo pa- ação dos pequenos e humildes
dece na fome, na miséria, na do seu tempo e sabe que Deus
violência. Cheios da alegria está com eles. Por isso, entoa o
do Natal, que possamos ser Magnificat. Como nossa oração,
no mundo mediadores de também nos comprometamos
vossa misericórdia, para le- com uma vida de comunhão
vantar os caídos, socorrer os com nossos irmãos. Rezemos
famintos, aliviar a cruz dos juntos:
sofredores e servir a todos.
Nós vos pedimos. A minha alma glorifica ao Se-
• Senhor, sustentai vossa Igre- nhor e o meu espírito se alegra
ja nas estradas desta vida. em Deus, meu Salvador.
Que, ao celebramos o Natal Porque pôs os olhos na humil-
de vosso Filho, possamos dade da sua serva:
encher-nos de santa espe- de hoje em diante me chama-
rança de dias melhores, ca- rão bem-aventurada todas as
minhando com Maria e José gerações.
e partilhando com os outros
as graças que de vós recebe- O Todo-Poderoso fez em mim
mos. Nós vos suplicamos. maravilhas: Santo é o seu
• PAI NOSSO, AVE MARIA, nome.
GLÓRIA A sua misericórdia se estende
de geração em geração sobre
GESTO CONCRETO aqueles que O temem.
Dirigente: Para vivermos bem o Manifestou o poder do seu bra-
Natal, a oração precisa tornar- ço e dispersou os soberbos.
-se ação. Nosso compromisso Derrubou os poderosos de
de visitar alguém, inspirado pela seus tronos e exaltou os hu-
atitude de Maria, é um gesto mildes.
muito bonito e importante. Se
ainda não escolhemos quem vi- Aos famintos encheu de bens
sitar, não deixemos para depois! e aos ricos despediu de mãos
Levemos a alegria do Natal a al- vazias.
guém. Acolheu Israel seu servo, lem-
brado da sua misericórdia,
AVISOS
38
como tinha prometido a nos- nome do Pai e Filho e do Espírito
sos pais, a Abraão e à sua des- Santo.
cendência para sempre. Todos: Amém.
CANTO
Dirigente: Glória ao Pai e ao Fi-
lho e ao Espírito Santo. Noite feliz, noite feliz
Todos: Como era no princípio, Eis que no ar vem cantar
agora e sempre. Amém. Aos pastores, seus anjos no
céu
BÊNÇÃO E ENVIO
Anunciando a chegada de
Dirigente: O Senhor nos aben- Deus
çoe, nos livre de todo o mal e De Jesus salvador
nos conduza à vida eterna. Em De Jesus salvador

39
 7º ENCONTRO
MOISÉS, “EU OUVI O CLAMOR DO MEU
POVO E VIM LIBERTÁ-LO”

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA como o Povo do Antigo Testa-

mento já aguardava a chegada
Dirigente: Iniciemos nosso san- do Messias enviado por Deus
to encontro com a firme certeza para dar coragem ao povo, que
que Deus caminha conosco e vivia momentos difíceis e afas-
nos prepara a experiência da sal- tados do caminho da salvação.
vação, ao nos permitir rezar nos Confiando na graça de Deus,
preparando para o nascimento vamos pedir as luzes do Espírito
de seu Filho, Jesus. Em nome Santo sobre nós:
do Pai e do Filho e do Espírito
Santo. Canto: Nossa novena será aben-
Todos: Bendito seja Deus que çoada
nos reuniu no amor de Cristo. pois o Senhor vai derramar o seu
amor
Canto: Vem Espírito Santo, vem! Derrama Senhor, derrama Se-
Vem iluminar! nhor
Nossos caminhos, vem iluminar Derrama sobre nós o teu amor.
Nossas ideias, vem iluminar
DEUS FALOU A NOSSOS PAIS
Nossas angústias, vem iluminar
As incertezas, vem iluminar. Leitor 1: Ao longo dos tempos,
Deus preparou seu povo escolhi-
INTRODUZINDO O TEMA
do para receber a vinda de seu
Dirigente: É com sentimento de Filho, o Messias que nos daria
esperança e alegria que vamos a plena salvação, aquele que
nos aproximando do Natal do nos libertaria de todo o pecado.
Senhor e, a partir do encontro Como sinal antecipado de sua
de hoje, iremos entender melhor bondade, ao ouvir o clamor do
40
povo escravizado no Egito, Deus teme enfrentar o faraó, mas obe-
prepara um escolhido para aju- dece ao pedido de Deus e, as-
dar na libertação dos hebreus. sim, torna-se aquele que condu-
zirá o povo de Deus pelo deserto
Leitor 2: Seu nome, Moisés, fi- em busca da Terra Prometida.
lho de hebreus. Sua história é
marcada por um caminho tortu- Canto: A liberdade haverá, a
oso que o Senhor soube utilizar igualdade haverá e nesta festa
pelo bem de todos aqueles que onde a gente é irmão, O Deus
acreditavam n’Ele. Com o mal da vida se faz comunhão!
gerado pela opressão do Faraó,
que temia que o povo de Deus Leitor 1: O caminho do povo,
crescesse em número suficien- após a libertação, não foi fácil,
te para alcançar sua liberdade, mas sempre Moisés estava à sua
muitos meninos foram mortos frente, corrigindo suas atitudes
para manter a força dos egíp- e ensinando-lhes a vontade de
cios (cf. Ex. 1, 8-22) Com a bên- Deus. Um dos momentos mais
ção de Deus e o esforço de sua marcantes da trajetória dessa
mãe e seus irmãos, o pequeno longa história é quando Moisés
Moisés foi protegido até que, um recebe no Sinai os mandamen-
dia, o colocaram em um cesto e tos, que ajudarão os hebreus a
lançado ao rio, na esperança de seguir o que lhes pede o Senhor
ser resgatado por alguém que (cf. Ex 19, 1 – 20, 21). E, mesmo
pudesse cuidar dele. assim, haveria inúmeras que-
das e traições da parte do povo,
Leitor 3: O menino cresceu, sob tentado constantemente a vol-
os cuidados da filha do Faraó, e tar à escravidão do pecado e a
se tornou um príncipe do Egito. se afastar do caminho de Deus.
Diante das contradições entre Diante de tantas armadilhas, o
sua origem e sua identidade, povo que caminhava no deserto
além das inquietações geradas se desviou de sua proximidade
ao ver o sofrimento do povo, com o Senhor. Moisés, escolhi-
Moisés foge e, em seu caminho, do e enviado por Deus, teve uma
Deus se revela numa sarça ar- missão fundamental, não permi-
dente, pedindo a ele que seja o tindo que todos se perdessem
sinal que o povo necessita para ao longo do caminho.
que alcance a liberdade. Moisés

41
Leitor 2: A misericórdia de Deus
sempre foi generosa com todos
aqueles que erram e, aos pou-
cos, vivendo a aridez do deser-
to, homens e mulheres foram
aprendendo a forma verdadeira
de seguir os desígnios divinos. A
cada passo em direção à Canaã,
a terra onde corre leite e mel (cf.
Ex 3, 8), a esperança de uma
vida abençoada pelo Senhor e
conforme seus ensinamentos vai
crescendo no coração de todos.
São quarenta anos de caminho
e preparação, até que aqueles
que foram libertados cheguem
ao lugar reservado. Ali o povo
eleito se estabelece na Terra da
Promessa, preparada por Deus.
Leitor 3: Moisés é importante
para o povo hebreu e para toda
a história da salvação, pois viveu
com fidelidade o chamado rece-
bido por Deus e, com coragem e
fé, soube responder àquilo que
Deus lhe pediu em seu primei-
ro encontro, para ser o sinal do
Deus dos Patriarcas que fariam
os hebreus alcançar a liberdade
e peregrinar, sob os cuidados do
Senhor, pelo deserto até chegar a
uma terra boa e vasta. Ali, o povo
de Deus poderia viver a proximi-
dade com o Senhor e louvá-lo
pelas suas maravilhas em favor
daqueles que lhe clamavam.
42
ACLAMANDO A PALAVRA
Eu vim para escutar
Tua palavra, Tua palavra
Tua palavra de amor
Eu gosto de escutar
LEITURA BÍBLICA:
Êxodo 3, 1-8.13-15
Após a leitura, guardar um breve
instante de silêncio.
DEUS NOS FALA PELO SEU FILHO
Leitor 1: Jesus não só vem para
nos mostrar o caminho da liberda-
de e do amor ao povo de Deus,
como fez Moisés. Ele se apresenta
como “Caminho, Verdade e Vida”
(cf. Jo 14,6). A vinda do Filho de
Deus dá esperança à toda a hu-
manidade, tão desamparada num
mundo tão marcado pelo egoís-
mo, que gera o afastamento de
tantas pessoas da intimidade com
o Senhor. O percurso que Jesus
fez com seus discípulos, ao longo
do Evangelho, é a prova definitiva
do cuidado que Deus demonstra
com seus filhos e filhas. Ao cami-
nhar pelas estradas empoeiradas
de Israel, Cristo vive perfeitamen-
te a experiência de libertação e
comunhão e, assim, faz com que
aqueles que caminhavam nas tre-
vas vissem uma grande luz (cf. Is
9, 1; Mt 4, 16; Lc 1,79).
Leitor 2: Essa Luz que é o Filho Dirigente: A partir do que ouvi-
de Deus é justamente a clarida- mos e percebemos da proposta
de que celebramos no Natal, na amorosa e libertadora do Senhor,
firme certeza que nossos cami- que acontece com a missão de
nhos são iluminados e que Cris- Moisés, ao conduzir o povo para
to não nos deixa seguir sem sua uma terra preparada por Deus, e
presença, que salva e fortalece. se torna plena em Jesus Cristo,
Não há quem possa afastar-se peregrino que nos prepara para
do amor misericordioso do Se- a estrada rumo ao céu, como po-
nhor que continua, insistente- demos viver nosso caminho no
mente, a procurar por seus filhos aqui e agora de nossa vida? Para
e filhas, mesmo quando esses onde estamos dirigindo nosso
ainda recaem nas armadilhas do olhar e nossos passos?
pecado. Jesus, de modo inigua-
lável, faz sua entrega pela huma- Canto: O povo de Deus no de-
nidade inteira. Ele é o rosto amá-serto andava / Mas a sua frente
vel de Deus que não nos deixa alguém caminhava
sozinhos e, com sua mensagem, O povo de Deus era rico de nada
traz a esperança diante das in- Só tinha esperança e o pó da es-
certezas de nossos tempos. trada
Também sou teu povo, senhor
Leitor 3: Ao nos abrir o caminho Estou nessa estrada
da salvação, Jesus é nosso ali- Somente a tua graça
mento em preparação à pere- Me basta e mais nada
grinação que fazemos rumo ao
O POVO DE DEUS FALA
Céu, a Pátria definitiva de todos
nós, onde ansiamos por partici- Leitor 1: Em nossos dias, mui-
par do banquete celeste, junto tas pessoas têm se afastado de
dos anjos e dos santos, quando Deus, buscando de forma errada
assumiremos a herança eterna a satisfação para suas dores e
que o Senhor prepara para to- suas angústias em respostas va-
dos aqueles que se deixaram zias e imediatas. Isso só aumen-
conduzir pelas estradas da vida, ta o vazio que há no coração de
mantendo seus olhos fixos em cada ser humano, pois nunca
Jesus (cf. Hb 12, 2). haverá nada que possa ocupar o
lugar do Senhor na vida de seu
PARTILHA povo. Por isso, pelo caminho te-

43
mos encontrado tantos famintos jornada, não deixando que nada
e sedentos de Deus e de sua mi- falte a seus filhos.
sericórdia.
PRECES
Leitor 2: Nós, cristãos, recebe-
mos do Mestre Jesus a tarefa
de ajudarmos nossos irmãos e
irmãs a se alimentar do Cristo,
que se dá como alimento ver-
dadeiro e eterno na Eucaristia.
“Fazei isto em minha memória”
(Lc 22, 19). Ao longo de nossa
jornada, devemos ajudar com
fraternidade os mais sofredores
a percorrer o caminho e a desco-
brir a fonte inesgotável que sacia
a nossa sede (cf. Jo 4, 14)). As-
sumindo a missão com perseve-
rança e coragem, alcançaremos
a meta que o Senhor nos ajuda
a percorrer: “minha morada é
a casa do Senhor por dias sem
fim” (Sl 23, 6).
Leitor 3: Que o caminho percor-
rido por nós até o Natal do Se-
nhor nos ajude, cada vez mais,
a superar os descaminhos e os
descompassos de nossa cami-
nhada como Igreja Peregrina.
Desse modo, nos lembremos
que a estrada é percorrida com
alegria em saber que não cami-
nhamos sós, mas somos condu-
zidos por Deus. E o Senhor, por
toda nossa história, se mostra
um generoso companheiro de
44
Dirigente: Ao Deus da Vida e da
Paz, dirigimos nossas preces, na
firme esperança de que o Senhor
nunca se cansa de ouvir e aten-
der aos clamores de seu povo:
Todos: Caminhai conosco, Se-
nhor.
• Libertai-nos, ó Pai, de todas
as prisões ainda presentes
em nosso mundo, que apli-
cam duras penas a seus
filhos e filhas, tão necessi-
tados de alguém que ouça
seus clamores. Rezemos.
• Convoca-nos, ó Deus, a viver
com coragem nossa fé e a
responder a vosso chamado
em meio a tantas vozes que
dificultam-nos perceber a cla-
reza de vossa voz. Rezemos.
• Acompanha-nos, ó Mestre,
pelos caminhos de nossas
vidas, indicando o terreno se-
guro, no qual nossos passos
se manterão firmes, e não
permitais que o desânimo
toque o coração de vossos
filhos. Rezemos.
• Alimentai-nos, ó Pão Vivo,
pelo mistério de vossa Pai-
xão, Morte e Ressurreição,
trazendo-nos o sentido para
nossas jornadas e, no cami-
 nho rumo à eternidade, pros-
sigamos na unidade. Reze-
mos.
• Ensinai-nos, ó Santificador,
com vossos dons infinitos,
a conservar os sonhos divi-
nos, que permitem ao nosso
mundo assemelhar-se a vos-
so Reino de Amor e Justiça.
Rezemos.
• Iluminai-nos, ó Santo Espíri-
to, para que nossa comuni-
dade mantenha sempre viva
a esperança diante das trevas
que dificultam nossa percep-
ção dos sinais dos tempos.
Rezemos.
• PAI NOSSO, AVE MARIA,
GLÓRIA
GESTO CONCRETO
Nos últimos três dias de nossos
encontros, somos chamados à
oração pessoal. Reservemos um
momento do nosso dia para me-
ditar a Palavra de Deus, visitar
o Santíssimo Sacramento e, até
mesmo, a oração do Santo Ter-
ço. Tudo isso nos ajuda a ilumi-
nar nossa vida neste momento
tão especial em que aguardamos
a chegada do Menino Jesus.
AVISOS
CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Ao nos aproximarmos
45
do grande mistério do Nasci-
mento do Salvador, queremos
louvá-lo com as palavras ensi-
nadas por São Paulo na carta
aos Colossenses (Cl 1, 15-20). O
hino que rezaremos juntos é um
modo sublime de celebrarmos a
vinda do Filho de Deus, que nos
permite acreditar e confiar em
sermos seus filhos adotivos.
Cristo é a imagem do Deus in-
visível, o primogênito de toda a
criação, pois por causa dele,
foram criadas todas as coisas
no céu e na terra, as visíveis e
as invisíveis, tronos e domina-
ções, soberanias e poderes.
Tudo foi criado por meio dele e
para ele. Ele existe antes de to-
das as coisas e todas têm nele
a sua consistência. Ele é a Ca-
beça do corpo, isto é, da Igre-
ja. Ele é o Princípio, o Primogê-
nito dentre os mortos; de sorte
que em tudo ele tem a prima-
zia, porque Deus quis habitar
nele com toda a sua plenitude
e por ele reconciliar consigo
todos os seres, os que estão
na terra e no céu, realizando a
paz pelo sangue da sua cruz.
Dirigente: Glória ao Pai e ao Fi-
lho e ao Espírito Santo.
Todos: Como era no princípio,
agora e sempre. Amém.
BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: Que nossos esforços
deste dia e o descanso desta
noite nos ajudem a celebrarmos
a Luz de Deus em nossas casas.
Abençoe-nos, o Deus todo-po-
deroso, em nome do Pai e do Fi-
lho e do Espírito Santo.
46
Todos: Amém.
BÊNÇÃO E ENVIO
Noite feliz, noite feliz
Ó Senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa, Jesus, nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus
 8º ENCONTRO
“EU ELEGI, UNGI E ENVIEI O MEU
SERVO DAVI”

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA tarmos juntos em comunidade e

vivermos a beleza da fé e a luz
Dirigente: Com esperança e da paz que se aproxima de nós.
caridade, busquemos que a es- Tão perto estamos da chega-
trela que guia nossa jornada em da do Menino Deus que nosso
preparação rumo ao céu seja o coração já pula de alegria pela
próprio Jesus, Filho de Deus Pai, oportunidade de também nós
que nos enviou o Espírito Santo renascermos na luz do Senhor.
para que nós não caminhásse- Antes, porém, de conhecermos
mos nas trevas, mas nos encon- um pouco mais de nossa fé e o
trássemos sempre na luz do céu. que este momento representa,
Com fé, iniciemos em nome do vamos clamar ao Espírito Santo
Pai e do Filho e do Espírito San- de Deus que esteja conosco em
to. nosso encontro.
Todos: Amém.
Canto: Nossa novena será aben-
Canto: Vem Espírito Santo, çoada
vem! Vem iluminar! pois o Senhor vai derramar o seu
Nossos caminhos, vem iluminar amor
Nossas ideias, vem iluminar Derrama Senhor, derrama Se-
Nossas angústias, vem iluminar nhor
As incertezas, vem iluminar. Derrama sobre nós o teu amor.
INTRODUZINDO O TEMA DEUS FALOU A NOSSOS PAIS
Dirigente: Hoje, damos mais Leitor 1: Um dos momentos
um passo rumo à celebração do marcantes da história do Povo
Natal de Jesus. Como é bom es- de Deus no Antigo Testamento é
47
a união das Doze Tribos, concre-
tizada com a formação da mo-
narquia em Israel. Assim o povo
eleito dá mais um passo como
nação santa que o Senhor es-
colheu como herança. Desde a
libertação do Egito e o longo ca-
minho pelo deserto, os hebreus
começam a experimentar um
tempo de paz e esperança, no
qual vai se firmando e se com-
preendendo dentro do projeto
de Deus.
Leitor 2: E um dos homens es-
colhidos por Deus para conduzir
o seu povo é Davi, o mais famoso
rei de Israel, da cidade de Belém,
tribo de Judá. O profeta Samuel
é quem se torna instrumento de
Deus para que Davi receba a un-
ção necessária para sua tarefa.
Escolhido dentre seus irmãos,
será ele quem o Senhor olhará e
o reconhecerá pelo coração (cf.
1 Sm 16, 7). Ao receber o Espíri-
to de Deus, contando com essa
força durante toda sua vida, Davi
será capaz de cumprir a missão
para a qual o Senhor lhe esco-
lheu. Com Davi, as tribos cresce-
ram na unidade e ele foi símbolo
da graça divina que abençoava
seu povo e, assim, ele se torna-
ria um rei forte e traria segurança
para seu povo.
48
Leitor 3: Conhecemos vários
trechos da história de Davi, mas
um dos mais marcantes é sua
eleição para se tornar aquele a
quem o Senhor confiaria seu
povo. Davi experimentará em
sua vida diversas situações em
que será desafiado a viver con-
forme a vontade de Deus, como
no enfretamento do gigante Go-
lias, quando ele demonstra como
a confiança no Senhor é superior
a toda pretensão humana. Ainda
que escolhido por Deus, Davi
será sinal de contradição ao co-
meter um grave pecado, mas ele
se torna exemplo de arrependi-
mento ao converter-se e buscar
a verdadeira consolação na mi-
sericórdia do Senhor.
Canto: Sim, eu quero que a luz
de Deus,
Que um dia em mim brilhou
Jamais se esconda e
não se apague em mim o seu
fulgor.
Sim, eu quero que o meu amor
ajude o meu irmão
a caminhar guiado por tua mão
em tua lei, em tua luz, Senhor.
Leitor 1: Voltando um pouqui-
nho a história, a gente começa a
entender a escolha de Davi. Por
seu mau procedimento à frente
do povo e não obedecer às leis
de Deus, o rei Saul, primeiro rei
de Israel, é rejeitado como o lí-
der da nação (cf. 1Sm 15, 11).
Então, o Senhor motiva o profeta
Samuel a buscar um novo rei que
correspondesse aos mandamen-
tos divinos. Assim, após anunciar
que a Glória do Senhor não esta-
va mais sobre a casa de Saul, o
profeta se dirige a uma pequena
vila de Judá, Belém, de onde sur-
giria o novo rei (1Sm 16, 1).
Leitor 2: Samuel é enviado à
casa de Jessé e lhe pede que
apresente todos os seus filhos,
para verificar qual deles seria o
escolhido por Deus para a mis-
são de conduzir seu povo. Filho
por filho se apresenta diante do
profeta, mas a nenhum deles o
Senhor escolheu (1Sm 16, 10)
até o momento em que Samuel
questiona onde estaria o mais
jovem, que pastoreava o reba-
nho. Quando chega o menor
dos filhos de Jessé, Davi, o pro-
feta Samuel ouve a confirmação
de Deus: “Levanta-te e unge-o: é
ele!”. A partir desse momento, a
Glória do Senhor passa a acom-
panhar aquele que um dia ocu-
paria legitimamente o trono real,
preparado por Deus a seu eleito.
Leitor 3: Inacreditável como
Deus realiza suas obras. Ele Leitor 1: Assim como Davi, Je-
49
sempre parte daquilo ou da-
queles que aos olhos do mun-
do não possuem valor, mas o
Senhor, que desvenda os cora-
ções e sabe o que há no íntimo
de todos os seus filhos, é capaz
de eleger quem responderá ao
seu chamado com obediência
e fidelidade. Davi, mesmo com
suas quedas, soube, durante
toda a vida, manter-se confiante
em Deus, seguindo os princípios
que o Senhor lhe apresentava.
Sua escolha não foi um ato do
acaso, mas parte do mistério da
salvação que conduz a humani-
dade, desde o início dos tempos.
Por esse motivo, o Povo guarda
na Palavra inspirada os momen-
tos decisivos para que Israel se
recordasse de sua identidade de
nação eleita.
ACLAMANDO A PALAVRA
Canto: A palavra de Deus é luz,
que nos guia na escuridão.
É semente de paz, de justiça e
perdão!
LEITURA BÍBLICA:
1 Samuel 16, 1-13
Após a leitura, guardar um breve
instante de silêncio.
DEUS NOS FALA PELO SEU FILHO
sus também tem sua origem em
Belém. As proezas de Deus mais
uma vez se manifestam no que é
considerado pequeno aos olhos
do mundo. “E tu, Belém, peque-
na entre os clãs de Judá, de ti
sairá para mim aquele que go-
vernará Israel” (Mq 5, 1). Como
de um vilarejo tão pequeno, po-
demos acolher, não somente o
rei de Israel, mas o Salvador da
humanidade? Jesus nasce num
pequeno estábulo, lugar onde
os animais descansavam, sem
qualquer luxo, mas na simpli-
cidade, cuidado por um casal
humilde e temente a Deus. Ma-
ria e José fizeram de suas vidas
um ato profundo e amoroso de
obediência ao pedido de Deus,
acolher a ação do Espírito Santo
e serem seus cuidadores (cf. Mt
1, 18-25; Lc 1, 26-38).
Leitor 2: Deus não teme colocar-
-se numa situação frágil se isso
favorecerá seu encontro com o
ser humano, criado por amor e
preparado para a salvação. Nós,
muitas vezes, contaminados
pela lógica humana da grande-
za, temos dificuldade em com-
preender o ato de rebaixamento
do Senhor (cf. Fl 2, 6-8) em fa-
zer-se pequeno, humilde, frágil,
de modo que nós o possamos PARTILHA
alcançar. Essa é a grandiosidade O que falta a ser iluminado em
50
de Deus, só Ele é capaz de se
fazer caber no corpo de uma pe-
quena criança para nos demons-
trar até onde vai sua disposição
em nos oferecer seu Reino. O
Menino Jesus representa perfei-
tamente a ação divina generosa
em fazer morada junto da huma-
nidade para que, assim, apren-
damos na vida diária o caminho
de santidade.
Leitor 3: No Natal, celebramos a
alegria de termos a graça de um
Deus conosco. Jesus não nos
abandona, caminha com seus
discípulos, conduz e rege a mul-
tidão, ainda escrava do pecado,
mas que busca ouvir o Mestre
e só junto d’Ele se ilumina e se
santifica. Em Jesus, descobri-
mos que todos somos eleitos a
viver como nos ensinou. Quere-
mos que o Salvador nos encami-
nhe para o propósito de Deus de
abandonarmos nossas culpas e
correspondermos aos sonhos
de Deus para nossas vidas. Ao
nos capacitar com tantos dons,
o Espírito Santo quer fazer em
nós inúmeras maravilhas, só pre-
cisamos acolher essa graça com
humildade filial e obediente dis-
posição.
nosso caminho de preparação luzes, mas com sorrisos alegres,
para o Natal? Temos consciência olhares de confiança e atitudes
de ser escolhidos por Deus para renovadas.
suas obras de misericórdia na
humanidade? Como podemos Leitor 2: Permanece em nós,
deixar que entre a Luz de Deus mesmo com as mudanças dos
em nossa vida e em nossa famí- tempos e das atitudes, o mesmo
lia? deslumbramento que os pas-
tores tiveram há dois mil anos,
Canto: Sim, eu quero que a luz quando um mensageiro do céu
de Deus, lhes revelou que eles estariam
Que um dia em mim brilhou diante do Salvador da humani-
Jamais se esconda e não se dade, Jesus, o Cristo. Podería-
apague em mim o seu fulgor. mos dizer que a mudança nas
Sim, eu quero que o meu amor atitudes e no clima entre as pes-
ajude o meu irmão a caminhar soas seria um milagre de Natal?
guiado por tua mão Sim, com toda certeza. Mesmo
em tua lei, em tua luz, Senhor. que seja por um breve período,
parece que há esperança de
O POVO DE DEUS FALA Paz na Terra. A cada Natal, res-
Leitor 1: A celebração do Natal surge uma vez mais a luz divina
mexe com nossas cidades, nos- para acalantar nossos sonhos e
sas casas, sobretudo conosco. manter viva nossa confiança em
Dentro de nós, surge uma luz Deus.
que ilumina as trevas e nos faz
mais generosos, mais abertos Leitor 3: Estamos tão próximos
à concórdia e mais dispostos a do Natal! Nossos corações nos
perdoar. É bonito ver como as pedem para estar em casa, ao
pessoas se preparam para o lado daqueles que nos fazem
Natal e perceber que, de algum bem. Ternura maior não há do
modo, a rotina fica diferente. que o Menino que nasce na man-
As pessoas saem às ruas para jedoura depois de uma longa
se maravilhar com a decoração jornada de seus pais. De modo
natalina, mal sabem elas que o misterioso, o nascimento do Me-
maior enfeite que nossa cida- nino Deus provoca a esperança
de pode ter é justamente nossa de tempos menos duros e dolo-
presença, iluminando não com rosos e de que ainda há espaço

51
para a bondade e a gentileza. A
Festa das Luzes é um momento
de nos iluminar e nos aquecer
diante de tempos tenebrosos e
do distanciamento das relações.
O Natal é tempo de nos permitir o
acolhimento do amor, nos abrin-
do à presença d’Aquele que nos •
mantém unidos como família.
PRECES
Pastor Bondoso, apresentamos
nossas preces e vos pedimos,
com humildade, que faça de
nós verdadeiros servos de vossa
Glória, trabalhando incansavel-
mente pelo Reino. A cada prece,
digamos:
Todos: Fortalecei-nos em nos-
sos caminhos, Senhor.
• Jesus, Caminho, Verdade e
Vida, dai à vossa Igreja a co-
ragem e o vigor para anun-
ciar o Evangelho em todos
os cantos do mundo, prin-
cipalmente onda exista um
irmão que não se encontrou
com vossa mensagem de es-
perança. Rezemos.
• Senhor, Sinal de Misericórdia
no mundo, favorecei a con-
versão de todos os vossos
filhos e filhas e não permitais
que permaneçamos no peca-
do, dificultando nossa salva-
ção. Rezemos.
• Luz do Céu, iluminai nossas
52
casas e instruí nossas famí-
lias, especialmente os jovens
que necessitam de vosso
discernimento e vossa sabe-
doria para conduzirem suas
vidas conforme a Boa Nova.
Rezemos.
Salvador da humanidade,
nós vos louvamos por todas
as pessoas que vivem a cari-
dade como firme propósito e
não se apegam aos bens, em
vista do cuidado e da partilha
com nossos irmãos mais frá-
geis. Rezemos.
• PAI NOSSO, AVE MARIA,
GLÓRIA
GESTO CONCRETO
Nos últimos três dias de nossos
encontros, somos chamados à
oração pessoal. Reservemos um
momento do nosso dia para me-
ditar a Palavra de Deus, visitar
o Santíssimo Sacramento e, até
mesmo, a oração do Santo Ter-
ço. Tudo isso nos ajuda a ilumi-
nar nossa vida neste momento
tão especial em que aguardamos
a chegada do Menino Jesus.
AVISOS
CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Ao nos aproximarmos
do grande mistério do Nasci-
mento do Salvador, queremos
louvá-lo com as palavras ensi-
nadas por São Paulo na carta
aos Colossenses (Cl 1, 15-20). O
hino que rezaremos juntos é um
modo sublime de celebrarmos a
vinda do Filho de Deus, que nos
permite acreditar e confiar em
sermos seus filhos adotivos.
Cristo é a imagem do Deus in-
visível, o primogênito de toda a
criação, pois por causa dele,
foram criadas todas as coisas
no céu e na terra, as visíveis e
as invisíveis, tronos e domina-
ções, soberanias e poderes.
Tudo foi criado por meio dele e
para ele. Ele existe antes de to-
das as coisas e todas têm nele
a sua consistência. Ele é a Ca-
beça do corpo, isto é, da Igre-
ja. Ele é o Princípio, o Primogê-
nito dentre os mortos; de sorte
que em tudo ele tem a prima-
zia, porque Deus quis habitar
nele com toda a sua plenitude
e por ele reconciliar consigo
53
todos os seres, os que estão
na terra e no céu, realizando a
paz pelo sangue da sua cruz.
Dirigente: Glória ao Pai e ao Fi-
lho e ao Espírito Santo.
Todos: Como era no princípio,
agora e sempre. Amém.
BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: Que nossos esforços
deste dia e o descanso desta
noite nos ajudem a celebrarmos
a Luz de Deus em nossas casas.
Abençoe-nos, o Deus todo-po-
deroso, em nome do Pai e do Fi-
lho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
CANTO
Noite feliz, noite feliz
Ó Jesus, Deus da luz
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso ir-
mão
E a nós todos salvar
E a nós todos salvar
 9º ENCONTRO
DEUS FALA POR ISAÍAS: “UM FILHO NOS
FOI DADO, ELE RECEBEU O PODER NOS
SEUS OMBROS”

SAUDAÇÃO E ACOLHIDA demos reconhecer que nossos

corações estão mais preparados
Dirigente: Em nome do Pai e do para celebrar e viver o Natal, não
Filho e do Espírito Santo. apenas como um evento ou uma
Todos: Amém. festa especial, mas como uma
Dirigente: Reunidos em nome da oportunidade de conversão e de
Trindade, fonte eterna de amor, e renovar nosso compromisso de
desejosos por aprofundar nossa ser sal da terra e luz do mundo,
experiência de fé através deste como deseja o próprio Senhor.
momento orante, cantemos:
Canto: Nossa novena será aben-
Canto: Vem, Espírito Santo, çoada,
vem! Vem iluminar porque o Senhor vai derramar o
Nossos caminhos, vem iluminar! seu amor.
Nossas ideias, vem iluminar! Derrama, ó Senhor! Derrama, ó
Nossas angústias, vem iluminar! Senhor!
As incertezas, vem iluminar Derrama sobre nós o teu amor!
INTRODUZINDO O TEMA DEUS FALOU A NOSSOS PAIS
Dirigente: Queridos irmãos e ir- Leitor 1: O tempo do Advento,
mãs, com muita alegria e espe- que estamos prestes a concluir,
rança, chegamos à conclusão de convidou-nos à prática da vigi-
nossa Novena de Natal. Foram lância, atitude dos que confiam
dias de intensa oração, de frater- e esperam no Senhor, pois Ele
nidade e comunhão. Deus seja vem constantemente a nosso en-
louvado pelo bonito percurso contro, como veio no Natal. Sua
que trilhamos! Certamente, po- visita é sempre transformadora.
54
Sua presença ilumina e dá um para libertar e salvar, ainda que
sentido novo a tudo. Suscita em a realidade forçasse a acreditar
nós a atitude profética de anun- que isso seria impossível.
ciar, com esperança, a Boa Nova
do Reino, mas, ao mesmo tem- Todos: Falar sobre esperança
po, a de denunciar tudo aquilo quando tudo vai bem ao nos-
que não contribui para sua edifi- so redor e para pessoas que
cação em nosso meio. não enfrentam nenhuma difi-
culdade é muito fácil e praze-
Leitor 2: Como nosso mundo roso. Difícil é fazer o mesmo
carece de profetas da esperan- em tempos de crise e que co-
ça! Homens e mulheres de fé locam nossa fé à prova. Que,
que sejam, de fato, comprome- a exemplo do profeta Isaías,
tidos com a Palavra e que se nós possamos ser anunciado-
deixem sempre orientar, esfor- res da grande luz que é capaz
çando-se para iluminar toda rea- de iluminar todos aqueles que
lidade à sua volta. Exemplos não estão nas trevas e a vida dos
nos faltam, sobretudo no Antigo mais sofredores e necessita-
Testamento. O profeta Isaías é dos. Essa luz tem um nome e
um deles. Deus o chamou para é Jesus!
uma missão difícil, porém, sua
resposta foi cheia de convicção: Leitor 1: O Povo de Deus sempre
“Eis-me aqui, envia-me!” (Is 5, 8). manteve firme sua esperança na
Promessa, desde sua libertação
Leitor 3: No seu tempo, corajo- da escravidão no Egito, a cami-
samente alertou a todos a res- nhada longa no deserto e os mo-
peito das consequências do fe- mentos de estabilidade do Reino
chamento do coração à vontade das Doze Tribos. Em diversos mo-
de Deus. Além disso, deparou-se mentos, o caminho foi pedregoso
com o desafio de pregar a um e houve muitas quedas e infideli-
povo que sofria muito com as dades de Israel em relação aos
injustiças, sobretudo contra os propósitos de Deus, mas o Senhor
mais pobres e excluídos. Assim, não os deixou entregues à própria
ele deveria ser, antes de tudo, sorte, enviou profetas a seu povo
profeta da esperança e anunciar com a missão de purificar-lhe de
que um tempo novo estava para seus pecados e apresentar-lhe o
chegar: o Messias seria enviado convite de misericórdia.

55
Leitor 2: Isaías contribuiu imen-
samente para que o Povo de Is-
rael não estivesse afastado do
Senhor, pois ao acompanhar
diversas fases da caminhada
errante dos hebreus, o profe-
ta soube dizer as palavras que
Deus colocou em seu coração e
em sua boca, para que ele pu-
desse corrigir, animar, consolar
e esperançar. Em seus textos,
percebemos a frutuosa ação do
Senhor em sua missão profética,
pois ao nos aproximarmos de
sua profecia, notamos a bonda-
de e o acolhimento infinitos.
Leitor 3: O Povo da Aliança, es-
colhido e cultivado por Deus, es-
tará sempre atento às maravilhas
do Céu, pois sabe que sua con-
fiança deve permanecer sempre
n’Aquele que lhe deu a vida e a
liberdade. Não há em quem mais
depositar a nossa fé, a não ser
o Senhor, pois Ele é quem cui-
da de seus filhos e nos prepara
para termos vida abundante. A
duras penas, Israel aprende esta
verdade, se Deus não for mise-
ricordioso e sempre disposto a
perdoar, de nada adiantarão os
nossos esforços. Ele é quem nos
dá a vida e só com o Senhor o
caminho ganha um sentido ver-
dadeiro.
56
ACLAMANDO A PALAVRA
Guarda a Palavra, guarda-a no
coração:
Que ela entre em tua alma, pe-
netre os sentimentos!
Busca, noite e dia, a luz, o amor
de Deus:
Se guardares a Palavra, ela te
guardará!
LEITURA BÍBLICA:
Isaías 9, 1-6
Após a leitura, guardar um breve
instante de silêncio.
DEUS NOS FALA PELO SEU FILHO
Leitor 1: Jesus é a mensagem
perfeita de Deus para toda a hu-
manidade. Ao aceitar a missão
de tornar-se homem e fazer mo-
rada entre nós, o Filho assume,
de forma sublime e definitiva, o
amor transbordante que aco-
lhe o humano que, mesmo com
suas falhas e seus erros, é salvo
pela misericórdia divina. Jesus
converge em si todas as caracte-
rísticas esperadas pelo Povo da
Aliança e, não tão somente, Ele
as plenifica, apresenta uma pro-
posta surpreendente, desafian-
do a razão humana e nos permi-
tindo viver o maravilhamento de
Sua grandiosidade.
Leitor 2: Todas as profecias do
Antigo Testamento que nos in-
dicaram o verdadeiro Messias
apontam para o Cristo, ungido
pelo Senhor (cf. Is 61, 1), nasci-
do de uma virgem (cf. Is 7, 14)
em Belém, terra de Davi, (cf. Mq
5, 1). Assim, a história da salva-
ção é conduzida para um ponto
extraordinário, Deus fala conos-
co “por meio do Filho, a quem
constituiu herdeiro de todas as
coisas, e pelo qual fez os sécu-
los” (Hb 1, 2). Tudo o que existe
converge para o Cristo, que as-
sumiu generosamente a vontade
do Pai, por isso nós o louvamos
e o colocamos como o centro de
nossa vida e de nossa fé.
Leitor 3: O Natal de Jesus é
celebração de fé, pois não so-
mente celebramos o encontro
fraterno, mas ao olharmos para
o Céu e rendermos ação de gra-
ças por infinitas bênçãos, ce-
lebramos Aquele que age em
nossa história, um Deus que não
quis manter-se habitando em luz
inacessível (cf. 1Tm 6, 16), mas
permitiu-se morar entre nós, nos
ensinando o caminho que nos
conduz a Ele, nos mostrando os
valores do Reino de amor e jus-
tiça, para que nós, também, um
dia, possamos nos preparar para
adentrar a Eternidade, onde con-
57
templaremos sua face esplendo-
rosa (cf. Ap. 22, 5).
PARTILHA
Que práticas humanas têm
tornado o caminhar de nosso
povo mais difícil, mais cheio de
trevas? A luz que é Jesus não
para de brilhar, embora seja, às
vezes, ofuscada. Quais são os
sinais dessa luz em nossa vida,
em nossa família e em nossa co-
munidade?
Canto: Minha luz é Jesus e
Jesus me conduz pelos cami-
nhos da paz!
Minha luz é Jesus e Jesus me
conduz pelos caminhos da
paz!
O POVO DE DEUS FALA
Leitor 1: O anseio de Deus para
a vida de seu povo é que sua
Palavra penetre em nossa vida,
ilumine nossa história e alimente
nosso interior, assim estaremos
preparados para ser reflexo do
amor de Deus no mundo, tão
marcado por contradições e tre-
vas. Acolher o Senhor em nossa
vida pode se assemelhar à man-
jedoura, tão indigna de receber
tão precioso presente, mas que
foi tornada merecedora pelo
despojamento do Senhor, que
se permite ultrapassar todos os
limites para que seus filhos per-
cebam a grandeza de seu amor.
Somos simples e pobres manje-
douras com a sublime missão de
trazer em nosso íntimo o Filho de
Deus.
Leitor 2: A missão confiada pelo
Mestre Jesus a seus discípulos
supera, definitivamente, nossas
capacidades e dons, mas sabe-
mos que não caminhamos sozi-
nhos e desamparados, é por um
Deus que se fez Emanuel, Deus
conosco (cf. Mt 1, 23). Somos
cooperadores do Senhor em
ajudar o mundo a superar as ri-
validades e tomar consciência
de fazermos parte da família hu-
mana, através da qual Jesus não
somente tornou-se homem, mas
entregou sua vida para salvar a
todos.
Leitor 3: O pecado, ainda tão
presente em nosso mundo, cega
nosso olhar para ver as maravi-
lhas de Deus e quando ficamos
muito tempo no escuro, nossos
olhos se acostumam com as tre-
vas e quando vemos uma grande
luz, temos dificuldade de acolhê-
-la. Há, em nosso meio, quem se
acostume com uma vida envolta
em sombras, viva fechado em si
mesmo e sinta-se ferido pelos
sofrimentos cotidianos e, por
58
isso, ainda não seja capaz de
abrir-se à luz libertadora e trans-
formadora de Jesus. Ajudemos
essas pessoas a recomeçar! Se-
jamos profetas da esperança e
da alegria em suas vidas! Que a
luz do Natal de Jesus nos guie
nesta grande missão!
PRECES
Dirigente: Irmãos e irmãs, a Pa-
lavra que meditamos deve, ago-
ra, transformar-se em oração. Di-
rijamos nossos corações ao alto,
pedindo que Jesus, o Príncipe
da Paz, olhe para nós e nossas
intenções e digamos (ou cante-
mos):
Todos: Vem, Senhor, vem nos
salvar! Com teu povo vem ca-
minhar!
• Senhor Jesus, que na simpli-
cidade da manjedoura nos
revelou o rosto de um Deus
rico em misericórdia, ilumi-
nai-nos, para que vivamos a
humildade como caminho de
conversão e liberdade dian-
te da cultura materialista de
nosso tempo. Nós vos pedi-
mos.
• Senhor Jesus, que sois o
Messias anunciado pelos
profetas e, como profeta,
anunciastes os mistérios do
Reino de Deus de uma ma-
neira tão singular e encanta-
 dora, iluminai-nos, para que
sejamos corajosos e criativos
em nossa missão profética
de anunciar a Boa Nova e de-
nunciar tudo o que oprime e
causa divisão. Nós vos pedi-
mos.
• Senhor Jesus, que com Maria
e José formastes a Sagrada
Família, estendeis esse vín-
culo a todos nós, seus discí-
pulos, iluminai-nos, para que
sejamos sinal de esperança
em nossas famílias, muitas
vezes marcadas pelo desâ-
nimo, pela falta de fé e pela
falta de fraternidade. Nós vos
pedimos.
• PAI NOSSO, AVE MARIA,
GLÓRIA
GESTO CONCRETO
Dirigente: Estamos às portas
do Natal e queremos, neste ano,
celebrá-lo de uma maneira espe-
cial. Por isso, como gesto con-
creto, vamos buscar rezar, em
família e diante do presépio, esta
bonita oração:
Todos: Menino Jesus, Deus que
se fez pequeno por nós, diante
da cena de teu nascimento, o
presépio, estamos reunidos
em família para rezar. Mesmo
que fisicamente falte alguém,
em espírito somos uma só
alma. Olhando Maria, tua Mãe
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Santíssima, rezamos pelas mu-
lheres de nossa família, que
cada uma delas acolha com
amor a palavra de Deus, sem
medo e sem reservas, que elas
lutem pela harmonia e paz em
suas casas. Vendo teu pai ado-
tivo, São José, pedimos, ó Me-
nino Deus, pelos homens des-
ta família, que eles transmitam
segurança e proteção, estejam
sempre atentos às necessida-
des mais urgentes, que saibam
proteger nossos lares de tudo
que não provém de ti. Diante
dos pastores e reis magos, pe-
dimos por todos nós, para que
saibamos render-te graças,
louvar-te sempre em todas
as circunstâncias, e que não
nos cansemos de te procurar,
mesmo por caminhos difíceis.
Menino Jesus, contemplando
tua face serena, teu sorriso de
criança, bendizemos tua ação
em nossas vidas. Que nesta
noite santa possamos esque-
cer as discórdias, os rancores,
possamos nos perdoar. Jesus
querido, abençoa nossa famí-
lia, cura os enfermos que nela
houver, cura as feridas de re-
lacionamentos. Fazemos hoje
o propósito de nos amar mais.
Que neste Natal a bênção divi-
na recaia sobre nós. Amém.
AVISOS
CÂNTICO BÍBLICO
Dirigente: Ao nos aproximarmos
do grande mistério do Nasci-
mento do Salvador, queremos
louvá-lo com as palavras ensi-
nadas por São Paulo na carta
aos Colossenses (Cl 1, 15-20). O
hino que rezaremos juntos é um
modo sublime de celebrarmos a
vinda do Filho de Deus, que nos
permite acreditar e confiar em
sermos seus filhos adotivos.
Cristo é a imagem do Deus in-
visível, o primogênito de toda a
criação, pois por causa dele,
foram criadas todas as coisas
no céu e na terra, as visíveis e
as invisíveis, tronos e domina-
ções, soberanias e poderes.
Tudo foi criado por meio dele e
para ele. Ele existe antes de to-
das as coisas e todas têm nele
a sua consistência. Ele é a Ca-
beça do corpo, isto é, da Igre-
ja. Ele é o Princípio, o Primogê-
nito dentre os mortos; de sorte
que em tudo ele tem a prima-
zia, porque Deus quis habitar
nele com toda a sua plenitude
e por ele reconciliar consigo
todos os seres, os que estão
na terra e no céu, realizando a
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paz pelo sangue da sua cruz.
Dirigente: Glória ao Pai e ao Fi-
lho e ao Espírito Santo.
Todos: Como era no princípio,
agora e sempre. Amém.
BÊNÇÃO E ENVIO
Dirigente: Agradecidos por este
encontro e por todas as graças
que recebemos ao longo de nos-
sa novena, peçamos a Deus que
derrame sobre nós sua bênção.
Em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo.
Todos: Amém.
Dirigente: Antes de irmos embo-
ra, desejemos uns aos outros a
paz que vem de Jesus e levemos
a Boa Nova da vinda do Senhor
a todos com quem nos encon-
trarmos.
Todos: Glória a Deus nas altu-
ras e paz na terra aos homens!
CANTO
Noite feliz, noite feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores, seus anjos no
céu
Anunciando a chegada de
Deus
De Jesus Salvador
De Jesus Salvador