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[Poema 74]

Ó coração!

O que sabes dos segredos desta cidade?

Na ignorância chegaste; na ignorância partirás.

Ó companheiro!

O que fizeste da vida que te foi dada?

Colocaste sobre a cabeça um saco de pedras,

E esperas por alguém que te alivie o peso;

Teu Amigo te aguarda na outra margem do rio,

Mas nunca pensaste em como alcançá-lo;

Teu barco quebrou, continuas sentado cais,

E perdes teu tempo inquietando-te com as ondas.

O servo Kabir te pede que considere:

A quem recorrerás no último instante?

Estarás só e colherás os frutos que semeastes.

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[Poema 96]

Ó amigo, pensa bem! Se amas, por que dormes?


Se O achaste, por que não te entregas completamente?

Se queres mantê-Lo em teu coração, por que O deixas escapar?

Por outro lado, se o sono te pesa nos olhos, por que perdes teu tempo

Alisando os lençóis e ajeitando os travesseiros?

Kabir diz: Falo-te das coisas do amor!

Se, por amor, deves entregar a cabeça, o que esperas?

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