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Aula 5º

Modelagem dinâmica

Prezados (as) alunos (as),

Nesta aula 5 veremos as características dos modelos
dinâmico e funcional.
Se ao final desta aula tiverem dúvidas, vocês poderão saná-
las através das ferramentas da plataforma de ensino.
Conto com a sua participação, aproveite para ler e refletir
os objetivos de aprendizagem, afinal da sua participação
dependerá seu aprendizado.
Bom Trabalho!
Bons estudos!

Objetivos de aprendizagem

Ao término desta aula, vocês serão capazes de:

• entender os conceitos de estados e eventos;

• diferenciar atividades e ações;
• compreender o diagrama de estados.
168 Análise de Sistemas II
Seções de estudo
1 – O modelo Dinâmico
2 – O modelo Funcional
3 – Comparações entre modelos
12PRGHOR'LQ¤PLFR
O modelo dinâmico descreve os aspectos do sistema que
GL]HPUHVSHLWRDRWHPSRHjVHTXrQFLDGHHYHQWRV RSHUDo}HV 
Esse modelo tenta capturar o controle, aspecto de um sistema
que descreve as sequências de operação que ocorrem em
resposta a estímulos externos, sem levar em conta o que as
operações fazem, quem as ativa e como são implementadas.
Os conceitos utilizados nesta modelagem dinâmica são os de
eventos que representam os estímulos externos e de estados
que representam os valores de objetos.
$UHSUHVHQWDomRJUiÀFDpXPGLDJUDPDGHHVWDGRVTXH
representa os estados e a sequência de eventos permitidos
num sistema para uma classe de objetos. Os estados e
eventos podem ainda ser organizados de forma hierárquica e
representados num diagrama de estados estruturados.
1.1 - Eventos e estados
Um HVWDGRé caracterizado pelos valores dos atributos
e pelas ligações mantidas por um objeto. Um HYHQWR
corresponde a um estímulo individual de um objeto a outro.
O GLDJUDPD GH HVWDGRV representa o modelo de eventos,
estados e transições de estado para uma classe dada. O modelo
GLQkPLFRconsiste de vários diagramas de estados, um para
cada classe com comportamento dinâmico importante; ele
mostra o modelo de atividade para um sistema completo.
Cada máquina de estados se executa de forma concorrente e
pode mudar de estado independentemente. Os diagramas de
estado para as várias classes combinam num modelo dinâmico
único através de eventos compartilhados.
Um HYHQWR é algo que ocorre num instante de tempo
e que não tem duração. Um evento pode preceder ou seguir
outro evento ou pode não ter relação entre eventos (neste caso,
são ditos concorrentes). Cada evento é uma ocorrência única;
entretanto, é possível reagrupá-los em classes de eventos e
Figura 5.1. Cenário e traço de eventos para uma chamada telefônica. Fonte: Acervo pessoal
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dar a cada uma delas um nome que indica uma estrutura e um
comportamento comuns. Alguns eventos são simples sinais,
mas muitos outros têm atributos indicando a informação que
eles transportam. O tempo no qual o evento ocorre é um
atributo implícito de todos os eventos. Um evento transporta
a informação de um objeto a outro; os valores de dados
transportados por um evento são seus atributos. Os eventos
incluem as condições de erro e as ocorrências normais.
Um cenário é uma sequência de eventos que ocorre
durante uma execução particular de um sistema. Ele pode
incluir todos os eventos do sistema ou apenas eventos gerados
por certos objetos no sistema. A sequência de eventos e os
objetos que trocam eventos podem ser mostrados juntos num
diagrama de UDVWURGHHYHQWRV$ÀJXUDPRVWUDRFHQiULR
e o rastro de eventos para uma chamada telefônica.
Um HVWDGRé uma abstração dos valores dos atributos
HGDVOLJDo}HVGHXPREMHWR8PHVWDGRHVSHFLÀFDDUHVSRVWD
do objeto a eventos de entrada. A resposta de um objeto a
um evento pode incluir uma ação ou uma mudança de estado
pelo objeto.
Um estado tem uma duração; ele ocupa um intervalo
GHWHPSRHQWUHGRLVHYHQWRV1DGHÀQLomRGHHVWDGRVSRGH
se ignorar atributos que não afetam o comportamento
do objeto. O estado é caracterizado por um nome e uma
descrição contendo a sequência de eventos que leva ao estado,
a condição que o caracteriza e os eventos aceitos neste estado
com a ação que ocorre e o estado futuro. O estado pode
incluir os valores de suas ligações.
O GLDJUDPD GH HVWDGRV relaciona estados e eventos.
A mudança de estado causada por um evento é chamada de
WUDQVLomR$ÀJXUDPRVWUDRGLDJUDPDGHHVWDGRVGHXPD
linha telefônica. Os diagramas de estado podem representar
ciclos de vida uma-vez (com um estado inicial e um estado
ÀQDO  TXH UHSUHVHQWDP REMHWRV FRP YLGD ÀQLWD RX PDOKDV
FRQWtQXDVFRPRQDÀJXUD8PPRGHORGLQkPLFRpXPD
coleção de diagramas de estado que interagem entre si através
de eventos compartilhados.
Uma FRQGLomR é uma função booleana de valores
objetos. Condições podem ser usadas como guardas nas
transições, sendo que uma transição guardada
dispara quando o evento ocorre e que a condição de
guarda é verdadeira.
 33
Figura 5.2. Diagrama de estados de uma linha telefônica. Fonte: Acervo pessoal
1.22SHUD©·HV
Uma descrição do comportamento de um objeto
GHYH HVSHFLÀFDU R TXH R REMHWR ID] HP UHVSRVWD D HYHQWRV
Operações associadas a estados ou transições são realizadas
em resposta aos estados correspondentes ou a eventos.
Uma DWLYLGDGHé uma operação que leva tempo para se
completar. Ela é associada a um estado. A notação “do: A”
dentro de um caixa de estado indica que a atividade A inicia
na entrada no estado e para na saída.
Uma DomRé uma operação instantânea e é associada a
um evento. Uma ação representa uma operação cuja duração é
pequena comparada com a resolução do diagrama de estados.
Ações podem também representar operações de controle
interno. A notação para uma ação numa transição é um “/”
seguido do nome da ação, após o evento que a causa.
1.3 - Diagramas de estado
aninhados
Os diagramas de estado podem ser estruturados para
permitir descrições concisas de sistemas complexos. Através
de uma JHQHUDOL]DomR, é possível expandir, num nível mais
baixo, adicionando detalhes, uma atividade descrita num
nível superior . É possível organizar estados e eventos em
hierarquias, com herança de estrutura e comportamento
comuns, como no caso da herança de atributos e operações
em classes de objetos.
Figura 5.3. Diagrama de estados (generalização). Fonte: Acervo pessoal
A DJUHJDomR permite quebrar um estado em
169
componentes ortogonais, com interação limitada entre eles,
da mesma forma como se tem uma hierarquia de agregação de
REMHWRVDDJUHJDomRpHTXLYDOHQWHjFRQFRUUrQFLDGHHVWDGRV
(estados concorrentes correspondem geralmente a agregações
de objetos).
Uma DWLYLGDGH num estado pode ser expandida
como um diagrama de estados de baixo-nível, cada estado
representando um degrau da atividade. Atividades aninhadas
são diagramas de estados uma-vez com transições de entrada
e saída, de forma similar a sub-rotinas. Um diagrama de
estados aninhado é uma forma de generalização (relação
do tipo “or”) sobre os estados . Os estados num diagrama
DQLQKDGRVmRWRGRVUHÀQDPHQWRV VXEHVWDGRV GHXPHVWDGR
(superestado) de um diagrama de alto-nível; a simbologia
utilizada corresponde a uma caixa arredondada representando
o superestado e contendo todos seus subestados.
(YHQWRVpodem também ser expandidos em diagramas
de estados subordinados. Os eventos podem ser organizados
numa hierarquia de generalização com herança dos atributos
de eventos. A hierarquia de eventos permite que diferentes
níveis de abstração sejam usados em diferentes lugares num
modelo.
1.4&RQFRUU¬QFLD
Um modelo dinâmico descreve um conjunto de objetos
concorrentes, cada um com seu próprio diagrama de estados.
Os objetos num sistema são inerentemente concorrentes e
podem mudar de estados de forma independente. O estado
do sistema total é o resultado dos estados de todos os seus
objetos. Um diagrama de estados no caso da junção (assembly)
de objetos através de agregação (relação “and”) é uma
coleção de diagrama de estados, concorrentes, um para cada
170 Análise de Sistemas II 34
componente. Entretanto, em vários casos, os estados dos
componentes interagem; transições guardadas para um objeto
podem depender do estado de outro objeto.
A concorrência pode também ocorrer dentro do estado
de um único objeto, quando o objeto pode ser particionado
em subconjuntos de atributos ou ligações, cada um com seu
próprio subdiagrama; na notação adotada, os subdiagramas
são separados por linhas pontilhadas.
22PRGHOR)XQFLRQDO
O modelo funcional descreve os aspectos do sistema que
dizem respeito com as transformações de valores: funções,
mapeamentos, restrições e dependências funcionais. Este
modelo captura RTXHo sistema faz sem levar em conta o
FRPRe o TXDQGRele faz.
O modelo funcional é representado por vários diagramas
GHÁX[RGHGDGRV ')' TXHPRVWUDPDVGHSHQGrQFLDVHQWUH
valores e o cálculo de valores de saída a partir de valores de
entrada e de funções. O modelo funcional inclui também as
restrições entre valores no modelo objeto.
2.1'LDJUDPDGH)OX[RGH'DGRV
O modelo funcional consiste de múltiplos diagramas de
ÁX[R GH GDGRV TXH HVSHFLÀFDP R VLJQLÀFDGR GH RSHUDo}HV
HUHVWULo}HV8PGLDJUDPDGHÁX[RGHGDGRV ')' PRVWUD
a relação funcional dos valores calculados pelo sistema,
incluindo valores de entrada, saída e armazenamento de
dados internos.
Um DFD contém SURFHVVRVque transformam dados,
IOX[RVGHGDGRVque movimentam dados, objetos DWRUHV
que produzem e consomem dados, objetos DUPD]HQDPHQWR
GHGDGRVque estocam os dados.
3URFHVVRV. Um processo transforma valores de dados.
Um processo é implementado como um método de uma
operação de uma classe de objetos. O objeto alvo é usualmente
XPGRVÁX[RVGHHQWUDGDHVSHFLDOPHQWHVHDPHVPDFODVVH
GHREMHWRpWDPEpPXPÁX[RGHVDtGD(PDOJXQVFDVRVR
objeto alvo é implícito.
)OX[RVGHGDGRV8PÁX[RGHGDGRVFRQHFWDDVDtGD
GHXPREMHWRRXGHXPSURFHVVRjHQWUDGDGHRXWURREMHWR
ou processo Ele representa um valor de dados intermediário
QXPFiOFXOR2YDORUSHUPDQHFHVHPPXGDQoDQRÁX[RGH
dados.
$WRUHV. Um ator é um objeto ativo que conduz o diagrama
GHÁX[RGHGDGRVSURGX]LQGRRXFRQVXPLQGRYDORUHV$WRUHV
VmROLJDGRVjVHQWUDGDVHVDtGDVGHXPGLDJUDPDGHÁX[RGH
dados. Eles podem ser vistos como fontes e receptores de
dados.
$UPD]HQDGRUHVGHGDGRV. Um armazenador de dados
p XP REMHWR SDVVLYR GR GLDJUDPD GH ÁX[R GH GDGRV TXH
armazena dados para um acesso futuro. Como no caso de um
ator, um armazenador não gera operações sobre ele mesmo,
mas simplesmente responde a pedidos para armazenar e
acessar dados. O acesso pode ser feito em ordem diferente do
armazenamento. Destaca- se que atores e armazenadores de
dados são objetos que se diferenciam pelo seu comportamento
e uso; atores podem ainda ser implementados como
dispositivos externos e armazenadores como arquivos.
'LDJUDPDVGHÁX[RGHGDGRVDQLQKDGRV. Um DFD
é particularmente útil para mostrar a funcionalidade de alto-
nível de um sistema e sua quebra em unidades funcionais
menores. Um processo pode ser expandido num outro DFD
no qual as entradas e saídas dos processos o são também no
novo diagrama. Eventualmente, o aninhamento de diagramas
WHUPLQD FRP IXQo}HV VLPSOHV TXH GHYHP VHU HVSHFLÀFDGDV
como operações.
)OX[RV GH FRQWUROH. Um DFD não mostra quais
caminhos são executados e em que ordem. Decisões e
sequenciamento são questões de controle que fazem parte do
PRGHORGLQkPLFR­VYH]HVSRGHVHU~WLOLQWURGX]LURÁX[R
GH FRQWUROH QR ')' 2 ÁX[R GH FRQWUROH p XPD YDULiYHO
booleana que indica quando um processo pode ser realizado;
RÁX[RGHFRQWUROH UHSUHVHQWDGRSRUXPDOLQKDSRQWLOKDGD
no DFD, que vai de um processo que gera uma variável
booleana ao processo a ser controlado) não é um valor de
entrada para o processo.
2.1.1 - Especificando operações
Processos em DFD devem eventualmente ser
implementados como operações sobre objetos. Para cada
nível baixo, um processo é uma operação. Processos de nível
elevado podem também ser considerados operações. Uma
implementação pode ser organizada de forma diferente da que
o DFD representa por causa de otimização. Cada operação
SRGHVHUHVSHFLÀFDGDGHYiULDVIRUPDVFRPRSRUH[HPSOR
funções matemáticas, tabelas de valores de entrada e saída,
HTXDo}HV HVSHFLÀFDQGR VDtGD HP WHUPRV GH HQWUDGD SUp H
pós-condições, tabelas de decisão, pseudocódigo (algoritmos)
e linguagem natural.
3 - Comparações entre modelos
Cada modelo descreve um aspecto do sistema, mas
contém referencias aos outros modelos. O modelo objeto
descreve a estrutura de dados sobre a qual os modelos
dinâmico e funcional operam. As operações no modelo objeto
correspondem aos eventos no modelo dinâmico e as funções
no modelo funcional.
O modelo dinâmico descreve a estrutura de controle dos
REMHWRV$VDo}HVQRGLDJUDPDGHHVWDGRVFRUUHVSRQGHPjV
funções no diagrama funcional. Os eventos no diagrama de
estados se tornam as operações no modelo objeto.
O modelo funcional descreve as funções invocadas pelas
operações no modelo objeto e ações no modelo dinâmico.
$VIXQo}HVRSHUDPVREUHRVYDORUHVGHGDGRVHVSHFLÀFDGRV
pelo modelo objeto. O modelo funcional mostra ainda as
restrições sobre os valores objeto.
Seções de estudo
9DPRV DJRUD UHOHPEUDU DOJXQV SRQWRV LPSRUWDQWHV
GHVWD$XOD
 35 171
²2PRGHOR'LQkPLFR
Vimos que um HVWDGRé caracterizado pelos valores dos
atributos e pelas ligações mantidas por um o. Um HYHQWRé
algo que ocorre num instante de tempo e que não tem duração
e um cenário é uma sequência de eventos que ocorre durante
uma execução particular de um sistema.

²2PRGHOR)XQFLRQDO
Estudamos nesta seção que o modelo funcional
descreve os aspectos do sistema que dizem respeito com as
transformações de valores: funções, mapeamentos, restrições
e dependências funcionais. Este modelo captura R TXH o
sistema faz sem levar em conta o FRPRe o TXDQGRele faz.

²&RPSDUDo}HVHQWUHPRGHORV
Nesta seção, vimos uma comparação do que foi estudado
entre os modelos dinâmico e funcional.

Vale a pena

9DOHDpena ler
PRESSMAN, Roger. Engenharia de Software. São Paulo-
SP: Makron Books, 2006. SOMMERVILLE, I. Engenharia
de Software. 8ª Edição. Addison Wesley, 2007.

9DOHDpena acessar

UNICAMP. Modelagem Dinâmica. Disponível por www

em: http://www.ic.unicamp.br/~ariadne/mc436/1s2013/
cap5.pdf. Acesso em 10/11/2013

Minhas anotações