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Este documento é... UMA ESCURIDÃO BONITA No Everand
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ONDJAKI #Cuidado garoto apaixonado
Toni Brandão
“o escuro às vezes não é falta de luz Ainda não há avaliações
mas a presença de um sonho...”
(velho muito velho que inventa as palavras)
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Nessa ausência de luz, ela olhava para mim, numa travessia de escuridão e Quatro estações de morte
cheiros. Tinha uns olhos bonitíssimos e continuava em silêncio. Rosana Rios
Olhei numa outra direção, cheia de estrelas no céu azul-escuro. O Universo é Ainda não há avaliações
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Cordel Adolescente
Kelen Careta Machado
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Estrutura e elementos do
conto
silviagoes
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Às vezes é bom estarmos numa escuridão sozinha, de gruta e conforto, como se Caítulo 1 - o Leão, A Feiticeira
o nosso mundo, por alguns instantes, pudesse ser assim - sem tom de cor nem distração e o Guarda Roupa
de forma. Renan Freitas
É bom dividir uma escuridão com outra pessoa, em concha e aconchego, como Ainda não há avaliações
Os olhos habituam-se ao escuro. O silêncio fica muito nítido na ausência da luz. Atividade Musica Faroeste
Na contraluz de um luar minguante, podia ver os contornos grossos dos lábios Caboclo
dela, o queixo a imitar falésias, e dois brilhos apagados no lugar dos brilhos que um dia Josiel Lima
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foram os olhos dela. Nesse silêncio, eu de olhos quase fechados escutava o respirar dela.
Pulmão vai, pulmão vem...
Era uma onda cega, numa praia distante, uma onda comprida de subir areias e
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espantar caranguejos, de penetrar num chão de algas e colher conchas pequeninas.
Pulmar vai, pulmar v e m ... Exercício de Compreensão e
Interpretação de Textos
Naquela respiração, eu sabia, havia um pensamento pendurado. Não fiz nenhum
Teresa Chinopa
ruído para não sacudir esse pensamento. Mas, de tudo isso - e ainda as pernas
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baloiçando em desenho de abano -, eu tinha só carência da mão dela, perto, parada
numa qualquer sugestão mesmo de impossível.
Quase não falei o que a minha boca acabou por murmurar:
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- Dá-me só um beijo... - pedi.
CARONE Beco de Flores
- Não posso... - os dentes dela riram na escuridão.
RogérioCamargo
- Porquê?
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Prova Do Livro - o Centauro
Guardião
Silvéria Matias
100% (5)
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Restos Do Carnaval
geopavlo
- Porque não tenho vontade. Ainda não há avaliações
Um avião pequeno saiu do esconderijo dele, atrás do telhado, e num piscar de
luzes, imitou um pirilampo em voo de liberdade e cantoria. Eu tinha olhos só de olhar o
céu. Assim, limpo, ele não prometia resguardo. Eu precisava de nuvens cinzentas para
me esconder num labirinto de desilusão. Documento 2 páginas
Num susto quase pouco, ela fez-me uma festinha lenta na mão. Ternura e gesto A Esperteza Da Lebre
de amansamento. luanaalmon
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A noite quente agradava aos mosquitos e, sem a luz que faltou, a nossa escuridão
fez brotar magias de simplicidade: desejei esse arco-íris iluminoso, uma canoa para
navegar no mar negro do Universo. Uma canoa feita com os fósforos já gastos em todas Documento 20 páginas
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O Furtinho
José Luís Serafim
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Documento 6 páginas
Para mim a falta de luz era estar ali com ela, de mãos dadas - os meus lábios na A Cigarra e A Formiga
espera dos lábios dela. Domingos Campos
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A Noiva Do Ladrão
Ana Catarina Gualberto
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Ela olhava para a parede branca que estava à nossa frente, a menos de dois Documento 9 páginas
metros. Acariciava um dedo da minha mão, fazia-me festinhas muito devagarinho. Eu Prova 7 - Moço de Máquinas
senti um pouco de vergonha de toda aquela estória que eu tinha acabado de inventar. Jose Carlos Fernandes
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Atrás de nós havia um jardim com flores, com uma goiabeira e muitos arbustos.
Lá longe, fora do quintal, havia uma curva onde passavam poucos carros. Ela não sabia,
mas quando um carro fizesse aquela curva, na parede branca íamos ter Cinema Bu.
- Tás a fazer festinhas no meu dedo ou no dedo da minha avó? - eu quis saber.
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- Nos dois - ela respondeu com um sorriso quente.
Bob, um gato fora do normal
Eu não sabia se devia explicar o que era o Cinema Bu, ou se devia deixar que ela
VâniaMorelattoMa ei
descobrisse. Se calhar o melhor era esperar o carro passar. Há coisas que entram pelos
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nossos olhos e chegam aos nossos corações sem palavras de explicação.
Um dia perguntaram à minha avó Dezanove o que era a poesia. Primeiro ela
ficou muito tempo calada, então pensaram que ela não tinha resposta. Mas ela depois
falou: a poesia não é a chuva, é o barulho da chuva.
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- Já tomaste banho de chuva?
Um Conto de Natal - Miguel
- Muitas vezes.
Torga
- Gostas mais da água que cai, ou do barulho da água a cair?
mfnac
- As mulheres até que são parecidas. Ela também demorou algum tempo a Ainda não há avaliações
responder.
- Se estou dentro de casa, adoro o barulho da chuva. Se tomo banho de chuva,
adoro ver o arco-íris chegar.
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- Então gostas mais de qual?
A mensagem do corvo
- Dos dois. Arlene De Almeida Nascimento
- Há um que se gosta mais. Ainda não há avaliações
- Acho que se pode gostar mais de duas coisas ao mesmo tempo.
Ouvi, ainda ao longe, o barulho de um carro. Olhei a parede em frente, como se
já estivesse a começar o Cinema Bu. Ela olhou também, e estranhou que a parede
continuasse branca. Na verdade, ela estava cinzenta, pois só a luz da lua alumiava a Documento 4 páginas
varanda. Contos
Um vento fraquinho abanou as folhas dos arbustos, as plantas e as flores. Um Carlos Cerqueira Da Silva
morcego passou bem rápido por cima de nós. Ainda não há avaliações
Eram os sinais: o Cinema Bu estava quase a acontecer.
- Estás a ver o quê na parede?
- Já vais ver...
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O Barril de Amontillado -
Edgar Allan Poe
viniciusestima
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Um carro barulhento aproximou-se da curva, diminuiu a velocidade. Uma luz Romeu e Julieta: O amor
forte e dupla invadiu a varanda da avó Dezanove, estreando na nossa noite escura uma proibido
sessão de Cinema Bu. Leonardo S. Santos
Quase saltei de contente e olhei atento para a parede. Ainda não há avaliações
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Documento 3 páginas
A Pedra No Caminho
raucf
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- A estória verdadeira do dedo - comecei - é que ela tinha uma infecção e o Como Os Campos
médico teve que lhe cortar o dedo. Mas não contes a ninguém, aqui no bairro todos SuzyDeAbreuSantana
pensam que foi mesmo o soviético. 100% (1)
- Não conto a ninguém. Eu também gosto mais da tua estória com o soviético.
Quis dar-lhe a mão, gesto de carícia ou agradecimento, mas faltou-me a
coragem. Essa minha mão já ida no caminho do encontro, tive que dar-lhe um rumo de
disfarce - fingi afastar um mosquito nenhum. Documento 5 páginas
- É incrível como um dedo pode mesmo matar uma pessoa... O Homem do Olho Torto
- Devias era pensar que esse dedo cortado salvou a tua avó. E ela ainda ganhou Vanilda De Freitas Oliveira
esse nome raro assim falado numas matemáticas bonitas: Dezanove! 100% (1)
Documento 2 páginas
Documento 12 páginas
C - Romantismo 1 Fase
Nacionalista
Desbloquear este documento Adeilson
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- E quem
documento ou assine paralhelerdeu esse nome?
e fazer o - ela quis saber.
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download. - Fui eu - menti de novo.
As nossas vozes espalhavam barulhos
OU nessa varanda onde primeiro só havia Documento 4 páginas
cheiros. Os barulhosDesbloqueie
esquecem-se rápido. Aindaapós
esta página bem um
que anúncio
os cheiros ficam bem presos
Simulado 4 (Port. 5º Ano - Blog
na nossa memória das recordações. Eu acho que quando formos crescidos vamos gostar
Do Prof. Warles)
de reencontrar estas coisas do nosso antigamente. 10
Adhemar Santillo
Num qualquer futuro, onde eu encontrar cheiro de abacate, ela vai estar um Ainda não há avaliações
bocadinho lá.
- Agora fiquei alegre.
- Eu também. Documento 2 páginas
- Quando somos crianças, o mundo fica bonito de repente. E simples. Parece um O Mito de Ícaro e o Equilíbrio
céu aberto com estrelas possíveis de serem apanhadas e guardadas numa gaiola sem entre Sonho e Realidade
paredes de fechar ninguém. Roger Alves
- Consegues imaginar uma gaiola ao contrário? 100% (1)
- Acho que sim. Uma gaiola toda aberta.
Lá dentro, a avó Dezanove tossiu. Nesse sopro, a vela apagou-se.
No interior da casa uma outra escuridão imitava a escuridão que nós já tínhamos No Everand
estreado na varanda. Eram escuridões quase gêmeas. O óbvio também precisa ser
Cá fora, entre o riso de um grilo e o soluço de um pirilampo, nessa escuridão dito
dividida, ela ganhou coragem na voz e falou bem perto de mim: Guilherme Pintto
- Empresta-me só os teus lábios. 4.5/5 (38)
Era um beijo num baile solto de línguas, coqueiros que dançavam no vai-e-vir No Everand
das ondas com algas bonitas e o mar em nós também. Manhãs com Spurgeon
Um beijo todo salgado, sem nenhumas palavras de explicação. Charles Spurgeon
Depois das mãos e dos lábios, os nossos corações acelerados eram um único 5/5 (6)
chuvisco de contenteza. Até acreditei que dentro de nós havia um cheiro de terra depois
de chover.
- Porquê inventas estórias? - ela perguntou.
No Everand
- Para a nossa escuridão ficar mais bonita.
A Matriz Divina: Uma jornada
através do tempo, do espaç…
Gregg Braden
5/5 (4)
No Everand
No Everand
Águas no deserto:
Encontrando Refrigério para…
Rodrigo Aldeia
“a beleza às vezes é um lugar 5/5 (1)
onde o olhar já sabe aquilo que não qu er esquecer...”
(velha muito velha que destrói as palavras)
No Everand
O Cuco de Andropov
Owen Jones
________________________________________________________________ 5/5 (1)
NOTAS
1) Este conto foi publicado no Brasil pela editora Pallas com ilustrações de
António Jorge Gonçalves. No volume, as páginas são pretas e as letras brancas. No Everand
Referência: ONDJAKI. Uma escuridão bonita . Ilustração de António Jorge Gonçalves. Comunicação ubíqua:
Rio de Janeiro: Pallas, 2015. Repercussões na cultura e n…
Lucia Santaella
2) Ondjaki é o nome artístico de Ndalu de Almeida, nascido em Luanda, capital
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da Angola, em 05 de julho de 1977. O jovem escritor tem uma produção intensa, que
pode ser consultada em seu site: kazukuta.com
Neurociência aplicada a
POESIA
técnicas de estudos: Técnica…
Actu sanguíneu (poesia, 2000)
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Há prendisajens com o xão (poesia, 2002) 4.5/5 (15)
Materiais para a confecção de um espanador de tristezas (poesia, 2009)
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O leão e o coelho saltitão (infantil, 2008)
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