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Apostila Transmissões Mecânica Fiat
Apostila Transmissões Mecânica Fiat
Transmissões
Transmissões
ÍNDICE
Introdução 05
1ª parte
2ª parte
A embreagem 14
Conhecendo a embreagem 15
3ª parte
A caixa de mudanças 32
4ª parte
O diferencial 48
Entendendo o diferencial 49
5ª parte
As semi-árvores 62
A junta homocinética 65
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Introdução
Nada adiantaria se um torque gerado pelo motor de alta tecnologia não chegasse, também,
com tecnologia às rodas.
Desde o início, a FIAT estava presente, investindo em tecnologia e dando sua contribuição para
o progresso do conjunto de transmissão dos veículos, sempre inovando no desenvolvimento dos
componentes e em suas publicações a respeito dos mesmos.
Esta apostila o levará a conhecer todo o percurso do movimento, desde o motor até as rodas
além de todos os componentes que constituem a transmissão. Aproveite!
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1ª parte
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Não muito satisfeitos, lançaram ainda naquela década, a caixa de mudança de engrenagens
planetárias e a transmissão por eixo cardan.
Mais tarde, a transmissão automática era lançada nos Estados Unidos por Sturtevant.
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Quando o motor estiver posicionado transversalmente, não será necessária nenhuma alteração
na direção do movimento, pois os eixos estarão paralelos aos eixos das rodas.
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Nessa época a FIAT já investia em tecnologia para melhorar a construção de seus veículos. Foi
em 1936 que lançou o FIAT 500, o “Topolino”, com câmbio de quatro marchas sincronizadas
entre outras novidades.
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Essas alterações foram motivadas pelas competições automobilísticas que, de fato, contribuíram
para o progresso e para a história dos veículos, sobretudo no que se refere às transmissões, ou
mais especificamente à embreagem, câmbio e diferencial.
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Existem vários tipos de transmissão, como transmissão de energia mecânica por meio de fluidos,
embreagens hidráulicas e, sobretudo, as caixas de mudanças automáticas.
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Num automóvel com motor dianteiro, a transmissão passa por todos esses componentes.
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2ª parte
A embreagem
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Conhecendo a embreagem
Mola do diafragma
Rolamento de encosto
Árvore primária
do câmbio
Disco de embreagem
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Placa de
pressão
Tampa (carcaça)
Anéis
Mola-chapa
O platô é composto por uma chapa de pressão, anéis de aço, mola-membrana e pela carcaça
de montagem do conjunto.
A ligação entre o motor e a caixa de mudanças é feita quando o disco de embreagem é compri-
mido
d entre o platô
l e o volante
l do motor, através d
d do sistema d
de comando
d composto pelo
l pedal,
d l
cabo, garfo, guia e rolamento (colar de embreagem).
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B A
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Esteja atento! Uma embreagem rumorosa ou que provoque golpes na caixa de mudanças pode
danificar a transmissão. Para que isso não aconteça, a embreagem é provida de um dispositivo
para amortecimento de golpes.
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Para que isso não ocorra, os cabos são providos dos chamados “dampers”, que
são elementos de borracha que absorvem essas vibrações.
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3ª parte
A caixa de mudanças
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Quando um veículo está em movimento, as resistências que o opõem são as mais variadas. Ele
está sob resistência do ar, do solo, do atrito dos pneus, e ainda, do peso do veículo.
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Para isso, o câmbio de velocidades deve possuir, geralmente, quatro ou cinco relações de
composições de engrenagens. Essas relações são obtidas mediante um comando mecâni-
co, auxiliado por sincronizadores que facilitam o engate das marchas.
Os comandos devem proporcionar mudanças de marchas suaves e seguras, sem permitir que as
marchas escapem.
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O garfo é construído em ferro fundido com as pontas, que funcionam na luva, revestidas com
uma fina camada de cobre e alumínio antiatrito que evitam o desgaste.
A luva é confeccionada de aço ao manganês e cromo. Ela recebe um tratamento térmico que a
protege contra desgastes e garante o bom funcionamento nas trocas de marchas.
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1
2
Quando a embreagem está acoplada, o volante do motor está transmitindo velocidade para a
caixa de mudanças. A árvore primária recebe o movimento de rotação do motor para transmiti-
lo à árvore secundária e à intermediária.
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Na árvore intermediária está situada a engrenagem que inverte o movimento para marcha à ré.
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A árvore secundária está acoplada à árvore primária, da qual recebe o torque transmitindo-o
com um valor maior às rodas motrizes.
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1ª marcha
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2ª marcha
A segunda marcha, assim como as outras, vai aumentando o diâmetro e o número de dentes das
engrenagens da árvore primária e diminuindo o diâmetro e o número de dentes das engrena-
gens da árvore secundária.
Estabelece desse modo uma relação de transmissão, como nesse caso de 5:1 entre a velocidade
de rotação do motor e as rodas.
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Quando o veículo se desloca a uma velocidade constante que não exige um torque elevado,
uma relação do tipo 2:1 é suficiente...
...contudo, numa subida íngreme, será necessária uma relação mais alta para que o motor traba-
lhe com maior número de rotações em relação às rodas, multiplicando-se assim o torque.
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É como andar de bicicleta. Quando descemos por uma via, selecionamos a engrenagem menor
da “caixa de velocidade”, diminuindo a relação de transmissão e, conseqüentemente, aumentan-
do o número de voltas que a engrenagem movida efetuará, já que não será necessário imprimir-
mos um torque tão elevado.
Para obter a relação de transmissão, basta dividirmos o número de dentes da engrenagem movi-
da pelo número de dentes da motora.
ENTRADA
MOTORA SAÍDA
10
26
MOVIDA
MOVIDA
MOTORA
30
13
i = 30 = 3 : 1 i = 26 = 2 : 1
10 13
RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO
i=3:1 x i=2:1 i=6:1
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É possível encurtar ou alongar a relação final de transmissão. Se temos uma relação de 5:1, ou
seja, cinco voltas da motora por uma volta da movida e queremos proporcionar mais velocidade
ao veículo, será necessário encurtarmos a relação.
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5
4
1
2
3
O conjunto sincronizador compõe-se de anel sincronizador (1), cubo (2), luva (3), rolamento (4),
anel (5) e mola (6).
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O tipo de sincronizador que a FIAT utiliza é o BORG WARNER. Ele proporciona eficiência nos
engates das marchas e, conseqüentemente, maior durabilidade ao conjunto de transmissão.
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No percurso do movimento desde o volante do motor até as rodas, um componente tem função
importante na transmissão dos movimentos às rodas.
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4ª parte
O diferencial
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Entendendo o diferencial
Nos veículos em que a caixa de mudanças é longitudinal ao chassi, as rodas motrizes não gir
giram
ças.
no mesmo plano ao da rotação de saída da caixa de mudanças.
O diferencial faz essa mudança de direção do movimento. Além disso, em uma curva, as rodas
não giram com a mesma velocidade. Se as árvores fossem fixas, a roda que imprimisse menor
velocidade se arrastaria a fim de acompanhar o trajeto da curva.
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Atua a partir de duas semi-árvores de maneira que uma roda gire inde-
pendente da outra, recebendo o movimento da árvore secundária que está
acoplada por uma coroa. Dessa forma a árvore secundária funciona como
um pinhão.
Quando uma das árvores é imobilizada, a outra continua a girar em torno de seu eixo e da
planetária móvel, fazendo a outra girar, proporcionalmente, mais depressa.
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A regulagem dessa folga é importante para o funcionamento e a durabilidade das peças que
compõem a caixa de mudanças.
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Esse aditivo forma uma película protetora sobre as superfícies metálicas, a fim de
evitar o grimpamento das engrenagens.
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Para uma lubrificação eficiente, o óleo é obrigado a vencer várias dificuldades, devendo ser
fino o suficiente para penetrar nas menores folgas e espesso para manter, sempre constante, a
película protetora de óleo.
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Além dessas características, deve ainda manter uma lubrificação plena e eficiente em uma ampla
faixa de temperatura.
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...ou segundo o API (Instituto do Petróleo Americano) que os classificam quanto aos seus desem-
penhos, baseando-se no tipo de engrenagem, no grau de proteção antidesgaste e na característi-
ca de extrema pressão.
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Nesse caso, a cada estação do ano deveríamos modificar o óleo que utilizamos. Para evitar
essas trocas, existem os óleos multiviscosos que satisfazem às exigências climáticas e possuem
características de obter fácil partida a frio,...
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E lembre-se que os óleos possuem tempo determinado de utilização. Sendo assim, deve-se respei-
tar os intervalos de troca recomendados pelo fabricante.
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É feita de sabão metálico enriquecida, às vezes, com lubrificantes sólidos à base de chumbo,
grafite ou molibdênio.
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Atualmente a FIAT utiliza, nas graxas, o aditivo de molibdênio que proporciona maior aderência
nas superfícies e melhor preenchimento das microcavidades.
Ao montar algum componente, observe sempre se deve ser usado algum tipo de lubrificante ou
carga especificada em sua montagem.
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Relógio comparador
Rolamento
P
Carcaça do diferencial
A espessura do calço “S” será determinada pela fórmula S = P - H + 0,12 mm, ou seja, a pro-
fundidade menos a altura do flange, acrescida de 0,12 mm que será o valor da interferência
prescrita para a pré-carga do rolamento do diferencial.
Anel Flange
= P - H + 0,12 mm
Rolamento
Carcaça do diferencial
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5ª parte
As semi-árvores
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y
;y;
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As semi-árvores, direita e esquerda, compõem a árvore motriz juntamente com coifas, massa
amortecedora, junta tripóide, junta homocinética, rolamentos e anéis retentores.
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A junta homocinética
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Gaiola
Esfera
Anel interno
Sino
São utilizadas entre duas árvores para permitir que ambas girem juntas e com a mesma veloci-
dade, não importando o ângulo que formem. As esferas localizadas dentro do sino permitem
que as juntas trabalhem em ângulos.
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As juntas homocinéticas podem ser fixas ou deslizantes, sendo as primeiras, localizadas próxi-
mas ao cubo da roda, e as segundas, próximas à transmissão.
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A junta homocinética fixa tem um único movimento que é o angular e tem a finalidade de com-
pensar as mudanças angulares descritas pela suspensão e pela direção. São elas que permitem
a tração suave sem flutuações nos veículos.
Bem! Chegamos ao final. Juntos aprendemos muito sobre o sistema de transmissão, um tema tão
complexo que deve ser bem compreendido. Esse é o objetivo do Treinamento Assistencial FIAT.
Até a próxima!
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COPYRIGHT BY FIAT AUTOMÓVEIS S.A. - PRINTED IN BRAZIL - Os dados contidos
nesta publicação são fornecidos a título indicativo e poderão ficar desatualizados
em conseqüência das modificações feitas pelo fabricante, a qualquer momento, por
razões de natureza técnica, ou comercial, porém sem prejudicar as características
básicas do produto.
Impresso n° 53001160 - 05/2008