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Partes
Partes são os sujeitos parciais do processo: autor (aquele que formula pedido em
juízo, relativo a pretensão de que se diz titular) e réu (aquele contra quem se pede a
tutela jurisdicional), ou seja, é o sujeito que intervém no contraditório ou que se expõe
às suas conseqüências dentro da relação processual.
Parte pode ser: sujeito da lide (parte em sentido material) ou sujeito do processo
(parte em sentido processual).
Os sujeitos processuais devem ser partes legitimas, porém há casos em que não há
identidade entre aquele que formula pedido em juízo e o titular da afirmação de direito
deduzida em juízo.
Sem a provocação da parte, o juiz não pode instaurar o processo, e se esta não cuida
de fornecer ou indicar os meios de prova necessários à tutela de sua pretensão ou não
exercitar as faculdades de defesa ou resposta, a solução a que será conduzido o juiz
poderá não ser aquela a que corresponderia a verdadeira situação jurídica material.
Capacidade processual
Deve-se diferenciar a capacidade processual da capacidade de ser parte.
Capacidade de ser parte (de ser autor ou réu) liga-se ao conceito de capacidade de
direito.
Capacidade processual (capacidade de estar em juízo) liga-se a capacidade de fato, e
consiste na aptidão de participar da relação processual, em nome próprio ou alheio.
Em caso de representação ou assistência, o representante/assistente não é considerado
parte, mas gestor de interesses alheios.
Podem ser parte as pessoas naturais e jurídicas, regularmente constituídas, de direito
público ou privado; ou ainda massas patrimoniais necessárias (espólio, massa falida,
herança jacente, etc), sem personalidade jurídica, podem ser parte ativa ou passiva.
A capacidade é pressuposto processual positivo de validade, tanto que se proferida a
sentença de mérito apesar de uma das partes não ser capaz, se estará diante de sentença
rescindível.
Nas ações que versem sobre direito reais imobiliários é que o cônjuge dependerá do
assentimento de seu consorte para ingressar em juízo. Esse assentimento poderá ser
suprido judicialmente, quando houver recusa sem motivo justo, ou lhe seja impossível
dá-la.
Ambos os cônjuges são citados para as ações, formando litisconsórcio passivo
necessário:
a) que versem sobre direitos reais imobiliários;
b) resultantes de fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou de atos praticado
por eles;
c) fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família, mas cuja execução
tenha de recair sobre o produto do trabalho da mulher ou seus bens reservados;
d) que tenham por objeto o reconhecimento, constituição ou extinção de ônus sobre
o imóvel de um ou ambos os cônjuges.
Legitimidade
A legitimidade é condição da ação.
A legitimidade ad causam (para a causa) é a legitimidade processual, e decorre de
uma simetria que deve haver entre os titulares da relação jurídica de direito material
subjacente à demanda e da relação jurídica de direito processual.
Regra: quem tem legitimidade ad causam tem legitimidade ad processum.
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Sucessão e Substituição
Litisconsórcio
Ainda que o litisconsórcio seja unitário, cada litisconsorte tem direito de promover o
andamento do processo e todos devem ser intimados dos respectivos atos.
Limitação do litisconsórcio facultativo
O juiz pode limitar o litisconsórcio, quando o excesso de litisconsortes possa
comprometer a rápida solução da lide ou dificultar a defesa.
Intervenção de Terceiros
Assistência
Mesmo que o processo termine por vontade do assistido, pode o assistente prosseguir
com o processo para defender o seu direito, ou seja, o litisconsorte pode recorrer mesmo
que o assistido não o faça.
Há duas espécies de assistentes litisconsorcial:
a) aquele que poderia ser litisconsorte facultativo (unitário);
b) tem legitimidade ad causam, mas não pode ser parte.
Assistência provocada
Ocorre quando se inclui o terceiro no processo preventivo (cautelar), sem submete-lo
desde logo aos efeitos da ação regressiva ainda não manejável.
Funciona como medida preparatória da denunciação da lide ou do chamamento ao
processo.
Oposição
É o instituto por meio do qual o terceiro ingressa em processo alheio, visando excluir
autor e réu, exercendo direito de ação contra as partes primitivas, que passam a figurar
como litisconsortes necessários passivo (devido a imposição de lei, e ao fato da
sentença ser unitária), tendo por objetivo defender o que é seu e que está sendo
disputado em juízo por outrem.
A oposição é facultativa, podendo o opoente esperar para propor outra ação contra o
vencedor da primeira demanda.
O nexo de prejudicialidade salienta que a oposição deve ser decidida em primeiro
lugar e depois a ação originária, embora, segundo Wambier, Correia de Almeida e
Talamini, deva-se decidir ambas simultaneamente.
A oposição pode ser:
a) total: refere-se a toda a coisa ou direito litigioso;
b) parcial: refere-se apenas a parte desta coisa ou direito.
É admissível em todos os procedimentos, sejam as ações reais ou pessoais, e até
mesmo no processo de execução.
O limite temporal de admissibilidade da oposição é o trânsito em julgado da sentença
da causa principal.
O opoente não pode interpor exceção de incompetência relativa do juízo, mas poderá
argüir a suspeição, a incompetência absoluta, a coisa julgada e a litispendência.
Se o processo principal já estiver em grau de recurso, a oposição será proposta em
primeiro grau de jurisdição.
A oposição pode ocorrer de duas formas:
a) intervenção no processo: é a oposição propriamente dita, e ocorre quando
oferecida antes da audiência de instrução e julgamento, sendo apensada nos autos
principais;
b) ação autônoma: oferecida depois da audiência, mas antes do trânsito em julgado
da sentença, só que não haverá unidade procedimental nem decisória. Caso o juiz
achar que conseguirá julgar a oposição em 90 dias, a ação principal será suspensa,
caso contrário, correrá como uma ação independente.
Sendo deferido o pedido de oposição, os opostos terão 15 dias para contestarem a
nova ação.
Mesmo que o réu seja revel na causa originária, deverá ser citado para a ação de
oposição.
Se apenas uma das partes reconhecer a procedência do pedido, a ação de oposição
continuará seu curso normal contra o outro litigante.
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Nomeação à autoria
Ocorre quando se introduz no processo aquele que deveria ter sido originalmente
demandado, deixando, então, de ser terceiro e passando a ser parte se aceitar a
nomeação. O primeiro demandado sai do processo.
A nomeação à autoria é um dever do demandado, já que caso não o faça, ou nomeie
pessoa diversa, responderá por perdas e danos.
Tem por finalidade a correção da legitimação passiva da ação, configurando-se numa
exceção ao já mencionado princípio da perpetuatio legitimationis.
Hipóteses
Há nomeação à autoria nos seguintes casos:
a) quando o detentor da coisa que é demandado, e tem que nomear o possuidor ou
proprietário.
Propriedade – se traduz no domínio (direito de propriedade) sobre a coisa
Posse – é a exteriorização da propriedade, e divide-se em direta (aquele que
efetivamente está na coisa, o locatário, por exemplo) e indireta (quem tem a posse,
mas não está em contato com a coisa, ex, o usufrutuário que loca o imóvel).
Detenção – semelhante a posse, porém exige o contato físico com a coisa e a
subordinação ao possuidor.
b) quando o dano provocado pelo réu foi devido a ordem ou instrução recebida para
a prática do ato danoso.
Procedimento
O demandado deve fazer a nomeação no prazo da defesa (15 dias), porém não
necessariamente junto com a contestação, até porque quem contesta é o réu.
Após a nomeação, se o juiz deferi-la, suspende-se o processo, ouve-se o autor no
prazo de 5 dias, que poderá: 1°) aceitar expressamente a nomeação; 2°) abster-se de
manifestar, caso em que se presume a aceitação; 3°) recusar a nomeação (tem que ser
expressa).
Se o autor aceitar a nomeação citará o nomeado, que pode aceitar (expressa ou tácita
– em caso de não aparecer para se manifestar) ou recusar (expressamente) a nomeação
em até 5 dias, salvo deliberação contrária do juiz, e, em recusando-se, abre-se o prazo
para a defesa do demandado.
Se o nomeado aceitar, o processo passa a correr com este no pólo passivo, e o
primitivo demandado será excluído do processo.
Se o autor recusar a nomeação ficará sem efeito, e reabre-se o prazo para a
contestação.
O recurso manejável contra a solução do pedido de nomeação é o agravo.
Denunciação da lide
Tem por como objetivo de, levando a efeito o princípio da economia processual,
inserir num só procedimento duas lides, interligadas, uma de que se diz principal e outra
de que se diz eventual, já que só será julgada a depender do resultado da lide principal.
Chama-se o terceiro que mantém um vinculo de direito com a parte, para vir
responder pela garantia do negócio jurídico, caso o denunciante saia vencido no
processo.
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Tanto o autor como o réu podem denunciar alguém a lide, e até mesmo o denunciado
(o que chama-se de denunciação coletiva)
Após a denunciação, e sua aceitação, forma-se um litisconsórcio necessário, porém
não unitário, já que poderá haver decisão diversa, entre o denunciado e o denunciante.
Aceita a denunciação, ordena-se a citação, e há a suspensão do processo.
Hipóteses
a) garantia de evicção: que significa a perda de um direito material em função de
uma decisão judicial, ou seja, quando na alienação a título oneroso o adquirente
sofre reivindicação da coisa alienada por terceiro. A o denunciado entra na ação
para garantir ao denunciante o exercício dos direitos que lhe advém da evicção.
Só neste caso é obrigatório, já que se não denunciar o alienante perderá o direito a
indenização.
b) posse indireta: o possuidor indireto tem que garantir ao possuidor direto o
exercício normal da posse. Impõe-se a denunciação para que o possuidor direto,
no caso de procedência da ação, possa exigir perdas e danos pela não garantia da
posse cedida ao possuidor indireto, porém a obrigatoriedade liga-se à perda da
i]oportunidade de resolver dois problemas ao mesmo tempo.
c) Direito regressivo de indenização: é o caso das companhias de seguro que,
acionada por aquele que sofreu o prejuízo, denuncia a lide ao causador, ou o
sofredor do dano que denuncia a seguradora caso não seja indenizado pelo
causador do dano. A falta da denunciação, segundo Celso Barbi, leva à perda do
direito de regresso.
Há discussão sobre a possibilidade de se denunciar o funcionário do Estado, que é
demandado por um dano causado por seu funcionário.
Os que defendem que não há a possibilidade alegam que as ações de responsabilidade
civil contra o Estado, já que este responde objetivamente, e o direito regressivo contra o
funcionário depende do elemento subjetivo culpa.
O STF já decidiu que não cabe a obrigatória denunciação da lide ao funcionário
causador do dano, quando a ação de responsabilidade civil é dirigida contra o Poder
Público, mas, uma vez exercitada, não pode ser recusada pelo juiz, até porque a CF
afirma que o Estado tem ação regressiva contra o funcionário responsável.
A denunciação abrange cabe no processo de conhecimento de procedimento ordinário,
havendo no procedimento sumário em ação fundada em contrato de seguro.
Procedimento
Denunciação feita pelo autor
Dá-se na Petição Inicial o pedido de citação do denunciado, que será de 10 dias se
morar na comarca e de 30 se morar em outra comarca.
O prazo de resposta do denunciado é de 15 dias, em regra, para responder, e durante
esse momento suspende-se o processo.
Em caso de inércia do denunciado nesses 15 dias o processo seguirá com o autor e o
réu.
Se o denunciante assumir a posição de litisconsorte, poderá mexer na Petição Inicial.
Se negar, o processo continua entre autor é réu, mas o autor não perde o direito de ver
solucionado na sentença final o direito decorrente de evicção, ou responsabilidade por
perdas e danos.
Denunciação feita pelo réu
Será feita no prazo da contestação, mas não é necessário a apresentação da mesma, e
os prazos de citação e resposta do denunciado é o mesmo da denunciação feita pelo
autor.
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Chamamento ao processo
Ministério Público
Princípios
Unidade: seus membros integram uma só corporação, para efeito institucional;
Indivisibilidade: a atuação do MP é corporativa, podendo ser substituído seus
membros, um por outro, sem que exista qualquer alteração subjetiva nos processos em
que o MP atua;
Independência: cada um dos membros age segundo sua própria consciência jurídica,
sem se submeter à ingerência do Poder Executivo, nem dos juízes, nem dos órgão
superiores da própria instituição.
Garantias
Autonomia funcional e administrativa;
estruturação em carreira
ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos;
vitaliciedade após dois anos;
inamovibilidade, salvo interesse público;
irredutibilidade de vencimentos.
Petição Inicial
A falta da enumeração dos meios de prova ocasiona preclusão, não sendo lícito o
deferimento de provas requeridas em outro momento processual.
Citação do réu
Cabe ao autor requerer a citação do réu e especificar o meio da citação, que poderá
ser:
a) correio: é a regra;
b) oficial de justiça;
c) por edital.
Se por acaso o juiz determinar no despacho que recebe a petição inicial e que seja
citado o réu, entende a jurisprudência que mesmo o réu alegue a falta do requisito, este
está suprido e não cabe o indeferimento, mormente porque não há prejuízo para a
defesa.
Encerramento
No fim da petição deve ter o nome da localidade e a data de realização (não ocasiona
nenhuma conseqüência prática) e a assinatura do subscritos (que é um requisito de
validade).
Despacho da petição inicial
Onde há mais de um juiz com igual competência, a petição deve ser submetida à
distribuição perante a repartição adequado do juízo.
Quando o juiz receber a petição, deverá examinar os requisitos intrínsecos e
extrínsecos antes de despachá-la.
Após o exame acima, a decisão poderá ser:
a) deferimento da citação: quando a petição estiver certa, o juiz ordenará a citação
do réu;
b) saneamento da petição (emenda): quando a petição tiver lacunas, imperfeições ou
omissões, que forem sanáveis, o juiz determinará, no prazo de 10 dias, a emenda
da petição.
O magistrado poderá mandar que a petição seja emendada mais de uma vez.
c) indeferimento da petição: ocorrerá quando a petição apresentar vício que
impossibilite a outorga da tutela jurisdicional.
Não impede que o autor volte a propor a mesma ação, evitando os defeitos.
Há casos em que proferindo o indeferimento da petição, o juiz já julga o mérito da
ação, como, por exemplo, quando declara prescrição ou decadência.
A petição poderá ser indeferida quando:
I. for inepta: faltar pedido, causa de pedir, pedido juridicamente
impossível, pedidos incompatíveis, ou os fatos não decorrem
logicamente do pedido.
II. Ilegitimidade da partes;
III. Falta de interesse processual:
IV. Houver prescrição ou decadência;
V. Procedimento escolhido não é adequado: é lícito o juiz determinar a
emenda;
VI. Não constar o endereço do advogado;
VII. O autor não cumprir a determinação de emenda.
O indeferimento poderá ser:
a) total: o indeferimento tranca o processo no nascimento, impedindo a
subsistência da relação processual;
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Pedido
Pedido é o objeto da ação, é aquilo que o autor pretende do Estado frente ao réu.
O pedido delimita o objeto do litígio, limitando também a atuação do juiz, já que
o pedido demonstra o modelo de sentença que o autor aguarda.
O pedido divide-se em:
a) pedido imediato: é a solicitação de tutela jurisdicional, é a espécie de
provid~encia que o autor deseja obter;
É dirigido ao poder judiciário, e refere-se ao direito processual.
b) pedido mediato: é o bem da vida que o autor procura proteger com a
sentença, portanto refere-se ao direito material;
Como o pedido delimita a sentença, esta, em relação ao pedido divide-se em:
a) extra petita: a sentença decide sobre pedido diverso daquilo que consta da petição
inicial;
b) ultra petita: a sentença além do que foi pleiteado;
c) infra petita: a sentença versa sobre parte do pedido.
O pedido (imediato e mediato) tem que ser:
a) certo: o pedido deve ser expresso e deve ser claro; e
b) determinado: refere-se aos limites daquilo que o autor pretende
Tanto a certeza como a determinação são decorrentes da causa de pedir, sendo
inepta a petição inicial, cujo pedido não contenha uma correlação lógica com os fatos
narrados.
Pedido genérico
O pedido imediato deve ser sempre determinado, portanto, não pode ser genérico.
O pedido mediato deverá ser determinado quando a extensão do bem da vida
postulado puder, desde logo, ser delimitado, admitindo, portanto, que o pedido mediato
seja genérico:
a) ações universais, se o autor não puder individualizar os bens demandados na
petição, ex. herança;
b) nas conseqüência de ato ou fato ilícito, quando não se puder determinar, de modo
definitivo, os danos sofridos, ex. indenização por um atropelamento;
c) quando a determinação depender de ato a ser praticado pelo réu, ex. ação de
prestação de contas.
A indeterminação nunca poderá ser total ou absoluta.
Pedido cominatório
Há dois expediente que são utilizados para aplicar a sanção ao devedor: sub-rogação e
os meios de coação.
Na obrigação por quantia certa e nas obrigações de dar, a sub-rogação consiste em o
Estado agredir o patrimônio do devedor para dele extrair o bem ou valor que o credor
tem direito.
Na condenação do réu a não praticar algum ato, ou tolerar alguma atividade
(obrigação de não-fazer), ou na prestação de uma obrigação de fazer personalíssima, a
sub-rogação torna-se impraticável, portanto, converte-se a dívida em indenização.
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A lei permite que o credor, antes de pedir o ressarcimento econômico, utilize a pena
pecuniária com meio indireto de pressão ou coação sobre o devedor, não só nas
obrigações de fazer e não-fazer, mas também nas de entregar coisa.
Cabe ao credor solicitar a aplicação da pena pecuniária.
O juiz pode de ofício incluir a multa como meio de coerção nas sentenças e nas
decisões de antecipação de tutela.
Pedido alternativo
Ocorre quando a obrigação seja alternativa, podendo o devedor cumpri-la de mais de
uma maneira.
A alternatividade refere-se ao pedido mediato.
Se a alternatividade for a benefício do credor, este poderá dispensá-la e pedir a
condenação do devedor apenas a uma prestação fixa. Mas se a escolha couber ao
devedor, ente pode optar por qual prestação quer cumprir, mesmo que o autor não tenha
formulado pedido alternativo.
Pedido sucessivos
Também chamado de cumulação eventual, podendo o autor expressar uma seqüência
de pedidos, uma escala de interesses.
Contém um pedido principal e após uma ordem sucessivas de pedidos, caso o
primeiro não seja acolhido.
O juiz deverá examinar o pedido principal, e só se não acolher este é que deverá
analisar os subsidiários.
Pedido de prestações periódicas
Ocorre nas obrigações de trato sucessivo.
Neste caso admite-se pedidos implícitos, pois, se o autor só pedir as prestações
vencidas, a sentença trará, também, as prestações que vencerão no decorrer do processo,
como as prestações vincendas (que irão vencer)
Pedido de prestação indivisível
Ocorre quando a obrigação é indivisível, neste caso não há litisconsórcio, podendo
qualquer dos credores exigir a prestação.
O credor que não promover a ação também receberá a sua parte, devendo, porém,
reembolsar ao autor as despesas feitas no processo, na proporção de sua parcela do
crédito.
O autor só estará legitimado a levantar, na execução, a parte que lhe couber no crédito
indivisível.
Pedidos cumulados
A cumulação é plena e simultânea, representando a soma de várias pretensões a serem
satisfeitas cumulativamente, num só processo.
Existirão tantas ações quantos forem os pedidos, ainda que entre eles não haja relação.
Não há necessidade de conexão entre os pedidos para justificar a cumulação, contudo:
a) os pedidos devem ser compatíveis entre si: ou seja, que um não exclua o outro;
b) o juízo deve ser competente para todos os pedidos: se se tratar de competência
absoluta, a cumulação está vedada, se for relativa, é possível a cumulação;
c) o tipo procedimento deve ser adequado para todos os pedidos: se os diversos
pedidos tiverem que seguir procedimento distintos, não haverá cumulação, salvo
se o autor optar, quando possível, pelo rito ordinário.
Não haverá cumulação de processos diferentes, como o de execução e de
conhecimento.
A cumulação poderá ser:
a) simples: o acolhimento ou rejeição de um não afeta o outro pedido;
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