Via-Sacra
(Adoremus, Âncora de Salvação)
Fazer a VIA-SACRA significa percorrer, com a
mente e o coração contrito, o mesmo caminho
por que andou Jesus, de cruz nas costas para che-
gar ao lugar onde devia ser crucificado. Esta vi-
agem rumo ao Calvário, lembrada e vivida pela
meditação dos passos mais emocionantes tirados
do Evangelho e da tradição cristã, nos conduzirá
aos pés do Mestre divino, junto à fonte do san-
gue, do amor e vida. Desta fonte atingiremos
coragem e força para viver nossa vocação cristã
e realizar nosso apostolado.
INTRODUÇÃO
Min. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo.
T. Amém.
Min. A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o
amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo es-
tejam convosco!
T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor
de Cristo.
Min. Uma vez mais estamos reunidos aqui para
rezar, para meditar sobre a Paixão de Cristo.
L. A Via-Sacra é uma devoção cristã que a
Igreja sempre incentivou e abençoou. Nunca
deveríamos reduzir a Paixão de Cristo a uma
simples e piedosa lembrança de um fato histó-
rico ocorrido há quase dois mil anos.
Min. A verdadeira Via-Sacra ainda não termi-
nou, meus irmãos. A verdadeira Via-Sacra, con-
tinua acontecendo, porque ela tem duas dimen-
sões: a primeira foi percorrida por Jesus Cristo
de Jerusalém até o Calvário.
L. Da segunda, participamos também nós
membros de Cristo. A humanidade inteira
palmilha a Via dolorosa. A humanidade in-
teira carrega em seus ombros a cruz do sofri-
mento. Porque a dor faz parte da vida.
Min. A Via-Sacra passa por todos os caminhos
do mundo.
L. A Via-Sacra marca os caminhos da histó-
ria, e a história individual de cada um de nós.
Min. A Via-Sacra marca os caminhos da minha
história e da história do meu irmão.
L. A Via-Sacra passa pelos hospitais, pelos
campos de batalha, pelas favelas e pelos cár-
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ceres.
Min. A Via-Sacra passa pelos lares desunidos
e desmantelados, pelas comunidades em desar-
monia, pelos países subdesenvolvidos onde cam-
peiam a fome, o ódio, a opressão.
L. A Via-Sacra diária dos que buscam o amor
e só conhecem a solidão.
Min. A Via-Sacra dos que procuram emprego e
não encontram trabalho.
L. A Via-Sacra dos bem intencionados que só
procuram ajudar, recebendo em troca a in-
gratidão e a maledicência.
Min. Sim, amigos, a Via-Sacra é sempre re-
novada, onde quer que exista o sofrimento hu-
mano, seja ele grande ou pequeno, passageiro ou
de vida inteira. A Via-Sacra passa por todos os
caminhos do mundo, porque ninguém consegue
escapar à dor. Vamos, pois, irmãos, acompanhar
o Senhor pelo caminho da sua Cruz, passo por
passo, queda por queda, encontro por encontro,
gota a gota de sangue e vida, que se derrama no
chão da humanidade.
CANTO
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado,
Por teus crimes, pecador.
PRIMEIRA ESTAÇÃO
Jesus é condenado à morte
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Pilatos então entregou Jesus para que fosse
condenado” (Jo 19,16). Jesus cala-se. Somente
quem ama sabe aceitar no silêncio a injustiça, a
morte.
Min. Livrai-nos, Senhor, da covardia que fecha
os ouvidos, que cega os olhos, que paralisa as
mãos e o coração, que impede de “caminhar jun-
tos”, de lutar pelo bem maior de todos os nossos
irmãos.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Com a cruz é carregado, E do peso acabru-
nhado, Vai morrer por teu amor.
SEGUNDA ESTAÇÃO
Jesus recebe a cruz
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Ele próprio carregava sua cruz” (Jo 19,17).
A cruz é pesada para o corpo de Jesus. Mas ele
não protesta. Antes recebe-a com amor porque é
instrumento de nossa salvação.
Min. Agradecemos, Senhor, este imenso amor,
que vos faz acolher a Cruz com alegria e levá-la
com coragem. Que vosso exemplo nos inspire.
Que todos nós saibamos aceitar a cruz da nossa
missão. Que todos nós saibamos aceitar com
amor as cruzes redentoras da vida.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Pela cruz tão oprimido, Cai Jesus desfalecido,
Pela tua salvação.
TERCEIRA ESTAÇÃO
Jesus cai pela primeira vez
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades”
(Is 53,4). Prostrado, sem forças, Jesus cai sob
o peso da cruz. Sem um lamento levanta-se e
prossegue.
Min. – Pelos esposos infiéis ao seu amor.
T. – Levantai-vos, Senhor.
Min. – Pelos pais omissos na educação dos fi-
lhos.
T. – Levantai-vos, Senhor.
Min. – Pelos noivos que não encaram com serie-
dade a missão e a responsabilidade do matrimô-
nio cristão.
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T. – Levantai-vos, Senhor.
Min. – Pelos jovens caídos nos vícios ou atraí-
dos por filosofias estranhas e enganadoras.
T. – Levantai-vos, Senhor.
Min. – Por todos os moradores da nossa comu-
nidade que hesitam em aceitar o Cristo em sua
vida.
T. – Levantai-vos, Senhor.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
De Maria lacrimosa, No encontro lastimosa.
Vê a viva compaixão.
QUARTA ESTAÇÃO
Jesus encontra-se com sua Mãe Santíssima
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Uma espada transpassará a tua alma” (Lc
2,35). Mãe e Filho encontram-se no caminho do
Calvário, o sofrimento de ambos une-se numa
única oferta à vossa majestade, para a salvação
eterna de meus irmãos.
Min. Maria de Nazaré, humilde serva e mulher
forte, que vosso exemplo nos ilumine: fidelidade
ao compromisso assumido na presença ativa e
cheia de ternura junto aos necessitados.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Em extremo desmaiado, De Simão é obrigado,
Aceitar confortação.
QUINTA ESTAÇÃO
Jesus é ajudado pelo Cirineu
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Se alguém quiser vir após mim... tome a
sua cruz cada dia e siga-me” (Lc 9,23). Simão
Cirineu volta cansado do trabalho. Os soldados
obrigam-no a ajudar Jesus. Deus não nos obriga,
convida-nos à salvação. É preciso que eu me de-
cida...
Min. Ó Jesus, quisestes precisar de Simão de
Cirene para levar a cruz até o Calvário. Queirais
precisar de cada um de nós para levar até ao fim
vossa obra redentora. Libertai-nos do orgulho
para que possamos carregar o fardo uns dos ou-
tros.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
O seu rosto ensanguentado, Por Verônica en-
xugado, Contemplemos com amor.
SEXTA ESTAÇÃO
Verônica enxuga o rosto de Jesus
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “... Não tinha graça nem beleza para atrair
nossos olhares” (Is 53,2). Com piedade e amor,
Verônica enxuga o rosto de Jesus, suavizando-
lhe as marcas da violência e da vulgaridade hu-
mana.
Min. Perdão, Senhor, para o nosso coração atra-
vancado: ninguém encontra nele o vosso amor.
Reeducai-o para os gestos gratuitos de carinho,
para que a vossa face resplandeça em nós.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Outra vez desfalecido, Pelas dores abatido, Cai
em terra o Salvador.
SÉTIMA ESTAÇÃO
Jesus cai pela segunda vez
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. Ele “carregou as nossas dores” (Is 53,4). Je-
sus tomou sobre si as nossas misérias, o nosso
cansaço. Ele vai a fim de nos dar forças e cora-
gem para não sucumbirmos à tentação.
Min. Dai-nos fé, Senhor, para não ver sinais
de maldade na pobreza e na miséria de nossos
irmãos, mas antes, sinais da vossa presença re-
dentora. Fazei que nossas quedas nos despertem
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para uma generosidade maior.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Das matronas piedosas, De Sião filhas choro-
sas, É Jesus consolador.
OITAVA ESTAÇÃO
Jesus encontra as santas mulheres
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim,
mas chorai sobre vós e sobre vossos filhos” (Lc
23,28). Jesus admoesta as piedosas mulheres
que se arrependam de seus pecados, porque eles
são causa do sofrimento de Cristo.
Min. Senhor, que a vossa advertência às fi-
lhas de Jerusalém, nos oriente também a nós,
fazendo-nos compreender que melhor sabe con-
solar quem melhor sabe sofrer e melhor sabe so-
frer quem possui a grande paz interior que Cristo
possui em grau infinito.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Terceira vez cai prostrado, Pelo peso redobrado,
Dos pecados e da Cruz.
NONA ESTAÇÃO
Jesus cai pela terceira vez
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Era amaldiçoado e não fazíamos caso dele”
(Is 53,2). É o peso dos nossos pecados que o faz
cair. Ninguém aproxima para soerguê-lo. Jesus
sente a angústia da solidão. Mas levanta-se e
prossegue.
Min. Só vós, Senhor, podeis atingir o mal na sua
raiz vencendo-o no próprio coração do homem.
Pelo vosso Espírito criai em nós um coração
novo, um novo amor.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Dos vestidos despojado, Por verdugos maltra-
tado, Eu vos vejo meu Jesus!
DÉCIMA ESTAÇÃO
Jesus é despojado de suas vestes
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Todos os que me veem zombam de mim”
(Sal 21,8). Durante a Paixão, despojaram-no de
tudo: da liberdade, da fama, da atividade, dos
amigos, de sua própria mãe! Agora privam-no
também das vestes.
Min. Que todos nós, Senhor, sejamos despidos
de nossas avarezas, de nosso comodismo, e re-
vestidos com os sentimentos de vossa justiça, de
vosso amor.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Sois por mim à Cruz pregado, Insultado, blas-
femado, Com cegueira e com furor.
DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO
Jesus é pregado na Cruz
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Quem sacrifica sua vida por amor de mim
salvá-la-á” (Lc 9,24). O corpo inteiro se contrai
quando os pregos perfuram as mãos e os pés de
Jesus. Pregado na cruz, é levantado à vista de
todos: Eis o Filho de Deus.
Min. Senhor, ensinai-nos a amar, a amar até ao
sacrifício, até a morte. Que a nossa presença,
à semelhança da vossa, leve luz e esperança a
todos os crucificados da vida.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Meu Jesus por mim morrestes, Por meus crimes
padecestes, Oh! que grande é minha dor!
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DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO
Jesus morre na cruz
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Ninguém tem maior amor do que aquele que
dá sua vida por seus amigos” (Jo 15,13). Jesus
quis entregar sua vida por mim. Antes mesmo
que o conhecesse, ele me amou!
Min. Senhor, que o grito de vossa fidelidade su-
prema e o gemido de vossa oração misericordi-
osa ecoem dentro de todos nós, convidando-nos
para uma generosidade semelhante.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Do madeiro Vos tiraram, E à Mãe vos entrega-
ram, Com que dor e compaixão!
DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO
Jesus é descido da cruz
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
Min. – Santa Maria, rogai por nós.
Min. – Saúde dos enfermos, rogai por nós.
Min. – Refúgio dos pecadores, rogai por nós.
Min. – Consoladora dos aflitos, rogai por nós.
Min. – Auxílio dos cristãos, rogai por nós.
L. “Tudo está consumado!” (Jo 19,30). Maria
Santíssima acolhe amorosamente entre os braços
o corpo exâmine de seu divino Filho.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
No sepulcro Vos deixaram, Sepultado Vos cho-
raram, Magoado o coração.
DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO
Jesus é sepultado
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Se o grão de trigo caído na terra não mor-
rer, fica só, se morrer produz muitos frutos” (Jo
12,14). O sacrifício que nos redime está reali-
zado. O autor da vida, porém, vence a morte,
para iniciar o reino da verdadeira vida. À imita-
ção de Jesus Cristo, o cristão morre para viver, e
renasce para não mais morrer.
Min. O mundo pode renascer, a vida pode ser
reconquistada se cada um de nós viver o Mistério
Pascal de Cristo. Cristo ressuscitou. Eis o fun-
damento da nossa fé. Todos nós ressuscitaremos
com Ele.
T. – Senhor, tende piedade de nós.
Meu Jesus, por vossos passos, Recebei em vos-
sos braços, Este grande pecador.
DÉCIMA QUINTA ESTAÇÃO
Jesus ressuscita
Min. – Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor
Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
T. – Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o
mundo.
L. “Não se assustem, disse o anjo. Vocês pro-
curam Jesus de Nazaré que foi pregado na cruz.
Ele ressuscitou. Não está aqui. Olhem, aqui está
o lugar onde o colocaram” (Mc 16,6). O impor-
tante não é compreender a vida, mas vivê-la. O
indispensável não é explicar o mistério da ressur-
reição, mas testemunhá-lo, através de uma vida
de amor fiel.
Min. – Porque toda a nossa existência está mar-
cada com o sinal da Cruz e cada um de nós pode
participar da tua Via-Sacra.
T. – Nós te agradecemos, Senhor.
Min. – Pelo madeiro da cruz, nosso orgulho e
salvação.
T. – Nós te agradecemos, Senhor.
Min. – Por mais este encontro que nos purifica e
nos aproxima de teu amor.
T. – Nós te agradecemos, Senhor.
Min. – Por todas as nossas alegrias, momentos
de felicidade e realização na vida.
T. – Nós te agradecemos, Senhor.
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Min. Senhor Ressuscitado, ressuscitai em nós o
vosso amor, para que sejamos perfeitos na uni-
dade, e o mundo creia que vós nos enviastes,
como o Pai vos enviou.
T. – Assim seja.
ORAÇÃO A NOSSO
SENHOR DOS PASSOS
(De Santo Afonso de Ligório)
Min. Dulcíssimo Jesus, no Horto das Olivei-
ras triste até a morte, profundamente angustiado,
oprimido de agonia, coberto de suor de Sangue,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, pelo ósculo traidor en-
tregue às mãos dos Vossos inimigos, maltratado,
atado e preso com cordas, abandonado pelos dis-
cípulos,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, pelo injusto Conselho
dos judeus julgado réu de morte, entregue a Pi-
latos, desprezado e escarnecido pelo ímpio He-
rodes,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, despido, preso a uma
coluna e acoitado cruelmente,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, coroado de penetran-
tes espinhos, ferido na sagrada Cabeça com uma
cana, vestido, por escárnio, de um manto de púr-
pura, saciado de opróbrios,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, mais odiado que um
ladrão e assassino, reprovado pelos judeus, con-
denado à morte de Cruz,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, carregado com a pesada
Cruz, caído em terra, levado ao Calvário como o
Cordeiro ao matadouro,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, Homem das dores, des-
pojado de Vossas pobres vestiduras, contado en-
tre os criminosos, imolado em sacrifício pelos
nossos pecados,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, cravado cruelmente na
Cruz, ferido dolorosamente por causa das nossas
iniquidades, quebrantado por causa das nossas
culpas,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, escarnecido ainda na
Cruz, atormentado e oprimido de dores indizí-
veis, consumido de sede, abandonado na mais
dolorosa agonia pelo próprio Pai Celestial,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, morto na Cruz, trans-
passado por uma lança à vista de Vossa dolorosa
Mãe,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, descido da Cruz, de-
positado nos braços de Vossa Santíssima Mãe e
banhado em Suas lágrimas,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Dulcíssimo Jesus, ungido e embalsamado
pelos discípulos amantes com preciosos aromas,
envolvido em lençóis limpos e depositado no
santo sepulcro,
T. – Tende piedade de nós, Senhor, tende pie-
dade de nós.
Min. Ele verdadeiramente tomou sobre Si as
nossas iniquidades,
T. – E as nossas dores Ele as suportou.
Oremos: Ó Jesus, Filho Unigênito de Deus e da
Virgem Imaculada, que pela salvação do mundo
quisestes ser reprovado pelos judeus, traído por
judeus, atado com cordas, conduzido ao mata-
douro como um cordeiro, apresentado injusta-
mente aos juízes Anás, Caifás, Pilatos e Heró-
des, acusado por falsas testemunhas, ferido com
pancadas, saciado de opróbrios e injúrias, cus-
pido no Rosto, açoitado barbaramente, coroado
de espinhos, condenado à morte, despojado dos
vestidos, pregado com toda a crueldade na Cruz,
suspenso entre dois ladrões, vexado com fel e
vinagre, abandonado em tormentosa agonia e,
finalmente, traspassado por uma lança: por estes
tormentos, Senhor, dos quais nós, indignos filhos
Vossos, agora com devoção, gratidão e amor nos
lembramos, e pela Vossa Santíssima Morte na
Cruz, livrai-nos das penas eterna do inferno, e
dignai-Vos conduzir-nos ao Paraíso, aonde le-
vastes convosco o Bom Ladrão. Tende piedade
de nós, ó Jesus, que com o Pai e o Espírito Santo
viveis e reinais, por todos os séculos dos séculos.
T. – Amém.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.