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Quem Sabe um Dia

Quem sabe um dia


Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!

Desconhecido
Nota: O poema costuma ser atribuído a Mario Quintana, mas não há fontes que
confirmem essa autoria.
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Os poemas são pássaros que chegam


não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mario Quintana
Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2005. p. 469
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Um anjo vem todas as noites:


senta-se ao pé de mim, e passa
sobre meu coração a asa mansa,
como se fosse meu melhor amigo.
Esse fantasma que chega e me abraça
(asas cobrindo a ferida do flanco)
é todo o amor que resta
entre ti e mim, e está comigo.

Lya Luft
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Me ajuda a te amar

Meu medo de me magoar


Exala sensatez

Acalma meus grilos


Justifica minha surdez
Um desarrazoado em te ouvir
De não cuidar do meu ego
Abalado por não te sentir

Ao menos te vi

Temor de te ter
Erguendo minha sobrancelha

Atenuando receios
Magoando minha psiké
Apequenando meu espírito
Recebendo tudo no meu leito
Me ajuda a te amar

Antonio Ferreira

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