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Construção de

Modelos de Dados:
Cardinalidade
Costa, Lidiane Farias
SST Construção de Modelos de Dados: Cardinalidade / Lidia-
ne Farias Costa
Ano: 2021
nº de p. : 10

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Construção de Modelos de
Dados: Cardinalidade

Apresentação
Olá, pessoal! Espero que esteja tudo bem com vocês e que estejam animadíssimos
para a aula de hoje. Iremos, neste momento, aprender sobre a construção de modelo
de dados e cardinalidade. Apontaremos conceitos importantes para o assunto.
Vamos ao que interessa! Partiu!

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1. Cardinalidade
Heuser (2011, p. 39) diz que “uma propriedade importante de um relacionamento
é a de quantas ocorrências de uma entidade podem estar associadas a uma
determinada ocorrência através do relacionamento”. Esta propriedade é denominada
de cardinalidade de uma entidade, sendo que estas podem ser classificadas de duas
formas: cardinalidade mínima e cardinalidade máxima (AMADEU 2015).

A cardinalidade em um relacionamento é utilizada para mostrar as restrições


existentes entre as entidades.

Atenção
Você deve estar fazendo uma pergunta agora, como assim mostrar
as restrições entre as entidades?

Estudo

Fonte: Plataforma Deduca (2021).


#PraCegoVer: Imagem que representa uma mulher vestida com uma camisa
amarela e um casaco marrom estudando sobre cardinalidade.

Cardinalidade (máxima) – representa a quantidade de vezes que uma entidade


poderá estar associada a outra entidade.

O que estamos querendo dizer é que uma ocorrência de uma entidade pode estar
ligada a outra ocorrência de outra entidade, ou até mesmo a várias ocorrências.

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1.1 Cardinalidade 1:1 (um-para-um)
Quando temos duas entidades que se associam e que cada ocorrência da entidade A
se relaciona com uma e somente uma ocorrência da entidade B e cada ocorrência da
entidade B se relaciona com uma e somente uma ocorrência da entidade A, temos o
denomina- do relacionamento 1:1 (um-para-um).

Reflita
Um exemplo prático de 1:1 (um-para-um), por exemplo, em um
modelo de currículos, cada perfil cadastrado pode possuir apenas
um currículo informado, ao mesmo tempo em que cada currículo
só pertence a um único.

1.2 Cardinalidade 1:N (um-para-muitos)


É uma das cardinalidades mais usadas nos modelos relacionais. Quando temos
duas entidades que se associam, e que cada ocorrência da entidade A se relaciona
com mais de uma ocorrência da entidade B, cada ocorrência da entidade B
se relaciona com uma e somente uma ocorrência da entidade A, temos um
relacionamento 1:N (um-para-muitos) (ELMASRI e NAVATHE 2011).

Um exemplo prático 1:N (um-para-muitos), por exemplo, em um sistema de recursos


humanos, um funcionário pode ter vários de pendentes, mas cada dependente só
pode estar relacionado a um funcionário principal. Observe que temos apenas duas
entidades envolvidas: funcionário e dependente.

1.3 Cardinalidade N:M ou N:N (muitos-para-muitos)


Quando temos duas entidades que se associam e que cada ocorrência da entidade
A se relaciona com uma ou mais de uma ocorrência da entidade B, e cada ocorrência
da entidade B se relaciona com uma ou mais de uma ocorrência da entidade A,
temos um relaciona mento N:M ou N:N (muitos-para-muitos) (MACHADO 2014).

Na prática, o relacionamento n:n é criado utilizando duas relações 1:N, e uma nova
entidade é criada para representar o relacionamento.

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Um exemplo prático de N:N (muitos-para-muitos), por exemplo, ocorre em um
sistema de biblioteca: um título pode ser escrito por vários autores, ao mesmo
tempo em que um autor pode escrever vários títulos.

Dados

Fonte: Plataforma Deduca (2021).


#PraCegoVer: Imagem que representa um homem mexendo em fios azuis de
alta complexidade.

Cardinalidade (mínima) – define o número mínimo de vezes que uma entidade pode
estar associada a outra entidade (em caráter obrigatório). Só consideramos duas
cardinalidades mínimas: 0 e 1, 0 significa não obrigatório e 1 obrigatório.

Reflita
Para Heuser (2011, p. 39), “a cardinalidade (mínima ou máxima) de
entidade em um relacionamento é o número (mínimo ou máximo)
de ocorrências de entidade associadas a uma ocorrência da
entidade em questão através do relacionamento”.

2. Atributos
Os atributos são os detalhes de uma entidade, ou seja, quais as características ou
informações que gostaríamos de representar para aquele objeto. Eles possuem um
domínio, ou seja, cada atributo deve ser de um valor, isto é, um texto, um número,
uma data etc.

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Quanto à classificação dos atributos, eles podem ser:

Descritivos:

representam as características principais de uma entidade, tais como nome


ou cor.

Nominativos:

além de descritivos, têm a função de definir e identificar um objeto. Nome,


código, número são exemplos de atributos nominativos.

Referenciais:

representam a ligação de uma entidade com outra em um relacionamento.


Por exemplo, uma venda possui o Código do Produto, que a relaciona com a
entidade Produto.

Quanto à sua estrutura, podemos ainda classificá-los como:

Simples:

um único atributo define uma característica da entidade. Exemplos: nome,


peso.

Compostos:

para definir uma informação da entidade, são usados vários atributos. Por
exemplo, o endereço pode ser composto por rua, número, bairro etc.

3. Generalização de abstração
A generalização de abstração é formada quando temos uma entidade que possui
características comuns e uma outra entidade que irá utilizar essas características
e ainda possuir características que são exclusivamente dela. Por exemplo, a
classe cliente é a generalização da classe pessoa física e pessoa jurídica que são
especialistas, pois toda entidade pessoa física ou jurídica é um cliente.

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Existem duas formas de representarmos a generalização: a parcial e a total. A
generalização parcial significa que nem toda entidade genérica irá possuir uma
ocorrência na entidade especializada. Na generalização total, toda entidade genérica
sempre terá uma ocorrência da entidade especializada (SILBERSCHATZ 2006).

3.1 Generalização total


Para Heuser (2009, p. 56), “em uma generalização/especialização total para cada
ocorrência da entidade genérica existe sempre uma ocorrência em uma das
entidades especializadas”.

3.2 Generalização parcial e quando não a usar


Não devemos usar Generalização/Especialização no caso de não existir nenhum
atributo ou ligação em comum (PUGA et al 2013). Ou seja, não faz sentido ter uma
entidade especializada que não possui atributos específicos ou que não tenha um
relacionamento específico com outra entidade.

Reflita
Para Heuser (2009, p. 54):

[...] além de relacionamentos e atributos, propriedades podem


ser atribuídas a entidade através do conceito de generalização/
especialização. Por meio da Generalização/ especialização é
possível atribuir propriedades particulares a um subconjunto das
ocorrências (especializadas) de uma entidade genérica.

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Fechamento
Pessoal, hoje vimos tópicos importantes para nosso conhecimento sobre
modelagem de dados. Na nossa aula, aprendemos sobre cardinalidade, construção
de modelagem de dados, atributos, generalização de abstração, generalização total,
generalização parcial e quando não usar a generalização parcial. Nos vemos na
próxima aula!

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Referências
AMADEU, C. V. Banco de dados. São Paulo: Pearson Education, 2015.

ELMASRI, R.; NAVATHE, S. Sistemas de banco de dados. 6. ed. São Paulo: Pearson
Education, 2011.

HEUSER, C. A. Projeto de banco de dados. Porto Alegre: Bookman, 2009.

HEUSER, C. A. Projeto de banco de dados. Porto Alegre: Bookman, 2011.

MACHADO, F. N. R. Projeto e implementação de banco de dados. 3. ed. São Paulo:


Érica, 2014.

PUGA, S.; FRANÇA, E.; GOYA, M. Banco de dados: Implementação em SQL, PL/SQL e
Oracle. São Paulo: Pearson Education, 2013.

SILBERSCHATZ, A.; KORTH, H. F.; SUDARSHAN, S. Sistema de banco de dados. 6. ed.


Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2006.

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