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Vamos utilizar bem a energia na nossa escola

Apresentação

Agosto 2008
PROJECTO
Plano energético e diagnósticos energéticos nas escolas.

ALVO
Comunidade Escolar do terceiro ciclo, ensino secundário e famílias.

OBJECTIVO
Trabalhar com a comunidade escolar e famílias de forma participativa e integradora para:
- implementar o estudo do consumo energético e reduzir as emissões de CO2
associadas;
- realizar diagnósticos energéticos no centro escolar;
- elaborar um plano energético para o centro escolar, com o objectivo de sensibilizar a
comunidade escolar, as famílias e os munícipes para a necessidade de alterar atitudes
e comportamentos relativamente às questões energéticas e ambientais decorrentes do
uso da energia.

METODOLOGIA
Este projecto pretende incentivar a elaboração de um plano energético nas escolas
participantes com base na realização de diagnósticos energéticos nas escolas. Os objectivos
gerais do projecto são:
- aumentar o conhecimento do ”ciclo” da energia;
- reduzir o consumo energético do centro escolar;
- melhorar os hábitos de utilização da energia no centro escolar;
- educar em valores ambientais e de compromisso social;
- fomentar a participação activa da comunidade educativa.

Para tal, serão implementadas acções que consideram as seguintes áreas temáticas:
- sensibilização de professores, funcionários e alunos das escolas participantes para a
necessidade de conhecer como, quanto, quando, onde e porquê se consome energia;
- formação de professores e alunos para realização e acompanhamento de
diagnósticos energéticos e de funcionários para o apoio necessário à realização dos
diagnósticos;
- realização de diagnósticos energéticos, por alunos, com base em ficha técnica
concebida pela ENA;

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- elaboração de relatórios de caracterização dos consumos energéticos das escolas e
apresentação de medidas de racionalização de consumos, com base em estrutura de
relatório concebida pela ENA;
- na sequência do relatório de consumos energéticos, elaboração de guia de boas
práticas para promoção da utilização racional de energia, dirigido a professores,
funcionários e alunos. O guia de boas práticas deverá ser produzido de acordo com a
imaginação de cada aluno/grupo (poster, composição literária, maqueta, vídeo, peça
de teatro, dança, canção, ferramentas multimédia, programa de rádio, entre outras
opções).

Este é uma actividade que se pretende continuada no tempo, como tal, no(s) ano(s)
seguinte(s) o ciclo de renova-se pela:
- realização de diagnósticos energéticos;
- realização de acções de formação e sensibilização;
- elaboração de um plano energético para a escola com base na definição de medidas
e de planos de acção para redução dos consumos;
- implementação dos planos de acção;
- avaliação dos consumos;
- divulgação dos resultados.

FASE I: SENSIBILIZAÇÃO
O diagnóstico energético e o plano energético são processos educativos nos quais participa
toda a comunidade educativa, que coordena as acções e actividades que se desenvolvem no
sentido de alcançar poupança de energia e, portanto, a melhoria do desempenho ambiental
do centro educativo.

Nesta fase, pretende sensibilizar-se a comunidade escolar considerando os seguintes


valores:
- informar acerca dos benefícios e consequências da utilização racional da energia;
- promover atitudes de consumo responsável da energia;
- fomentar a capacidade de compromisso de cada pessoa e extrapolá-la para outras
esferas da vida (família);
- incentivar trabalho em equipa;
- potenciar o valor da cooperação no centro educativo, na localidade, e até mesmo a
nível internacional;
- difundir o problema do consumo de energia e alterações climáticas;

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- divulgar o tema do consumo de energia e alterações climáticas através de
comunicação ambiental desde o centro educativo para toda a sociedade;
- conseguir efeitos directos positivos no meio ambiente através de acções realizadas
na comunidade educativa: diminuir o consumo de energia, reduzir as emissões de CO2
do centro escolar.

Cada centro escolar deverá estabelecer os seus objectivos, que estarão dependentes da sua
situação e do tipo de compromisso que queiram adoptar, em função das características
físicas e técnicas. É importante estabelecer objectivos facilmente atingíveis e que permitam a
sua valorização ao longo do tempo.

O processo de sensibilização e informação terá início com a formação dos professores


envolvidos, preparação de material didáctico para os alunos, em conjunto com actividades da
escola.

Professores
Criação de grupo de acompanhamento do projecto – Comité do projecto, responsável pela
sua implementação, coordenação e, a partir da análise dos resultados que recolherá,
promoverá actividades para melhorar e medidas correctivas.

A este grupo será dada informação de forma a poder:


- promover o conhecimento da situação energética do centro escolar;
- dar a conhecer o processo da realização dos diagnósticos energéticos, guia de boas
práticas e plano energético a toda a comunidade educativa;
- criar grupos de trabalho para levar a cabo as diferentes actividades;
propor temas e acções para esses grupos;
- recolher e organizar toda a informação recolhida através dos diagnósticos;
- propor temas para o guia de boas práticas;
- propor objectivos para o plano energético;
- receber propostas e decidir o tipo de acções a levar a cabo;
- coordenar e dar seguimento á implementação e avaliação do programa;
- informar sobre os resultados obtidos nas diversas fases ao longo da implementação
do projecto;
- dinamizar a Comissão Energética;
- esclarecer dúvidas e contactar a equipa de implementação.

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Criação de uma Comissão Energética, na qual deverão estar representados todos os sectores
da comunidade escolar, será responsável pela difusão das actividades desenvolvidas no
âmbito do projecto, especialmente entre os alunos e as suas famílias.
Alunos
Sessão de apresentação dos diagnósticos energéticos e plano energético.

Apresentação de material didáctico sobre a energia (à entrada da escola ou em sala de aula)


para a participação dos alunos através da colocação de desenhos, recortes, pinturas, alusivos
à energia, aproveitando-se para explicar o tema e para se apresentar o projecto, esclarecer
dúvidas.

Encher as paredes (átrio ou sala) com perguntas que despertem a curiosidade dos alunos
para o tema, do tipo:
- “Sabes quanta energia consumimos na escola?”;
- “De onde vem a energia que consumimos?”;
- “Onde se consome energia na escola?”;
- “Podes fazer as mesmas coisas consumindo menos energia?”;
- “Como utilizas a energia na escola? E os outros, já reparaste”.

Concepção do logótipo Plano energético da Escola.

Outras actividades de sensibilização, a definir (exemplo: visita a instalações de energias


renováveis, bons exemplos de eficiência energética)

Conselho Directivo da Escola


Informação sobre a utilização da energia, as consequências, a importância de conhecermos
os consumos, a necessidade de alterar comportamentos e de utilizar a energia de forma mais
eficiente.

Pessoal não docente


Informação sobre a utilização da energia, as consequências, a importância de conhecermos
os consumos, a necessidade de alterar comportamentos e de utilizar a energia de forma mais
eficiente.

Integração da Comissão Energética.

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Famílias
O envolvimento das famílias é muito importante pois qualquer norma de conduta a fomentar
na escola deverá ser reforçada em casa dos alunos.
Para motivar a participação familiar pode enviar-se, através dos alunos, uma folha que
contenha uma pergunta que os faça reflectir sobre a energia, o seu consumo e
consequências. Pedir que comentem com os seus filhos. Uma semana depois, deve enviar-se
informação sobre o projecto e solicitar a sua colaboração.

Aproveitar reuniões de Pais e Encarregados de Educação para apresentar o projecto,


incentivar a participação da família e avaliar o interesse despertado.

Incentivar a integrar a Comissão Energética.

Toda a comunidade educativa


Realizar ou visitar uma exposição sobre energia. Informar, através do Site da escola, as
famílias, professores, alunos e outras pessoas, sobre a participação da escola no projecto.

FASE II: RECOLHA DE INFORMAÇÃO


A recolha de informação para a realização dos diagnósticos será realizada por quatro vias:
- observação das instalações;
- entrevista a alunos, auxiliares, professores e familiares;
- recolha de dados como sejam as facturas do consumo de energia;
- medição de parâmetros.

Para garantir a equidade no desenvolvimento dos trabalhos, a ENA irá disponibilizar um


luximetro e dois analisadores de energia para que possam ser efectuadas as medições
necessárias ao correcto desenvolvimento do trabalho.

FASE III: REALIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS ENERGÉTICOS


Trata-se de implementar uma parte vital do projecto, que permitirá obter os dados a partir dos
quais se elaborará o guia de boas práticas e o Plano Energético.

Os alunos, trabalhando em conjunto e sob a supervisão dos professores, serão responsáveis


por realizar os diagnósticos energéticos, obter as conclusões, elaborar os respectivos
relatórios e os guias de boas práticas.

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Serão disponibilizadas fichas de recolha de informação, tabelas, glossários e estrutura de
relatório do diagnóstico.

Que informação deve ser recolhida nos diagnósticos


Os diagnósticos deverão permitir conhecer:
- O tema da energia;
- Os hábitos e atitudes da comunidade escolar relativos aos consumos energéticos;
- A gestão e utilização que se faz nas instalações energéticas;
- A eficiência das instalações do centro escolar.

Como se realizam os diagnósticos energéticos


Os diagnósticos realizar-se-ão mediante o preenchimento de fichas de recolha de dados que
permitem aos alunos investigar e que propõem actividades que permitem aos alunos
conhecer e valorizar os processos energéticos estudados, os problemas causados, as suas
consequências e também as suas causas.
O tratamento dos resultados obtidos para elaboração do relatório e guia de boas práticas,
deverá ser realizado em conjunto pelos alunos e professores, ou pela turma em sessões do
tipo Brainstorming.

Ferramentas para se realizar diagnósticos energéticos


- Inquéritos de comportamentos;
- Fichas de observação e recolha de informação;
- Investigação das instalações energéticas existentes;
- Entrevistas com responsáveis pela manutenção e utilização das instalações e
equipamento escolar, para conhecer a gestão energética;
- Pesquisa bibliográfica sobre o impacto da utilização de diferentes fontes energéticas;
- Medições dos consumos energéticos do centro escolar e, eventualmente, da emissão
de gases poluentes derivados.

O diagnóstico deverá considerar:


- conhecimento prévio das matérias abordadas;
- hábitos de utilização da energia;
- hábitos de mobilidade, gestão e utilização das instalações;
- ficha de acompanhamento dos consumos e, eventualmente, tabelas de conversão de
consumos em emissões;

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- estudo das instalações;
- conclusões do diagnóstico.

FASE IV: ELABORAÇÃO DO GUIA DE BOAS PRÁTICAS


A partir das conclusões obtidas no diagnóstico e constantes do relatório, estabelecem-se
objectivos a atingir (alunos e professores) e definem-se medidas comissão Energética e ao
Comité do Projecto, que decidirão quais os objectivos a propor e a apresentar a toda a
comunidade escolar, sob a forma de guia de boas práticas, para que todos possam participar
na sua concretização.

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