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PARTE -01

O Método Introduzido por Allan Kardec


Na página seguinte disponibilizo um link para que o leitor espírita ou
não possa apresentar suas considerações e/ou depoimentos .

O SCRIBD também possibilita a postagem de depoimentos. São,


portanto, duas opções válidas.

Em qualquer dos casos não deixarei ninguém sem resposta. Publicarei


os depoimentos oportunamente e sob o mesmo título deste trabalho,
com os meus comentários e informações complementares.
Créditos: Albino A. C. de Novaes

O Método Espírita segundo o modelo construído por Allan Kardec

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=1042686
Acione o link acima para registrar seus depoimentos
Pretendo que este trabalho seja o mais
interativo possível . A construção do
Conhecimento Espírita exige a participação
de todos nos moldes estabelecidos por
Kardec.
O Problema do Conhecimento:

Hoje, recebemos, passivamente, através das instituições escolares, religiosas,


academias científicas, revistas, livros, um modelo de conhecimento imposto
pela IDEOLOGIA ditada pelo SISTEMA TECNOCRATA - MODELO, muitas vezes
deturpado do CONHECIMENTO. Esse modelo tem a sua razão de ser, exprime
um modo de conhecer e dominar racionalmente a realidade, mas não deveria
ser a única abordagem. E mais ainda, esse modelo se acha comprometido
muitas vezes com os interesses do sistema. A propósito perguntamos:
A quem interessa, por exemplo, os livros atribuídos à
psicografia? Somente ao LEITOR? Creio que não. Há interesses
em jogo. Muitos livros tiveram que ser rotulados como
psicografados, do contrário não seriam publicados. Mas há
quem usou (e ainda usa) o termo INSPIRADO para atenuar a
dor da consciência e não dizer PSICOGRAFADO. Os editores têm
interesses, o médium (ou escritor) tem interesses.
O meio de obtenção da escrita e, consequente produção do texto através, do
que denominam “psicografia” impossibilita o atestado de qualificação e
autenticidade. Não é possível uma verificação segura que possa dirimir
qualquer dúvida sobre a origem autoral do texto, pois trata-se de uma
origem subjetiva.

-Quem pode garantir com segurança que o texto atribuído a Emmanuel, a


André Luiz ou a Joana de Angelis, ou a qualquer outro autor espiritual seja
de fato quem afirmam ser? A identidade assumida por um Espírito é como
um nome “fantasia” que pode ser adotado por qualquer outro.

- Qual a certeza que podemos ter que o texto foi de fato produzido por um
Espírito e não pelo próprio médium?
Allan Kardec, com o seu método – que na verdade identifica-se com o Método
Científico – permite um exame acurado das comunicações obtidas, mas não
garante uma conclusão absoluta de autenticidade, ao contrário do que muitos
podem pensar.

Sem o método kardeciano não há sequer uma única possibilidade de acerto que
não seja o acaso.

O método sugerido por Kardec não é praticado no movimento espírita, portanto,


somente ocasionalmente uma publicação pode ser autenticamente psicografada.

Simplesmente atribuir um texto produzido a um espírito e garantir uma origem


mediúnica, psicografada ou não, sem exame, sem passar pelo crivo da razão e da
lógica, é leviandade, não importa que interesse se utilize como escudo.
O estudo desses problemas nos remete à constatação de
controvertidas respostas a exigir uma análise esclarecedora do
sentido do CONHECIMENTO.

Já que existem múltiplas interpretações a respeito do real, diversos


modos de se enfocar o CONHECIMENTO. SÓ O EXAME NOS
POSSIBILITA COMPREENDER O QUE ESTÁ SENDO PASSADO DE
OBSCURO E DE IDEOLÓGICO NO MEIO CULTURAL CIENTÍFICO-
ESPIRITA, E RECEBIDO POR NÓS, NA MAIORIA DAS VEZES SEM
NENHUMA CRÍTICA.

A maioria não quer pensar, prefere que seu conhecimento seja


uma construção externa, não quer ter trabalho. O Conhecimento
Espírita não se adquire, é uma construção meticulosa que não
dispensa o trabalho intelectual, a experimentação, o exame. 
Face à necessidade de se explicitar a complexidade do real onde se dá o
conhecimento, se impõe um estudo. Ele se diversifica em grandes formas de
conhecimento como: SENSO COMUM, FILOSOFIA, MITO, CIÊNCIA E TEOLOGIA.

Ao estudarmos essas formas de conhecimento, impõe-se um conjunto de


questões tais como:

O QUE É CONHECIMENTO: COMO SE DÁ O CONHECIMENTO? O QUE


ESPECIFICA O CONHECIMENTO CIENTÍFICO?

QUAIS AS RELAÇÕES DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO COM OUTRAS FORMAS


DE CONHECIMENTO, COMO A FILOSOFIA, A TEOLOGIA E O SENSO COMUM?

A FILOSOFIA E A TEOLOGIA SÃO CIÊNCIAS?

A CIÊNCIA SE OPÕE AO MITO?

EM QUE SENTIDO A CIÊNCIA É UM MITO?


"amai-vos e instruí-vos”

Na maior parte das vezes não sei o que é mais difícil realizar: o amai-vos ou o
instruí-vos. Acredito que a ordem de dificuldade é a mesma para ambos.

Mesmo dedicando-se com exclusividade ao Evangelho de Jesus, o amor fica


muitas vezes distante, objeto apenas de discurso que a prática expõe a
dificuldade.

O instruí-vos tanto quanto o amai-vos depende de esforço, renúncia, prática e


desprendimento das coisas terrenas. Não vejo como conquistar um sem o
outro: são inseparáveis e se articulam reciprocamente, complementam-se e
integram-se.
DEPOIMENTOS:
Wakan 
Caro Albino, são muito oportunas essas suas reflexões. Acredito que o leitor
espírita, melhor dizendo, o espírita estudioso, está amadurecendo seu senso
crítico muito vagarosamente, uma vez que esse senso crítico decorre bem
mais do aperfeiçoamento moral que do intelectual.

Como sabemos, o progresso intelectual é sempre mais rápido que o moral,


conforme O Livro dos Espíritos. Mas o Espiritismo propugna o melhoramento
moral da humanidade e, por isso, estou seguro que os espíritas conscientes de
seu papel tenderão a avançar nos dois caminhos, cumprindo os dois
mandamentos do Espírito de Verdade ("amai-vos e instruí-vos")
concomitantemente. Oxalá!
28/11/06 :Onelton 

Fiquei muito satisfeito com a Vossa proposta e espero que a comunidade


siga em frente com discussões como estas, que nos estimulam e nos fazem
pensar. 

Quanto ao tema... é difícil dizer que tem realmente a razão. Alguns se


apóiam na fé raciocinada e acreditam ter descobertos segredos que os
outros ainda não descobriram, baseando toda a sua crença religiosa. Me
incluo neste grupo.

Outros acreditam no sobrenatural, no arrebatamento e no perdão dos


pecados diante da pronúncia das palavras de arrependimento... veja que eu
disse com as palavras e não com as provas do arrependimento.

Fato é que todos queremos crer estarmos com a verdade. Mas a verdade
está que não basta ter a razão e não produzir ações que permitam que a sua
razão seja verdadeira, pois não existe fé sem obras, nem perdão sem
caridade, nem amor maior do que o de Jesus...
Quanto as obras espíritas

É bem verdade que está sendo derramado em todos os cantos obras espíritas
variadas, que não são submetidas ao crivo da crítica, ou até mesmo de um
conselho espírita, até mesmo porque não existe tal colegiado, e nem
tampouco pessoas com características sublimares para a composição destes
colegiados.

Fato também que a história já nos revelava que tal tempo chegaria, e que a
terceira revelação se faria presente em nossas vidas de vários modos e
pessoas.

Kardec também dizia que é melhor recusar mil verdades a aceitar uma
mentira, mas Kardec como todos nós também era passivo de erro; todo
aquele que media o mundo espiritual com o mundo material está sujeito as
imperfeições várias da comunicação e do meio que se propaga, logo, toda
comunicação esta sujeita aos problemas seja do veículo, da mensagem(?) e
do receptor, entre outros.
Albino A. C. de Novaes
Estudar não é tarefa fácil

A problemática do CONHECIMENTO nos remete à questão fundamental: o


que é a verdade? Consultando a obra “Questões Epistemológicas”, Hilton
Japiassu afirma que a CATEGORIA DE VERDADE não pode mais ser
concebida como o cimento da TEORIA DO CONHECIMENTO porque no mundo
plural em que vivemos não existe a verdade mas verdades sempre
produzidas e elaboradas dentro desse contexto.

A Prof.ª Ana Maria destaca os modos diversos de relacionamento do ser


humano com o CONHECIMENTO e faz da crítica o instrumento de
desvelamento do real.
Mas o conhecimento visto como produzido e transmitido na e pela
sociedade exige que se compreenda COMO E PORQUE ELE SURGE
HISTORICAMENTE. Essa posição de Kal Marx é apresentada pela
Prof.ª Dirce Solis.

Para entendermos bem a METODOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DO


CONHECIMENTO ESPÍRITA precisamos entender como se constrói o
conhecimento comum. Para começar farei uma curta explanação
sobre as FORMAS DE CONHECIMENTO: Ciência, Senso Comum, Mito,
Filosofia e Teologia
Albino A. C. de Novaes
CIÊNCIA 

- ciência é conhecimento;
- saber que se adquire pela leitura e modificação, instrução, sabedoria;
conjunto organizado de conhecimento sobre um determinado objeto, em
especial obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um
método próprio;
soma de conhecimentos práticos que servem a um determinado fim;
processo pelo qual o homem se relaciona com a natureza visando dominá-la
em seu benefício;
os conhecimentos humanos considerados em conjunto.

SENSO COMUM

- conjunto de opiniões tão geralmente aceitas em época determinada que


as opiniões contrárias aparecem como aberrações individuais;
MITO 

- narrativa dos tempos fabulosos ou heróicos;

narrativa de significação simbólica, geralmente ligada à cosmologia e


relativa a deuses encarnadores das forças da natureza e/ou de aspectos da
condição humana;

- representação de fatos ou personagens reais, exagerados pela


imaginação popular, pela tradição, etc.;

- pessoa ou fato assim representado ou concebido; ou aceita pelos grupos


humanos, e que tem significativo papel em seu comportamento;

-Idéia falsa, correspondente na realidade;

- imagem simplificada, não raro ilusória, da pessoa ou de acontecimento,


elaborada ;

-Coisa inacreditável, irreal, utopia


FILOSOFIA

- estudo caracterizado pela intenção de ampliar incessantemente a


compreensão da realidade, no sentido de aprendê-la na sua inteireza, quer
pela busca da realidade capaz de abranger todas as outras, o Ser, quer pela
definição do instrumento capaz de apreender a realidade, o Pensamento,
tornando-se o homem tema inevitável de consideração;

- conjunto de estudos ou considerações que tendem a reunir uma ordem


determinada de conhecimentos (que expressamente limita seus campos de
pesquisa, por exemplo, à natureza ou à sociedade ou à história, ou a
relações numéricas, etc.). Num reduzido número de princípios que lhes
servem de fundamento e lhes restringem o alcance;

- razão, sabedoria.
TEOLOGIA

- estudo das questões referentes ao conhecimento da divindade, de seus


atributos e relações com o mundo e com os homens e a verdade religiosa.

O resumo feito acima, não tem por fim colocar o problema sobre os
vocábulos, apenas apresentar conceitos que podem ser reformulados, uma
vez que se apresentam aparentemente definitivas - só aparentemente!

Quando nos voltamos para o real, percebemos novos dados que nos fazem
indagar a respeito do sentido da verdade.
Depoimentos:

Prof. Fernandes, 

Caríssimos, sem entrar na discussão das inúmeras Escolas de Pensamento


passadas ou vigentes, cada qual escorada em interesses muitas vezes
vicários, convém reafirmar a idoneidade de Allan Kardec no estudo dos
fatos.

Em O Livro dos Médiuns, logo na Introdução, o Codificador adverte:

- Dificuldades e desilusões na prática espírita decorrem da ignorância dos


princípios do Espiritismo. 

E, ousamos perguntar: aonde estão tais princípios? é o próprio Allan Kardec


que responde em O Livro dos Espíritos: qualquer idéia ou sistema que
contrarie a Filosofia Espírita condensada nesta obra deve ser rejeitada.
Mais adiante no item VIII da mesma Introdução de O Livro dos
Espíritos, o Codificador escreve sobre as exigências da prática
espírita:

-estudo sério;

-estudo completo;

-longa experiência investigatória;

-estudo consciencioso
Depoimentos:

Onelton 

Que fique bem claro que eu admiro muito Alan Kardec e não ousaria em
fazer criticas ao seu trabalho, como não ouso em fazer criticas ao trabalho
do Chico Xavier e outros já renomados, entretanto, quando fiz a proposição
sugeri que somos todos terráqueos, logo, em evolução, passivos de erros e
acertos, até porque, toda a verdade ainda não nos foi totalmente revelada,
nem mesmo a nós ditos espíritas, crentes da imortalidade da alma, apesar
disto, a exemplo de Kardec precisamos ter uma fé raciocinada e equilíbrio
em nossas ações e pensamentos. A crítica é até um ser ponto benéfica, mas
via de regra atrapalha e contribui pela desarmonia e descentralização,
causando por sua vez fuga em massa e conflitos.
Albino A. C. de Novaes

Criticar não é falar mal...

Kardec utilizava a crítica como ferramenta de construção de


conhecimento. Sem ela não existe Ciência, sem ela não existe
Espiritismo. Veja por exemplo: “

Suponhamos que sejam homens que nos escrevem, e julguemo-los


da mesma maneira. Julguemo-lo severamente, pois os bons Espíritos
de modo algum se sentirão ofendidos com esta escrupulosa
investigação, porque são eles próprios que a recomendam como
meio de controle, Sabemos que podemos ser enganados. Portanto,
nosso primeiro sentimento deve ser o de desconfiança. Os maus
Espíritos, que nos procuram induzir em erro podem temer o exame
porque, longe de o provocar, querem ser acreditados sob palavra"
(Revista Espírita - setembro de 1959).
A crítica faz parte da leitura. Temos dois modos de leitura: leitura
por prazer e Leitura Crítica. Dissertarei oportunamente sobre as
duas.

A segunda era utilizada por Kardec, muito naturalmente. Kardec


não aceitava a OPINIÃO ... examinava a opinião.

Tanto em sua necessidade de acabamento quanto em seu


princípio, a ciência opõe-se radicalmente à opinião. Se, em algum
ponto particular, ela legitima a opinião é por razões diferentes
daquelas que fundam a opinião.; sendo assim, de direito, a
OPINIÃO ESTÁ SEMPRE ERRADA.

A opinião pensa mal; ela não pensa: ela traduz necessidade em


conhecimentos. Ao designar os objetos por sua utilidade, ela se
impede de conhecê-los.
NADA PODE FUNDAMENTAR-SE EM OPINIÕES:
primeiramente é necessário destruí-las. É o primeiro
obstáculo a ultrapassar. Não bastaria, por exemplo,
retificá-la em alguns pontos a manter, como uma espécie
de moral provisória, UM CONHECIMENTO VULGAR
PROVISÓRIO.

O Espírito científico nos proíbe de ter uma opinião sobre


questões que NÃO SABEMOS FORMULAR CLARAMENTE.
Antes de mais nada, é preciso saber colocar o problema;
na vida científica os problemas não se colocam por si
mesmos.

Esta capacidade de colocar o problema é precisamente a


marca do espírito científico. Para um espírito científico
TODO CONHECIMENTO É UMA RESPOSTA A UMA QUESTÃO
Se não houve questão, não pode haver conhecimento científico.
NADA É ÓBVIO, NADA É DADO, TUDO É CONSTRUÍDO ...

O Espiritismo portanto, por ser também uma Ciência, não admite


OPINIÃO como conhecimento construído. Sem a LEITURA CRÍTICA
não há como separar a OPINIÃO, isolá-la e descartá-la. O
Espiritismo não se faz de OPINIÃO. 

O senso comum caracteriza-se como um conjunto desagregado de


idéias e OPINIÕES DIFUSAS e DISPERSAS que FAZEM PARTE DE UM
PENSAMENTO GENÉRICO de uma época ou de um certo ambiente
popular.

Nesse sentido, dizemos que o SENSO COMUM é histórico, isto é,


produzido por determinadas condições da prática social real e
concreta dos homens em uma época.
As razões pelas quais a prática dos homens se lhes
apresenta OPACA na realidade, embora aparentemente
clara e evidente, decorrem quando da IDEOLOGIA
DOMINANTE.

O SENSO COMUM ESTÁ IMPREGNADO DE IDEOLOGIA, ,


traduzindo-a na consciência imediata dos homens, de
tendência nitidamente CONSERVADORA e CONFORMISTA.

A superação do senso comum se faz, então, necessária


para ATINGIR O CONHECIMENTO DO REAL.

MAS SÓ É POSSIVEL COLOCAR UMA CERTA CLASSE SOCIAL


EM MARCHA AO CRITICAR A SUA CONSCIÊNCIA IMEDIATA.

Não se deve temer a crítica .


Onelton
 
Críticas

Existem críticas construtivas e destrutivas...

Logo, na maioria das vezes estamos mais prejudicando que


auxiliando e/ou levando o conhecimento. Acredito que o motivo
deste fórum seja o mais elevado possível, portanto nos atemos a
questões obvias, sem o fio do miraculoso, do extraordinário.
Precisamos parar de achar que a verdade está conosco, dando deste
modo a oportunidade para que o outro se expresse naturalmente
sem barreiras, sem o constrangimento que é comum nos debates.
Alpha aurigae

A razão se pronuncia sobre a realidade e não-realidade das coisas,


sobre a correspondência entre o objeto e nossas representações.

Segundo Genovesi, a razão tem o direito de errar; mas é o único


caminho viável para a verdade. Somente pela fé não se chega à
verdade.

O que Kardec chamava de Fé Raciocinada, nada mais é do que a Arte


de acreditar que, através da Razão, pode-se encontrar a realidade ou
a não-realidade no final do processo.

O problema é como determinar o critério da verdade. Genovesi


acredita que se obtém a verdade quando os nossos juízos
correspondem à realidade ou à falsidade, no caso contrário. 
Ramatisismo embora seja uma doutrina espiritualista não é
Espiritismo. Espiritismo não é Kardecismo.

A falta de conhecimento da Doutrina dos Espíritos, de sua


história e de sua finalidade, leva muitos a supor o Espiritismo
como sendo uma doutrina fundada por Allan Kardec - que
atuou como coordenador e organizador da Codificação junto
aos homens.

Kardec estabeleceu as normas que temos de observar na


Construção do Conhecimento Espírita, regido por leis de lógica
e de logística que regem o processo cultural.

As normas foram estabelecidas justamente para não cairmos


nos enganos e nas ilusões tão comuns à nossa precipitação.

Ele ensinou o bom senso como fio de prumo que nos garante a
construção de um Conhecimento mais amplo e ao mesmo
tempo mais preciso. 
Os que usam o bom senso, primeiro preceito da normativa
kardeciana, que examina com rigor a linguagem dos
Espíritos comunicantes, que submete a testes de diversas
naturezas todas as comunicações e relatos de fenômenos,
que se preocupa em contemplar os critérios de verificação
da realidade dos conceitos por eles enunciados; que
enquadra os seus ensinos e revelações ao contexto
cultural de época, verificando o alcance abusivo ou não
das afirmações mais audaciosas; são considerados quase
sempre FANÁTICOS por quem não os conhecem.
Enquanto a Doutrina dos Espíritos - que alguns tentam minimizar
como kardecismo para justificar crenças contraditórias - tem uma
preocupação metodológica que permite monitorar a construção do
Conhecimento doutrinário, outras doutrinas apenas se utilizam da
FÉ IRRESTRITA - esta sim, porta aberta para o fanatismo.

Bem sabemos que a aplicação da normativa kardeciana - que a bem


da verdade foi determinada pelo Espírito Erasto, com base nos
modernos cuidados científicos - REQUER ESPÍRITO METÓDICO, um
fundo básico de conhecimentos gerais, capacidade normal de
discernimento, superação da curiosidade doentia, controle rigoroso
da ambição, EQUILÍBRIO DO RACIOCÍNIO, MATURIDADE
INTELECTUAL, CRITÉRIO CIENTÍFICO DE OBSERVAÇÃO E PESQUISA,
além de firme decisão de NÃO SE DEIXAR LEVAR PELAS
APARÊNCIAS.
Aprofundando sempre o exame de todos os aspectos dos
problemas e das circunstâncias. Reconhecemos que tudo
isso é difícil, MAS SEM ISSO NÃO TEREMOS ESPIRITISMO.

Se alguém notar que não dispõe dessas qualidades deve


reconhecer-se inábil para a INVESTIGAÇÃO ESPÍRITA. É
melhor aceitar com humildade as próprias limitações do
que aventurar-se à realizações impossíveis.

Não precisamos insistir que a DOUTRINA DE RAMATIS


(entre outras), não apresenta as mesmas características
que a DOUTRINA DOS ESPÍRITOS, pois ela está centrada
num único mensageiro espiritual, trazida em boa parte
por um único médium e resistente à submissão aos
critérios lógicos e logísticos, que o bom senso recomenda.
A continuidade deste trabalho depende de sua participação. Escreva-nos,
participe com seus comentários, críticas, depoimentos, exemplos ... O que
julgar importante. Tudo que escrever será utilizado neste espaço, em
nossos artigos e possivelmente poderá fazer parte de um LIVRO
ELETRÔNICO sem qualquer finalidade econômica ou outra que não seja
colaborar na CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO ESPÍRITA.

Sua participação receberá os créditos em todas as citações que fizermos.

Utilizamos os meios de comunicação que a Internet nos favorece com o


mesmo objetivo que Kardec estabeleceu para sua Revista Espírita,
claramente apresentado na Introdução do livro “A Gênese”:
“Os mesmos escrúpulos presidiram à redação de nossas obras, de tal
forma que podemos dizê-las segundo o Espiritismo, porque estamos
certos de sua conformidade ao ensino geral dos Espíritos.

Acontece com esta (Referindo-se à Gênese) a mesma coisa, e assim


podemos, por motivos semelhantes, dá-la como complemento às
precendentes, com exceção, todavia, de algumas teorias hipotéticas,
que tivemos o cuidado de indicar como tais, e que não devem ser
consideradas senão como opiniões pessoais, até que sejam
confirmadas ou contraditadas a fim de não fazer pesar sua
responsabilidade sobre a doutrina.”
“Ademais aos, leitores assíduos da Revue Spirite terão ali encontrado,
em esboço, a maior parte das idéias desenvolvidas nesta última obra
(referindo-se à Gênese) como o fizemos nas precedentes.

A Revue representa para nós, muitas vezes, um terreno de ensaio


destinado a sondar a opinião dos homens e dos Espíritos a respeito de
certos princípios, antes de admiti-los como partes constitutivas da
doutrina.”
Ao leitor atento:

Nosso objetivo é o mesmo proposto por Kardec. Aguardamos sua


participação, não somente em relação ao tópico que apresentamos, mas
também em todos os demais.

Lembramos que o verbete “Construção do Conhecimento Espírita” , de


minha autoria, foi criado e utilizado pela primeira vez no ano 2000; somente
agora pretendo colocá-lo em uso para a produção de textos visando livros
espíritas eletrônicos inteiramente gratuitos.

Prof.novaes@gmail.com

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