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As externalidades dominam a economia do bem-estar teórico

e, em certo sentido, a teoria da política económica em geral.


 As falhas de mercado podem ser agrupadas numa categoria geral denominada
Externalidades;
 Externalidades são actividades desenvolvidas por um agente económico que
envolvem a imposição involuntária de custos ou benefícios, isto é, têm efeitos
positivos ou negativos sobre terceiros sem que estes tenham oportunidade de
impedir e sem que tenham a obrigação de os pagar ou o direito de ser
indemnizados. Assim, os outros agentes económicos não são tomados em
consideração pelo mercado ou pelo sistema de preços;
 Trata-se de um fenómeno que surge quando um indivíduo ou uma empresa, ao
desenvolver uma dada actividade, não sustenta todos os custos associados à
mesma (externalidade negativa) ou não recepciona todos os benefícios inerentes
(externalidade positiva).

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 A partir da definição apresentada, constatamos que, na presença de externalidades,
o mercado não conduz a uma afectação eficiente de recursos;
 Assim sendo, revela-se necessária a adopção de mecanismos de correcção das
mesmas – internalização das externalidades. Estas soluções podem surgir
através da:
› Iniciativa privada, como por exemplo:
 Fusões ou aquisição de empresas, obrigando-as à coordenação das actividades e, consequentemente, impondo a
diminuição dos níveis de produção, dados os custos marginais impostos por uma sobre as outras;
 Celebração de convenções sociais enrtre indivíduos ou empresas, de forma a adoptar regras de defesa do
ambiente;
 Teorema de Coase: processo de negociação entre empresa e comunidade afectada, atribuindo-se uma
compensação pelo uso de um bem a uma das partes envolvidas (varia em função do detentor dos direitos de
exploração do bem), havendo interesses comuns.

› Intervenção do Estado: oferta ou criação de incentivos para actividades que constituem


externalidades positivas ou impedimento/criação de incentivos à não produção de externalidades
negativas. Neste último caso, é frequente a utilização da via de regulamentação.

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o Encontram-se, normalmente, associadas externalidades negativas aos recursos
ambientais.

Exemplos:
• Poluição ambiental, aquática e sonora;
• Fumo do cigarro (junto dos fumadores “passivos”);
• Lançamento de efluentes industriais para os recursos hídricos;
• Gases e ruídos emitidos pelos meios de transporte;

Outros exemplos:
• Consumo de bebidas alcoólicas por parte de outros indivíduos, conduzindo ao aumento de
prémios de seguro;
• Produção e consumo de drogas ilícitas.

o Nestas situações, há uma afectação negativa do bem-estar (utilidade) de outros


indivíduos.

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• Importa, em primeiro lugar, clarificar que a eliminação dos níveis de poluição não se revela desejável, na medida em que
conduziria ao desaparecimento de actividades produtivas. Ora, tal solução não se revela eficiente.
• Considere-se o exemplo de uma empresa produtora de pasta de papel que polui o ar e os recursos hídricos próximos, lesando
a actividade piscatória ali desenvolvida por outra empresa de cultura de bivalves. Como é que esta externalidade contribui
para uma falha de mercado?
• Partindo do pressuposto que a referida empresa é concorrente perfeita, a sua curva da procura é infinitamente elástica ao nível
PY0. Não tendo em consideração os efeitos da actividade que desenvolve sobre a empresa associada à actividade piscatória, a
maximização do lucro leva-a a escolher o nível de produção onde P Y0 = CMgP, ou seja, onde se verifica uma igualdade entre o
preço e custo marginal privado (CMgP), dado por y0 na figura. Contudo, na óptica da sociedade, importava que a empresa
definisse o seu nível de produção de acordo com o custo marginal social (CMgS), que abarca duas
componentes distintas: por um lado, o custo marginal
privado e, por outro lado, o dano marginal (DMg)
gerado à empresa de cultura de bivalves;
• Atentando neste enquadramento, podemos
afirmar que a eficiência apenas será obtida, para o
nível de produção y, quando o preço Py0 for
equivalente ao custo marginal social, que abarca
todos os custos de produção, pois considera o
custo de oportunidade de todos os recursos
escassos, inclusive a água limpa do rio, tendo ou não
um preço de mercado;

Figura 1 – Análise do bem-estar para uma empresa associada a


um caso de externalidade negativa na produção.
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• Perante uma externalidade negativa, o custo de mercado da produção de pasta de papel não corresponde ao seu custo
de oportunidade no ponto de vista da sociedade. Estamos na presença de um custo baixo que conduz a um nível de
produção socialmente elevado (y0 > y*), sendo por isso uma situação exemplificativa de uma nítida falência do
mercado;
› Considerando o dano marginal, representado na figura, o nível de produção diminui de y 0 para y*, o que corresponde a
um aumento do bem-estar social;
› A propósito dos ganhos e perdas de bem-estar associados à decisão de redução da produção, podemos concluir,
através de visualização do gráfico, o seguinte:
 Os ganhos obtidos resultam da poupança em custos, directamente relacionada com a menor produção. Estes ganhos
encontram-se representados, graficamente, pela área observável abaixo da curva CMgS, entre y * e y0 – Área a+b+c+d;
 Já as perdas são provenientes da diminuição da quantidade consumida, sendo esta correspondente à área vislumbrável
abaixo da curva da procura (d), no espaço compreendido entre y * e y0 – Área a+b+c.
› Supondo que a sociedade valoriza, de igual modo, cada euro atribuído ou retirado ao produtor ou ao consumidor,
podemos concluir que o excedente social, isto é, o ganho final líquido de bem-estar para a sociedade, especialmente
para as duas empresas em causa, corresponde à área assinalada por d e é máximo para y=y*;
› Se pretendermos efectuar uma análise mais abrangente da redução da produção em todo o sector da pasta de papel,
seria necessário considerar todos os produtores envolvidos nesta actividade e o impacte que têm sobre a produção de
outras empresas (tal como a empresa de cultura de bivalves). Assumindo, para fins metodológicos, que todas as
fábricas utilizam a mesma tecnologia e geram semelhantes danos a outras empresas, é-nos possível representar a
procura global no sector (curva D), e a correspondente oferta total, não tendo em consideração o dano marginal gerado
pelo lançamento dos efluentes industriais para os recursos hídricos (curva SP), para além da oferta que integra o
referido dano marginal (curva SS).

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 Note-se, a partir da observação do gráfico, que ao ganho correspondente à diminuição da produção agregada de y 0A
(representado pela área a+b+c+d), temos de retirar as perdas relacionadas com essa mesma redução, ou seja a área a+b+c.
Logo, o ganho social líquido corresponde, apenas, à área designada por d;
 Importa, ainda, assinalar que, quando se verifica a redução de cada uma e de todas as empresas do sector, a oferta disponível
no mercado será menor. Tal facto implica uma deslocação da curva da oferta para a esquerda e, consequentemente, o preço
de equilíbrio tenderá a aumentar.

Figura 2 – Análise do bem-estar social no sector da pasta de papel.

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 As soluções privadas anteriormente apresentadas podem envolver elevados custos de negociação (ou de transacção), não
sendo por isso viável ou eficiente.
 Dada esta realidade, impõe-se a intervenção estatal, normalmente por via da regulamentação. Compete ao regulador
determinar , num primeiro momento, o nível óptimo de poluição e, então, de seguida, adoptar a solução que se revele mais
apropriada para o controlo ou redução da mesma.

 Determinação do nível óptimo de redução da poluição:


› Dispondo-se de uma informação precisa e plena, procura-se determinar os custos e benefícios associados à redução da
poluição num dado sector de actividade;
› Atentando no gráfico, é-nos apresentada a curva BMg R – curva do benefício marginal do controlo/redução da poluição, que
corresponde aos benefícios inerentes à redução da poluição, tais como a melhoria da saúde das comunidades limítrofes ou a
criação de oportunidades de produção para outras empresas. Trata-se de uma curva com inclinação negativa, desfrutando de
rendimentos marginais decrescentes à medida que a redução
nas emissões poluentes se intensifica. Por outro
lado, encontra-se representada a curva CMg R
– curva do custo marginal do controlo/redução
da poluição, que considera os lucros de que as
empresas prescindem, dada a redução dos
níveis de poluição. Assim, à medida que a
redução das emissões de poluentes se aproxima
do controlo total (100%), o custo marginal
associado a esse controlo aumenta a um ritmo
bastante acelerado (custos marginais crescentes).
Figura 3 – Determinação do nível óptimo de redução de poluição
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› Através da análise custo-benefício marginal da redução ou controlo pleno da poluição, obtemos o nível óptimo de redução da
poluição (R*), fixado em percentagem (%). Tal como já anteriormente referimos, a actividade de controlo de emissões de
poluentes não deve ter como objectivo a eliminação total, e isto fica comprovado através da observação do gráfico anterior.
Note-se que o nível óptimo não é nulo, o que demonstra a importância de regular os níveis de poluição, sem com isso prejudicar
gravemente a eficiência.
 Imposição de uma multa ou Imposto de Pigou:
› Na sequência da determinação do nível óptimo de redução da poluição, importa agora optar pela solução que permita alcançar
essa meta. Nesta medida, pode o Estado anunciar a aplicação de uma multa, do tipo pigouviano, por cada um por cento de
emissão de poluentes que não seja diminuído. Trata-se de uma taxa igual ao dano causado, que introduz o princípio do
poluidor-pagador da OCDE, isto é, quem polui paga o imposto correspondente;
› Observando o gráfico apresentado, trata-se de um imposto
sobre um montante “t”, o que conduzirá à queda dos ganhos
da empresa (impondo custos adicionais) e obrigará a produzir
QS em vez de QO, pois para lá de “t”, todas as unidades
adicionais trarão prejuízo. A solução passa por “BMgL – t”,
tendo como quantidade óptima QS;
› Como crítica a esta solução, podemos referir que a sua
aplicação implica conhecer nitidamente o custo marginal de
externalidades (CME); Todavia, trata-se de um imposto que conduz
ao aumento da eficiência.
› Depois, no que concerne à aplicação do imposto, estamos perante uma decisão política, onde pode imperar ou não a equidade.
Figura 4 – Determinação do Imposto Pigou
O imposto resultante pode ser entregue ao poluidor, aos directos lesados ou aos contribuintes, diminuindo a carga fiscal.

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 Criação de um mercado de licenças de poluição:
› Alternativamente à multa instituída pelo Imposto de Pigou, o Estado pode emitir e leiloar “licenças de poluição» que permitam
às empresas poluir, cujo número é limitado. Tal implica a participação de empresas no concurso pelas licenças;
› É conferida a possibilidade de as empresas poluírem (100-R *)%, equivalente a L*p toneladas de emissões de poluentes/ano. Se
essas licenças forem livremente negociáveis, serão vendidas ao preço m* (ver gráfico), formando-se, assim, um mercado
competitivo de licenças de poluição que garante que o nível óptimo de redução da poluição seja alcançado ao menor custo.
› Trata-se de uma solução óptima, posta em prática nalguns Estados dos EUA, na medida em que os mais eficientes, isto é,
aqueles que utilizam tecnologia menos poluente, não compram licenças e, pelo contrário, os menos eficientes compram licenças
aos mais eficientes, sendo aliciados a adquirir tecnologia menos poluente;
› Na verdade, esta solução não implica a existência
de um governo supranacional que supervisione o
cumprimento do acordo, apenas implica um acordo
em matéria de licenças a emitir;
› Uma instituição de defesa ambiental pode adquirir
licenças para promover a diminuição da poluição,
mas isto poderá conduzir à diminuição da
produção da quantidade óptima. Compete, por isso,
ao Estado emitir mais licenças;
› Esta solução apresenta como vantagem fulcral o
incentivo à adopção de tecnologia menos poluente.
Todavia, trata-se de uma solução que não é possível aplicar em todas as áreas e implica a coesão de diversas vontades;
Figura 5 – Mercado de licenças para poluição

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 Fixar padrões de emissão de poluentes (grandfathering);
› Devem ser encarados como um incentivo à redução da poluição.
 Aumentar o preço dos produtos tabagistas e criar centros de
recuperação para fumadores;
 Promover o uso de transportes públicos “amigos” do ambiente;
 Adoptar planos de ordenamento do território, nomeadamente em
matéria de construção de imóveis, que favoreçam a gestão da
interacção homem-espaço natural.

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 Constituição da República Portuguesa (CRP)
› Artigo 9.º (Tarefas Fundamentais do Estado), alínea e) – integra o elenco de princípios
fundamentais da Lei Fundamental e consagra que o Estado Português se propõe a cumprir a tarefa
fundamental de defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um
correcto ordenamento do território;
› Artigo 66.º (Ambientais e qualidade de vida) – integra o elenco de direitos sociais fundamentais e
consagra que:
1. Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.
2. Para assegurar o direito ao ambiente, no quadro de um desenvolvimento sustentável, incumbe ao Estado,
por meio de organismos próprios e com o envolvimento e a participação dos cidadãos:
a) Prevenir e controlar a poluição e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosão;
b) Ordenar e promover o ordenamento do território, tendo em vista uma correcta localização das actividades, um
equilibrado desenvolvimento socioeconómico e a valorização da paisagem;
c) Criar e desenvolver reservas e parques naturais e de recreio, bem como classificar e proteger paisagens e sítios, de modo
a garantir a conservação da natureza e a preservação de valores culturais de interesse histórico ou artístico;
d) Promover o aproveitamento racional dos recursos naturais, salvaguardando a sua capacidade de renovação e a
estabilidade ecológica, com respeito pelo princípio da solidariedade entre gerações;
e) Promover, em colaboração com as autarquias locais, a qualidade ambiental das povoações e da vida urbana,
designadamente no plano arquitectónico e da protecção das zonas históricas;
f) Promover a integração de objectivos ambientais nas várias políticas de âmbito sectorial;
g) Promover a educação ambiental e o respeito pelos valores do ambiente;
h) Assegurar que a política fiscal compatibilize desenvolvimento com protecção do ambiente e qualidade de vida.

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 Considerando os Orçamentos de Estado para 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010, podemos elencar algumas
das medidas prosseguidas, no seio do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, em
matéria de protecção ambiental:
› Adopção de uma estratégia sustentável de crescimento económico e de emprego, com racionalização na utilização dos
recursos disponíveis;
› Intensificação das acções cívicas de prevenção e protecção da natureza. Promoção de educação e formação em matéria
de conservação da natureza e da biodiversidade, assegurando a disponibilidade de informação e a sensibilização e
participação das populações;
› Promoção das acções de gestão do espaço, defesa da costa e requalificação ambiental do litoral;
› Concretização do sistema nacional de comércio europeu de licenças de emissão de gases com efeito de estufa;
› Promoção da eficiência energética e apoio à adopção de fontes de energia renovável;
› Reforço da integração de preocupações ambientais, com a redução das emissões de gases poluentes, adaptando-se a
estratégia nacional à realidade das alterações climáticas;
› Implementação de planos de prevenção e mitigação de fogos florestais;
› Protecção e valorização dos recursos hídricos.

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 De acordo com as Contas Gerais do Estado, relativas aos anos de 2002 a 2006, a Despesa Pública
consolidada em matéria de Ambiente e Ordenamento do Território tem evidenciado a seguinte evolução:

Fonte: INE

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 Deve o Estado Português assumir a prossecução de políticas de protecção ambiental, assentes nos
seguintes pilares:
› Promoção da investigação e o desenvolvimento ambientais;
› Aplicação de tecnologia ambiental;
› Prossecução estabelecimento de padrões sustentáveis de produção e consumo;
› Fomentar a educação ambiental, comunicação e consciencialização da opinião pública;

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 As externalidades negativas na produção ou no consumo levam os
mercados a produzir quantidades superiores às socialmente
recomendáveis. Já as externalidades positivas na produção e no
consumo conduzem os mercados a produzir quantidades menores às
socialmente apetecíveis;
 Assim, o governo, para solucionar estas problemáticas, pode
internalizar a externalidade, tributando os bens que provocam
externalidades negativas e subsidiando os bens que geram
externalidades positivas;
 Deve existir um equilíbrio entre os mercados livres de bens e serviços
(mão invisível) e a regulamentação governamental (mão visível);
 Revela-se importante fazer uma rigorosa análise custo-benefício da
intervenção estatal.

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 Custo marginal privado (CMgP): custo de oportunidade dos recursos escassos
ligados a uma actividade que tenham um preço de mercado estabelecido;
 Custo marginal social (CMgS): custo de oportunidade da totalidade dos
recursos escassos associados a uma dada actividade, quer tenham ou não um preço
de mercado fixado;
 Dano Marginal (DMg): trata-se do custo associado a uma certa actividade e que
não apresenta um preço de mercado;
 Internalização de uma externalidade: consiste na incorporação, nas decisões
tomadas por um agente económico, dos custos ou benefícios marginais indirectos
provocados por essa externalidade;
 Mercado de Licenças de Poluição: trata-se de uma solução que combina
intervenção estatal com o funcionamento do mercado e consiste na atribuição de
uma licença governamental que pode ser comprada e vendida e que permite uma
empresa emitir uma determinada quantidade de poluentes.

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 ARAÚJO, Fernando – Introdução à Economia. Coimbra : Editora Almedina, 2002;
 BUCHANAN, James M. – Externalities and public expenditure theory: Editora Liberty Fund
Inc. 2001;
 CRUZ, José Neves – Economia e Política: Uma abordagem dialéctica da escolha pública.
Coimbra Editora, 2008;
 GUERRIEN, Bernard – Microeconomia: o essencial. 1ª ed. Lisboa : Editora Gradiva, 1996;
 MANKIW, N. Gregory – Introdução à Economia. 2.ª edição americana. Rio de Janeiro :
Editora Campus, 2001;
 MATEUS, Abel; MATEUS, Margarida – Microeconomia – Teoria e Aplicações, Editora
Verbo, 2002;
 SALVATORE, Dominick – Microeconomia. 2ª edição. São Paulo : Editora McGraw-Hill do
Brasil. 1984;
 SAMUELSON, Paul A. ; William D. Nordhaus — Economia. 18ª ed. Lisboa : Editora
McGraw-Hill de Portugal, 2005;
 TULLOCK, Gordon – Public goods, redistribution and rent seeking : Editora Edward Elgar
Pub, 2008.

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