Você está na página 1de 60

Dimensionamento e Instalação de

Condutores Elétricos
Instr.: Rodrigo Werneck César
 Considerações básicas
◦ condutor elétrico: corpo constituído de material
bom condutor, destinado à transmissão da
eletricidade.
◦ fio: condutor sólido, maciço, de seção circular,
com ou sem isolamento.
◦ cabo: conjunto de fios encordoados, não-
isolados entre si, isolado ou não, conforme o
uso a que se destina, sendo mais flexível que
um fio de mesma capacidade de carga.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 2


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 3
 Os cabos podem ser:
◦ unipolares, quando constituídos por um condutor
de fios trançados, com cobertura isolante
protetora;
◦ multipolares, quando constituídos por dois ou
mais condutores isolados, progetidos por uma
camada protetora de cobertura comum.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 4


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 5
 Seção nominal de um fio ou cabo é a área
transversal do fio ou da soma das seções
dos fios componentes de um cabo, não
incluindo a isolação e a cobertura.
 Até 1982: AWG/CM (American Wire
Gauge/Circular Mil).

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 6


 AWG: progressão geométrica de diâmetros
expressos em polegadas até a bitola 0000
(4/0). Acima disso, as seções são expressas
em CM ou múltiplo de CM (MCM). Um mil =
1 milésimo quadrado de polegada.
 Após 1982: mm2, segundo padrão da série
métrica da IEC (International
Electrotechnical Commission).

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 7


 Material
◦ residenciais: cobre, exceto em aterramento e
proteção;
◦ comerciais: é permitido alumínio com seção igual
ou superior a 50 mm2.
◦ industriais: é permitido alumínio se:
 seção for superior ou igual a 50 mm2;
 instalação alimentada diretamente por subestação de
transformação ou transformador;
 instalações e manutenção qualificadas.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 8


 Tipos de condutores
◦ propagadores de chama: entram em combustão
sob a ação direta da chama e a mantêm mesmo
após a retirada – etilenopropileno (EPR) e
polietileno reticulado (XLPE).
◦ não-propagadores de chama: removida a chama,
a combustão cessa – polivinila (PVC) e neoprene.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 9


 Tipos de condutores
◦ resistentes à chama: mesmo em caso de
exposição prolongada, a chama não se propaga
ao longo do material isolante do cabo – Sintenax
Antiflam (Pirelli) e Noflam BWF 750 V (Ficap).
◦ resistentes ao fogo: são incombustíveis, que
permitem o funcionamento do circuito mesmo em
presença de um incêndio. São usados em
circuitos de segurança e sinalizações de
emergência.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 10


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 11
 Dimensionamento dos condutores
◦ Após o cálculo da corrente de projeto de um
circuito, procede-se ao dimensionamento do
condutor capaz de permitir, sem excessivo
aquecimento e com queda de tensão
predeterminada, a passagem da corrente elétrica.
Além disso, os condutores devem ser compatíveis
com a capacidade dos dispositivos de proteção
contra sobrecarga e curto-circuito.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 12


 6.2.6.1.2 A seção dos condutores deve ser
determinada de forma a que sejam
atendidos, no mínimo, todos os seguintes
critérios:
 a) a capacidade de condução de corrente

dos condutores deve ser igual ou superior à


corrente de projeto do circuito, incluindo as
componentes harmônicas, afetada dos
fatores de correção aplicáveis (ver 6.2.5);

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 13


 b) a proteção contra sobrecargas, conforme
5.3.4 e 6.3.4.2;
 c) a proteção contra curtos-circuitos e

solicitações térmicas, conforme 5.3.5 e


6.3.4.3;

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 14


 d) a proteção contra choques elétricos por
seccionamento automático da alimentação
em esquemas TN e IT, quando pertinente
(5.1.2.2.4);
 e) os limites de queda de tensão, conforme

6.2.7; e
 f) as seções mínimas indicadas em
6.2.6.1.1.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 15


 Para que se considere um circuito completa e
corretamente dimensionado, é necessário
realizar os seis cálculos anteriores, cada um
resultando em uma seção transversal, e
considerar como seção escolhida aquela que
for a maior entre todas as obtidas.
 Especial atenção deve ser dispensada ao caso
de circuitos em que haja harmônicas. Esse
assunto é abordado em 6.2.6.2 da NBR 5410:
2004.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 16


 Uma vez determinada a seção do condutor,
escolhe-se em tabela de capacidade de
condutores, padronizados e comercializados, o
fio ou cabo cuja seção, por excesso, mais se
aproxime da seção calculada.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 17


 Em circuitos de distribuição de apartamentos, em
geral, é suficiente a escolha do condutor com
base no critério de não haver aquecimento
indesejável.
 Em circuitos de iluminação de grandes áreas
industriais, comerciais, de escritórios e nos
alimentadores nos quadros terminais, calcula-se
a seção dos condutores segundo os critérios do
aquecimento e da queda de tensão.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 18


 Nos alimentadores principais e secundários
de elevada carga ou de alta tensão, deve-se
proceder à verificação da seção mínima para
atender à sobrecarga e à corrente de curto-
circuito.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 19


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 20
 Critério do aquecimento
 Fatores a serem considerados:
◦ tipo de isolação e de cobertura
◦ número de condutores carregados
◦ maneira de instalar dos cabos
◦ proximidade de outros condutores e cabos
◦ temperatura ambiente ou do solo

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 21


 Fatores a serem considerados:
◦ Tipo de isolação e de cobertura: Em primeiro
lugar, deve-se escolher o tipo de isolação, de
acordo com as temperaturas de regime constante
de operações e de sobrecarga.
◦ Em instalações prediais convencionais, usam-se,
em geral, os fios e cabos com isolação de PVC.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 22


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 23
 Fatores a serem considerados:

◦ número de condutores carregados

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 24


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 25
 6.2.5.6.1 O número de condutores carregados a ser
considerado é aquele indicado na tab. 46, de acordo
com o esquema de condutores vivos do circuito. Em
particular, no caso de circuito trifásico com neutro,
quando a circulação de corrente no neutro não for
acompanhada de redução correspondente na carga
dos condutores de fase, o neutro deve ser computado
como condutor carregado. É o que acontece quando a
corrente nos condutores de fase contém componentes
harmônicas de ordem três e múltiplos numa taxa
superior a 15%.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 26


 6.2.5.6.1 (cont.) Nessas condições, o circuito
trifásico com neutro deve ser considerado como
constituído de quatro condutores carregados, e a
determinação da capacidade de condução de
corrente dos condutores deve ser afetada do
“fator de correção devido ao carregamento do
neutro”. Tal fator, que em caráter geral é de 0,86,
independentemente do método de instalação, é
aplicável, então, às capacidades de condução de
corrente válidas para três condutores carregados.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 27


 Fatores a serem considerados:

◦ maneira de instalar dos cabos

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 28


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 29
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 30
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 31
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 32
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 33
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 34
 Bitola do condutor supondo temperatura
ambiente de 30 oC.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 35


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 36
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 37
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 38
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 39
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 40
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 41
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 42
 Correções a serem introduzidas no
dimensionamento dos condutores
◦ efeito da temperatura (tab. 40) => k1
◦ agrupamento de condutores (tab. 42, 43, 44 e 45)
=> k2
◦ agrupamento de eletrodutos (tab. 4.13 e 4.14)
=> k3
◦ resistividade do solo (tab. 41) => k4

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 43


 Correções a serem introduzidas no
dimensionamento dos condutores

◦ Ip’ = Ip/(k1 x k2 x k3 x k4)

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 44


 Correções a serem introduzidas no
dimensionamento dos condutores

◦ efeito da temperatura (tab. 40) => k1

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 45


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 46
 Correções a serem introduzidas no
dimensionamento dos condutores

◦ agrupamento de condutores (tab. 42, 43, 44, 45,


4.10 e 4.11) => k2

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 47


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 48
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 49
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 50
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 51
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 52
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 53
 Os fatores de agrupamento indicados nas tab. de
42 a 45 são válidos para grupos de condutores
semelhantes, igualmente carregados. São
considerados condutores “semelhantes” aqueles
cujas capacidades de condução de corrente
baseiam-se na mesma temperatura máxima para
serviço contínuo e cujas seções nominais estão
contidas no intervalo de três seções normalizadas
sucessivas.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 54


 Quando os condutores de um grupo não
preencherem essa condição, os fatores de
agrupamento aplicáveis devem ser obtidos
por:
◦ cálculo caso a caso, utilizando, por exemplo, a
ABNT NBR 11301; ou
◦ caso não seja viável um cálculo mais específico,
adoção do fator F da expressão: F = 1/n1/2, em
que n é o número de circuitos ou de cabos
multipolares.

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 55


 Correções a serem introduzidas no
dimensionamento dos condutores

◦ agrupamento de eletrodutos (tab. 4.13 e 4.14)


=> k3

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 56


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 57
Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 58
 Correções a serem introduzidas no
dimensionamento dos condutores

◦ resistividade do solo (tab. 41) => k4

Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 59


Instr. RODRIGO WERNECK CÉSAR Dimensionamenrto de Cabos 60

Você também pode gostar