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Universidade Federal Rural de Pernambuco

Departamento de Zootecnia

Estabilidade Aeróbia de Silagens de Cana-de-açúcar (Saccharum ssp.)


Enriquecida Com o Beneficiamento de Resíduo de Feijão (Phaseolus vulgaris l.)

Aluna: Ana Caroline Cerqueira de Melo


Bolsista do PET-Zootectia
Orientadora: Adriana Guim
Introdução

Foto de uma cana Madura

Procurar um trator no canavial


Bernardes et al. (2007):

OBS.: FOTO DA CANA NO


PERÌODO SECO , MATURIDADE
ALTA
Microorganismos Presentes nas Silagens

1. Microorganismos anaeróbios:
Bactérias ácido-lática (Silagens de melhor qualidade)
Fermentação Lática

2. Microorganismos Aeróbios:
Leveduras (Silagens expostas a deterioração)
Fermentação alcoólica

Fungos
Qualidade e Valor Nutritivo da
Silagem
Carboidratos (Alli et al.,1983)
Leveduras

Etanol + Dióxido de Carbono (CO2) e


Água

(Pahlow et al,
2003)
Aditivos
Leveduras:
(Freitas et al., 2006)
Crescimento
Sobrevivência

Matéria Seca:
Grande importância no desempenho animal
Proteína Bruta
Aditivos
Sem Aditivo:
Pedroso, 2003
 Baixa qualidade e rejeição.

Beneficiamento do feijão:
CONAB, 2003
Disponibilidade

FOTO DE FEIJÕES
Exposição ao Ar
Microorganismos aeróbios

O2
Colocar foto de
silagem dentro do
circulo

Carboidratos Quebra da+Estabilidade


→ Etanol Água + CO2 eAeróbia
∆ da massa

(Taylor e Kung Jr. ,


2002)
Objetivo
Avaliar o efeito da adição de resíduo do
beneficiamento do feijão (Phaseolus vulgaris L.) sobre
a estabilidade das silagens cana-de-açúcar nas
primeiras 24 horas após abertura dos silos.
Material e métodos
Setor de Caprino/Ovinocultura.

Silagem:
CANA-DE-AÇÚCAR

• Variedade RB 867515
• Estação Experimental de Carpina
• 12 meses

RESÍDUO DO FEIJÃO
• Garanhuns
• Tipo de feijão: indefinida
Ensilagem Para que utiliza-
se a areia e as
britas no fundo 600 kg/m³
do silo??

1,0 x1,5 m
Tratamentos

Material Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4

Cana-de- 100% 95% 90% 85%


açúcar
Resíduo de 0% 5% 10% 15%
feijão
Silagem
Aproximadamente 75 dias

Estabilidade aeróbia

35 cm

25 cm
Temperaturas
Horas de aferição Tempo de exposição
7:00 h 0h
15:00 h 8h
23:00 h 16 h
7:00 h 24 h
Resultados e Discussão
Tabela 1: Temperatura média das silagens de cana-de-açúcar com diferentes níveis de inclusão de
resíduo de beneficiamento de feijão (Phaseolus vulgaris L.) ao longo das primeiras 24 horas de
exposição ao ar e temperatura do ambiente onde as silagens foram armazenadas.
Nível de inclusão de resíduo de feijão Tempo após abertura silos (em horas)
(% da matéria natural)
Abertura (zero)* 8* 16* 24*

0% 32,00 aA 32.75 bB 33.00 aB 37.75 aA

5% 31,00 aB 31.62 bAB 32.25 abA 28.25 bC

10% 31.00 aA 29.37 cB 31.67 bA 28.12 bC

15% 32.00 aB 35.12 aA 32.00 abB 27.37 bC

Temperatura ambiente 33,3 33,6 26,8 28,6

*O que acontence com as de maior percentagem de aditivos?


*O que acontece com as de menos percentagem de aditivos?
Quebra da Estabilidade
Taylor e Kung Jr. (2002) :

40,0
33,3 33,6
35,0
28,6
Temperatura (ºC)
30,0 26,8
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
0 8 16 24
Tempo após exposição silagens ao ar (horas)

0 5% 10% 15% Ambiente

Figura 1: Temperatura média das silagens de cana-de-açúcar com


diferentes níveis de inclusão de resíduo de beneficiamento de feijão (0, 5,
10 e 15%) até 24 horas após exposição ao ar e acompanhamento da
temperatura ambiente durante mesmo período (valores mostrados em ºC)
Aquecimento da silagem sem aditivo
Tabela 1: Temperatura média das silagens de cana-de-açúcar com diferentes níveis de inclusão de
40,0
resíduo de beneficiamento de feijão
33,3 (Phaseolus vulgaris L.) ao longo das primeiras 24 horas de
33,6
35,0
exposição ao ar e temperatura do ambiente onde as silagens foram armazenadas.
28,6
30,0 26,8
Temperatura (ºC)

25,0
Nível de inclusão de resíduo de feijão Tempo após abertura silos (em horas)
20,0
(% da matéria natural)
15,0 Abertura (zero)* 8* 16* 24*

0% 10,0 32,00 aA 32.75 bB 33.00 aB 37.75 aA


5,0
5% 31,00 aB 31.62 bAB 32.25 abA 28.25 bC
0,0
10% 0 31.00 8
aA 29.37
16cB 31.6724
bA 28.12 bC

15% 32.00exposição
Tempo após aB 35.12 aA
silagens 32.00 abB
ao ar (horas) 27.37 bC

Temperatura ambiente 33,3 33,6 26,8 28,6


0 5% 10% 15% Ambiente
Figura 1: Temperatura média das silagens de cana-de-açúcar com diferentes níveis de inclusão de
resíduo de beneficiamento de feijão (0, 5, 10 e 15%) até 24 horas após exposição ao ar e
acompanhamento da temperatura ambiente durante mesmo período (valores mostrados em ºC)
Influencia da Temperatura no Aquecimento da Massa da
Silagem
40,0
33,3 33,6
35,0
26,8 28,6
30,0

Temperatura (ºC)
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
0 8 16 24
Tempo após exposição silagens ao ar (horas)

0 5% 10% 15% Ambiente


Figura 1: Temperatura média das silagens de cana-de-açúcar com diferentes níveis
de inclusão de resíduo de beneficiamento de feijão (0, 5, 10 e 15%) até 24 horas
após exposição ao ar e acompanhamento da temperatura ambiente durante mesmo
período (valores mostrados em ºC)
Conclusão
Diante dos resultados obtidos conclui-se que o uso em
até 15% de resíduo de beneficiamento de feijão como
aditivo de silagens de cana-de-açúcar retarda o
processo de deterioração aeróbia das silagens nas
primeiras 24 horas de exposição ao ar.
Agradecimentos
Referências Bibliográficas
 ALLI, I.; FAIRBARIN, R.; BAKER, B.E et al. The effects of ammonia
on the fermentation of chopped sugarcane. Animal Feed Science and
Technology, v.9, p.291-299, 1983.

  BERNARDES, T. F., REIS, R. A., SIQUEIRA, R. S., et al. Avaliação


da queima e da adição de milho desintegrado com palha e sabugo na
ensilagem de cana-de-açúcar. Revista Brasileira de Zootecnia, v.36,
n.2, p.269-275, 2007.

 COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO – CONAB


[2005].. Série histórica de produção de feijão – Brasil. Disponível
em: http://www.conab.gov.br>. Acesso em: 03/04/2010 .
 FREITAS, A.W.P.; PEREIRA, J.C.; ROCHA, F.C. et al. Características
da silagem de cana-de-açúcar tratada com inoculante bacteriano e
hidróxido de sódio e acrescida de resíduo da colheita de soja. Revista
Brasileira de Zootecnia, v.35, n.1, p.48-59, 2006.

 TAYLOR, C.C.; KUNG Jr., L. The effect of Lactobacillus buchneri


40788 on the fermentation and aerobic stability of high moisture corn in
laboratory silos. Journal of Dairy Science, v.85, p.1526-1532, 2002.

 PEDROSO, A. F. Aditivos químicos e microbiano no controle de


perdas e na qualidade de silagem de cana-de-açúcar (Sccharum
officinarum L.). 2003. 120 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2003.

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