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PROCESSO

Processo remete-nos, antes de mais, para uma ideia de transformação. Vivemos numa
vida onde tudo é processado: a nossa comida, os nossos dados, os nossos valores, as
nossas relações. Também na arte se assiste a esse fenómeno: o processo implica uma
passagem das ideias à obra concreta, a sua transformação em algo (mais ou menos)
palpável.

Todo o processo pressupõe em si uma ação. A transformação, como integra o próprio


termo, implica ação. Com ritmos mais ou menos rápidos, com métodos e técnicas
próprias. E, acima de tudo, uma interferência humana em determinada fase desse
mecanismo de transformação.

O termo vem do latim processu e, não raras vezes, associamo-lo ao campo da justiça. O
processo será o conjunto de papéis, o resultado de uma pesquisa aprofundada (de
meses ou anos) para que daí se retire um resultado: culpado ou inocente? Na arte, um
processo significa também pesquisa, reunião de provas (ou inspirações), a acumulação
desses dados nos tribunais da estética ou da emoção.
NUNO SOUSA VIEIRA
1971. Leiria. Escultura.

O seu atelier é uma fábrica, o local privilegiado para


um sítio onde se processa algo. As suas
esculturas são feitas a partir de material que é já
considerado desperdício daquela fábrica
abandonada. O artista trabalha no local e o
próprio local, integrando-o nas obras.

Grupo onde inserir: Processo como ponto de partida/matéria


DIOGO EVANGELISTA
1984. Lisboa. Vídeo e escultura.

Com uma prática multidisciplinar, Evangelista tem-


se debruçado sobre as questões do desejo e da
transformação. O seu trabalho em vídeo sobre
realidades não lineares conduzem-nos para a
ideia de processamento de dados.

Grupo onde inserir: Processo como ponto de partida/matéria


PEDRO SOUSA LOUREIRO
1989. Coimbra. Performance e Desenho.

Formado em Artes Plásticas e em Teatro, tem


procurado fazer pontes entre estas duas áreas.
Fundador da companhia Os Pato Bravo. Ensaiar é
também um processo de criação. É isso que
também mostra em algumas colagens que tem
criado.

Grupo onde inserir: Processo como resultado


DAVID ROSADO
1976. Évora. Desenho e Pintura.

Nos seus trabalhos, é comum a apropriação de


imagens do imaginário coletivo. Basta ver a
forma como as diferentes personagens dos filmes
da Disney se deixam captar nos seus quadros.
Com ele, inserimos não só a ideia de desenho
animado mas também de comida processada.

Grupo onde inserir: Processo como ponto de partida/matéria


PATRÍCIA GERALDES
• 1980. Porto. Escultura e Desenho.

A madeira das árvores acaba por ser a base de todo o


desenho. É essa ideia de processar a natureza como
base para o desenho e para a própria criação que
sugerimos. A artista tem trabalhado com a madeira e o
papel e debruça-se fortemente sobre os conceitos de
tempo e memória como inspiração e parte integrante
do seu processo. Uma árvore é também tempo e
memória.

Grupo onde inserir: Processo como ponto de partida/matéria

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