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DINÂMICA INTERNA DA TERRA

Teoria da Deriva Continental | Morfologia dos Fundos Oceânicos | Teoria da Tectónica de Placas

Ano Letivo 2011 – 2012

Ciências Naturais – 7º ano

Prof. Sandrina Martins e


Anabela Santos
POSIÇÃO DOS CONTINENTES…
A maioria dos geólogos admite que a posição ocupada
pelos continentes nem sempre foi a mesma.

Esta ideia que admite que os continentes se movem, foi


muito discutida no início do século XX e ficou
conhecida pela Teoria da Deriva Continental (1912).
COMO SURGIU A TEORIA DA DERIVA
CONTINENTAL?
O cientista Alfred Wegener encontrou um texto
que se referia à possibilidade de terem existido, no
passado, “pontes” de terra a ligar a África à América
do Sul.

Intrigado, Wegener começou a reunir informações


sobre o assunto e constatou que a forma das linhas
de costa destes dois continentes apresentava uma
complementaridade notável.

Estas semelhanças morfológicas entre os dois


continentes apenas se podiam explicar caso estes
tivessem estado unidos no passado.
COMO SURGIU A TEORIA DA DERIVA
CONTINENTAL?
Alfred Wegener apresentou a sua teoria:

- todos os continentes no final da Era


Paleozóica estavam unidos, formando um
único continente – PANGEA.
Este continente estava rodeado por um
único oceano – PANTALASSA.
- A Pangea fragmentou-se em pedaços
mais pequenos, que começaram a
deslocar-se na superfície da Terra.
OS ARGUMENTOS APRESENTADOS POR
WEGENER
ARGUMENTOS MORFOLÓGICOS

Verificou que os continentes apresentam formas complementares,


permitindo, tal como num puzzle, um encaixe perfeito.
OS ARGUMENTOS APRESENTADOS POR
WEGENER
ARGUMENTOS LITOLÓGICOS OU GEOLÓGICOS

Verificou que algumas rochas de África e da América do Sul eram


semelhantes, o que apenas pode ser explicado se considerarmos que
estes continentes estiveram unidos no passado.
OS ARGUMENTOS APRESENTADOS POR
WEGENER
ARGUMENTOS
PALEONTOLÓGICOS

Encontrou fósseis de plantas e


animais terrestres em
continentes separados por
milhares de quilómetros de
distância.
OS ARGUMENTOS APRESENTADOS POR
WEGENER
ARGUMENTOS PALEOCLIMÁTICOS

Wegener era um meteorologista e sabendo que as rochas podem guardar


informações sobre climas do passado (paleoclima), dedicou-lhes
especial atenção. Ao encontrar vestígios de antigas glaciações em regiões
que atualmente possuem climas quentes, interpretou tal facto
considerando que esses continentes tinham estado numa zona mais
próxima do Pólo Sul.
PORTUGAL ESTEVE SEMPRE NA MESMA
LATITUDE?
COMO EXPLICOU WEGENER O MOVIMENTO
DOS CONTINENTES?
Wegener propôs como mecanismos responsáveis pela deriva
continental:

- a atração do Sol e da Lua


- a rotação da Terra
- a existência de água por baixo dos continentes

Estas explicações não convenceram os cientistas da altura, pois estas


forças são incapazes de mover tão grandes massas continentais.

Assim, as ideias de Wegener foram esquecidas durante várias décadas.


ESTUDO DOS FUNDOS OCEÂNICOS -
CRONOLOGIA
Não é possível compreender a deriva continental só a partir do estudo da
superfície terrestre: o desenvolvimento de novas técnicas aplicadas à
observação dos fundos oceânicos foi fundamental para a compreensão
da mobilidade dos continentes.

Batíscafo
Trieste

Aqualung
ESTUDO DOS FUNDOS OCEÂNICOS -
CRONOLOGIA
Sonar – muito utilizado na 2ª Guerra Mundial com objetivos militares,
este aparelho montado num navio ou submarino utiliza um sistema de
emissão e recolha de ultrassons ligado a um computador.
O tempo que o som demora a regressar ao navio permite determinar a
profundidade a que se encontra o fundo.
QUAL O RELEVO APRESENTADO PELO FUNDO
OCEÂNICO?
Com o uso de todas estas tecnologias verificou-se que os fundos
oceânicos não eram constituídos apenas por planícies, como se julgava,
mas apresentam formas de relevo surpreendentes.
MORFOLOGIA DOS FUNDOS OCEÂNICOS
Através de sondagens profundas realizadas no Oceano Atlântico pôde-se
saber qual o relevo do fundo do oceano.

Assim, as formas de relevo existentes são:

- PLATAFORMA CONTINENTAL
- TALUDE CONTINENTAL
- PLANÍCIE ABISSAL
- FOSSA OCEÂNICA OU ABISSAL
- DORSAL OCÊANICA
- RIFTE
MORFOLOGIA DOS FUNDOS OCEÂNICOS
MORFOLOGIA DOS FUNDOS OCEÂNICOS
PLATAFORMA CONTINENTAL

É uma zona marinha pouco profunda, levemente inclinada, que se


estende até aos 200 m de profundidade.

TALUDE CONTINENTAL

Zona muito inclinada que delimita as massas continentais.

PLANÍCIE ABISSAL

A partir do talude continental, o fundo do oceano constitui uma imensa


superfície plana.
MORFOLOGIA DOS FUNDOS OCEÂNICOS
FOSSA OCEÂNICA OU ABISSAL

Depressão estreita, muito funda, que se localiza nos bordos dos continentes.

DORSAIS OCEÂNICAS

“Cadeias montanhosas submarinas” que em alguns pontos podem emergir


acima do nível das águas; nestas cadeias há atividade sísmica e vulcânica.

RIFTE

Fratura no centro da dorsal oceânica, através da qual há expulsão de lava.


FORMAÇÃO DOS FUNDOS OCEÂNICOS
A exploração dos fundos oceânicos
permitiu tirar conclusões sobre a
idade das rochas que os
constituem.

Investigações mostraram que junto


à dorsal oceânica as rochas são
mais recentes.
À medida que a distância à dorsal
aumenta, as rochas vão sendo
mais antigas.

Os fundos oceânicos estão a


formar-se nos riftes e a sofrer
destruição nas zonas de
subducção
TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS
A Teoria da Tectónica de Placas, admite que a zona mais superficial da
Terra, a litosfera, está dividida em placas litosféricas ou tectónicas,
que se deslocam, a pequena velocidade, em diferentes direções.
JUNTAR DADOS E FORMULAR APENAS UMA
TEORIA!!
Com novas tecnologias foi possível saber qual a distância que afasta os
continentes, por exemplo, a distância entre a costa ocidental europeia e a
costa oriental americana aumenta 1 cm/ano!

Hoje também se sabe que as forças capazes de mover os continentes têm


origem no calor interno da Terra, que é da ordem dos milhares de graus
centígrados . Este calor faz com que materiais do manto se tornem mais
plásticos e formem a Astenosfera situada por baixo da Litosfera.

Atualmente, a Teoria da Deriva Continental e a Teoria da Expansão dos


Fundos Oceânicos foram incluídas numa teoria mais alargada, que reúne
todos os dados obtidos até agora - Teoria da Tectónica de Placas.
TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS
Vamos explicar como isto acontece!

Muitos geólogos admitem que as placas


litosféricas são postas em movimento devido a
correntes de convecção de massas que existem
no manto.

Estas correntes de convecção podem ser


facilmente visualizadas em qualquer massa
fluida, como água, que colocada num recipiente
sobre uma fonte de calor fica desigualmente
aquecida.
TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS
Nos bordos das placas das placas que se afastam - movimentos divergentes
– os principais acontecimentos geológicos são o alargamento do fundo
oceânico, o afastamento dos continentes e a ocorrência de sismos e
vulcões.

Como se forma nova litosfera, estes bordos são chamados construtivos.

Exemplo: Açores e Islândia


TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS
Nos bordos das placas das placas que se aproximam - movimentos
convergentes – os mais importantes fenómenos geológicos são a formação
de montanhas e a ocorrência de sismos e de atividade vulcânica.

Como as placas ao movimentarem-se chocam entre si, o que leva à


destruição da litosfera nestes bordos, estes são chamados destrutivos.

Exemplo: Ilhas Aleutas, as cordilheiras dos Andes e dos Himalaias


TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS
Nos bordos das placas das placas que se movimentam lateralmente
ocorrem importantes fenómenos geológicos, dos quais se destacam a
ocorrência de sismos e a deformação de rochas.

Como não se forma nem se destrói a litosfera, estes bordos, são chamados
conservativos.

Exemplo: Falha de Santo André nos EUA


TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS
O material quando aquece tem tendência a subir (como o ar quente) para um local
mais frio junto da litosfera.

Como a litosfera é mais fria, material fluido vai arrefecer e descer novamente.

Este movimento é cíclico e contínuo e são as chamadas correntes de convecção!

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