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Para Moraes (2000) o desenvolvimento

histórico faz-se sobre e com o espaço


terrestre, e, nesse sentido, toda formação
social é também territorial, pois
necessariamente se espacializa.
Para entendermos os territórios
coloniais constituídos na
América Colonial não há como
fugir à reflexão acerca dos
modos de produção vigentes
nestas longínquas paragens da
economia mundo européia.
(MORAES, 2000).
Motivos da expansão colonial:
a) Carência de minerais;
b) Carência de cereais;
c) População disponível;
d) Ampliação capital mercantil.
Realidades muitos diferenciadas:

a) Demográfico
a.1) Império Asteca
a.2) Terras baixas América Sul

b) Recursos Naturais
1500-1540: a coroa portuguesa teve
um domínio tênue, sua função dava-
se enquanto uma parada ideal para
provisão de alimentos e água.
Mudança de posição da coroa:
descoberta das minas de Potosí
(Peru) exigiu a manutenção do
domínio (Capitanias Hereditárias)
Grande século do açúcar: e aí
que começa de fato a
colonização.

Pecuária no nordeste:
economia subsidiária,
penetrando no “sertão”
Economia açucareira: sistema de
plantation
a) Monocultura
b) Latifúndio
c) Trabalho escravo
d) Exportação
Tese de Carlos Walter Porto
Gonçalves sobre o engenho de
açúcar = revolução industrial
Em 1580, o rei espanhol reivindicou a coroa
portuguesa e o Brasil passou a ser uma colônia
hispânica. Isso é minimizado na história
brasileira. Qual é o primeiro efeito disso? O
primeiro efeito é que Tordesilhas deixou de ter
sentido. Uma linha que tem, de um lado, súditos
do rei da Espanha e, do outro, súditos do rei da
Espanha é uma linha que não separa nada, não
tem sentido. Dificilmente o mapa brasileiro
seria o atual se não tivesse havido a unificação
das coroas ibéricas (MORAES, 2001)
a) Promoveu grande expansão
territorial

b) Fracionamento da soberania
portuguesa sobre o território
brasileiro
1) Invasão Holandesa
2) Quilombo dos Palmares
3) Territórios Missioneiros
4) Maranhão e o Grão-Pará
Processo de reocupação
1) Missões:
2) Holandeses:
3) Palmares:
4) Maranhão e Grão Pará
a) Descoberta do ouro no
interior (nova redefinição
territorial)

b) Tratados internacionais que


legitimaram as fronteiras
próximas da realidade atual
Áreas ainda não devassadas pelo colonizador,
de conhecimento incerto e, muitas vezes,
apenas genericamente assinaladas na
cartografia da época. Trata-se dos “sertões”,
das “fronteiras”, dos lugares ainda sob o
domínio da natureza ou dos “naturais”. Na ótica
da colonização, são estoques de espaços de
apropriação futura, os lugares de realização da
possibilidade de expansão da colônia
(MORAES, 2002)
Moraes (2000) interpreta a formação
territorial brasileira a partir do “mundo
capitalista” e como o Brasil foi incluído
no mapa mundial. A lógica capitalista
(mercantilhista) na formação histórica
colonial induziu à condição periférica,
postos o papel subordinado e a função
complementar na estrutura da economia
–mundo capitalista, experimentada
desde sua origem.

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