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INTRODUÇÃO
A malária é uma epidemia global que cresceu graças aos diversos avanços na agricultura
e também à migração humana. Atualmente estima-se que 225 milhões de pessoas são
afetadas anualmente pela doença, sendo que dessas, 780,000 morrem. Fatores como
esses impulsionam estudos para tratamento e erradicação da doença, que também
evolui rapidamente. No mercado atualmente existem diversos compostos que são
utilizados para o tratamento, como a cloroquina, amodiaquina, pirimetamina, entre
outros. Uma possível alternativa se apresentou com o uso da ferroquine que é obtida
por meio da adição de um grupo ferrocenila ao esqueleto da cloroquina; esse novo
composto se mostrou efetivo contra o agente P. falciparum, que nos últimos anos tem se Figura 1: Estrutura molecular da ferroquine.
COMO FUNCIONA
A ação da ferroquine está associada à sua estrutura espacial, que impede a reação de
transformação do grupo heme tóxico em hemozoína e evita a posterior formação de
hemácias contaminadas. Observando a estrutura da ferroquine, percebe-se a presença
dos mesmos grupos alquilamina e aminoquinolina (Figura 1) encontrados na sua
antecessora cloroquine, que são responsáveis por evitar a degradação da molécula em
pHs baixos, como o venoso, que é o sítio de ação da molécula. A presença do grupo
ferroceno faz com que a molécula assuma uma estrutura mais rígida e tenha posições
preferenciais nas interfaces de água-lipídio, fato que sustenta a maior eficácia do
composto em relação a drogas anteriores.
SÍNTESE