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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Sumário
• Definições Termodinâmicas (continuação)
• Propriedades de uma Sustância Pura
– Diagramas
– Mudança de Fase
• Primeira Lei da Termodinâmica
• Energia Mecânica (Trabalho)
• Energia Térmica (Calor)
– Mecanismos de Transferência de Calor
• Exemplo de Aplicação
– Simulação

29/05/2018 13:05 Termodinâmica - Aula 2 - Prof. Douglas Bressan Riffel 1


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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Definições Termodinâmicas
• Processo:
termo que designa a(s) transformação(ões) (variações
de estado) que ocorrem entre dois estados de um
sistema.
Fica definido pelos estados inicial e final, pelo caminho e, pelos
fenômenos ocorridos na fronteira.

Um sistema diz-se estar num estado estacionário se o valor das


suas propriedades permanecer inalterado no tempo.

• Ciclo:
processo termodinâmico cujos estados inicial
e final são idênticos.

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Definições Termodinâmicas
A variação de qualquer propriedade, num ciclo, é nula. A
variação de uma propriedade fica determinada pelos estados
inicial e final de um processo.

• Fase:
Refere-se ao estado de agregação da matéria que
constitui o sistema.
Uma dada porção de matéria existe em uma só fase.

Possui composição química e estrutura física homogênea.

Em certas condições, pode haver coexistência de fases.

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Definições Termodinâmicas
• Substância pura:
Composição química uniforme e invariável.
• Equilíbrio:
Um sistema diz-se em equilíbrio se, depois de isolada do
exterior, o valor das suas propriedades não se alterar
com o tempo. Pressão e temperaturas uniformes em
todo o sistema
Os processos ocorrem entre estados de equilíbrio.

 Equilíbrio Mecânico

 Equilíbrio Térmico
Equilíbrio Termodinâm ico 
 Equilíbrio de Fase
 Equilíbrio Químico
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Equilíbrio
Equilíbrio
Mecânico

Equilíbrio
Térmico
Equilíbrio
Termodinâmico
Equilíbrio
Químico

Equilíbrio
de Fases

• Um estado de um sistema é um estado de equilíbrio


se ele tende a permanecer depois que as interações
entre o sistema e o meio são interrompidas (isolado).

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Definições Termodinâmicas
• Processo de quasi-equílibrio:
Começa a um infinitésimo do estado de equilíbrio e
todos os estados intermédios podem ser considerados
de equilíbrio.
Processos reais tem sempre situações de não equilíbrio.

• Vantagens dos processos de quasi-equilíbrio:


• Podem desenvolver-se modelos
termodinâmicos simples e obter respostas
qualitativas sobre os sistemas reais.
• Permitem estabelecer relações entre as
propriedades dos sistemas.
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Processo de não-equilíbrio e
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA processo de quase-equilíbrio

Processo de não-equilíbrio:

300°C

30°C 300°C

Processo de quase-equilíbrio:

30,000000...1°C

300°C
30°C

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Processo de não-equilíbrio

www.martinoauto.it

www.castrol.com/castrol www.mailxmail.com/curso/vida/motoresdecombustion

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Termodinâmica

Capítulo 3
Propriedades de uma
Sustância Pura
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Cap. 3 Propriedades
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Termodinâmicas
• Propriedades de substâncias puras

Substância impura

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Diagrama Temperatura-
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Volume para a Água

Vapor
Superaquecido

Líquido
Sub-resfriado Linha
ou comprimido Vapor
Saturado
Linha Líquido Saturado
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Mudança de Fase
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA de Líquido para Vapor
Temperatura
de Saturação

P = 0,1 MPa
P = 0,1 MPa

P = 0,1 MPa

1kg 1kg

f g
99,6 °C T=?
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Diag. Pressão-Temperatura
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Substância que se Expande
na Solidificação

Ex: Água

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Diag. Pressão-Temperatura
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Substância que se Contrai
na Solidificação

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA A propriedade “título”
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Termodinâmica

Cap. 2
Energia e a Primeira Lei da
Termodinâmica
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Primeira Lei
• Axiomas
A estrutura da termodinâmica assenta em
duas leis fundamentais. Essas leis não se
podem demonstrar, são axiomas. A sua
validade é estabelecida com base no fato de a
experiência não a contradizer, nem
contradizer as conseqüências que dela se
podem deduzir.

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Primeira Lei
• Sistemas Fechados
A 1ª lei da termodinâmica é relativa ao
princípio de conservação de energia aplicado
a sistemas fechados onde operam mudanças
de estado devido à transferência de trabalho e
de calor através da fronteira.
• Permite calcular os fluxos de calor e de
trabalho quando são especificadas diferentes
variações de propriedades.

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Transferência de Energia
• Transferência de energia:
A característica mais fundamental associada à
energia é a sua conservação, o que implica
que a energia de um corpo só possa variar
recebendo energia ou concedendo energia a
outros corpos.

Trabalho e calor são termos usados para designar modos ou


formas de transferência de energia.

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Calor e Trabalho
Só o trabalho e o calor podem mudar o estado. O
trabalho atravessa a fronteira do sistema; transfere-se.

“Trabalho é algo que surge nas fronteiras quando o


sistema muda o seu estado devido ao movimento de
parte da fronteira por ação de uma força.”
“Não se pode afirmar que o sistema tem um dado
trabalho, ou seja, não é uma propriedade do sistema”.
2 
W   F ds
1
W > 0  trabalho realizado pelo sistema
W < 0  trabalho realizado sobre sistema
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Exemplos de Trabalho

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Potência
 taxa de transferência de energia
• Potência – W
na forma de trabalho.
t2   2

W12   Wdt   F  Vdt,
t1 1

• Unidade: J/s = W (watt)

Qual a diferença entre Energia e Potência?

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Exemplo
Coef. de
Arrasto

v  8,94 m / s
Cd  0,88
Dados:
A  0,362 m2
  1,2 kg / m 3

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Exemplo
• A força de arrasto
aerodinâmico é dado por:
1
Fd   Cd A v 2
2
e como:
W  F v
calcula-se:
v  8,94 m / s  1
Cd  0,88 W   Cd A v 3  136,6 W
Dados: 2
A  0,362 m2
  1,2 kg / m 3

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Trabalho de expansão
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA ou de compressão
Trabalho realizado pelo sistema
W= Fdx =pAdx = pdV
W = p dV
dV > 0  W > 0 (Expansão)
dV < 0  W < 0 (Compressão)
2 2
W12   δW   pdV,
1 1

onde W não é um diferencial exato,


pois depende do caminho.
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Trabalho de expansão
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA ou de compressão
Processo de quasi-equilíbrio
sucessão de estados de
equilíbrio.
O valor das propriedades
intensivas é uniforme

onde p é a pressão uniforme

Expansão: >0  W>0


Compressão: <0  W<0

Trabalho é energia mecânica em trânsito -> não é


propriedade, pois depende do caminho (integral de linha).
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Avaliando
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA o trabalho de expansão

n=0 Sistema Fechado

n=1,0
1,06bar
n=1,5

p2V2  p1V1
a) W   17,6 kJ
2 n 1
W12   pdV V
b) W  p V ln 2  20,79 kJ
1 1 1
V1
n
 V1  c) W  30kJ
n
 0,1 
p2  p1    3bar  
 V2   0,2  27
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Outros exemplos de Trabalho
   ddp i
W ab

i  dZ dt
W   ddpab dZ

  
W
no eixo

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Calor
• O calor constitui uma forma de transferência
de energia “mais desorganizada” ou
“desordenada” do que o trabalho.

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Calor
Conceitos:
• Até meados do século XIX, acreditava-se que todos os
corpos possuíam uma substância chamada calórico,
desprovida de massa.
• Achava-se que um corpo a temperatura mais alta
possuía mais calórico que outro corpo a uma
temperatura mais baixa.
• Quando dois corpos em temperaturas diferentes eram
colocados em contato, considerava-se que o corpo com
mais calórico cedia parte dessa substância para o
outro, até que suas temperaturas se igualassem.

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Calor
• A teoria do calórico descrevia satisfatoriamente a mistura
de substâncias diferentes em um calorímetro, por
exemplo, e foi utilizada para descrever o funcionamento
das primeiras máquinas térmicas.
• Atualmente: Calor é a energia transferida entre um
sistema e sua vizinhança devido a uma diferença de
temperatura entre eles.
• O calor, distintamente da temperatura, não é uma
propriedade intrínseca de um sistema, mas sim uma
maneira pela qual pode ocorrer uma transferência de
energia entre um sistema e a vizinhança.
• Ex: É errado dizer que, à medida que o tempo passa, a
água em uma panela aquecida por uma chama fica com
“mais calor”.
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Unidades de Calor
• Unidades:
• Caloria (cal): ao aquecer 1 grama de água de 14,5oC
até 15,5oC, define-se que se transferiu 1 caloria de
energia para a água. (antiga definição de caloria)
• Joule: Montagem na qual corpos que caem giram
paletas que agitam a água em recipiente, causando
elevação da temperatura da água.
• Equivalente mecânico do calor: 1cal = 4,186J (atual
definição de caloria)
• OBS: a energia contida nos alimentos, expressa em Cal,
corresponde a 103 cal (1kcal).

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Absorção de calor
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA por sólidos e líquidos
• Se uma quantidade de energia “Q” é
transferida para o sistema sob a forma de
calor, sua temperatura aumenta por “ΔT”.
Nesse caso o sistema recebe energia da
vizinhança e “Q” será positivo.
• Se uma quantidade de energia “Q” é
transferida do sistema para a vizinhança, a
temperatura do sistema diminui por “ΔT”.
Nesse caso o sistema perde energia para a
vizinhança e “Q” será negativo.
• Em ambos os casos, pode-se escrever Q =
C.ΔT, onde C é a capacidade calorífica do
sistema ( J / K )

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Calor Específico
• Cada substância requer uma determinada quantidade
de energia por unidade de massa, em média, para variar
sua temperatura em 1oC. Tal quantidade de energia é o
calor específico da substância.
Ex:
• Para elevar a temperatura de 1kg de água em 1oC são
necessários 4186J
• Para elevar a temperatura de 1kg de cobre em 1oC são
necessários 387J

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Calor Específico
• Seja “Q” a quantidade de energia transferida pelo
calor para uma massa “m” de uma substância,
variando sua temperatura por “DT”. O calor
específico “c” da substância é definido por:
Q
c
mDT

• com possíveis unidades em J / kg K ou cal / g oC.


Então:

• Q = mcDT

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA cp para gases ideais
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Capacidade Calorífica
• OBS: a capacidade calorífica e o calor específico
relacionam-se através de:
• C = mc
• Ex: Dois objetos diferentes de cobre terão capacidades
caloríficas diferentes, mas o mesmo calor específico, já
que são constituídos da mesma substância, no caso o
cobre.
• Em geral, o calor específico pode variar conforme o
intervalo de temperaturas em que se aquece ou resfria a
substância, sendo portanto uma função da temperatura
“c(T)”.

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Calor Específico
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Exercício
• Exercício 1: O calor específico do cromo em função da
temperatura é representado aproximadamente pela
expressão (em cal/g.K):
44000
c  5,4  0,0024T 
T2
• Calcule o calor necessário para aquecer 200g de cromo
de 294K até 476K.
476

0.200  5.4  0.0024T 
 44000 
  2  dT

  T 
294

8800.0 2
 0.00024  T  1.08  T
T

218cal  912.722 J
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Calorimetria
• Calorimetria: conjunto de técnicas para determinar o
calor específico das substâncias.
• Ex: Elevar a temperatura da substância, colocá-la em
um recipiente de material bom isolante térmico
(calorímetro) contendo água de massa e temperatura
conhecidas, e medir a temperatura de equilíbrio do
sistema.
• Princípio de Conservação da Energia para um
Sistema Isolado:

Q trocados 0
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Transferência de calor
• Calor:
Modo de transferência de energia resultante
da diferença de temperatura entre dois
sistemas (ou um sistema e a vizinhança).
O calor, tal como o trabalho, é uma quantidade transiente que
aparece na fronteira do sistema.

Não existe calor no sistema antes ou depois de um estado.

O calor atravessa a fronteira → a energia é transferida sob a


forma de calor do sistema para a vizinhança ou vice-versa.

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Calor
• Sentido da transferência:
do corpo de maior temperatura para o de
menor temperatura – devido a um gradiente.
• Convenção de sinais:
– Q > 0 calor transferido para o sistema
– Q < 0 calor transferido do sistema para a
vizinhança

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Mecanismos de
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Transferência de Energia

• Condução:
Em escala atômica há uma troca de energia
cinética entre moléculas, na qual as moléculas
menos energéticas ganham energia colidindo
com moléculas mais energéticas.
A taxa de condução depende das propriedades da substância.

Pode ocorrer em gases, líquidos ou sólidos.

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Condução
• Lei de Fourier:
A taxa de transferência de energia ou a
potência calorífica é dada por:
. T2

 dT
Q  kA
x dx x
sendo:
k – condutibilidade térmica W/m °C T1

A – área da seção transversal


Bons condutores: cobre, prata, alumínio
Maus condutores ou isolantes: cortiça, lã, poliestireno, etc.
ksólido >k líquido >k gases em geral

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Convecção
• Convecção:
A energia é transferida pelo
movimento de um fluido.
• Lei de Newton:
Q  Ah T - T 
b f
h – coeficiente de convecção W/m² °C
h não é uma propriedade e depende:
- do fluido
- do tipo de escoamento
- do tipo de superfície
.
dT correntes de W
Senão fosse pelas convecção,
Q   kA k  0,6
seriax muito difícil
dx ferver a água.
x C
mPorque?
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Convecção

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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Radiação
• Radiação:
A energia é transferida pela radiação
eletromagnética .
A origem da radiação eletromagnética é a aceleração de cargas elétricas

Qualquer corpo emite radiação eletromagnética,


devido ao movimento térmico de suas moléculas .

• A potência irradiada pelo corpo em Watts:


H  AeT 4

Constante de Stefan-Boltzmann:   5.6696  108 W/m2K4


e é a emissividade
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA

EXEMPLOS DE SIMULAÇÕES

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Coletor Solar Plano
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA e Tanque Cilíndrico

Reservatório Vertical:
• Maior Eficiência
• Maior estratificação
(que os horizontais)
Coletor Solar Plano:
• Cobertura
– Mat. Isolantes Transp.;
– Estrutura capilar; Fonte: LAFAY J.-M. S., 2005 - PROMEC
• “Baixa Temperatura”
– próx. aos 110ºC
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Coletor Solar Plano
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Caracterização

Características:
• Superfície enegrecida;
• Tubos coletores;
• Cobertura TIM para
reduzir a convecção;
Vantagens:
• Simples;
• Baixa manutenção;

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Coletor Solar Plano
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Modelo proposto
Modelo proposto:
• Respostas Analíticas (permanente e transitório)
• Realimentação negativa:
– resposta térmica CA Onde:
c CA - capacitância térmica
F´ U L F´ - fator de eficiência
– transferência de calor C A  A p  Ap - área do coletor
m - fluxo de massa
d
m c p

 S(s )  T ( s )    1  exp   d(s )    T (s )  exp   d(s ) 


U a      e   c(s ) 
T col ( s )
 L   c  ( s )
 s  1

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Validação Numérica
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Resposta à rampa

60 700
15 min
30 min 650
50 45 min

Radiação [W/m²]
Temperatura [ºC]

60 min 600
40 Radiação
550

30 500

450
20
400
0 10 20 30 40 50 60
Tempo [min.]
e) Radiação solar sem fluxo de massa
Douglas Bressan
Riffel -
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Validação Numérica
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NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Resposta à rampa

100 1000
R = 0,99981
15 min
30 min
80 45 min 800

Radiação [W/m²]
Temperatura [ºC]

R = 0,99986
60 min
Radiação
60 600

40 R = 0,99973 400
R = 0,99963

20 200
0 20 40 60 80
Tempo [min.]
e) Radiação solar com fluxo de massa
Douglas Bressan
Riffel -
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Tanque Cilíndrico Vertical
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Modelo em Volumes Finitos

Douglas Bressan Riffel - dougbr@gmx.net


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Tanque Cilíndrico Vertical
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Convecção Natural

P/ Convecção Natural:
1
• Normalmente:

Temperatura [adim.]
– Média ponderada 0,8
– Inversão das temperaturas 0,6
• Solução atual 0,4
– Fluxo cíclico decorrente
da diferença de densidade 0,2
Solução Analítica
Volumes Finitos
0
1 0,8 0,6 0,4 0,2 0
Altura [adim.]

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Estudo de Caso I -> ctes tempo
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA e coef. em função do fluxo

Coef. de transferência de calor


1000  380
Constantes de tempo

c
360
 [s] e  [s]

hfi [W/m².K]
hfi
d

340
500
320
d
c

300
0
0 0,015 0,03 0,045 0,06
Fluxo de massa [kg/s]

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Estudo de Caso I
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA Parâmetros do coletor

4,1 0,74
F'.UL
F'.UL [W/m².K]

F'.( )e [adim.]
4,08 0,735
F'.

4,06 0,73

4,04 0,725
0 0,015 0,03 0,045 0,06
Fluxo de massa [kg/s]

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Coletor conectado ao
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA tanque sob cond. reais

380
Tcol
370
T tanque
360

Radiação Solar [W/m²]


Temperatura [K]

350 1.000

340 800

330 600
Radiação
320 400

310 200

300 0
6:00 10:00 14:00 18:00
Hora

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Distr. temporal e espacial da
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
NÚCLEO DE ENGENHARIA MECÂNICA temperatura no tanque

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