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Feita a Paz com Castela, anos após a vitória,
na Batalha de Aljubarrota, D. João I tem agora
em mãos o governo de um país empobrecido e
endividado pela guerra.
Para consolidar as relações de amizade entre
os dois países cristãos, D. João I propõe ao rei
de Castela uma expedição militar conjunta ao
Norte de África - Ceuta - para vingar
humilhações passadas e, através da ocupação
territorial e do saque das praças conquistadas,
minorar os problemas económicos dos dois
reinos.
Perante a hesitação do rei castelhano, mas
com o apoio de todos os grupos sociais do
reino, D. João decide avançar sozinho com o
projecto que a todos parecia beneficiar.
A Nobreza que pretendia cobrir-se de glórias e
arrecadar o saque das conquistas.
O Clero que ao estabelecer-se numa região
pagã aumentaria o seu poder e influência.
A Burguesia que pensava obter grandes lucros
com o controle do comércio com o Oriente que
cruzava a cidade.
O Povo que passava fome e via no domínio das
áreas cerealíferas que rodeavam a cidade, a
solução para as suas dificuldades.
O Rei que via na expedição a Ceuta, uma
forma de resolver os problemas económicos e
sociais do reino, apoderando-se das minas de
ouro da região , unindo em torno de um
objectivo nacional todas as classes sociais.
·as se a vitória militar foi
facilmente conseguida, o mesmo
não se passou com os resultados
que se pretendiam atingir.
a
itiados durante mais de um mês
pelos ·ouros, que desta vez não
foram apanhados desprevenidos,
aos portugueses vencidos não
restou senão aceitar as condições
que lhes foram impostas.
O abandono de Ceuta foi a
condição para que pudessem
partir sem honra nem glória, mas
vivos.
Como garantia, o infante D.
Fernando ficaria na situação de
refém até que o acordo fosse
cumprido.
De regresso informado o rei D.
Duarte do sucedido, este remete
para as Cortes a decisão a tomar.
INFANTp D.FpRNANDO
Reunidas em Coimbra, as Cortes, maioritariamente
compostas por membros do Alto-
Alto-Clero e da Alta-
Alta-Nobreza,
recusam--se a entregar Ceuta aos ·ouros e, com isto,
recusam
condenam à morte, depois de um longo cativeiro, o Infante
D. Fernando.
pstes reveses , que se somaram
ao agravamento das dificuldades
e despesas do reino com a defesa
de Ceuta, e ao desânimo
nacional a que só a Nobreza
escapava, vão determinar uma
mudança profunda no caminho a
seguir pelos Portugueses.
A Ơpscola de agresơ, reunindo os maiores magos e sábios da época
em torno da figura austera do infante, foi apenas mais uma metáfora
romântica e glorificante dos descobrimentos portugueses .
A verdadeira escola residia na perícia da arte de marear e do génio e
ousadia dos navegadores portugueses, feitos da necessidade , de
séculos de experiência e troca de conhecimentos com outras
civilizações.
As dificuldades eram ,
efectivamente, muitas.
A Costa Africana
rodeada de recifes,
batida por ventos e
marés fortes de direcção
imprevisível, fustigada
por frequentes
tempestades, nunca
antes tinha sido
navegada em toda a sua
extensão.
Na época, a navegação fazia-se de
porto em porto sem perder de vista
a costa, pois os marinheiros tinham
dificuldade em orientar-se no alto-
mar .p de vez em quando paravam,
aportando em regiões em que
estabeleciam marcos indicadores da
de distância baseados na velocidade
de uma navegação com ventos e
condições normais.
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Não podendo depender da
observação da costa para navegar,
os astros eram os únicos pontos
de referência, a partir dos quais os
marinheiros se podiam orientar.
O Astrolábio, a Balestilha, a
Bússola, o Úuadrante foram
desenvolvidos para determinarem
a localização do barco, medindo o
ângulo entre o sol ou a estrela
polar e a linha do horizonte.
à Mapa e Roteiro de Viagem:
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Até D. Afonso V, as viagens portuguesas foram,
principalmente, responsabilidade do Infante D. Henrique
que, reunindo à sua volta grandes cientistas da época, as
idealizou, planeou, e financiou em grande parte graças
aos recursos da sua ordem:
Ʀa Ordem ·ilitar de Cristo,
herdeira dos bens e segredos da
Ordem dos Templários, que
perseguida por toda a puropa, a
mando de Filipe Ơ O Beloơ rei de
França, e extinta por decreto
papal, fez de Portugal e da região
de Tomar , o seu ultimo reduto.
A história dos Templários ,é uma
história ainda hoje povoada de
enigmas e mistérios.
à
à
' uma história feita de vazios que cada
um preenche como quer. As
interrogações não faltam.
Como enriqueceram tão rapidamente?
Porque razão permaneceram durante
tanto tempo ,intocáveis perante a
hierarquia da Igreja? Porque caíram em
desgraça tão rapidamente? p
finalmente onde está o seu lendário
tesouro e não menos lendários
segredos ?
Nas ilhas Britânicas , ou em Portugal?
Para onde, perseguidos por todo o lado,
foram empurrados e encontraram os
derradeiros refúgios.
abe-se contudo ,que
abe-
a sua fulgurante
ascensão acabou em
tragédia. No inicio eram
apenas uma ordem
religiosa constituída por
cavaleiros -monges
cristãos, que tinham
como objectivo
proteger os romeiros
que demandavam a
terra santa.
"
p ainda hoje ,sempre que é sexta-
sexta-
feira 13 ,acreditamos que assim
seráƦ
pxtinta por ordem do Papa
Clemente V ,no reinado de D. Dinis
a Ordem dos cavaleiros templários
,continuou no entanto viva no
espírito e nos métodos da Ordem
de Cristo que lhe sucedeu. Úuem
sabe se não foi apenas o nome que
mudou.
Foi ostentando a cruz templária que
os portugueses se fizeram ao mar..
Foi em parte recorrendo aos bens
da ordem religiosa que em Portugal
lhe sucedeu, Ơ A Ordem de Cristoơ,
que os descobrimentos portugueses
puderam prosseguir .
Úuem sabe, se tudo se tornou
possível, também graças aos
conhecimentos científicos que
durante séculos os templários
adquiriram entre o ocidente e o
oriente, e no fim, para aqui
escondidos e quase confinados
nos acabaram por legar.
Por isso só agora ,quando
falamos dos descobrimentos
portugueses do séc. XV, nos
referimos a uma Ơordemơ
formalmente extinta um século
antes. Aos Templários. Úue em
Portugal ,tanto contribuíram
para o povoamento defesa e
desenvolvimento do reino.
Aqui, mesmo no fim do
mundo, na Ơfinisterraơ,
construíram fortalezas
cidades e concelhos, e
espalharam novas ideias e
conhecimentos. Ajudaram
a organizar um país. p se
calhar a descobrir outrosƦ
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pntretanto Pêro da Covilhã e
Afonso de Paiva seguem
como emissários - espiões,
por terra e mar com destino
à Índia, encarregados pelo
rei de uma dupla missão:
descobrir e contactar em Oơ Prestes Joãoơ
África o lendário rei cristão,
ƠPrestes JoãoơƦ
Ʀ saber da viabilidade em
chegar à Índia pela rota do
Cabo.
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Perante a recusa do monarca português, na posse de
informações contrárias, em aceitar as suas teorias e
préstimos, Cristóvão Colombo convence a rainha Isabel de
Castela a financiar uma armada com tal objectivo .
Depois de uma atribulada viagem,
Colombo descobre, em 1492, uma série
de ilhas que confunde com a Índia, e
que mais tarde se saberá situarem-
situarem-se
nas proximidades de um continente
desconhecido pelos puropeus:
A viagem de circum-
circum-navegação de
Fernão de ·agalhães, será feita por
um navegador Português que se
sentiu desrespeitado por D. ·anuel.