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Anpec - Macroeconomia

Modelos de Crescimento

Parte I
Macroeconomia - ANPEC

1. Modelo de Harrod

2. Modelo de Harrod Domar

3. Modelo de Solow sem progresso tecnológico

4. Regra de Ouro
Modelo de Harrod
Modelo de Harrod

O modelo de Harrod propõe estudo dinâmico do sistema


econômico com base nos elemento fornecidos pela teoria
keynesiana.

O principal objetivo do modelo de Harrod é fornecer uma


estrutura teórica para lidar com a dinâmica do sistema
econômico em contraposição à abordagem de equilíbrio
estável.
Modelo de Harrod - Concepções

Na visão de Harrod, o equilíbrio pode ser entendido


como uma posição na qual há um balanço entre os
incentivos e os obstáculos para que o sistema mude de
situação.
Todos os produtores estariam “satisfeitos” com o
estado dos negócios.

Esse equilíbrio pode ser estável (quando há um retorno à


posição inicial) ou instável (quando, por sua vez, o
desequilíbrio é cumulativo ).
Modelo de Harrod - Concepções

Harrod observa que as flutuações e o crescimento


econômico são devidos a uma mudança no nível do
produto e que tal mudança não é vinculada a um nível
de equilíbrio. O equilíbrio implicaria um
crescimento com taxas constantes

Nota, portanto, que os ciclos econômicos com taxas


variáveis de crescimento supõem que o equilíbrio seja
instável. O ponto de partida de Harrod é a
instabilidade do equilíbrio, que resulta nos ciclos
econômicos.
Modelo de Harrod - Equações

Harrod denomina estado de crescimento equilibrado


quando a taxa real de crescimento da economia (G) é
igual à taxa de crescimento garantida (Gw). Essa
posição, se alcançada, seria aquela em que todos os
produtores estariam “satisfeitos”.

O equilíbrio aqui não pressupõe, entretanto, a


maximização de lucros e a obtenção do nível de pleno
emprego.
Modelo de Harrod - Equações

Para Harrod, somente por sorte o sistema obteria o


crescimento equilibrado.

O sistema não atinge o equilíbrio porque as condições


fundamentais que levariam ao desejável estado
equilibrado estão em constantes mudanças.

Considera, no entanto, que o crescimento econômico está


vinculado à poupança e ao investimento.
Modelo de Harrod - Equações

Y K
s  G C G e C
Y Y

G é a taxa de crescimento real, onde Y é o produto. O termo


K representa o capital, o s é a propensão marginal a poupar, e
C é o coeficiente real de capital.

O coeficiente de capital representa o crescimento do volume


de todos os tipos de capital, e caracteriza a real adição de
capital na economia. Depende do estado da tecnologia, do
crescimento da renda num determinado ponto do ciclo, do
estado de confiança dos agentes e da taxa de juros .
Modelo de Harrod - Equações

Y K
s  G C G e C
Y Y

Y K K
G C   
Y Y Y

Se ΔK = I e I = sY, teremos:

K I sY
GC    s
Y Y Y
Modelo de Harrod - Equações

Sendo por hipótese a relação K/Y constante, um aumento


na produção requer aumento proporcional em K .

O crescimento regular da economia deve ser, então,


explicado de forma que:
Y *
K *
s  Gw  Cr Gw  * e Cr 
Y Y *

Onde Gw representa a taxa garantida de crescimento da


produção, e Cr as necessidades de novo capital.
Modelo de Harrod - Equações

Logo,
Y * K *
s  Gw  Cr * 
Y Y *

Para se obter a “satisfação” dos empresários, torna-se


necessário que o investimento desejado (I *) seja igual
à poupança desejada (S*).

K  I  S  S  sY
* * *
Modelo de Harrod Domar
Modelo de Harrod Domar

O modelo de Harrod Domar é considerado o primeiro


modelo de crescimento econômico.

Este modelo considera que o desenvolvimento econômico é


um processo gradual e equilibrado.

Três variáveis são indispensáveis ao crescimento econômico:


a taxa de investimento, a taxa de poupança e a relação
produto-capital.
Modelo de Harrod Domar

O modelo de Harrod Domar parte do princípio de que o


investimento agregado apresenta dois efeitos na economia:

- Efeito demanda: um aumento de investimento leva a um


aumento de demanda pelo produto;

- Efeito capacidade: o investimento eleva a capacidade


produtiva da economia.
Efeito demanda do investimento

Consideremos o modelo keynesiano simples de determinação


da renda para uma economia fechada sem governo:

YE  C  I
C  cYE

Onde YE = produto efetivo


Efeito demanda do investimento

Podemos encontrar o multiplicador dos investimentos:


YE 1

I 1  c
Mas como 1 – c = s,

YE 1 I
  YE 
I s s
E isso sintetiza o efeito demanda do investimento sobre a
economia. Quanto menos s, maior é o efeito do
investimento no produto.
Efeito capacidade produtiva do investimento

Podemos também determinar as variações do produto


potencial como resultado das variações no estoque de
capital da economia, da forma:

YP  K

Onde σ é definido como a produtividade média social


potencial do capital, ou seja,

 YP 
  
 K 
Efeito capacidade produtiva do investimento

A produtividade média social potencial do capital representa


quantas unidades do produto podem ser produzidas por
uma unidade de capital.

Nesse modelo, é premissa fundamental que a produtividade


do capital, ou a relação produto-capital, seja constante.
Efeito capacidade produtiva do investimento

Como sabemos, por definição,

K  I
Logo,
YP  I

Que sintetiza o efeito capacidade do investimento agregado.


Efeitos em conjunto

Considerando os dois efeitos, surge um problema: se a cada


período ocorrem investimentos, no período seguinte tem-
se um aumento da capacidade produtiva. Esse efeito pode
levar a um aumento da capacidade ociosa.

Para que isso não ocorra, é preciso haver um equilíbrio entre


os dois efeitos (ou seja, um crescimento equilibrado):

YE  YP
Efeitos em conjunto

I
Como YE  e YP  I
s
Temos que

I
 I  I  sI
s
I
 s
I
Efeitos em conjunto

Fazendo YE  Yp  Y  I

E supondo, no produto de equilíbrio, S=I, onde S = sY, com


que também I = sY, no equilíbrio segue-se que:

Y  sY

Y
 s
Y
Efeitos em conjunto

Assim, para que tenhamos crescimento equilibrado (fazendo


com que o produto efetivo se eleve juntamente com o
produto potencial, evitando aumento da capacidade ociosa
da economia), devemos verificar:

I Y
  s
I Y
Efeitos em conjunto

A taxa de crescimento do investimento líquido e a taxa de


crescimento do produto devem ser iguais à propensão
marginal a poupar multiplicada pela produtividade do
capital.

Exemplo: s = 0,20 e σ=0,3, a taxa de crescimento do


investimento líquido e do produto deve ser:
0,20 x 0,30 = 0.06

Isso significa que um crescimento de 6% é possível, a partir


de uma taxa de poupança de 20% e uma relação produto-
capital de 30%.
Equilíbrio em Fio de Navalha
Este modelo apresenta uma contradição básica, chamada de
Equilíbrio em Fio de Navalha.

Se um país sair da trajetória de equilíbrio a longo prazo, ele


não consegue voltar mais para a trajetória do crescimento
equilibrado.

Isso se deve à hipótese de relação produto-capital constante.


Se o país tiver excesso de capital, ele precisa investir mais
ainda; se tiver escassez de capital, precisa reduzir o
investimento. Essa contradição explica por que, uma vez
saindo da trajetória de equilíbrio, não se retorna mais ao
crescimento equilibrado.
Modelo de Solow sem
Progresso Tecnológico
Hipóteses iniciais

1. Modelo neoclássico de crescimento – vale a Lei de Say

2. Único bem produzido na economia, que pode ser


consumido ou investido, Y = C + I

3. Taxa de poupança exógena, sendo que a poupança é


restrição ao investimento.

4. Competição perfeita no mercado de bens e de fatores.


O Modelo de Solow

 O modelo de Solow é constituído por duas equações


básicas, uma função de produção e uma equação de
acumulação do capital.

 A função de produção descreve como insumos se


combinam para gerar produtos.

 Considera-se a existência de duas categorias de fatores


produtivos: capital (K) e trabalho (N).
Função de Produção

Considera-se a função de produção em tempo contínuo:

Y (t )  F ( K (t ), N (t ))

Onde :
Y(t) = produto no instante t
K(t) = capital no instante t
N(t) = número de trabalhadores no instante t
Modelo de Solow sem progresso tecnológico

Hipótese: A função de produção do modelo de Solow é


homogênea de grau 1.

Y (t )  F ( K (t ), N (t ))

F (K (t ), N (t ))  Y (t ) (  0)
Modelo de Solow sem progresso tecnológico

A hipótese de homogeneidade de grau 1 permite obter


uma relação entre produto por trabalhador e capital
por trabalhador:

Y (t )  F ( K (t ), N (t ))

1 1 1
F( K (t ), N (t ))  Y (t )
N (t ) N (t ) N (t )

Y (t )  K (t ) 
 F  
N (t )  N (t ) 
Modelo de Solow sem progresso tecnológico

Y (t )  K (t ) 
 F  
N (t )  N (t ) 

y (t )  f (k (t ))

y(t) = produto por trabalhador


k(t) = capital por trabalhador
Modelo de Solow sem progresso tecnológico

Hipótese: rendimentos marginais decrescentes do


capital por trabalhador.

y (t )  f (k (t ))

f ' (k (t ))  0

f ' ' (k (t ))  0
Modelo de Solow sem progresso tecnológico

 Gráfico da função de produção do modelo de Solow:

y(t)

k(t)
Firmas

Grande número de empresas operando em concorrência


perfeita.

• Elas contratam capital e trabalho de maneira a


maximizar o lucro, tomando o preço desses insumos
como dados.
max F ( K , N )  rK  wN
K ,N

F F
Solução w ,r 
N K
Modelo de Solow sem progresso tecnológico

Exemplo de função de produção do modelo de Solow:

 1
Yt  K t N t (0    1)

1  1 1 1  1 1
( Kt ) ( Nt )  Kt Nt  Yt
Nt Nt Nt Nt


Yt Kt  Kt 

      yt  kt
Nt Nt  Nt 
Modelo de Solow sem progresso tecnológico


yt  k t

yt  1
 k t  0
kt

 yt
2
 2
 (  1)kt  0
 kt
2
Remuneração dos fatores de produção

As empresas nessa economia pagam aos trabalhadores um


salário, w, para cada unidade de trabalho, e pagam um
aluguel itual a r para cada unidade de capital no período.

Como pressupomos que há um grande número de empresas,


vigora a concorrência perfeita (empresas tomam preços).

Normalizando o preço do produto para 1, sabemos que as


empresas tem o seguinte problema:

max F K , N   rK  wN
K ,L
Remuneração dos fatores de produção

max F K , N   rK  wN
K ,L

Como a função de produção tem retornos constantes de


escala, a remuneração dos fatores exaure a renda:

F ( K , N ) f (k )
r  PmgK  
K k
f (k )
w  PmgN  f (k )  k
k
Remuneração dos fatores de produção

No exemplo com função de produção Cobb Douglas:

Y  K  N 1 (0    1)

max K  N 1  rK  wN
K ,N

Y
w  (1   ) ,
N
Y
r 
K
Dinâmica do capital

Investimento é sempre igual a poupança:


I  S  sY

A lei de movimento do capital é:



Kt 1  Kt  K  I t  K  sY  K

Crescimento populacional:
Nt 1  Nt 1  n

s, n,   0
Dinâmica do capital – tempo discreto

Dividindo ambos os lados da lei de movimento do capital por Nt,


temos:
K t 1 K t Kt Yt
  s
Nt Nt Nt Nt

K t 1
 kt (1   )  syt
Nt

K t 1 N t 1
 kt (1   )  syt  kt 1 (1  n)  kt (1   )  syt
N t N t 1
Modelo de Solow sem progresso tecnológico
Tempo discreto

No estado estacionário, o capital por trabalhador é constante,


logo:

kt 1  kt  k

k (1  n)  k (1   )  sy

k (n   )  sy
Modelo de Solow sem progresso tecnológico
Tempo discreto

No estado estacionário do modelo, temos:

k (n   )  sy


yk
Modelo de Solow sem progresso tecnológico
Tempo discreto

No estado estacionário do modelo, temos:

k (n   )  sk 

k s


k n 

1
1 s  s  1
k   k  
n   n  
Modelo de Solow sem progresso tecnológico
Tempo discreto

O produto por trabalhador de estado estacionário é:


 s  1
y k  
 n  
Dinâmica do capital – tempo contínuo

Derivada com relação ao tempo


Seja X uma variável qualquer:

 dX (t ) X t
X (t )   lim
dt t 0 t

Ex: Equação diferencial do trabalho, onde n = taxa de crescimento


do número de trabalhadores.

N (t )  nN (t )

Solução N (t )  N 0 e nt
Dinâmica do capital – tempo contínuo

Investimento é sempre igual a poupança:


I  S  sY

A lei de movimento do capital é:



K  sY  K

Crescimento populacional:
N  nN 

s, n,   0
Dinâmica do capital – tempo contínuo

Etapas para achar a lei de movimento do capital por


trabalhador:

I. Log lineariza a variável k

K
k
N
log k  log K  log N
Dinâmica do capital – tempo contínuo

Etapas para achar a lei de movimento do capital por


trabalhador:

II. Deriva com relação ao tempo

log k  log K  log N


k K N K k N
    
k K N K k N
Dinâmica do capital – tempo contínuo

III. Reorganiza a lei de acumulação do capital

K  sY  K
K Y K
 s 
K K K
  Y 
k N N k y
 s    n  s 
k N K k k
N
k  sy    n k
Dinâmica do capital – tempo contínuo

A lei de movimento do capital por trabalhador é:



k  sy  (n   )k
Modelo de Solow sem progresso tecnológico
Tempo contínuo

No estado estacionário, a variação do capital por


trabalhador é zero, logo:

k 0
sy  (n   )k
sk   (n   )k
1
s 1  s  1
k k  
n   n  
Modelo de Solow sem progresso tecnológico
Tempo contínuo

O produto por trabalhador de estado estacionário é:


  s  1
yk  
 n  
Estado estacionário

Sabemos que:
  
k K N
k K/N   
k K N

No estado estacionário, a taxa de crescimento do capital


por trabalhador é zero, logo:
     
k K N K N Y
0  0  n
k K N K N Y
Dinâmica da Transição

Como a economia atinge o estado estacionário?

O investimento efetivo, em cada instante de tempo, é: sy t

O investimento necessário para manter o capital por


trabalhador constante é: (n   )k

No estado estacionário, o investimento efetivo é exatamente


igual ao investimento necessário para manter o estoque
de capital por trabalhador constante.
Dinâmica da Transição

y(t) y
(n   )k
sy

k(t)
k*
Dinâmica da Transição

k sy
  (n   )
k k

(n   )

sy / k

k*
k
Dinâmica da Transição

Como a economia atinge o estado estacionário?

Para qualquer estoque de capital menor do que k*, o


investimento realizado da economia é maior do que o
investimento necessário para manter k constante. k
cresce e y cresce.

Para qualquer estoque de capital maior do que k*, o


investimento realizado da economia é menor do que o
investimento necessário para manter k constante. k
diminui e y diminui.
Estado Estacionário

No estado estacionário, o capital por trabalhador é


constante, logo o produto por trabalhador é constante.
 
y k
  0
y k
O número de trabalhadores cresce à taxa n.

O capital total e o produto total crescem a uma taxa igual


à taxa de crescimento do número de trabalhadores, n.
Aumentos da taxa de poupança

Um aumento da taxa de poupança aumenta o investimento


realizado da economia para qualquer estoque de capital.

Com o estoque de capital inicial, o investimento realizado é


maior do que o investimento necessário. Cresce o capital por
trabalhador e o produto por trabalhador.

Em determinado instante, o investimento realizado será


novamente igual ao investimento necessário, e o capital por
trabalhador atingirá o novo estado estacionário.
Aumentos da taxa de poupança

y(t) y
(n   )k
s' y
sy

k(t)
k* k *'
Aumentos da taxa de crescimento do trabalho

Um aumento da taxa de crescimento do número de


trabalhadores (n) aumenta o investimento necessário para
manter k constante para qualquer estoque de capital.

Com o estoque de capital inicial, o investimento realizado


é menor do que o investimento necessário. Há uma
diminuição do capital por trabalhador e do produto por
trabalhador. Em determinado instante, o investimento
realizado será novamente igual ao investimento necessário,
e o capital por trabalhador atingirá o novo estado
estacionário.
Aumentos da taxa de crescimento do trabalho

y(t) y
(n   )k
(n' )k
sy

k(t)
k *' k*
Consumo

O que ocorre com o consumo por trabalhador quando há


um aumento da taxa de poupança?

O consumo por trabalhador é igual ao produto por


trabalhador menos o investimento realizado.

No estado estacionário, o investimento realizado é igual


ao investimento necesssário. O consumo é igual a:

c  f (k )  (n   )k
Consumo da Regra de Ouro

O estoque de capital por trabalhador que maximiza o


consumo é conhecido como capital da regra de ouro.
c  f (k )  (n   )k

c
 f ' (k )  (n   )  0  f ' (k )  (n   )
k

O estoque de capital que maximiza o consumo de


equilíbrio é tal que o produto marginal do capital é igual
a (n + δ).
Consumo da Regra de Ouro

Caso a função de produção seja uma Cobb-Douglas


temos que:
1
   1
k gold
 
 n  
Consumo da regra de ouro

Note que, caso a função de produção seja uma Cobb-Douglas


1
 s  1
k *

 n  
1
   1
k gold
 
 n  

portanto s gold  
Consumo da regra de ouro

y(t) y
(n   )k
f ' (k )  (n   )
}c *
s* y

} c gold s gold y

k(t)
k gold k*
Consumo da regra de ouro

Se o estoque de capital for maior do que o da regra de ouro,


então o produto marginal do capital é menor do que (n   ).

Nessa situação, uma diminuição da taxa de poupança diminui


o estoque de capital por trabalhador e o produto por
trabalhador. Como o produto marginal do capital é menor do
que (n   ) , a queda no produto que ocorre à medida que k
diminui será menor do que a queda do investimento
necessário. No novo equilíbrio, o consumo será maior do que
no equilíbrio inicial.
Consumo da regra de ouro

Se a taxa de poupança está acima da regra de ouro, uma


redução em s aumenta o consumo por trabalhador não apenas
no estado estacionário mas também ao longo da transição.

Uma vez que o consumo por trabalhador aumenta em todos os


pontos no tempo, esse caso é conhecido como ineficiência
dinâmica.
Consumo da regra de ouro

A trajetória do consumo nesse caso é dada por:

t0 tempo
Consumo da regra de ouro

Se o estoque de capital for menor do que o da regra de ouro,


então o produto marginal do capital é maior do que (n   ) .

Nessa situação, um aumento da taxa de poupança aumenta o


estoque de capital por trabalhador. Como o produto marginal
do capital é maior do que (n   ) , o aumento no produto que
ocorre à medida que k aumenta será maior do que o aumento
do investimento necessário. No novo equilíbrio, o consumo
será maior do que no equilíbrio inicial.
Consumo da regra de ouro

A trajetória do consumo nesse caso é dada por:

t0 tempo
Consumo da regra de ouro

Partindo de uma situação inicial onde s = 0, aumentos na taxa


de poupança aumentam o consumo por trabalhador até o
instante em que o estoque de capital for igual ao da regra de
ouro.

Estando o estoque de capital no nível da regra de ouro (a taxa


de poupança associada a esse estoque de capital é conhecida
como taxa de poupança da regra de ouro (golden rule)),
aumentos adicionais na taxa de poupança reduzem o consumo
por trabalhador de equilíbrio.
Consumo da regra de ouro

sgold 1 s
Conclusões

1. No estado estacionário, a taxa de crescimento do


capital por trabalhador e do produto por trabalhador é
zero.
2. A taxa de crescimento do capital e do produto é n.
3. O modelo não possibilita a existência do progresso
tecnológico.
4. Economias com os mesmos parâmetros convergem
para o mesmo equilíbrio.

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