Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA E
REDE DE ASSISTÊNCIA À
SAÚDE MENTAL.
Alexandre Kates
João Paulo Campos
Mábia Lima
Quezia Marçal
Saana Oliveira
2
3 O QUE É UM TRANSTORNO MENTAL ?
Entrevista:
https://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/26/sociedad
/1411730295_336861.html
8
“o exame psiquiátrico não é apenas uma estratégia diagnóstica, mas também um encontro
terapêutico”
• Após 1º momento, papel ativo com questionamentos mais específicos para clarear
pontos importantes para o diagnóstico;
12 O QUE EU PRECISO PARA FAZER UMA BOA ENTREVISTA
EM PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL?
• Conhecer diferentes técnicas de variados contextos clínicos;
• Estudo teórico;
Entrevistar
é uma HABILIDADE, adquirida e refinada com a EXPERIÊNCIA.
13 PAPEL DO VÍNCULO
• Fase de abertura (5-10 min): apresentação formal, queixa principal (livre), levantamento
das primeiras impressões. Paciente avalia o grau de confiabilidade e o quanto revelará.
• Corpo da entrevista (30-40 min): Coleta de dados da história clínica, teste das
hipóteses levantadas, intervenções no relato e direcionamento para questões de maior
interesse. Importante o uso das técnicas de entrevista.
• Fase de fechamento (5-10 min): feedback das impressões diagnósticas e das
possibilidades terapêuticas. Postura didática.
15 TÉCNICAS DE ENTREVISTA
QUEIXA
IDENTIFICAÇÃO HDA
PRINCIPAL
• Nome
• Idade
• Grupo étnico
• Estado civil
• Profissão
• Escolaridade
• Religião
• Naturalidade
• Procedência
22 QUEIXA PRINCIPAL
• Início dos sintomas: As vezes de difícil definição; sugere “ponto de referência”; modo
súbito ou insidioso?
• “Resumo da vida.”
• História pré-natal e nascimento: gestação; condições do nascimento e doenças neonatais.
• Infância e desenvolvimento: imunizações, desenvolvimento neuropsicomotor, relações sociais,
temperamento e dificuldades de aprendizado.
• Adolescências: interação entre amigos e familiares, progressão acadêmica e profissionalização.
• Idade adulta: como se lida no trabalho, sua estrutura familiar, atividades de laser, planos
futuros e condições socioeconômicas.
29 CURVA DE VIDA E PERSONALIDADE PRÉ-MORBITA
• Personalidade pré-mórbita:
Funcionamento do paciente antes do surgimento do transtorno e o quanto o
transtorno mental alterou trajetória de vida.
EXAME DO ESTADO MENTAL
30
• FORMA DE APRESENTAÇÃO DA PSICOPATOLOGIA NO MOMENTO DA ENTREVISTA
• Forma: Diz respeito a forma como as ideias se concatenam( se ligam , se unem de modo
lógico e homogêneo).
- Afrouxadas: redução dos nexos associativos
- Desagregadas: Perda completa dos nexos associativos, tornando o pensamento
incoerente.
- Circunstancialidade: Dar “voltas” até chegar ao ponto essencial
42 EXAME DO ESTADO MENTAL
8- Avaliação da linguagem: Forma pela qual se exteriorizam as vivências internas, verbalmente ou
não. É por meio dela que se avaliam alterações do pensar.
• Logorréia: Aumento da produção da fala
• Mussitação: Fala em baixo tom, quase inaudível ( como se falasse para si próprio)
• Alucinações: São percepções não advindas de um objeto real, vivenciadas com grande
nitidez e projetadas no espaço externo.
45 EXAME DO ESTADO MENTAL
11- Avaliação da Psicomotricidade : Expressão Motora da vida psíquica.
• Negativismo Passivo: Não corresponde aos estímulos do ambiente, sem fazer oposição voluntária
.
EXAME DO ESTADO MENTAL
47
13- Avaliação da Inteligência: Capacidade de adaptar o pensamento às necessidades
momentâneas, ou ainda, capacidade de adquirir novos conhecimentos.
14- Avaliação da capacidade de insight: Quanto o sujeito tem de crítica sobre seu
estado mórbido. Tem estreita relação com a realidade e costuma estar
complementarmente ausente em psicóticos.
• Insight: Uma visão mental ou discernimento que capacita ver situações ou verdades que
estão escondidas.
CONSIDERAÇÕES
49
• A entrevista psiquiátrica é o alicerce da investigação diagnóstica e do planejamento terapêutico.
Desde a Atenção Básica (Estratégia de Saúde da Família) até a alta complexidade (hospitais)
É constituída:
Cidadania e Autonomia
Manutenção de direitos básicos: Ir e vir e viver com dignidade, muitos deles ceifados por abusos e
erros do passado.
Ressocialização
O Estigma da loucura ainda está impresso no imaginário social, sendo assim um dos principais obstáculos.
MATRICIAMENTO
Facilitar o cuidado
Ensinar o não-especialista a não temer o portador de TM
• Atenção hospitalar:
- Agitação, heteroagressividade e tentativa de suicídio.
- Atualmente: unidade psiquiátrica em hospital geral (UPHG), leitos integrais em hospital
geral e hospitais psiquiátricos.
- Londres, 1728
- Brasil, 1950
60
ATENÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
• Atenção hospitalar
- UPHG: terapêutica individualizada
- Leitos integrais: crises e tratamento de agravos clínicos.
- Hospitais psiquiátricos: grande número de internos.
61
ATENÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
• Meio sociocomunitário
- O cuidado vai além de atenção à crise e da remissão de sintomas.
- As ações da rede interagem com grupos comunitários, empreendimentos solidários, etc.
- Políticas de geração de renda e trabalho: lugar no mercado de trabalho e inserção social.
62 ATENÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
• Meio sociocomunitário
- Projeto de Lei do Senado 74/2014: luta contra estigmatização.
- Trabalho educativo para mudar a visão em relação ao portador.
63 CONSIDERAÇÕES FINAIS
• O médico e a psiquiatria.
- Reabilitar os enfermos deve entrar no planejamento terapêutico.
- Cuidadores no exercício da reabilitação psicossocial.