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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS

MATERIAIS E PATRIMONIAIS

UNICEMA – Centro Universitário do Maranhão

Curso:administração

Prof. Jose Generoso da Silva

2011
A Amplitude da Administração de
Materiais

 Conceitos práticos de Administração;


 Amplitude da Administração de Materiais;
 A estrutura organizacional;
 As mudanças na área de administração de
materiais;
 Os principais desafios do administrador de
materiais na empresa atual;
 O mercado de trabalho e suas
interferências para o administrador.
Conceitos Práticos de Administração

As novas técnicas de manufatura


implicaram a adequação da política de
estoques, motivo pelo qual, para o
entendimento do gerenciamento de
materiais aliado a tal adequação, faz-se
necessário o enfoque pormenorizado de
alguns tópicos referentes a
particularidades teóricas do estudo das
empresas, para então analisarmos os
conceitos fundamentais de Administração
de Materiais.
Os dez mandamentos da boa
administração

Como a Administração de Materiais


é uma das especializações do
administrador, é necessário, agora,
analisarmos os dez mandamentos da
boa administração.
Os dez mandamentos da boa
administração
1. Análise do mercado: informações precisas sobre
fornecedores, concorrente e ambiente econômico
auxiliam na identificação de oportunidades;

2. Perfil do público: é preciso identificar as


necessidades do consumidor para traçar os
objetivos e as formas de atuação da empresa ,
como estabelecimento de preços, canais de venda
etc;

3. Compras e Estoque: é o ponto fundamental da


gestão operacional da empresa. È preciso saber
quanto comprar e qual o estoque mínimo para
evitar falta de material e capital de giro;
Os mandamentos dez da boa
administração
4. Custos e Formação de Preços: pela análise dos
custos, determina-se o preço ideal de venda do
produto, o qual deve ser comparado com o mercado
para avaliar a viabilidade de sucesso;

5. Fluxo de Caixa: as informações sobre os


movimentos de entrada, saída e saldos permitem
projetar estouros ou sobras de recursos. Vale a pena
fazer este controle diariamente;

6. Ponto de Equilíbrio: o empresário deve saber o


“faturamento mínimo” capaz de pagar todo os seus
custos e despesas. Com base nisso, poderá estipular
suas cotas mínimas;
Os mandamentos dez da boa
administração
7. Planejamento Tributário:é preciso saber quantos e
quais impostos e tributos serão recolhidos, quais os
benefícios e seus efeitos sobre o custo da mercadoria;

8. Estrutura Comercial: é a estratégia de vendas


adotadas pelo empresário que definirá o grau de
penetração do produto no mercado. Ela deve ser
estudada caso a caso;

9. Política de Recursos Humanos: mesmo as pequenas


empresas devem ter divisão das atividades, mas são
necessários mecanismos de motivação dos funcionários;

10. Informática: a informação é a condição exigida pelo


mercado para que a empresa tenha agilidade e
dinamismo; é preciso, porém, analisar com cuidado os
sistemas disponíveis.
As empresas e seus recursos

Recurso é o meio pela qual a


empresa realiza as suas operações.
Os princípios básicos empresariais
são:
As empresas e seus recursos

A. Recursos materiais: englobam os


aspectos materiais e físicos que a
empresa utiliza para produzir;

B. Recursos financeiros: constituem todos


os aspectos relacionados com o dinheiro
utilizado pela empresa:

C. Recursos humanos: constituem toda a


forma de atividade humana na empresa;
As empresas e seus recursos

D. Recursos mercadológicos: constituem


toda a atividade voltada para o
atendimento do mercado de clientes e
consumidores da empresa;

E. Recursos administrativos: constituem


todo o esquema administrativo e
gerencial da empresa.
As empresas e a administração de
materiais
Empresas existentes Características

Industriais a - Compram matérias primas;

b - Transformam; matérias primas


em produtos acabados;

c - Vendem os produtos acabados


às empresas comerciais.
Comerciais Compram e vendem produtos
acabados.

Prestadoras de Não compram nem vendem


materiais.
Serviço
O Administrador de Materiais
Independentemente da habilitação
selecionada, o administrador é o
profissional a quem cabe o
planejamento, a organização a liderança
e o controle de todo o processo
administrativo da empresa dentre eles
destaca-se a administração de
materiais, isto dentro das empresas
públicas ou privadas, buscando
aumentar a produtividade, rentabilidade
e o controle dos resultados.
Procedimentos Fundamentais de
Administração de Materiais

Com base no exposto, podemos


afirmar que administrar com
eficiência e exatidão o movimento
de entradas e saídas dos materiais
necessários à empresa – o quê,
quanto, e como comprar – não é
tarefa simples, a tabela mostrada a
seguir aprofunda esse raciocínio.
Procedimentos Fundamentais de
Administração de Materiais

Procedimento Esclarecimento

O que deve ser Implica a especificação


comprado de compra, que traduz a
necessidade de compra
Como deve ser Revela o procedimento
comprado mais recomendável
Quando deve Identifica a melhor
ser comprado época
Procedimentos Fundamentais de
Administração de Materiais
Procedimento Esclarecimento
Onde deve ser Implica o conhecimento dos
comprado melhores segmentos do
mercado
De quem deve ser Implica o conhecimento dos
comprado fornecedores da empresa
Por que preço deve Evidencia o conhecimento da
ser comprado evolução dos preços no
mercado
Em que quantidade Estabelece a quantidade
deve ser comprado ideal,por meio do qual haja
economia.
Existem diferentes razões que
recomendam atenção especial das
empresas à função abastecimento.
A. de seu desempenho dependem inúmeros órgãos
(vendas, produção, manutenção, setores administrativos
etc.);

B. necessidade de gerenciar grande quantidade de itens,


geralmente em consideráveis quantidades, ao menor
risco de falta e ao menor custo possível;

C. a exigência de grande numero de informações, rápidas e


precisas, a qualquer instante;

D. fato de os estoques representarem parcela razoável do


ativo torna-os uma inversão demasiadamente vultuosa
para que seja ignorada, o que merece grandes cuidados,
pois, muitas vezes, os lucros ficam retidos nos estoques
excessivos, os quais, contudo, nem sempre garantem
adequado atendimento das necessidades da empresa.
È necessário, porém, salientar que
nenhum modelo ou sistema pode
substituir ou prescindir da análise
do administrador, pois as
características de consumo,
importância, valor e métodos de
compra dos materiais são variáveis.
Podendo então , definir :

A. Material: todas as coisas contabilizáveis que


entram como elementos constituídos ou
constituintes na linha de atividade de uma
empresa;

B. Administração de Materiais: planejamento,


coordenação, direção e controle das
atividades ligadas à aquisição de materiais
para a formação de estoques, desde o
momento de sua concepção até seu
consumo final.
Administração de Materiais
 Na verdade, todos nós somos Administradores de
Materiais, só que não percebemos.Pense no
abastecimento de sua própria casa: comprar
mantimentos, produtos de limpeza, de higiene
pessoal, vestuário etc. Para isso é necessário:

 saber comprar, para garantir a qualidade e a


quantidade do que será consumido, ao menor
custo;

 controlar, para evitar consumo desnecessário e


não correr o risco de falta;

 armazenar adequadamente, para evitar perdas.


Administração de Materiais

Administrar materiais é uma tarefa


bastante semelhante a essa, só que
em proporção maior. Assim, já se
pode analisar, em maior
profundidade a amplitude da
Administração de Materiais.
Administração de Materiais
Cadastramento: A atividade
cadastramento visa cadastrar os materiais
necessários à manutenção e ao
desenvolvimento da empresa, o que
implica o recolhimento perfeito de sua
classificação, estabelecimento de
codificação e de determinação da
especificação, objetivando a emissão de
catálogo para a utilização dos envolvidos
nos procedimentos de Administração de
Materiais.
Administração de Materiais

Gestão: A atividade gestão visa o


gerenciamento dos estoques por
meio de técnicas que permitam
manter o equilíbrio com o consumo,
definindo parâmetros e níveis de
ressuprimentos e acompanhando
sua evolução.
Administração de Materiais

Compras: A atividade compras tem


por finalidade suprir as
necessidades da empresa mediante
a aquisição de materiais e ou
serviços, emanados das solicitações
dos usuários, objetivando identificar
no mercado as melhores condições
comerciais técnicas.
Administração de Materiais
Recebimento: A atividade recebimento
visa garantir o rápido desembaraço dos
materiais adquiridos pela empresa, na
época certa, ao preço contratado e na
qualidade especificada nas encomendas.

Almoxarifado: A atividade almoxarifado


visa garantir a fiel guarda dos materiais
confiados pela empresa, objetivando sua
preservação e integralidade até o
consumo final.
Administração de Materiais

Inventário Físico: A atividade


inventário físico visa ao
estabelecimento de auditoria
permanente de estoques em poder
do almoxarifado, objetivando
garantir a plena confiabilidade e
exatidão de registros contábeis e
físicos, essencial para que o sistema
funcione com a eficiência requerida.
Processo de Compra
Embora todos saibamos comprar,
em função do cotidiano de nossas
vidas, é imprescindível a
conceituação da atividade, que
significa procurar e providenciar a
entrega de materiais, na qualidade
especificada e no prazo necessário,
a um preço justo, para o
funcionamento, a manutenção ou a
ampliação da empresa
O processo de compra pode ser
assim resumido:

Compras
Controle de Cotação 1
Estoque
Cadastro de
Fornecedores Cotação 2
Armazenagem

Cotação 3

Recebimento

Nota Cotação N
Fiscal
Pedido de
Compra
Material Decisão
O Ato de comprar inclui as
seguintes etapas:

A. Determinação do que, de quanto e


de quando comprar;
B. Estudo de Fornecedores;
C. Promoção de concorrências;
D. Acompanhamento do ativo;
E. Encerramento do processo.
Organização do Setor de Compras

Independentemente do porte da empresa,


alguns princípios fundamentais devem ser
considerados na organização do setor
como:
A. Autoridade da compra;
B. Registro da compra;
C. Registro de preços;
D. Registro de fornecedores;
Organização do Setor de Compras

Completando a organização aos


objetivos primordiais, quais sejam,
material na especificação, qualidade
e quantidade desejadas, melhor
preço de mercado e prazo desejado,
pode-se também mencionar outras
atividades correlatas à organização
em pauta:
Pesquisa

A. Estudo de mercado;

B. Estudo de materiais;

C. Análise de preços;

D. Investigação das fontes de fornecimento;

E. Vistoria dos fornecedores.


Aquisição

A. Análise das cotações;

B. Entrevistas com vendedores;

C. Promoção de contratos, sempre que possível, em


substituição aos processos individuais;

D. Negociação;

E. Efetivação das encomendas;


Principais Atribuições do Setor de
Compras.
A. Manter atualizadas as informações dos
fornecedores cadastrados;

B. Efetuar as licitações, de conformidade com as


necessidades da empresa, identificando no
mercado as melhores condições comerciais;

C. Garantir o cumprimento das cláusulas


contratuais, mediante diligenciamento;

D. Manter atualizados os registros necessários à


atividade
Órgãos de Estrutura Funcional do
Setor de Compras

Compras

Cadastro de
Fornecedores

Compras Compras por


Processamento Diligenciamento
Locais Importação
Órgãos de Estrutura Funcional do
Setor de Compras

 Cadastro de Fornecedores: órgão


responsável pela qualificação,
avaliação e desempenho de
fornecedores de materiais e serviços.

 Processamento: Órgão responsável


pelo recebimento dos documentos
referentes aos pedidos de compra e
montagem dos respectivos processos.
Órgãos de Estrutura Funcional do
Setor de Compras
Compras

Considerando-se as peculiaridades que envolvem


compras efetuadas no Brasil, portanto locais, e
compras por importação, adotamos a subdivisão da
atividade comprar.

O comprador envolvido com mercado externo


necessita conhecer fluentemente o idioma Inglês,
além dominar a legislação pertinente, tanto do país
importador como do exportador.

O comprador local dispensa essa característica.


Portanto os perfis são totalmente diferenciados.
Compras Locais:

As atividades de compras locais podem ser exercidas


na iniciativa privada e no serviço público.

A diferença fundamental entre tais atividades é a


formalidade no serviço público e a informalidade na
iniciativa privada, muito embora com procedimentos
praticamente idênticos, independentemente dessa
particularidade. As leis nº 8.666/93 e 8.883/94, que
envolvem licitações no serviço público, exigem total
formalidade.
Compras por Importação:
As compras por importação envolvem
a participação do administrador com
especialidade em comércio exterior,
motivo pelo qual não cabe nos
aprofundarmos a esse respeito. Seus
procedimentos encontram-se expostos
a contínuas modificações de
regulamentos, que compreendem,
entre outras, as seguintes etapas:
Compras por Importação:
A. Processamento de faturas proforma;

B. Processamento junto ao Departamento de Comércio


Exterior – Decex - dos documentos necessários à
importação;

C. Compra de câmbio, para pagamento contra carta de


crédito irrevogável;

D. Acompanhamento das ordens de compra (purchase order)


no exterior;

E. Solicitação de averbações de seguro de transporte


marítimo e/ou aéreo;

F. Recebimento da mercadoria em aeroporto ou porto;


G. Pagamento de direitos alfandegários; reclamação à
seguradora, quando for o caso.
Diligenciamento (follow-up)
A realidade do mercado brasileiro obriga o
setor de compras a se prevenir de
eventuais desvios por meio da
implementação do diligenciamento,
atividade que objetiva garantir o
cumprimento das cláusulas contratuais,
com especial atenção para o prazo de
entrega acordado, acompanhando,
documentando e fiscalizando as
encomendas pendentes em observância aos
interesses da empresa.
Etapas do Processo de Compras
Inicio

Preparação dos processos

Planejamento da Compra

Seleção dos Fornecedores

Concorrência
Análise de
Fornecedores Avaliação Elaboração de Condições
Negociação
Gerais
Autorização de Contratação Contratação de longo
Fornecimento
prazo
Diligenciamento

Recebimento

Encerramento do Processo

FIM
COMPRAR OU FABRICAR
Decidir comprar ou fabricar tem sido
uma das maiores preocupações da
empresa moderna . A análise deve
englobar enfoques financeiros e
estratégicos, porque nem sempre o
menor preço é o fator fundamental
para se optar por uma ou por outra.
COMPRAR OU FABRICAR
Não há dúvida de que a principal
corrente atual é a favor da aquisição
de itens de terceiros (terceirização),
de itens que eram fabricados
internamente, mas para essa decisão
a análise deve levar em consideração
alguns fatores:
COMPRAR OU FABRICAR
1. Valor estratégico da tecnologia de fabricação do item
a ser comprado;

2. Qualidade do produto;

3. Confiabilidade no cumprimento de prazos;

4. Possibilidade de liberação de recursos produtivos;

5. Indisponibilidade de recursos;

6. Novos produtos com volume de produção inicial


baixo;

7. Custo.
Valor Estratégico da Tecnologia de
Fabricação do Item a ser Comprado

A tecnologia de fabricação de um
item é um ativo desenvolvido pela
empresa e que proporciona uma
diferenciação de seus produtos.
Qualidade do Produto

Qualidade assegurada no
fornecimento é essencial para que o
produto final tenha o desempenho
desejado pela empresa compradora.
Assim o fornecedor deve comprovar
que possui, pelo menos, a mesma
competência para produzir o
componente.
Confiabilidade no cumprimento dos
prazos
Uma das principais preocupações com
fornecedores é o cumprimento sistemático
dos prazos de entrega, principalmente em
períodos de maior demanda. Atrasos de
fornecimento podem comprometer a entrega
do produto final, além de obrigar a empresa
compradora a manter estoques adicionais
para absorver as incertezas geradas por seus
fornecedores. Ganhos no custo e na
qualidade podem ser irrelevantes se os
prazos não forem cumpridos.
Possibilidades de liberação de
recursos produtivos
importantes para que a empresa
possa utilizá-los. Assim, mão de
obra espaço no chão da fábrica,
equipamentos e materiais que
antes eram necessários para
produzir componentes podem agora
ser utilizados para aumentar sua
capacidade produtiva.
Indisponibilidade de recursos
Quando a capacidade de produção de
determinado componente está esgotada
ou há necessidade de novos
investimentos para desenvolvimento de
novos produtos que estão além dos
recursos financeiros da empresa, o
repasse da fabricação para terceiros é
uma das saídas possíveis.Além disso, é
preferível investir em recursos produtivos
pertencentes à empresa.
Novos produtos com volume de
produção inicial baixo
Investimentos na produção de
componentes para novos produtos
que tem baixo volume inicial em
geral são economicamente
inviáveis. Em estágios iniciais, é
preferível recorrer à terceirização
até que o volume justifique novos
investimentos.
Custo
Nota-se a questão custo é a última
a ser analisada. Essa abordagem,
propositadamente, choca-se com a
maneira mais comum de raciocinar
quando se fala de terceirização,
uma vez que deve ser analisado o
enfoque de resultado para a
empresa e não de custo.Nem
sempre o custo de aquisição é
menor do que o de fabricação.
COMPRA DE COMPONENTES
A decisão de quais produtos devem fazer parte
da linha de produtos é uma decisão
estratégica da empresa.Essa linha de produtos
pode ser agrupada em famílias de produtos
com características similares.

Para decidir que itens de cada família vão


compor o estoque de produtos disponíveis
para venda, deve-se obedecer a critérios de
viabilidade bem definidos. Esses critérios
variam de empresa para empresa.
COMPRA DE COMPONENTES
 Exemplos de critérios de viabilidade técnicos
e econômicos para manter estoques: caráter
de demanda, freqüência da demanda, média
da demanda, tempo de aquisição,
disponibilidade no mercado, risco de
obsolescência, risco de perecibilidade (vida de
prateleira), margem de contribuição.

 Para cada um desses tópicos são


estabelecidos limites entre os quais se inclui a
decisão de fazer ou não estoques.

 Estando estabelecida a linha de produtos, é


necessário especificar rigorosamente cada
um dos produtos.
COMPRA DE COMPONENTES
Especificação Dos Produtos

A especificação dos produtos deve ser feita para que se


tenha uma definição do que se esta comprando.

Proposta De Novo Item

A procura de oportunidades de negócios deve ser


constante e os participantes da empresa devem propor
a inclusão de novos itens para cada família. A proposta
deve ser submetida aos critérios estabelecidos e,
assim, fundamentar técnica e economicamente a
decisão. Sendo viável passa-se a próxima fase do
processo: o estudo da operação e procura do
fornecedor.
COMPRA DE COMPONENTES
Estudo da Operação
Os especialistas em marketing devem estudar
detalhadamente como colocar o produto em operação,
ou seja, qual o público alvo, como deve ser exposto o
produto, como deve ser promovido, que tipo de
propaganda deve ser feita e, principalmente, qual
deve ser o preço.

Busca de Fornecedores
Obviamente para se comprar é necessário ter
fornecedores. Então a primeira tarefa é verificar se
existe fornecedor, através do cadastro de
fornecedores da própria empresa e se este estão
qualificados.Quando não se tem este fornecedor
busca-se o desenvolvimento de novos fornecedores.
Desenvolvimento de Fornecedores
O ponto de partida no
desenvolvimento de fornecedores é
encontrar os candidatos, o que não é
fácil, considerando a falta de
informações que caracteriza o nosso
mercado fornecedor. È preciso
portanto, pesquisar muito, buscando
todas as possibilidades, desde
catálogos telefônicos até associações
de fabricantes.
Cada empresa deve ter seu procedimento
normalizado e deve praticá-lo com rigor. Neste
sentido listaremos alguns exemplos
A. Administração – levantamento detalhado de dados
cadastrais, CND, volume de faturamento, análise de
balanços, informações jurídico – financeiras,
bancárias,tributárias.
B. Manufaturas – levantamento da capacidade tecnológica,
área de fabricação, listas de equipamentos, maquinas,
laboratórios, instrumentos de medição.
C. Sistema de Qualidade – sistemas de processo de acordo
com as normas de estabelecimentos de padrões, com
certificados.
D. Acompanhamento – sistema de avaliação permanente
do desempenho de fornecedores, em que todos os
eventos são registrados: atrasos de entregas,
problemas com qualidade, falhas no estoque, cobranças
indevidas, etc.
Ultrapassada a fase de verificação
prévia, inicia-se o desenvolvimento
propriamente dito, o qual pode
obedecer o seguinte roteiro:

A. especificações – discussão e
especificação do produto;

B. ferramentas – definição ferramental e


do equipamento;
Quanto e Quando Comprar
O procedimento de compras está
vinculado a uma política de
suprimentos na qual deve-se
estabelecer parâmetros operacionais
que provocarão estoques médios, isto
é, não se pode afirmar que os
estoques serão tais porque vários
fatores influirão e o estoque será uma
resultante.
Os fatores são:
 demanda;
 política de reposição,
 lote de compra;
 tempo de espera para entrega do pedido;
 restrições impostas pela alta administração;
 hábitos e costumes do consumidor;
 sazonalidade;
 moda;
 obsolescência técnica;
 estações do ano;
 épocas do ano;
 preço; e
 importância relativa, entre outros itens.
COMPRAS DE ATIVOS
 A compra de ativos tem uma característica diferente,
porque eles são registrados no ativo permanente do
balanço patrimonial e não fazem parte das contas
circulantes, portanto não estão em constante renovação.
Um ativo deverá ser imobilizado nas contas permanentes
e, a partir desse momento, essas contas deverão ser
depreciadas e esses valores serão lançados nos
demonstrativos de resultado, como custo ou despesas
fixas de cada departamento que detém o bem.

 Uma vez instalado o bem, ele deverá ser utilizado na


operação e dificilmente poderá ser descartado em curto
prazo. As compras de ativos são, portanto, de muita
responsabilidade e erro qualquer levará a empresa a ter
de suportar, por tempo elevado, as conseqüências dessa
aquisição errada.
COMPRAS DE ATIVOS
 Podemos comprar equipamentos em ultima
fase de desenvolvimento tecnológico e, logo a
seguir, os fabricantes estarão lançando um
novo e revolucionário modelo, que poderá ser
comprado pelo concorrente, deixando a
empresa numa situação competitiva difícil.

 È necessário que os gestores estejam sempre


em congressos, nas feiras, inteirando-se das
ultimas novidades no setor, e principalmente
das noticias de bastidores das empresas
produtoras de equipamentos mais
categorizados, para conhecer bem os degraus
da tecnologia.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES

A Seleção de fornecedores é uma


tarefa difícil e onerosa para a empresa,
mas alguns cuidados devem ser
tomados. O processo de seleção de
fornecedores deve seguir, pelo menos,
alguns passos essenciais:
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
 Pesquisar fornecedores potenciais;
 Estabelecer critérios de avaliação de
fornecedores;
 Avaliar e selecionar fornecedores;
 Cadastrar os fornecedores
selecionados;
 Acompanhar o desempenho do
fornecimento;
 Fazer parcerias com fornecedores.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES

Formas de pesquisar fornecedores


potenciais, utilizando: Sindicatos e
associações; publicações especializadas;
internet; consultoria com especialistas;
arquivos do departamento de compras;
feiras e exposições;Plataformas
eletrônicas etc.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Em virtude da grande quantidade de
fornecedores potenciais, alguns
critérios de seleção podem já ser
aplicados, como, por exemplo:

 Ser empresa nacional,


proximidade física do fornecedor,
ter uma marca reconhecida no
mercado.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Estabelecer critérios de avaliação
de fornecedores: O objetivo
principal da avaliação dos
fornecedores é comprovar a
capacidade de atendimento dos
requisitos especificados do produto a
ser comprado, ou seja, possuir um
sistema de garantia de qualidade
adequado.Essa avaliação pode ser
feita de diferentes formas:
SELEÇÃO DE FORNECEDORES

 A - Avaliação qualitativa pelo


histórico;

 B - Avaliação quantitativa pelo


histórico,
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Exemplo de avaliação quantitativa pelo histórico:

IQ- Indicador de qualidade

Entrega Pontuação

Lote sem problema de qualidade 100

Lote com problema de qualidade tolerável 50

Lote devolvido 0
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Exemplo de avaliação quantitativa pelo histórico:

IP- Indicador de Prazo


Entrega Pontuação

Lote de entrega sem atraso 100

Lote de entrega com atraso de até 03 dias 70

Lote de entrega com atraso de 03 a 10 dias 50

Lote de entrega com atraso > 10 dias 0


SELEÇÃO DE FORNECEDORES
IQ= média da pontuação das ultimas 10entregas
IP= média da pontuação das ultimas 20entregas

Critérios de aceitação do fornecedor

Indicador de Qualidade - IQ >80

Indicador de Prazo- IP >85


SELEÇÃO DE FORNECEDORES
IQ= média da pontuação das ultimas 10entregas
IP= média da pontuação das ultimas 20entregas

Critérios de aceitação do fornecedor

Indicador de Qualidade-IQ >80

Indicador de Prazo- IP >85


SELEÇÃO DE FORNECEDORES
C-Avaliação por auto- avaliação:
As informações são fornecidas pelo fornecedor através de
formulário padronizado de avaliação, que mostre as
evidencias mínima necessária:

Item de Avaliação Evidência


Situação econômico-financeira Balanço patrimonial
Existência de controle de processo Evolução dos limites de controle

Treinamento adequado Lista de treinamentos fornecidos

Existência de sistema de qualidade Manual de qualidade


SELEÇÃO DE FORNECEDORES

D - Avaliação por Auditoria –


focada no projeto e especificações
do produto fornecido:

 Auditoria de produto;
 Auditoria de processo;
 Auditoria de sistema
SELEÇÃO DE FORNECEDORES

E – avaliação por certificação-


nesse, caso o fornecedor é aceito se
possuir uma certificação do seu
sistema de garantia de qualidade
emitida por uma empresa
credenciada, segundo uma norma
de referência designada pelo
comprador (ISSO 9000,QS 9000,
VDA 6.1 etc.).
SELEÇÃO DE FORNECEDORES

Avaliar e selecionar
fornecedores- na pratica, não é
conveniente que se utilize apenas
um tipo de avaliação de
fornecedores da empresa
compradora, pois nem todos os
componentes têm a mesma
importância relativa no produto
final.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Um exemplo de avaliação de fornecedores

Tipo de Item Tipo de Avaliação

Itens Críticos Certificação e auditoria de Sistema

Itens Importantes Certificação ou auditoria de processo

Itens não Críticos Histórico ou auto avaliação


SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Cadastrar os Fornecedores Selecionados

Aplicados os critérios de aceitação de


fornecedores para cada tipo de produto,deve
ser elaborada uma lista de fornecedores
selecionados para cada tipo de produto
comprado pela empresa, e somente
fornecedores constantes dessa lista devem ser
contatados para cotações e eventuais
fornecimentos. É conveniente que sistemas
informatizados tenham acesso somente a essa
lista, impedindo a inclusão não-autorizada de
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Fornecedores para eventuais compras
de emergência.

É importante notar que para elaboração


de uma lista de fornecedores
selecionados o item preço não deve ser
um dos critérios de aceitação, uma vez
que fará parte das negociações
posteriores quando for emitido o
pedido de compra.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Acompanhar o Desempenho do
Fornecimento
Tão importante quanto ter critérios para
a seleção de fornecedores é ter critérios
para a desqualificação de fornecedores.
O trabalho do departamento de
compras não se encerra na elaboração
da lista de fornecedores selecionados,
mas estende-se ao acompanhamento
sistemático do desempenho do
fornecedor
SELEÇÃO DE FORNECEDORES

Esse acompanhamento pressupõe


um sistema de informação eficiente
entre os setores responsáveis pelo
recebimento, PCP, projeto e
compras, para que haja
transparência e velocidade no
tratamento de problemas de
fornecimento.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Não é raro empresas passarem por
períodos de turbulência quanto à sua
situação econômico-financeira que
podem vir a se refletir no seu
desempenho quanto a qualidade ou a
prazo de entrega do produto fornecido.
Em primeiro lugar, cabe alertar a
empresa e exigir ações corretivas para
que o produto final da empresa
compradora não seja prejudicado. Isso
pode ser feito por meio de:
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
 Indicadores – acompanhamento dos
indicadores de qualidade e prazo do
fornecedor, detectando declínios acentuados;
 Advertências – cartas de advertência quanto
aos problemas apontados;
 Avaliação – reuniões de avaliação de
desempenho do fornecimento;
 Assistência – envio de especialistas da
empresa compradora ao fornecedor para
verificação e correção dos problemas de
fornecimento;
 Correção – exigência de evidencias de ações
corretivas do fornecedor em certo período.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES

Caso não seja possível sanar as


deficiências apontadas e os
prejuízos à empresa compradora
sejam grandes, deve-se
providenciar a desqualificação do
fornecedor até que ele volte a
demonstrar capacidade de
atendimento aos requisitos de
fornecimento especificado.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Fazer Parcerias com Fornecedores

Possuir vários fornecedores para


determinado componente crítico ao
desempenho do produto final da
empresa compradora traz várias
vantagens:
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
 Possibilidade de concorrência de preços entre
vários fornecedores;

 Segurança em caso de interrupção de


fornecimento de um fornecedor;

 Possibilidade de escolha de um fornecedor


que apresente melhor qualidade do produto
comprado;

 Compra de vários fornecedores em épocas de


aumento de demanda, caso nenhum deles
possa fornecer a quantidade especificada.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
No entanto o relacionamento entre fornecedor e comprador
restringe-se apenas ao nível comercial, como demonstrado:

COMPRADOR FORNECEDOR
COMPRAS VENDAS
PROJETO PROJETO
PCP PCP
PRODUÇÃO PRODUÇÃO
CQ CQ
RECEBIMENTO EXPEDIÇÃO
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Com a introdução do Conceito de Parceria, O relacionamento entre
fornecedor e comprador torna-se muito mais intimo, com a possibilidade
de troca de informações diretas entre setores ou departamentos das duas
empresas. Problemas de qualidade e prazo são transmitidos e resolvidos
com velocidade muito maior, conforme demonstrado na figura abaixo:

COMPRADOR FORNECEDOR
COMPRAS VENDAS
PROJETO PROJETO
PCP PCP
PRODUÇÃO PRODUÇÃO
CQ CQ
RECEBIMENTO EXPEDIÇÃO
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Além disso, torna-se viável:

 Maior transparência nas negociações entre as partes;


 Segurança quanto à estabilidade de preços do
fornecimento;
 Prever com maior segurança as quantidades produzidas
pelo fornecedor;
 Resolver problemas de qualidade e prazo com a
colaboração do comprador e do fornecedor;
 Melhor negociação de prioridades de fornecimento;
 Fornecimento de financiamento e equipamentos por
parte do comprador para a produção de itens;
 Colaboração conjunta para novos projetos de produtos;
 Melhorias no processo produtivo e no projeto do
produto.
CONTROLE DE ESTOQUE
A função controle é definida como um fluxo de
informações que permite comparar o resultado
real de determinada atividade com seu resultado
planejado. Esse fluxo de informações pode ser
visual ou oral, mas recomenda-se que seja
documentado para que possa ser analisado,
arquivado e recuperado quando necessário.

Como premissa, é necessário haver um


planejamento ou expectativa do resultado dessa
atividade, sem qual não há razão para implantar
um controle. Além disso, as informações que
trafegam pela empresa devem ter algumas
características essenciais:
CONTROLE DE ESTOQUE
 Corretas e precisa – fidelidade ao estado da
atividade;
 Válidas - mostrar o que se deseja medir;
 Completas – abranger todos os aspectos
importantes;
 Única e mutuamente exclusivas – não haver
redundância;
 Compreensível – simples e inteligíveis;
 Timing – geradas em tempo adequado.

Para que o controle de estoque seja eficaz é


necessário, portanto, que haja um fluxo de
informações adequado e um resultado
esperado quanto ao seu comportamento.
CONTROLE DE ESTOQUE
DOCUMENTOS DO CONTROLE DE ESTOQUE

Para que o controle de estoque seja eficaz, é


necessário que o fluxo de informações seja adequado
e documentado. Assim, alguns documentos
padronizados devem ser implantados para que isso
seja possível, sem introduzir uma burocracia
desnecessária.

A denominação desses documentos varia de empresa


para empresa, portanto vamos adotar os nomes mais
comuns encontrados na literatura:
CONTROLE DE ESTOQUE
Documento De Para Função
Requisição Estoque Compras Solicitar a aquisição de determinado item para a
de Compra reposição de estoque.
Requisição Estoque Produção Solicitar a fabricação de determinado item para a
de Fabricação reposição de estoque.
Pedido Compras Fornecedores Solicitar informações sobre as condições de
de Cotação fornecimento de determinado item (preço, prazo,
etc)

Proposta ou Fornecedores Compras Informar à empresa compradora as condições de


Cotação fornecimento.
Pedido de Compras Fornecedor Solicitar a entrega de item ao fornecedor que melhor
Compra atender às condições de fornecimento
Nota Fiscal Fornecedor Estoque Formalizar, por meio de um documento legal, a entrega
do pedido de compra.
Requisição de Usuário Estoque Formalizar o pedido de retirada de determinada
Material quantidade de um item em estoque para o consumo
da empresa.

Solicitação de Estoque Controle de Solicitar inspeções e ensaios para a verificação dos


Inspeção Qualidade requisitos especificados do produto entregue
quando necessário.

Liberação para Controle de Estoque Informar a conformidade ou não do produto entregue aos
Consumo Qualidade requisitos.
CUSTOS DE ESTOQUE
Uma das principais preocupações do gestor é
saber quais são os custos relacionados ao
estoque que ele gerencia.
O custo de estoque pode ser desmembrado em
quatro partes, que auxiliarão na determinação
do nível de estoque a ser mantido:

 Custo de Aquisição;
 Custo de armazenagem;
 Custo de Pedido;
 Custo de Falta.
CUSTOS DE ESTOQUE
Custo de Aquisição

O custo de aquisição é o custo pago pela empresa


compradora pelo material adquirido. Esse custo está
relacionado com o poder de negociação da área de
compras.Embora esse custo não seja responsabilidade
do gestor de materiais, ele implicará diretamente o valor
de material em estoque. Quanto maior o valor do
estoque para a mesma quantidade estocada.

 Custo de Aquisição= Preço Unitário versus Quantidade


adquirida.

 Caq = Pu x Q
CUSTOS DE ESTOQUE
Custo de Armazenagem:

O gestor de materiais é o responsável por manter esse custo


no nível mais baixo possível, trata-se de um dos itens que
mais oneram a empresa em sua lucratividade.
Custo de Armazenagem= Estoque Médio x Preço Médio
Unitário x Tempo em Estoque x Custo de Armazenagem
Unitário. Ou;

Cami = custo de armazenagem do item i


Emi = estoque médio do item i no tempo T
Pmu = preço médio unitário do item i estocado no tempo T
T = tempo em estoque
Camu = custo armazém unitárioO cálculo do Custo de

Armazenagem Unitário (CAmu) é um pouco mais complexo e


envolve vários fatores, demonstrados na tabela abaixo:
Fatores Descrição Cálculos
Juros Juros médios recebidos em Juros no tempo T
aplicações financeiras ou J= --------------------------------------------
rentabilidade mínima Valor médio de estoque no tempo T
exigida pela empresa
Aluguel Aluguel pago pela área de Custo de aluguel do estoque no tempo T
armazenagem CAI= ---------------------------------------------------
Valor médio do estoque no tempo T
Seguros Prêmios de seguros pagos pela Seguros pagos no tempo T
empresa. O custo de SEG = --------------------------------------------------
seguro varia com o valor Valor médio pago no tempo T
do estoque segurado
Perdas e Danos Valor de materiais danificados, Valor das perdas no tempo T
obsoletos e desaparecidos PD= ----------------------------------------------------
do estoque em Valor médio
determinado intervalo de
tempo
Impostos Imposto predial alfandegário e Impostos pagos no tempo T
outros IMP= --------------------------------------------------
Valor Médio do estoque no tempo T
Movimentação Custos com transporte, Custos de movimentação no tempo T
manuseio, embalagem etc MOV=-------------------------------------------------
Custo médio de estoque no tempo T
Mão de Obra Salários encargos e Custos de mão de obra no tempo T
benefícios,pagos ao MDO= ------------------------------------------------
pessoal Valor médio do estoque no tempo T
Despesas Luz, água, telefone, materiais Despesas gerais no tempo T
de escritório, EPIs DES = ------------------------------------------------
,veículos etc Valor médio do estoque no tempo T
Total Custo Unitário de CAm = J+CAI+SEG+PD+IMP+MOV+MOD+DES
armazenagem
CUSTOS DE ESTOQUE
Custo de Pedido
Custo de pedido é o valor gasto pela empresa para que
determinado lote de compra possa ser solicitado ao
fornecedor e entregue na empresa compradora. O custo
de pedido refere-se aos custos administrativos e
operacionais da área de compras.
Além do custo administrativo da área de compras, o
fornecedor pode cobrar fretes adicionais e/ou a empresa
incorrer em custos de inspeção para lotes parcelados de
um mesmo pedido. Assim, o custo de pedido pode ser
calculado por:
CP = Custo de Pedido
n = Número de Pedidos
CP/Au = Custo de Pedido Administrativo unitário
CPVu = Custo de pedido variável unitário
CUSTOS DE ESTOQUE
Custo de Pedido Administrativo no Período T

Custo Descrição Fator

Mão de obra Salários, encargos, e benefícios adicionais gastos MO


pela área de compras

Aluguel Aluguel rateado pela área de compras A

Impostos e seguros Imposto predial e seguros rateados pela área IS


ocupada

Equipamentos Depreciação ou aluguel de equipamentos utilizados E


pela área de compras

Despesas Gerais Telefone, energia elétrica, materiais de escritório DG


utilizados pela área de compras

Total Custo de pedido administrativo CPA=MO+A+IS+E+DG


CUSTOS DE ESTOQUE
Assim, o custo de pedido administrativo
unitário pode ser calculado por:

CPAu = CPA = MO+A+IS+E+DG


n n
em que:
CPA = Custo de Pedido Administrativo
n = numero de pedidos feitos no período T
CUSTOS DE ESTOQUE
Custo de Falta

O custo de falta de um item em estoque


pode causar diversos e, muitas vezes,
grandes prejuízos à empresa compradora.
O problema é que esse tipo de custo é
difícil de ser calculado com precisão, uma
vez que envolve uma série de
estimativas, rateios e valores intangíveis.
CUSTOS DE ESTOQUE
Custo de Falta de Estoque

Custo Descrição Fator

Mão de Obra Salários, encargos e benefícios adicionais referentes ao tempo em que a MO


linha de produção ficou parada.

Equipamentos Custo de equipamento referente ao tempo em que a produção ficou parada E


por falta do item ou pela prorrogação da produção

Material Custo adicional do material comprado em outros fornecedores MP

Multas Multas contratuais pagas pelo atraso de fornecimento do produto final da MU


empresa compradora causado ela falta de material

Prejuízos Lucro referente às vendas não realizadas causadas pela falta de material, e PR
conseqüentemente impossibilidade de fornecimento dentro dos
prazos acordados
CUSTOS DE ESTOQUE
Auditoria Nos Estoques

Ao analisarmos os balanços das empresas,


sejam industriais ou comerciais podemos
observar que o valor dos estoques é um dos
maiores itens que compõem os ativos.

Podemos relacionar as áreas nas quais a


auditoria deverá ser processada
CUSTOS DE ESTOQUE
A. produtos acabados – itens de materiais fabricados pela
empresa ou adquirido de outros fabricantes ou comerciantes
e destinados à comercialização;

B. Produtos em processo – materiais, peças, conjuntos, que


se encontram em estágios diferentes de produção e que
futuramente serão montados na forma de produtos
acabados;

C. Matéria Prima – materiais e peças adquiridos para serem


utilizados na produção;

D. Materiais Diversos – materiais a serem utilizados na


produção, porém de forma indireta, chegando mesmo a não
integrar o produto acabado;

E. Economato – materiais de utilização administrativa, tanto


na fábrica como nas áreas de administração.
CUSTOS DE ESTOQUE
Objetivos da Auditoria dos Estoques

A. A auditoria dos estoques no âmbito da Administração dos Materiais, tem os seguintes


Objetivos:

B. Quantidades – verificar se as quantidades representam adequadamente o existente em


produtos acabados, matérias-primas, materiais diversos em trânsito, em armazéns e em
consignação;

C. Uniformidade – verificar se os itens foram valorados segundo os princípios da


contabilidade geralmente aceitos, aplicados com base uniforme em relação ao período
anterior, preço de custo ou mercado, prevalecendo o mais baixo;

D. Documentação – verificar se as listagens de estoque estão corretamente compiladas,


multiplicadas, somadas, resumidas com exatidão e se os totais estão corretamente
refletidos nas contas;

E. Redução – verificar se os itens excessivos, morosos, obsoletos e defeituosos estão


reduzidos aos seus valores líquidos realizáveis;

F. Gravame – verificar se existem ônus gravando os estoques e, se houver, determinar se


estão adequadamente demonstrados nas contas ou notas explicativas;

G. Consistência – verificar se os estoques finais do período foram determinados quanto a


quantidade, preços, cálculos, estoques excessivos, em base consistente com as dos
estoques no fim do ano anterior.
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE
ESTOQUE

A administração de materiais não se


resume apenas a controlar a
quantidade de materiais em estoque à
disposição dos setores produtivos e
administrativos da empresa, mas
refere-se também à sua valoração, ou
seja, fornecer o volume financeiro
pelo qual esse material, esta sendo
estocado e utilizado nos produtos
finais fabricados.
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE
ESTOQUE

Uma conseqüência lógica é que,


dependendo do método que
utilizarmos para determinar o valor do
item estocado, isso vai impactar
diretamente no lucro contábil da
empresa.
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE
ESTOQUE
A avaliação do volume financeiro alocado no
estoque é feita por meio dos preços de custo
de mercado:

 Preço de custo – referente ao produto


fabricado pela empresa, ou seja é o que
custou para fabricar determinado produto;

 Preço de mercado – referente ao produto


comprado, cujo valor consta na nota fiscal
de compra.
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE
ESTOQUE

Custo Médio
Custo médio é o método mais utilizado
pelas empresas, pelo qual calculamos
a média entre o somatório total e o
somatório das quantidades, chegando
a um valor médio de cada unidade.
Cada valor médio de unidade em
estoque se altera pela compra de
outras unidades por preço diferente.
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE
ESTOQUE

Custo Médio
Ele é calculado pela formula:

Custo Médio = valor total em estoque do item


Numero de itens em estoque
Dia Entrada Saída Saldo
Qtd P.unit Total Qtd P.unit Total Qtd P.unit Total
01/05 2000 4,00 8.000,00
02/05 3000 4,50 13.500,00 5000 4,30 21.500,00
03/05 1500 4,30 6.450,00 3500 4,30 15.050,00
04/05 2000 3,90 7.800,00 5500 4,15 22.850,00
05/05 3000 4,15 12.463,64 2500 4,15 10.386,36
06/05 1000 4,15 4.154,55 1500 4,15 6.231,82

Observe que, no dia 02 de maio, o preço unitário ou custo médio do item em


estoque é calculado por:
Custo Médio = valor total em Estoque do item = 8.000,00 + 13.500,00
Numero de Itens em Estoque 2.000,00 +3000
= 21.500,00 = 4,30
5.000
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE
ESTOQUE
Preço de Reposição
A avaliação de estoque pelo preço de
reposição é feita considerando-se a situação
do preço dos produtos comprados ou
fabricados no momento da avaliação.Assim,
potenciais variações de curto prazo no preço
de custo, ou de mercado devem ser
introduzidas no cálculo de preço unitário do
item, para eventuais reposições de estoque.

O preço de reposição pode ser calculado pela


formula:
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE
ESTOQUE
Preço de Reposição  Preço Unitário + Variação
de Preço de Custo ou de Mercado
Exemplo:

Um determinado item de estoque, cujo preço


unitário é de R$ 150,00, é importado e houve
uma desvalorização de 10% no câmbio,
afetando o preço de compra desse
item.Calcular o preço de reposição de estoque

Preço de Reposição Preço Unitário + Variação


150,00 x 0,1 150,00+ 15,00  165,00
Movimentação de Materiais
Para que as mercadorias possam ser
trabalhadas, possibilitando um total
aproveitamento de seu potencial, deve-se
primeiramente manter em movimento um dos
três elementos básicos de produção.

Homem, máquina ou material devem estar em


constante movimento para se obter
futuramente um resultado satisfatório na
finalização de um produto.
Movimentação de Materiais
A movimentação e o transporte de
material são classificados conforme a
atividade funcional que neles será
aplicada. São eles:

 Granel - destinados desde a extração


até o armazenamento de materiais a
granel, incluindo gases, líquidos e
sólidos.
Movimentação de Materiais
 Cargas unitárias - trata-se cargas contidas em
um recipiente de paredes rígidas ou
individuais ou apoiadas em estrados.

 Embalagem – utilizada no projeto, utilização e


seleção de recipientes para o transporte de
produtos;

 Armazenamento – corresponde ao
recebimento, empilhamento ou colocação em
prateleiras;
Movimentação de Materiais
 Vias de Transporte – carregamento, fixação no
transporte, desembarque e transferência de
qualquer tipo de material;

 Análise de Dados – abrange os aspectos


analíticos da movimentação, como
levantamento de mapas de movimentação,
treinamento, organização, segurança e outras
técnicas para o desenvolvimento de um
sistema eficiente de movimentação de
materiais.
Movimentação de Materiais
É importante ressaltar que os custos de
movimentação das mercadorias e do
produto agregam diretamente ao seu
custo final.
Sendo assim, um sistema de
movimentação de materiais deve
trabalhar com uma série de recursos
que possibilitem a redução do custo
final do produto.
Movimentação de Materiais
A) Redução de custos
 Custo de mão de obra – a implantação de
equipamentos mecânicos substituirá o
trabalho braçal, que exigirá menos esforço
físico do homem e reduzirá o tempo de
atravessamento.

 Custo de materiais – uma melhor


estrutura no acondicionamento do material
e um transporte mais eficaz resultarão num
índice de perdas muito pequeno..
Movimentação de Materiais
A) Redução de custos

 Custo de equipamentos – o uso de equipamentos


adequados, em termos de número e características,
para movimentação e a armazenagem de materiais
exigirá menor investimento em ativo fixo por parte da
empresa.

 Outros custos – um serviço de estocagem e


transporte eficiente terá como conseqüência uma
redução nas despesas em geral.
Movimentação de Materiais
B) Aumento da capacidade produtiva

 Aumento da produção – a produtividade da linha de


produção será conseqüência de uma racionalização dos
processos de transporte e estoque, que permitirá maior
rapidez na chegada dos materiais até as linhas de produção

 Capacidade de armazenagem – as empilhadeiras


permitem melhor acondicionamento do produto e uma
máxima utilização do espaço na área de estocagem, com
liberação de área produtiva.

 Distribuição de armazenagem – é necessário o


aproveitamento de dispositivos para a formação de cargas
unitárias, levando a um sistema de armazenagem muito
mais eficiente
Movimentação de Materiais
C) Melhores condições de trabalho

 Maior Segurança – o risco de acidentes ficará


bastante reduzido com utilização de equipamentos
de movimentação e com uso de dispositivos
destinados às cargas unitárias.

 Redução da fadiga – à medida que o homem aplica o


uso da máquina no seu serviço, seu esforço
diminuirá. Ao mesmo tempo, aqueles que continuam
trabalhando em serviços de transportes e
estocagem, trabalham com muito mais conforto, já
que a máquina fará o esforço físico despendido pelo
homem.
Movimentação de Materiais
D) Melhor Distribuição

 Melhoria na circulação - uma total adequação do ambiente


de trabalho, isto é, corredores bem definidos, endereçamento
fácil e equipamentos eficientes, farão com que a movimentação
das mercadorias dentro da fabrica melhore.
 Localização estratégica do almoxarifado – a aplicação de
sistemas de manuseio torna viável a criação de pontos de
armazenagem em vários locais distantes da fábrica, colocados
estrategicamente próximos aos pontos de utilização.
 Melhoria dos serviços ao usuário – a proximidade da
mercadoria em relação ao usuário torna muito mais rápido o
seu acesso, evitando riscos de deterioração ou quebra e
representando um custo menos.
 Maior disponibilidade – um sistema eficaz terá como
conseqüência maior disponibilidade dos produtos conforme a
região.
ARMAZENAGEM
Objetivos:
A evolução tecnológica, como não poderia deixar de
ser, estendeu seus múltiplos benefícios à área de
armazenagem.

 Introdução de novos métodos de racionalização;


 Fluxos de distribuição de produtos;
 Adequação de instalações e equipamentos para
movimentação física de cargas.

O objetivo primordial do armazenamento é utilizar o


espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente
possível.
ARMAZENAGEM
As instalações do armazém devem
proporcionar a movimentação rápida e fácil de
suprimentos desde o recebimento até a
expedição. Assim alguns cuidados essenciais
devem ser observados:

a. determinação do local, em recinto coberto ou


não;
b. definição adequada do layout;
c. definição de uma política de preservação, com
embalagens plenamente convenientes aos
materiais;
d. ordem, arrumação, e limpeza de forma
constante;
e. segurança patrimonial, contra furtos, incêndio
etc. Objetivos:
ARRANJO FISICO (LAYOUT)
O significado de layout pode ser explicado por meio das
palavras desenho, plano, esquema, ou seja, é o modo pelo
qual ao se inserirem figuras e gravuras surge uma planta,
podendo-se, por conseguinte, afirmar que o layout é uma
maquete no papel.

O layout influi desde a seleção ou adequação local. Assim


como no projeto de construção, modificação ou ampliação,
conforme o caso, bem como na distribuição e localização dos
componentes e estações de trabalho, assim como na
movimentação de materiais, máquina e operários. Logo o
layout é iniciado com a aplicabilidade da elaboração de um
projeto, sendo finalizado por sua concretização.

Portanto, para que haja um projeto perfeito, há que se ter


um planejamento, tem que existir o layout.
O LAYOUT NA ARMAZENAGEM

A realização de uma operação eficiente e efetiva de


armazenagem depende muito da existência de um bom
layout, que determina, tipicamente, o grau de acesso ao
material, os modelos de fluxo de material, os locais de áreas
obstruídas, e eficiência da mão de obra e a segurança do
pessoal e do armazém.

Os objetivos do layout de um armazém devem ser:


a. assegurar a utilização máxima do espaço;
b. propiciar a mais eficiente movimentação de materiais;
c. propiciar a estocagem mais econômica, em relação às
despesas de equipamento, espaço, danos de material e mão
de obra do armazém;
d. fazer do armazém um modelo de boa organização.
O LAYOUT NA ARMAZENAGEM

A metodologia geral, para projetar um layout de


um armazém, consiste em cinco passos:

a. definir a localização de todos os obstáculos;


b. localizar as áreas de recebimento e expedição;
c. localizar as áreas primárias, secundarias, de
separação de pedidos e de estocagem;
d. definir o sistema de localização de estoque;
e. avaliar as alternativas de layout do armazém..
O LAYOUT NA ARMAZENAGEM

O arranjo físico é a disposição física dos equipamentos,


pessoas e materiais, da maneira mais adequada ao processo
produtivo. Significa a colocação racional dos diversos
elementos combinados para proporcionar a comercialização
dos produtos. Quando se fala em arranjo físico, pressupõe-
se o planejamento do espaço físico a ser ocupado e
utilizado.

O arranjo físico é representado pelo layout, que significa


colocar, dispor, ocupar, localizar, assentar. O layout é o
gráfico que representa a disposição espacial, a área ocupada
e a localização dos equipamentos, pessoas e materiais.

No depósito, os principais aspectos do layout a serem


verificados são os seguintes:
O LAYOUT NA ARMAZENAGEM

Itens de estoque:
 as mercadorias de maior saída do deposito devem ser
armazenadas nas imediações da saída ou expedição, a fim
de facilitar o manuseio. O mesmo deve ser feito com os
itens de grande peso ou volume.
Corredores:
 os corredores dentro do depósito deverão facilitar o acesso
às mercadorias em estoque.
Portas de acesso:
 as portas de acesso ao deposito devem permitir a passagem
dos equipamentos de manuseio e movimentação de
materiais.Tanto sua altura como largura devem ser
devidamente dimensionadas.
 Prateleiras e estruturas:
 Quando houver prateleiras e estruturas no deposito, a altura
máxima deverá considerar o peso dos materiais. O topo das
pilhas de mercadorias deve se distanciar um metro das
luminárias do teto ou dos sprinklers de teto.
DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUES

Segundo Chiavenato (2005), cada área - seja o almoxarifado


de MPs (Matérias primas), sejam as diversas seções
produtivas ou depósitos de PÁS (estoque de produtos
acabados) tem interesse em aumentar os níveis de estoques
para garantir sua segurança e reduzir os riscos de falta de
material para trabalhar.

Diante disso ocorre o conflito com a área financeira, que


pretende reduzir ao mínimo possível o capital investido em
estoques e faze-lo girar rapidamente para aumentar o
capital da empresa.

O estoque é um investimento na medida em que exige forte


aplicação de dinheiro,
DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUES

Dimensionar o estoque significa estabelecer os


níveis de estoque adequados ao abastecimento da
produção sem resvalar nos dois extremos de
excessivo estoque ou de estoque insuficiente.

O estoque excessivo leva ao desperdício de


dinheiro e as perdas financeiras decorrentes de
seus custos mais elevados. O estoque insuficiente
por outro lado, conduz as perdas e interrupções
da produção por inexistência de materiais, o que
também provoca prejuízos à empresa. Ambos os
extremos devem ser evitados.
DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUES

O dimensionamento de estoques é
fundamentado nos seguintes pressupostos:

 O Quê: Quais os materiais que devem


permanecer em estoque, isto é, quais os itens de
estoque?
 Quanto: qual o volume de estoque que será
necessário para um determinado período, isto é,
qual o nível de estoque para cada item?
 Reposição: quando os estoques devem ser
reabastecidos, isto é, qual a periodicidade das
compras e o giro dos estoques?
Mínimo Nível de estoque Máximo

-Menor capital -Melhores condições


investido Matérias - primas
de compra e
-Menores juros e descontos
custos de -Nenhum risco de falta
estocagem
Materiais em
processamento
-Nenhum risco de falta
Menor risco de
- Materiais semi- -Maior segurança
perdas e acabados -Flexibilidade
obsolescência

-Menor capital -Entregas rápidas


investido -Nenhum risco de
-Menor custo de falta.
estocagem
DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUES
O desafio está em saber quais os materiais quanto e quando
deverão estar disponíveis para abastecer a produção.
Cada tipo de material estocado é denominado item de estoque.
Quanto maior o numero de itens de estoque, tanto maior a
complexidade da AM.
Na realidade, o dimensionamento dos níveis de estoque, está
fundamentado na previsão do consumo dos materiais. A
previsão do consumo também chamada previsão da demanda
– é uma estimativa a priori de quanto determinado material será
consumido ou necessário durante um determinado período de
tempo.
As principais técnicas quantitativas utilizadas para calcular a
previsão de consumo são: método de consumo do último
período. Método da média móvel e método da média
ponderada:
Método do Consumo do Ultimo Período

È o método mais simples e empírico. Baseia-se em prever


o consumo próximo tendo por base o consumo ou
demanda do período anterior. Muitas vezes adiciona-se
certa quantidade, quando o consumo, é relativamente
crescente de u período para o outro.
Previsão de consumo pelo método do consumo do último
período

Consumo do ultimo ano: Previsão de consumo do próximo ano:


2005...............................1000 2006...............................................1000
Método da Média Móvel

È praticamente um método semelhante ao interior,


porém melhorado; a previsão do próximo período é
calculado a partir das médias de consumo dos
períodos anteriores. Se a tendência for de um
consumo crescente, a média futura será menor. Se
a tendência for um consumo decrescente, a média
futura será maior.
A vantagem desse método esta na sua
simplicidade e facilidade do cálculo. As
desvantagens residem no fato de que as médias
móveis são influenciadas por valores extremos e
que os períodos mais antigos têm o mesmo peso
que os atuais.
Método da Média Móvel Ponderada

Trata-se de uma variação do método anterior. Os


valores dos períodos mais recentes recebem um
peso maior do que os valores dos períodos mais
antigos
Previsão de consumo pelo método ma média
móvel ponderada
Método da Média Móvel Ponderada

2006..........................100.000 X 1 = 100.000

2007..........................200.000 X 2 = 400.000

2008..........................300.000 X 3 = 900.000

2009..........................400.000 X 4 = 1.600,000

2010..........................500.000 X 5 = 2.500,000

Média Ponderada......................................................366.666
Gestão de Estoques
(curva ABC)
A curva ABC classifica os materiais segundo sua importância
financeira:

Itens A: São os itens de grande relevância financeira -


representam, em média, 5% do numero de itens estocados, mas
requerem 80% dos recursos financeiros na reposição.

Itens B: são os itens de importância financeira intermediária -


representam, em média, 15% do numero de itens em estoque e
requerem 15% dos recursos financeiros na reposição;

Itens C: Itens de pequena importância financeira -


representam, em média, 80% do numero de itens estocados e
requerem 5% dos recursos financeiro na reposição.
Gestão de Estoques
(curva ABC)
O nível de informação que a curva ABC fornece
possibilita ao gestor dos estoques adotar as seguintes
medidas:

a) Acompanhamento sistemático, em curtos períodos –


diário ou no máximo, semanal – da movimentação dos
itens A;

b) Acompanhamento dos itens B em períodos mensal ou


trimestral;

c) Acompanhamento dos itens C em períodos semestral ou


anual.
Gestão de Estoques
(curva ABC)
Como elaborar uma curva ABC:

Ordenar os itens estocados em ordem decrescente de valor;

Totalizar o inventário em valores;Calcular os seguintes percentuais;

80% do valor total do inventário;


15% do valor total do inventário;
5% do valor total do inventário.

Somar os valores, em ordem decrescente:


Até atingir o valor que representam os 80% do inventário = item
A;
Continuando a soma até atingir o valor que corresponde a 15% do
valor total do inventário = item B;
Os restantes = item C.
INVENTÁRIOS
A contagem física dos estoques poderá ser realizada uma
vez por ano, para o encerramento do exercício fiscal, ou
todos os dias, nos critérios do inventário rotativo.

O objetivo do levantamento físico é propiciar a verificação


periódica da exatidão dos registros contábeis para poder
avaliar o lucro e transferir para o resultado as diferenças
apuradas.

Além de verificar a veracidade do resultado apurado, a


aderência dos números físicos aos números do controle é
uma condição fundamental para a manutenção do
Sistema de Gestão.
INVENTÁRIOS
Recomenda-se a manutenção de um
inventário rotativo diário, contando-se
inicialmente todos os itens sem estoque para
confirmar o registro. Depois de se contarem
os itens sem estoque, contam-se itens com
pequenas quantidades e eleva-se esse
critério até chegar a cota diária de contagem.

A vantagem de haver contagem diária é a


identificação de erros de lançamento em
tempo para se verificar a origem do
problema e adotar medidas corretivas.
INVENTÁRIOS
Para se obter um bom resultado na consistência entre as
existências e os registros no sistema de informação, é necessário
que a administração de materiais incremente duas práticas
importantes:

A) Pré-contagem - todos os matérias contados tem mais valor do


que um amontoado sem estar contado. As grandes quantidades
devem ser divididas em lotes menores, contados e
acondicionados. Itens que possam se perder por ruptura da
embalagem devem ser acondicionados solidariamente, como, por
exemplo, amarrados enfeixando quantidades padrão.

B) Arrumação - As áreas com materiais devem ser administradas


com um rigoroso e minucioso sistema de manutenção da
organização e da ordem. Deverá haver tolerância zero na área
da Logística Industrial. A ordem perfeita sempre resultará em
maior consistência dos registros de estoque.
Procedimento de Contagem Física - Inventario
Rotativo ou Anual.

A arrumação prévia e com antecedência das áreas


produtivas, dos almoxarifados e dos armazéns é um pré-
requisito muito importante, e algumas recomendações
podem ser assim relacionadas:

 Assistentes Técnicos - cada área do inventário devera


ter a designação de um técnico que conheça bem os
materiais para ajudar na identificação e designação,
facilitando e aprimorando os trabalhos dos contadores.

 Etiquetas – os computadores deverão imprimir etiquetas


triplas com código do material, sua localização e
designação.
Procedimento de Contagem Física - Inventario
Rotativo ou Anual.

Triplas – as etiquetas devem ser triplas para


que sirvam a duas contagens e uma terceira de
desempate.

 Códigos de barras - as etiquetas devem ter


código de barras para que o reconhecimento do
tipo de material seja fácil para inserção de
informações no sistema, juntamente com as
quantidades inventariadas.

 Equipes - a primeira contagem deverá ser feita


por duas pessoas, sendo uma contadora e a
outra responsável pelos registros. A segunda
contagem deverá ser feita por outra equipe, que
não teve acesso à primeira equipe nem
informações advindas dela.
Procedimento de Contagem Física - Inventario
Rotativo ou Anual.

Relatórios das diferenças - o sistema de informação


deverá soltar uma listagem de diferenças entre os
estoques inventariados e os registros. A equipe de
contagem deverá realizar uma quarta contagem, quando o
assunto for relevante.

 Chefia – todo inventário deverá ser realizado por uma


chefia que se responsabilize pela qualidade dos
resultados. Esse chefe deverá designar subchefes, que se
encarregaram de áreas especificas de trabalho.

 Plano – antes do inicio de cada inventário, deverá ser


editado um plano de inventário, com as datas de
paralisação das atividades, a relação dos materiais, que
serão excluídos do inventário e a designação da equipe de
trabalho.
Documentação-além das recomendações anteriores
pode relacionar ainda os seguintes pontos
complementares:

Localização – plantas da fábrica ou do


estabelecimento, áreas de almoxarifado e
armazém com suas respectivas denominações.

 Documentação – listagem de matérias,


emissão de etiquetas com código de barras,
listagem de discrepâncias e documentação do
término do inventário.

 Método – explicação de como o inventário


deverá ser realizado e qual o método a ser
adotado. Verificar a possibilidade da utilização
de coletor deles com transmissão de dados por
radio freqüência.
Documentação-além das recomendações anteriores
pode relacionar ainda os seguintes pontos
complementares:

Corte – acerto de entradas e saídas durante o


inventário.

 Problemas – definição de como inventariar


certos itens problemáticos, como tanques com
líquidos, montes de matérias-primas a granel e
itens pequenos em grandes quantidades e não
pré-contados.

 Controle – adotar medida de segurança para


que todas as etiquetas de contagem sejam
devolvidas para o controle.
Documentação-além das recomendações anteriores
pode relacionar ainda os seguintes pontos
complementares:

Diferenças – investigar as diferenças entre a primeira


contagem e os registros do sistema de informação,
diferenças entre a primeira contagem e a segunda
contagem, e as diferenças entre tudo e a terceira
contagem, que tenha sido determinada para diminuir
dúvidas.

 Valor – apuração do valor das diferenças constadas nos


estoques e preparação da documentação legal a ser
assinada pelo diretor responsável, que deverá aprovar o
lançamento e imediatamente realizar as correções nos
registros, levando a diferença de valor à conta de
resultado. Essa documentação deverá sempre ficar à
disposição da auditoria externa e da fiscalização federal.
Ordem Geral
A arrumação física é muito importante e deverá ser esmerada,
como segue:
 Ordem – arrumar todos os estoques de materiais nas estantes
e no piso;

 Dar destino - segregar todos os itens obsoletos relacioná-los


dar baixa na contabilidade e coloca-los em local trancado para
que sejam futuramente vendidos;

 Sucatas – retirar das áreas produtivas e dos armazéns toda a


sucata e material sem utilização;

 Miudeza – pré-contar todo o material miúdo, acondicionando


certa quantidade-padrão em embalagens e colocar etiquetas de
códigos de barras identificando os materiais;

 Recursos - localizar nas várias áreas de inventário


equipamentos como balanças contadoras, de precisão, de
elevada capacidade, trenas e equipamentos para análise
química.
Segregação “antes” e “após”
inventário
Preferivelmente, durante a contagem não se
deve receber materiais, acatar produtos nem
mesmo expedir produtos acabados.

Quando a determinação é realizar o inventário


com operação “viva”, os cuidados deverão ser
redobrados e somente se admite realizar
inventário sem paralisação das atividades em
situações em que o movimento é muito pequeno
e pode ser controlado com facilidade.
Valorização das quantidades em
estoque
O inventário é sempre realizado
fisicamente e não se considera preço
nessa atividade. A valoração do inventário
deverá ser cuidadosa, para evitar erros
como a utilização de uma unidade de
medida diferente.

Os itens de valor aviltado pelo


obsoletismo deverão ser valorados ao
preço de mercado, para se registrar o
prejuízo “estocado” em prejuízo efetivo.
ADMINISTRAÇÃO DE PATRIMÔNIO
(A Natureza do Ativo Imobilizado)
Entende-se como ativo imobilizado todo ativo de natureza
relativamente permanente, em geral mantido na empresa
para utilização na produção de mercadorias ou prestação de
serviços.

Três afirmações importantes devem coexistir para que


possamos classificar um ativo como fixo ou imobilizado:

 Ter natureza relativamente permanentemente.


 Ser utilizado na operação do negócio.
 Não ser destinado à venda.
ADMINISTRAÇÃO DE PATRIMÔNIO
(A Natureza do Ativo Imobilizado)
Nenhum bem tem vida ilimitada na empresa, pois
com o tempo todos sofrem desgaste pelo uso e
obsolescência. Esses desgastes são, inclusive,
contabilizados legalmente.

O edifico da fabrica atende a essas três condições


mencionadas acima.

Um terreno para ser utilizado futuramente para


novas construções não é um ativo imobilizado,
pois não esta sendo usado diretamente na
operação atual. Uma fabrica que foi desativada
deixa de ser um ativo imobilizado.
ADMINISTRAÇÃO DE PATRIMÔNIO
(A Natureza do Ativo Imobilizado)
Conforme as características do negócio, essa avaliação do
que é imobilizado ou não pode variar como segue.

 Terrenos e edifícios de uma empresa imobiliária não são


ativos imobilizados, pois destinam-se a vendas;

 Veículos são considerados ativos imobilizados numa empresa


de transporte, mas não para a indústria automobilística, pois
destinam-se a venda;

 As maquinas e as prensas de uma montadora são


consideradas ativo imobilizado, não o sendo, porém, para os
fornecedores desse tipo de equipamento.
Princípios de Contabilização do
Imobilizado
Os princípios de contabilidade geralmente aceitos, referentes
aos bens do ativo imobilizado, são expostos a seguir:

 As imobilizações devem, de preferência, ser registradas ao


preço de custo, a menos que haja uma perda de valor
permanente que deva ser refletida nas constas;

 As contas no balanço devem refletir os investimentos no


imobilizado remanescente e em serviço. A fim de atingir
esse objetivo, é necessário seguir um princípio de
capitalização das adições e das substituições mais
importantes e refletir todas as retiradas físicas, bem como
todos os abandonos desses respectivos bens.
Princípios de Contabilização do
Imobilizado

 Praticas contábeis apropriadas devem ser seguidas na


capitalização do custo desse bem.

 Os registros do ativo imobilizado devem ser mantidos com


detalhes suficientes para suportar as contas de controle e
permitir testes da existência física de tais itens.

 A provisão para depreciação deve ser constituída anual e


proporcionalmente à vida útil estimada das imobilizações
depreciáveis. As estimativas sobre a vida útil devem levar
em consideração as condições em que os imobilizados
estão integrados, pois, de acordo com essas condições, a
vida útil esperada pode aumentar ou diminuir.
Princípios de Contabilização do
Imobilizado

 A existência e o uso contínuo dos bens refletido


pelo registro detalhado, deverão ser conferidos
periodicamente por meio de um programa
detalhado de inventários físicos.

 As unidades do ativo imobilizado, desde que


possível, deverão ser numeradas quando
instaladas, a fim de facilitar a sua identificação.
Se por ventura isso não tiver sido feito desde o
inicio das operações, poderá ser feito à medida
que os inventários físicos forem sendo
programados.
Princípios de Contabilização do
Imobilizado
Como ocorre nos recursos materiais, o ativo imobilizado
também esta sujeito a auditorias. A auditoria do ativo
imobilizado tem o objetivo de determinar:

 Princípios - se as bases de avaliação das contas do ativo


imobilizado são apropriadas, se estão de acordo com
princípios de contabilidade geralmente aceitos e aplicados
em bases uniformes em relação aos principais itens que
permanecem em serviço.

 Mutações - Se as adições, durante o período em exame,


são débitos apropriados ao ativo imobilizado e
representam bens físicos reais instalados ou construídos,
e, por outro lado, se itens significativos que deveriam ter
sido imobilizados foram debitados na conta de despesas.
Princípios de Contabilização do
Imobilizado
 Valores - Se os custos e as respectivas provisões para a
depreciação a aplicáveis a todas as retiradas, abandonos,
e ativos imobilizados não mais em serviço foram
apropriadamente baixadas das contas.

 Base - Se a depreciação debitada das contas de lucro e


perdas durante o período em exame é adequada, mas
não excessiva, e se foi calculada em uma base aceitável e
uniforme com aquela do período anterior.

 Previsões - Se os saldos das previsões para depreciação


são razoáveis considerando-se a vida útil remanescente
dos bens e o possível valor residual.

 Ônus - Se todos os ônus significativos sobre os ativos


imobilizados estão devidamente considerados nas
demonstrações financeiras.
Princípios de Contabilização do
Imobilizado
 Antes de iniciarmos qualquer trabalho de
auditoria, deveremos nos certificar dos
seguintes pontos:

 Dos métodos e política da empresa para


autorização, controle e contabilização das
despesas capitalizáveis e de manutenção;

 Dos procedimentos contábeis e medidas de


controle interno com referência ao imobilizado.
INVENTÁRIO FISICO
 A existência e o uso continuo dos bens refletidos
pelo registro detalhado devem ser conferidos
periodicamente por meio de um programa
detalhado de inventários físicos.
 As unidades do ativo imobilizado, desde que
possível, devem ser numeradas quando
instaladas para facilitar sua identificação. Se
porventura isso não foi feito desde o inicio das
operações, pode ser feito à medida que os
inventários físicos forem sendo programados.
 O controle da área do ativo imobilizado deve
abranger também os seguintes pontos:
INVENTÁRIO FISICO
 Existência, por escrito, de uma política de capitalização;

 Existência, por escrito, de uma política de administração


do ativo imobilizado;

 Balanceamento dos registros individuais com as contas de


controle da razão;

 Definição de procedimentos para transferência e baixa dos


bens;

 Estabelecimento de levantamentos físicos periódicos, a fim


de testar os controles individuais, bem como sua
localização;
INVENTÁRIO FISICO
 Existência de controles analíticos;

 Identificação dos bens pela colocação de


chapas;

 Controle de localização para a distribuição de


débitos referentes à depreciação;

 Existência de um sistema orçamentário;

 Adequação do sistema contábil.


Auditoria do Ativo Imobilizado

A auditoria do ativo imobilizado tem o objetivo de


determinar se:

 As bases de avaliação das contas do ativo imobilizado são


apropriadas, estão de acordo com os princípios de
contabilidade geralmente aceitos e se foram aplicadas de
maneira uniforme em relação aos principais itens que
permanecem em serviço;

 As adições durante o período em exame são débitos


apropriados ao ativo imobilizado e representam bens
físicos reais instalados ou construídos, e, por outro lado,
se itens significativos que deveriam ter sido imobilizados
foram debitados na conta de despesas;
Auditoria do Ativo Imobilizado

 Os custos e as respectivas previsões para a depreciação


aplicáveis a todas as retiradas, abandonos e ativos
imobilizados não mais em serviço foram apropriadamente
baixados das contas;

 A depreciação debitada às contas de lucro e perdas


durante o período em exame é adequada, mas não
excessiva, e se foi calculada em uma base aceitável e
uniforme com a usada no período anterior;

 Os saldos das previsões para depreciação são razoáveis,


considerando-se a vida útil remanescente dos bens e o
possível valor residual;

 Todos os ônus significativos sobre os ativos imobilizados,


estão devidamente considerados nas demonstrações
financeiras.

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