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Direito do Trabalho II

Aula 8
Profa. Élia Farias
OBJETIVOS DA AULA

 Permitir ao discente:

 Estudar o Direito do Trabalho nos Blocos


Econômicos e declarações internacionais.

 Analisar o Direito Coletivo do Trabalho a partir do


Conceito, bem como dos ditames da Constituição
Federal de 1988, referente ao Direito Sindical.

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DIREITO COMUNITÁRIO
UNIDADE II

EMENTA:

 2.4 – Direito do Trabalho nos Blocos Econômicos e


declarações internacionais.

 3.1-Direito Coletivo do Trabalho: Conceito.


Constituição Federal de 1988 – Direito Sindical.

3.2 – História do Sindicalismo

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2.4 – Direito do Trabalho nos Blocos


Econômicos e declarações internacionais.

Como já comentado, a ausência de normas


específicas de regulamentação das normas trabalhistas
nos blocos econômicos, como MERCOSUL e UNIÃO
EUROPEIA gera grande instabilidade social, econômica
e financeira.
E isso gera efeitos sociais negativos externos no
MERCOSUL.

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Conforme estudamos, em um primeiro momento foi


estabelecido uma Zona de Livre Comércio.
Num segundo momento, surgiu a União
Aduaneira, área de livre comércio com uma tarifa
externa comum e isso facilita a circulação de produtos.
Com essa facilidade, surgem empresas oportunistas
e competitivas de outros países com intuito de ocupar
o lugar das empresas nacionais, que estejam
enfraquecidas, sem condições de competir.

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Esses são justamente os chamados efeitos sociais


negativos que podem ser agravados pelo crescente
desenvolvimento dos países, que formam o Mercado
Comum do Sul – Mercosul.

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Legislação do Trabalho
os quatros países signatários do MERCOSUL, tais
como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, apesar de
apresentarem níveis de desenvolvimento díspares,
as diferenças são apenas pontuais, vez que as
consequências referem-se a investimentos externos,
que dão preferencia a países de menor custo laboral,
em detrimento dos demais países que têm muitos
encargos trabalhistas. Os trabalhadores dos países de
menor custo laboral, sofrem com o enfraquecimento
dos seus direitos.
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O enfraquecimento dos direitos trabalhistas


acarretam também a flexibilização do mercado de
trabalho.
Por outro lado, a flexibilização serve de instrumento
que pode, inclusive, comprometer os direitos e
garantias do cidadão, conquistadas ao longo do século.
Entende-se que a flexibilização pode causar retrocesso
ao cenário sócio-laboral da Revolução Industrial.

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Dessa forma, a falta de regulamentação trabalhista,


aliada a flexibilização, não formam boa dupla para a
geração de empregos. Pelo contrário! serve para deter
o crescimento do desemprego e com isso, compromete
o índice de crescimento econômico e desenvolvimento
humano.

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DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
UNIDADE III
3.1 – Direito Coletivo do Trabalho
Constituição Federal de 1988

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,


observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado
para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no
órgão competente, vedadas ao Poder Público a
interferência e a intervenção na organização sindical;

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DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
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II - é vedada a criação de mais de uma organização
sindical, em qualquer grau, representativa de
categoria profissional ou econômica, na mesma base
territorial. A Organização será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não
podendo ser inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e
interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive, em questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembleia geral fixará o valor da

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TRABALHO
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contribuição. Logo, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha, para custeio do
sistema confederativo da representação sindical
respectiva, independentemente da contribuição
prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se
filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas
negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser
votado nas organizações sindicais;
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DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
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VIII - é vedada a dispensa do empregado
sindicalizado a partir do registro da candidatura a
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito,
ainda que suplente, o empregado terá até um ano
após o final do mandato, salvo se cometer falta grave
nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo
aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de
colônias de pescadores, atendidas as condições que a
lei estabelecer.

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TRABALHO
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Art. 9º. É assegurado o direito de greve, competindo
aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio
dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades
essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis
aos rigores da da lei.

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TRABALHO
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Art. 10. É assegurada a participação dos
trabalhadores e empregadores nos colegiados dos
órgãos públicos em que seus interesses profissionais
ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.
Art.11. Nas empresas de mais de duzentos
empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de
promover-lhes o entendimento direto com os
empregadores.

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DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
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Contribuição Sindical
Conceito
Contribuição sindical é a prestação pecuniária, tendo
por finalidade o custeio de atividades essenciais do
sindicato e outras atividades previstas em lei. Antes,
era compulsória, hoje é facultativa.
A contribuição sindical envolve uma obrigação de
dar e de pagar. É pecuniária, pois será exigida em
dinheiro.

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DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
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De modo geral, a finalidade da arrecadação da


contribuição sindical é o custeio das atividades do
sindicato. Exemplo: assistência médica, jurídica,
social, colônia de férias etc.
A Constituição de 88, no art. 8º, inciso IV, refere-se,
a uma contribuição diferenciada, prevista em lei, que é
a contribuição sindical.

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TRABALHO
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Natureza Jurídica da Contribuição Sindical
A natureza jurídica da contribuição sindical é
tributária, pois se encaixa na orientação do artigo 149
da Constituição Federal de 1988.
Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais
ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas (...).

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DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
UNIDADE III
3.2 - História do Sindicalismo

A Contribuição Sindical, exercida pelos sindicatos, é


fruto da evolução histórica e das exigências da
população.
O Decreto n. 19.770 de 19.03.1931, em seu art. 5º,
atribuía às entidades sindicais, a função peculiar de
órgãos consultivos e técnicos que se relacionavam com
interesses de classe. Já havia previsão de uma receita

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DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
UNIDADE III
estabelecida pelo Estado, embora ainda não houvesse
a referida contribuição sindical.
A possibilidade de imposição de contribuição pelo
sindicato, surge na Constituição de 1937, conforme
dispõe seu art. 138.
Art. 138 – “A associação profissional ou sindical é
livre. Somente, porém, o sindicato regularmente
reconhecido pelo Estado tem o direito de
representação legal dos que participarem da categoria
de produção para que foi constituído, e de defender-

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TRABALHO
UNIDADE III
lhes os direitos perante o Estado e as outras
associações profissionais.
Antes, a contribuição sindical chamava-se de
imposto sindical.

A partir da Constituição de 1937, todas as demais


constituições passaram a tratar sobre Contribuição
sindical.

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TRABALHO
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Importa frisar que durante a Assembleia Nacional
Constituinte (que deu origem a Constituição Federal de
1988), já havia interesse de certos grupos em
extinguir a contribuição sindical. No entanto, essa ideia
não vingou.
Assim, a contribuição sindical foi definida no
inciso IV do art. 8º da Constituição brasileira.

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BIBLIOGRAFIA
BÁSICA:
1. CALVO, Adriana. Manual de Direito do Trabalho. 2ª ed.
São Paulo: Saraiva, 2014;
2. MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho . 5ª
ed. São Paulo: Saraiva, 2014. 1ª ed. São Paulo: Saraiva,
2014 (digital).
3. GUIMARÃES, Guilherme Feliciano. Curso Crítico de
Direito do Trabalho. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013
(digital).

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BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR:
1. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 28ª ed. São
Paulo: Atlas, 2006;
2. SUSSEKIND, Arnaldo. Direito Constitucional do Trabalho.
2ª ed. atual. e ampl. Rio de Janeiro: Renovar, 2001;
3. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do
Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2014;

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