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HABITAÇÃO

DEFICT
HABITACIONAL
O assunto é estudado pela Fundação João Pinheiro (FJP), que de dois em dois anos publica uma estimativa bem
detalhada sobre a questão do Déficit habitacional no Brasil e nas capitais estaduais e regiões metropolitanas.

Tabela 1 - RMG: Déficit Habitacional Relativo a Domicílios Particulares Permaquedanentes, 2000, 2010 e 2014

A Tabela 1 apresenta a taxa percentual do déficit há queda entre este Censo e 2014 na situação urbana, mas no rural
bitacional por situação do domicílio, urbano e rural,calculada em verifica-se queda a cada período considerado.Isso é natural,já
relação aos domicílios particulares permanentes levantados pelo que a população rural tem diminuído a cada Censo.
IBGE no Censo 2000 e 2010; o do ano de 2014 é uma projeção.
Notam-se uma elevação do indicador entre 2000 e 2010 e uma

Tabela 2 - RMG: Déficit Habitacional Absoluto 2010 e 2014

O déficit habitacional em números absolutos da Tabela 2 por componentes. Observa-se que o déficit habitacional urbano
também tem como base os domicílios particulares permanentes na Região Metropolitana de Goiânia é de 66.301 unidades
por situação urbana ou rural. Já na Tabela 3, para o cálculo da habitacionais, com a seguinte característica: por precariedade,
taxa tomaram-se por base os domicílios particulares 3,381 unidades; por coabitação, 17.039 unidades; por
permanentes urbanos para se 32 chegar ao déficit habitacional adensamento, 3.647 unidades; e o maior, 63,7%, ou 42.234, por
conta de altos aluguéis.
Os mesmos percentuais da Região Metropolitana podem ser aplicados sobre os domicílios particulares permanentes
de cada município para se conhecer o déficit habitacional.

Tabela 3 - RMG: Déficit Habitacional Por Componente - 2014

INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO: O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO.

O plano de desenvolvimento integrado da seguintes princípios: assegurar o equilíbrio do


Região Metropolitanta de Goiânia tem como missão desenvolvimento e bem estar da população; reduzir a
priorizar a melhoria da qualidade de vida e bem estar desigualdade socioespaiciais; gestão pactuada e
da população, com vistas a reestabelecer o equilibrio compartilhada, pressupondo a autonomia dos
socio urbanístico e ambiental de todo território municipios e a cogestão dos atores envolvidos;
metropolitano. O processo de planejamento deverá partilhar os benefícios de maneira equilibrada entre as
considerar o envolvimento dos 20 municípios situados unidade metropolitanas, e fortalecer a justiça social e
na região metropolitana de Goiânia, adotando os ambiental.
INFRAESTRUTURA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E COLETA DE ESGOTO

Os municípios na Região Metropolitana de Goiânia Canedo, cujo serviço está sob responsabilidade da empresa
(RMG) têm os serviços de saneamento básico delimitados Saneamento Municipal de Senador Canedo – SMS – e
pela rede de abastecimento de água e rede coletora de Aparecida de Goiânia e Trindade, em que os serviços de
esgoto, atendidos, em sua maioria, pela empresa coleta, afastamento e tratamento de esgoto são
Saneamento de Goiás S.A. – criada pela Lei nº 6.680, de 13 executados por empresa privada, a Odebrecht Ambiental
de setembro de 1967. A exceção é o município de Senador (Tabela 4).
Tabela 4 – Prestador serviço de saneamento da RMG, segundo natureza jurídica e tipo de serviço prestado.

A gestão no setor de saneamento em nível municipal sobre os PMSB (Tabela 5). Em alguns casos, a Lei Municipal
atende, conjuntamente, o PMSB e o Plano Municipal de
ainda se apresenta de forma insuficiente. Não se verificam
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), como é o
espaços municipais de participação e controle social para
caso de Abadia de Goiás e Aparecida. Outros municípios, em
além dos Conselhos de Política Urbana, como exemplo em
formulários registrados pelas próprias prefeituras,
Goiânia, ou os Conselhos de Saúde.
declararam ter ambos os planos, porém não foi mencionada
Em relação à elaboração dos Planos Municipais de
a lei e também não foi possível encontrá-la disponível no site
Saneamento Básico, dos 20 municípios pertencentes à RMG,
institucional do município.
foram identificados sete municípios com Leis ou Estudos

Tabela 5 – Planos municipais de saneamento básico, RMG.


INFRAESTRUTURA
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

As condições das captações superficiais e o tipo de captação em cada município são bastante distintos entre si. Nas
Tabelas 6 e 7 apresenta-se uma pequena descrição deles.

Tabela 6 – Mananciais de captção de água dos municípios das RMG localizados na bacia Turvo e Dos Bois.

Tabela 7 – Municípios da RMG com captação de água na bacia do rio Meia Ponte.
Tabela 7 – Municípios da RMG com captação de água na bacia do rio Meia Ponte.
Tabela 7 – Municípios da RMG com captação de água na bacia do rio Meia Ponte.

Considerando todos os municípios da RMG, 70% integração do sistema de abastecimento ainda é restrita,
necessitam de adequação/ampliação do sistema existente e portanto,dificultando equacionar o abastecimento em
apenas 30% possuem abastecimento satisfatório, segundo situação de crises hídricas ou escassez de água. Os dados da
dados da ANA (2010). Outro aspecto a se destacar é que a Tabela 8 e do Mapa 1 apresentam informações sobre a
condição do sistema de abastecimento.

Tabela 8 – Condição do sitema de abastecimento da RMG


MAPA 1 – Situação do sistema de abastecimento na RMG.

Dos municípios da RMG, apenas dez (Abadia de Goiás, coletados são despejados diretamente nos cursos d’água ou
Aparecida de Goiânia, Bela Vista, Goiânia, Goianira, Guapó, dependem de sistemas de disposição individual. Para os
Inhumas, Senador Canedo, Teresópolis, Trindade) possuem casos da ausência de rede de esgoto, tem-se verificado o uso
ETE (Tabela 9). Porém, nem todo esgoto coletado é de fossas, porém não é possível fiscalizar e averiguar as
levadopara a estação, indicando que os efluentes domésticos condições físicas das mesmas.
Tabela 9 – Municípios com estação de tratamento de esgoto
INFRAESTRUTURA
COBERTURA DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO.

Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Na RMG, 66% do esgoto gerado é coletado, entretanto
Saneamento (SNIS, 2015), este percentual representava muitos municípios não possuíam rede e os que tinham não
89,8%, em 2015, nos municípios da Região Metropolitana de contam com esta em toda extensão do município (SNIS,
Goiânia com acesso a um sistema de abastecimento de água. 2015), como é possível analisar na Tabela 10. Embora a
Já o acesso à rede de coleta de esgoto é bem mais deficiente, defasagem no atendimento ao saneamento básico em termos
e contava, em 2010, com apenas 56,7% dos municípios da de abastecimento de água e coleta de esgoto seja diferente
RMG com acesso a um sistema de esgotamento sanitário, que entre os municípios da RMG, a média do valor atribuído ao
em sua maior parte conta somente com o sistema de coleta estado, em relação aos municípios analisados no ano de 2015,
sem tratamento efetivo. Tendo em vista o atual sistema de indica uma cobertura de 92% de atendimento com rede de
coleta e tratamento de esgoto de todo o estado de Goiás, o abastecimento de água e de 66% de coleta de esgoto. Os
índice de efluente que é coletado e tratado girava em torno mapas 2 e 3 apresentam a cobertura de abastecimento de
de 44,7% (IBGE, 2010). Segundo o Diagnóstico dos Serviços de água e coleta de esgoto na RMG.
Água e Esgotos para o Estado de Goiás, de 2015, a situação
com relação aos percentuais de esgoto ainda continuava
crítica.
Tabela 10 – Municípios com estação de tratamento de esgoto

Esgotamento Abastecimento de
sanitário na RMG água na RMG

MAPA 2 – Porcentagem da população atendida com esgotamento sanitário na RMG. MAPA 3 – Porcentagem da população atendida com abastecimento de água na RMG.
INFRAESTRUTURA
MARCO LEGAL PARA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

A aprovação da Lei n ̊ 12.305, de 2 de agosto de 2010, Entre as metas mais imediatas, incluía-se, por exemplo, a
que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), erradicação dos lixões até o final 2014 (IPEA, 2012).
trouxe novas perspectivas para a gestão dos resíduos sólidos.
A Lei 12.305/2010 tem a finalidade de orientar as
ações estratégicas na área ambiental, alcançando resultados
significativos para o desenvolvimento ambientalmente
sustentável e socialmente justo.
A elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) traçou diretrizes, estratégias e metas para disposição
adequada dos resíduos sólidos das diversas fontes produtoras,
a redução do volume de resíduos gerados, a ampliação da
reciclagem, acoplada a mecanismos de coleta seletiva com
inclusão social de catadores, a responsabilização de toda
cadeia de produção e de consumo pelo destino dos resíduos
com a implantação de mecanismos de logística reversa e o
desenvolvimento dos diferentes entes federativos na
elaboração e execução dos planos adequados às realidades MAPA 4 – Coleta de resíduos sólidos da RMG.

regionais, vinculando repasse de recursos à elaboração de


planos municipais, intermunicipais e estaduais de resíduos.
INFRAESTRUTURA
MARCO LEGAL PARA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

A produção de resíduos sólidos está diretamente municípios da RMG, Aparecida de Goiânia e Goiânia têm
uma maior geração per capita de RSU, sendo 0,83
relacionada aos aspectos econômicos e culturais da
Kg/hab/dia e 1,00 Kg/hab/dia, respectivamente
população, uma vez que a quantidade de resíduos sólidos
(GOIÁS/PERS, 2014).
produzidos tem relação, não só, com o nível de riqueza,
refletido na capacidade econômica para consumir, mas
também com os valores e hábitos de vida (GODECKE,
2012). Para Leff (2001), tais padrões promoveram a
aceleração do ritmo de deterioração dos recursos
naturais como reflexo do crescimento demográfico e a
ausência de uma ética ambiental.
Dentre as diferentes regiões administrativas que
compõem o Estado de Goiás, a Região Metropolitana de
Goiânia (RMG) é a mais populosa, com 2.130.074
habitantes, de acordo com o Censo 2010 (IBGE, 2010),
representando 35% da população do Estado e,
consequentemente, é a que mais produz resíduos sólidos
urbanos. O volume diário de RSU produzidos é de
1.915,34 toneladas, representando 46,85% do total MAPA 5 – Geração de resíduos sólidos e populaçao na RMG.

gerado no Estado (GOIÁS/PERS, 2014). Dentre os


INFRAESTRUTURA
ATERROS SANITÁROS
A Região Metropolitana de Goiânia, por sua vez, metros do ponto de captação de abastecimento público se o
apresenta um cenário menos crítico em relação ao Estado de aterro estiver a montante (CEMAM, 2014).Segundo dados do
Goiás como um todo sobre a disposição final dos resíduos SIEG e confirmados em campo, dos aterros sanitários e lixões
sólidos urbanos, apesar do cenário encontrado nas visitas de encontrados, as situações mais críticas, em relação ao curso
campo. Dos vinte municípios da RMG, 35% fazem a d’água, são as de Caldazinha e Nerópolis. Aragoiânia
disposição do lixo urbano em lixões, 45% em aterro encontra-se no limite permitido pela Lei.
controlado e 20% em aterro sanitário (FERREIRA; SILVA,
2011). Os únicos municípios da região metropolitana de
Goiânia que possuem aterros licenciados pela SECIMA, em
2017 (dados de fevereiro), são Bonfinópolis, Aparecida de
Goiânia e Hidrolândia. Os demais municípios da RMG
dispõem os seus resíduos em lixões (GOIÁS/PERS, 2014). A
denominação de “aterro controlado” não é mais usual,
segundo a Lei12.305/2010.
De acordo como a Resolução CEMAm n. 05/2014, que
dispõe sobre os procedimentos de Licenciamento Ambiental
dos projetos de disposição final dos resíduos sólidos urbanos,
na modalidade Aterro Sanitário, nos municípios do Estado de
Goiás, o perímetro do aterro sanitário deve estar a 500
metros do corpo hídrico de abastecimento público e a 2.500
Mapa 6 - Localização dos pontos de disposição final de resíduos sólidos
urbanos, segundo obtenção de Licença Ambiental e ponto de captação de água
destinado ao abastecimento.
INFRAESTRUTURA
ENERGIA ELÉTRICA

Tabela 11 – Cobertura da rede elétrica da RMG. Mapa 9 – Energia elétrica na iluminação pública – consumo 2017

Mapa 7 – Substações da RMG Mapa 8 – Linhas de transmissão da RMG


INFRAESTRUTURA
TRANSPORTE

Tabela 12 – Frota de caminhões da RMG

Tabela 13 – Frota de ônibus da RMG


INFRAESTRUTURA
MALHA VIÁRIA

Distribuição de vias, leitos, ferrovias e dutos na Região Metropolitana de Goiânia - RMG

Mapa 10 – Linhas Viárias da RMG.


INFRAESTRUTURA
MALHA VIÁRIA

Mapa 11 – Linhas de rodovias federais e estaduais na RMG.

Distribuição das rodovias federais e estaduais, vias municipais e convenções na Região


Metropolitana de Goiânia - RMG
INFRAESTRUTURA
TRANSPORTE

Mapa 8 – Linhas de transmissão da RMG


INFRAESTRUTURA
TRANSPORTE

Mapa 8 – Linhas de transmissão da RMG


INFRAESTRUTURA
TRANSPORTE

Mapa 8 – Linhas de transmissão da RMG


INFRAESTRUTURA
TRANSPORTE

Mapa 8 – Linhas de transmissão da RMG


INFRAESTRUTURA
TRANSPORTE

Mapa 8 – Linhas de transmissão da RMG

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