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Eletricidade em Ambientes

Explosivos
Instalações em Ambientes Explosivos
(Norma Brasileira/Internacional)
IFPE-Ipojuca
Prof. Flávio Áureo
Instalações em Ambientes Explosivos
(Norma Brasileira/Internacional)
• A norma brasileira para a montagem e instalação
elétrica em atmosferas explosivas é a NBR 5418.
• A NBR 5418 equivale à IEC 79.14 e também aos
artigos 500 em diante do NEC.
• Como a norma brasileira é harmonizada com a
norma internacional, ela incorpora os métodos de
montagem e instalação previstos tanto pela
filosofia americana, como pela filosofia européia.
Instalações em Ambientes Explosivos
(Norma Brasileira/Internacional)
• Na filosofia americana, a montagem e a instalação
elétrica segue o uso eletrodutos metálicos em
associação com unidades seladoras.
• Na filosofia européia temos o uso de cabos sem
eletrodutos. Com prensa-cabos fazendo a fixação
dos cabos na instalação.
• O método europeu de montagem em geral resulta
numa instalação mais econômica.
Instalações em Ambientes Explosivos
(Norma Brasileira/Internacional)
Instalações em Ambientes Explosivos
(Norma Brasileira/Internacional)
• Equipamentos Elétricos Permitidos em Zona 0:

– (a) Equipamentos intrinsecamente seguros (Ex ia);


– (b) Outros equipamentos elétricos projetados
especificamente para utilização em Zona 0, desde que
devidamente certificado por laboratório credenciado
(Ex s).
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• Equipamentos Elétricos Permitidos em Zona 1:
– (a) Equipamentos permissíveis em Zona 0;
– (b) Equipamento à prova de explosão (Ex d);
– (c) Equipamento com pressurização ou diluição
contínua (Ex p);
– (d) Equipamento imerso em areia (Ex q);
– (e) Equipamento imerso em óleo (Ex o);
– (f) Equipamento de segurança aumentada (Ex e);
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• Equipamentos Elétricos Permitidos em Zona 1:
– (g) Equipamento de segurança intrínseca (Ex ib);
– (h) Outros equipamentos projetados especificamente
para utilização em Zona 1 que não se encaixam nas
categorias anteriores mas que sejam certificados por
laboratório credenciado (Ex s);
– (i) Equipamentos que combinem duas ou mais
proteções descritas acima. Por exemplo, Ex d,e (à prova
de explosão + segurança aumentada).
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• Equipamentos Elétricos Permitidos em Zona 2:
– (a) Equipamentos permitidos em Zona 0 e Zona 1;
– (b) Equipamento elétrico com proteção por
pressurização projetado especificamente para Zona 2;
– (c) Equipamentos projetados especificamente para Zona
2, por exemplo, equipamento não acendível (Ex n).
– (d) Equipamentos elétricos que atendam aos requisitos
de utilização industrial que em condições normais de
serviço não geram arcos, centelhas ou altas
temperaturas que possam ser fonte de ignição.
Instalações em Ambientes Explosivos
(Norma Brasileira/Internacional)
• Devido ao perigo que uma centelha representa
numa área classificada, as normas apresentam
requisitos que devem ser atendidos pela instalação
elétrica.
• Por exemplo, não é permitida nenhuma parte viva
exposta numa área classificada.
• Todas as partes vivas devem estar em invólucros
adequadamente protegidos.
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(Norma Brasileira/Internacional)
• Também é preciso evitar o centelhamento devido a
partes condutoras estranhas. Exigência que se
cumpre controlando dois parâmetros:
– 1: Limitação das correntes de falta à terra
(intensidade e/ou duração) em estruturas ou
invólucros;
– 2: Prevenção de potenciais elevados em
condutores equipotenciais.
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• Caso o sistema de potência utilize neutro aterrado,
o condutor neutro (N) deve ser separado do
condutor de proteção (PE).
• Ou seja, só é permitido sistema TN-S, nunca
sistema TN-C.
• O sistema TT é permitido em Zona 1, mas é
exigido o uso de sistema DR mesmo para tensões
menores que 50V.
• É proibido sistema TT em Zona 0.
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• Para sistemas de potência do tipo IT, com neutro
isolado da terra ou aterrado através de uma
impedância, deve ser previsto um dispositivo
supervisor de isolamento, para indicar a primeira
falta à terra.
• Instalação em Zona 0 deve ser desligada de forma
imediata, na primeira falta à terra, ou pelo
dispositivo supervisor de isolamento ou pelo
dispositivo para correntes residuais.
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• Como visto, na filosofia européia a instalação em
área classificada pode ser feita com cabos sem
eletrodutos. Os tipos de cabos permitidos sendo os
seguintes:
– 1: Cabos com proteção metálica contínua (tubular ou
intertravada)*;
– 2: Cabos com proteção termoplástica ou de elastômero;
– 3: Cabos com isolamento mineral.
– * Devem possuir capa externa não metálica
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• Os cabos que alimentam equipamentos elétricos
portáteis ou móveis também devem atender certos
requisitos.
• No caso de cabos flexíveis para áreas classificadas
devem ser um dos seguintes tipos:
– 1: Com cobertura de borracha rígida comum;
– 2: Com cobertura de policloropreno rígido comum;
– 3: Com cobertura de borracha para serviço pesado.
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– 4: Com cobertura de policloropreno pesado;
– 5: Com isolamento plástico equivalente a capa de
borracha rígida comum.
• A fixação dos cabos ao equipamento elétrico deve
ser efetuada com prensa-cabos, conforme EB-
1706 e EB-1980.
• A cobertura dos cabos que não tenham proteção
adicional contra fogo devem ser do tipo retardante
à chama.
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• No caso de instalações com proteção do tipo Ex p
os principais requisitos a serem considerados são:
– 1: Qualidade do gás de proteção, isto é, verificar se há
impurezas que possam causar a corrosão dos dutos, ou
mesmo introduzir material inflamável no ambiente
pressurizado;
– 2: Verificação de sistema de purga, o qual deve ser
capaz de circular um volume de gás de proteção no
mínimo igual à soma do volume mínimo para purga
especificado, mais 5 vezes o volume dos dutos da
instalação, antes da energização;
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– 3: Verificação quanto aos limites máximos de
temperatura especificados.
• Outras observações:
– (a) As entradas de cabos devem ser feitas de modo a
evitar a perda excessiva de gás de proteção e não
permitir o escape de centelhas ou partículas
incandescentes do invólucro.
– (b) A tomada de gás de proteção deve se situar em área
não classificada.
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– (c) No caso de se utilizar eletrodutos, estes devem ser
selados com o fim de evitar perdas do gás de proteção
através do sistema de eletrodutos, a menos que seja
utilizado como duto de fornecimento do gás de
proteção.
– (d) Preferencialmente os dutos devem passar por áreas
não classificadas. Caso não seja possível, o trecho na
área classificada deve ser constantemente inspecionado
para verificar se há vazamentos ou qualquer outro dano
que possa comprometer o tipo de proteção.
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– (e) Os dutos de exaustão devem preferencialmente
descarregar em área não classificada, ou ser assegurado
que não emitirá centelhas ou partículas quentes.

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