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DIREITO CIVIL PARTE GERAL

Da pessoa natural

09/08/2018
Mossoró/RN, Lígia Silva de França Brilhante

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PARTE GERAL

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Introdução
• “Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres
na ordem civil”.

• O estudo do direito civil deve começar pelo


conhecimento das pessoas, os que de fato são
sujeitos do direito.

• As pessoas, naturais ou jurídicas, são sujeitos dos


direitos subjetivos. É em sua função que existe a
ordem jurídica.

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Das pessoas - Conceito
• Origem etimológica - persona, do latim - termo
emprestado à linguagem teatral da Roma antiga -
significava, originalmente, a máscara usada pelos
atores - como a máscara, pelas suas
características, fazia ressoar a voz do ator, passou
a significar ecoar, ressoar (personare) - depois
passou a significar o papel que o autor
interpretava - depois, ainda, passou a significar a
atuação do indivíduo na ordem jurídica e, por
fim, a própria pessoa do ator (Washington de
Barros Monteiro).

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Das pessoas - Conceito
• Pessoa - conceito jurídico - é o sujeito de
direitos e obrigações na ordem civil ou sujeito
de relação jurídica, seja a pessoa natural ou
física (ser humano), seja a pessoa jurídica ou
moral.

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Personalidade jurídica
• Personalidade jurídica - é a aptidão,
capacidade ou faculdade para ser sujeito de
direitos e obrigações na ordem civil, sem
qualquer tipo de discriminação - é um
conceito sobre o qual se sustentam todos os
direitos e obrigações.

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Pessoa natural
• Pessoa natural ou física - é a pessoa humana
considerada como sujeito capaz de adquirir
direitos e contrair obrigações na ordem civil
ou de ser sujeito ativo ou passivo de direitos e
obrigações ou de relações jurídicas.

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Início da personalidade civil ou natural
• Personalidade civil ou natural - é a personalidade
jurídica da pessoa natural ou física.

• Começo da personalidade civil - art. 2º - "A


personalidade civil começa do nascimento com
vida“.

• Teoria natalista que se contrapõe à teoria


concepcionista para a qual a personalidade
jurídica inicia-se com a concepção.

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O nascimento com vida
• A personalidade das pessoas naturais ou físicas começa no
momento em que nascem com vida. Permanece por toda a
existência da pessoa, que só a perde com a morte.

• Todo ser humano é pessoa, desde o momento que nasce


até a sua morte.

• Viabilidade ou forma humana - não é exigido que a vida


seja viável (vitae habilis) nem que a criança tenha forma
humana (monstrum vel prodigium do direito romano), pois
se nasceu de mulher é ser humano.

• Se respira: Viva. Se não respira: Morta

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Como se verifica o nascimento com vida
• Em geral, pela presença de ar nos pulmões do recém-
nascido, que cabe à medicina averiguar, mesmo que ainda
não tenha sido cortado o cordão umbilical.

• Criança respira e morre em seguida - assentos no registro


civil - art. 53, § 2º, Lei nº 6.015/73 - se a criança respirar e
morrer logo em seguida, por ocasião do parto, serão feitos
dois assentos no registro civil: o de nascimento (porque
respirou) e o de óbito.

• Concepção fora do útero materno, inseminação artificial,


utilização de óvulos de outra mulher, as chamadas
barrigas de aluguel - essas questões não foram
enfrentadas pelo novo CC.
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Quando se inicia a existência da pessoa
• Com a concepção - não assim a sua personalidade civil ou
jurídica, que só começa do nascimento com vida (art. 2º).

• A pessoa já vive e existe, desde a concepção: um ser


humano - se o processo de sucessivas divisões celulares
não se interromper, virá à luz um bebê - por isso, a lei põe a
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

• Nascituro - é o ser humano concebido que ainda não


nasceu - art. 2º - "A personalidade civil da pessoa começa
do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro"

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Direitos do nascituro
• Nascituro nasce com vida - desde que momento valem seus
direitos e obrigações potenciais ou eventuais? Desde o momento
da concepção, sendo retroativos, portanto.

• Registro do nascimento - art. 9º, I; Conservação dos direitos do


nascituro - art. 130; Doação - art. 542; Direito à filiação - arts.
1.596 e 1.597; Reconhecimento de filiação - art. 1.609, parágrafo
único; Direito a curador - art. 1.779; Direito à herança - art. 1.798;
Direito à sucessão testamentária - art. 1.799, I; Alimentos (Lei dos
Alimentos Gravídicos); Danos Morais (STJ).

• Tutela penal dos direitos do nascituro - o CP tutela a vida do


nascituro, incriminando o aborto - tutela-se a vida

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Atributos da personalidade
• A personalidade possui certos atributos, ou
seja, certos elementos que a caracterizam. São
eles basicamente:
• * A capacidade
• * O nome
• * O estado

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Capacidade e incapacidade
• Capacidade jurídica - é a medida da personalidade
jurídica, quanto ao exercício pessoal dos atos da vida
civil.

• A aptidão inerente a cada pessoa, para que possa ser


sujeito ativo ou passivo de direitos e obrigações.

• É o poder efetivo que nos capacita para a prática plena


de atos da vida civil.

• Essa aptidão pode ser mero potencial ou poder efetivo.

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Capacidade de gozo ou de direito
• Potencial inerente a toda pessoa para o exercício
de atos da vida civil.

• É a aptidão para adquirir direitos e contrair


obrigações - confunde-se com a própria
personalidade jurídica - todo o ser humano
possui capacidade de gozo ou de direito.

• É o que prescreve o art. 1º quando diz que "toda


pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem
civil“.

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Capacidade de fato ou de exercício
• É a limitação da capacidade de direito (ou da
personalidade jurídica) quanto ao exercício pessoal dos
direitos e obrigações na ordem civil.
• A diferença entre ter ou não capacidade diz respeito,
em suma, à mediação dos atos e negócios jurídicos. Só
a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente (Fábio
Ulhôa Coelho)
• Como podem ser as pessoas quanto à capacidade de
fato:
• a) absolutamente incapazes;
• b) relativamente incapazes;
• c) plenamente capazes.

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Incapacidade jurídica
• Incapacidade - é o reconhecimento da inexistência,
numa pessoa, daqueles requisitos que a lei acha
indispensável para que ela exerça os seus direitos
(Sílvio Rodrigues).

• De onde decorre a incapacidade jurídica - da lei - as


incapacidades são enumeradas taxativamente
(numerus clausus) nos arts. 3º e 4º.

• Finalidade das incapacidades - proteção dos que, por


falta absoluta ou relativa do tirocínio, não puderem
reger suas vidas plenamente

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Absolutamente incapazes
• É a proibição absoluta de certas pessoas praticarem,
pessoal ou diretamente, isto é, sem mediação, os atos da
vida civil.

• Esta incapacidade absoluta tem como consequência o


simples fato de a pessoa não ter sua vontade levada em
consideração.

• Como os absolutamente incapazes atuam na vida civil -


por meio de representante que decide por eles.

• Conseqüência da prática de um ato sem a intervenção do


representante - nulidade absoluta do ato

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Absolutamente incapazes
• São absolutamente incapazes
• a) os menores de 16 anos;
• b) os que, por enfermidade ou deficiência mental,
não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos; - Revogado Pela Lei Nº 13.146/2015 –
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa Com Deficiência - Estatuto da
Pessoa com Deficiência.
• c) os que, mesmo por causa transitória, não
puderem exprimir sua vontade. - Revogado Pela Lei
Nº 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa Com
Deficiência - Estatuto da Pessoa com Deficiência.

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Menores de 16 anos
• Motivo da incapacidade - desenvolvimento mental
incompleto, faltando-lhes discernimento (inteligência,
vontade e decisão) para distinguir entre o conveniente
e prejudicial, o certo e errado - não avaliam com
segurança e profundidade as consequências de seus
atos - falta de experiência, de maturidade emocional e
intelectual.

• Responsabilidade pelos atos civis praticados - dos


genitores e tutores, que assumirão a obrigação de
indenizar os danos causados a terceiros.

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Incapacidade relativa
• É a incapacidade civil de certas pessoas, relativamente
a certos atos, ou à maneira de os exercer.
• As consequências da incapacidade relativa são
diferentes da absoluta. Os relativamente incapazes têm
sua vontade levada em conta.

• Em outras palavras os relativamente incapazes já têm o


direito de expressar sua vontade, necessitando apenas
de uma pessoa que lhes assista.
• Como os relativamente incapazes praticam os atos da
vida civil - através de assistentes. Sendo anulável o ato
sem a sua participação (Art. 171, I).
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Incapacidade relativa
• São relativamente incapazes :
• art. 4º:
• a) os maiores de 16 e menores de 18 anos;
• b) os ébrios habituais e os viciados em tóxicos (e os que,
por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido –
Revogado Pela Lei Nº 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa Com Deficiência - Estatuto da Pessoa com Deficiência);
• c) os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo
(Revogado)
• d) aqueles que, por causa transitória ou permanente,
não puderem exprimir sua vontade (Redação dada pela Lei
nº 13.146, de 2015);
• e) os pródigo: é a pessoa que se revela por um gasto
imoderado capaz de comprometer seu patrimônio.
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Os ébrios habituais e os viciados em
tóxicos:
• Estas pessoas deverão ser assistidas por
curador, desde que sejam interditadas.
• * Toxicômanos - estão sujeitos a duas espécies
de interdição: a completa, que equivale à
incapacidade absoluta; e a limitada, que
equivale à incapacidade relativa.
• * Ébrio habitual - é aquele que se embriaga
frequentemente.

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Capazes
• São os maiores de 18 anos e os emancipados.

• Estes possuem, assim como os incapazes,


capacidade de direito. Mas além dela, também a
capacidade de fato, que os habilita para todos os
atos da vida civil.

• Os emancipados são aqueles menores de 18 anos


aos quais a Lei, os pais ou o Juiz concede
capacidade.

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Interdição
• É processo judicial pelo qual a pessoa capaz é
declarada incapaz.

• É uma medida tutelar que consiste na


declaração, pelo juiz, da incapacidade, relativa
ou absoluta, de determinada pessoa gerir sua
própria vida civil

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Quem são os interditáveis
• Com exceção dos menores, quer absoluta,
quer relativamente incapazes, e daqueles que,
por causa transitória, não puderem exprimir
sua vontade, todas as demais pessoas
referidas nos arts. 3º e 4º deverão ser
interditadas para que o curador possa reger-
lhes a vida civil.

• Quer dizer que nesses casos a incapacidade


não é automática.
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• Natureza da interdição - desconstituição, total
ou parcial, da capacidade civil daquele que
apresenta alguma limitação mental.

• O interditado recupera sua sanidade mental


- levanta-se a interdição, e o interditado
readquire sua capacidade plena.

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Quem poderá requerer a interdição
• os pais e tutores,
• o cônjuge,
• ou qualquer parente,
• e o MP, se qualquer das pessoas anteriores
não promoverem a interdição e se esta for por
motivo de doença mental grave.

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Emancipação
• É o contrário da interdição.
• Por ela, pessoa incapaz torna-se capaz.

• Emancipação, é assim, a cessação da


incapacidade e opera-se:
• a) por concessão dos pais,
• b) por determinação legal, ou
• c) por sentença judicial

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Previsão
• - art. 5º, parágrafo único e incisos - “
• Cessará, para os menores, a incapacidade:
• I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do
outro, mediante instrumento público, independentemente
de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
• II - pelo casamento;
• III - pelo exercício de emprego público efetivo;
• IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
• V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela
existência de relação de emprego, desde que, em função
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria"

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Observações
* Emancipado pelo casamento - anulação do casamento,
separação judicial ou viuvez - retorno à condição de incapaz -
essas situações não implicam retorno do menor à condição de
incapaz - entendimento contrário - para Carlos Roberto
Gonçalves a anulação do casamento, e só nesta hipótese, faz
o emancipado voltar à condição de incapaz.

* Emancipação pelo exercício de emprego público efetivo: a


nomeação ao cargo público deve ser em caráter efetivo, não
sendo contemplados pela emancipação os contratados,
diaristas, mensalistas, extranumerários e investidos em cargo
em comissão (Washington de Barros Monteiro), mas algumas
decisões judiciais têm abrandado esse entendimento, fazendo
prevalecer o status de servidor público.

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Observações
* Diferentemente da situação do casamento, se o funcionário
exonerar-se ou for demitido do cargo público, deixa de
prevalecer a cessação da incapacidade. Esta só é concedida em
razão de o funcionário 'exercer' o cargo público, ressalvando-se
os direitos de terceiros" (Sílvio de Salvo Venosa).

* Economia própria - implica independência econômica do


menor.

* O emancipado e obtenção de carteira de habilitação para


dirigir automóveis - não pode obter a habilitação, pois o Código
de Trânsito Brasileiro exige a idade mínima de 18 anos (art. 140,
I, Lei nº 9.503/97) - o mesmo vale para os casos análogos.

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Comoriência
• Comoriência - conceito jurídico - a comoriência ocorre
quando duas ou mais pessoas, com vínculos sucessórios
umas com as outras, morrem na mesma ocasião, em
virtude do mesmo evento.
• Importância da hora precisa em que a pessoa faleceu -
diferentes direitos sucessórios decorrem da ordem
temporal em que se verifica a morte de duas ou mais
pessoas ligadas por vínculos de parentesco.
• Impossível averiguar a precedência da morte entre os
comorientes - art. 8º - "presumir-se-ão simultaneamente
mortos" - neste caso não haverá sucessão entre os
comorientes

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Ausência
• Conceito: Ausente é toda pessoa que desaparece
sem deixar pistas.
• Pessoa que desaparece do seu domicílio sem dela
haver notícia.
• Ninguém sabe se está viva ou morta.

• Washington de Barros Monteiro nos dá uma


fórmula para a conceituação da ausência:
• Não presença + falta de notícias + decisão judicial
= Ausência

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Requisitos
a) desaparecimento de uma pessoa do seu
domicílio;
b) absoluta falta de notícias suas;
c) bens em abandono - a jurisprudência tem
admitido a declaração de ausência mesmo na falta
de bens arrecadáveis, se houver interesses
previdenciários (Arnaldo Rizzardo);
d) ausência de representante ou procurador para
administrar os bens, ou, se deixando mandatário,
não queira ou não possa exercer ou continuar o
mandato, ou se forem insuficientes seus poderes.

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O ausente é incapaz?
• O ausente, declarado assim por sentença, não
é mais incapaz, como no CC anterior.

• Assim que aparecer, poderá imitir-se na plena


gerência de seus negócios, estando
totalmente apto para a prática dos atos da
vida civil - além disso, a curatela é instituída
para a defesa do patrimônio.

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Fases da ausência
• Curadoria dos bens do ausente
• Sucessão provisória e
• Sucessão definitiva

• Quem pode Requerer?

• Art. 22 CC diz qualquer interessado ou


Ministério Público.

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Curadoria dos bens do ausente
• Poderes e obrigações do curador - art. 24 - os poderes e obrigações
do curador serão fixados pelo juiz, conforme cada caso,
observando, no que for aplicável, o disposto quanto aos tutores e
curadores - disposição quanto aos tutores e curadores – NCPC arts.
759 a 763.
• Por quanto tempo perdura, em regra, a curatela dos bens do
ausente - art. 745 NCPC - um ano - "Feita a arrecadação, o juiz
mandará publicar editais na rede mundial de computadores, no
sítio do tribunal a que estiver vinculado e na plataforma de editais
do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 1 (um)
ano, ou, não havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da
comarca, durante 1 (um) ano, reproduzida de 2 (dois) em 2 (dois)
meses, anunciando a arrecadação e chamando o ausente a entrar
na posse de seus bens"

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Sucessão provisória
• Passando um ano da publicação do primeiro edital abre-se
a sucessão provisória. NCPC §1º do Art. 745.
• Isso quer dizer que os herdeiros receberão a herança do
ausente e os credores serão pagos.
• Retorno do ausente ou prova de sua existência - art. 36 -
se durante a sucessão provisória o ausente aparecer, ou
ficar provado que ainda vive, cessarão imediatamente as
vantagens dos sucessores provisórios, ficando estes,
todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias
precisas, até a entrega dos bens ao ausente
• Na sucessão provisória os herdeiros são imitidos na posse
dos bens do ausente a título presuntivo (precário,
provisório) - não se transmite a propriedade - o verdadeiro
dono é o próprio ausente.

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Sucessão definitiva
• Escoados os dez anos, os herdeiros ou o MP poderão requerer que
se abra a sucessão definitiva do ausente, quando, então, adquirem
os bens a título definitivo.

• Uma vez aberta a sucessão definitiva, o ausente poderá retornar, no


prazo de 10 anos, tendo o direito a receber os bens no estado em
que se encontrarem. CC art. 39 (por isso é essa sucessão também
denominada de quase-definitiva).

• "Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não
regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os
bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito
Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-
se ao domínio da União, quando situados em território federal“.

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Fique
sabendo
• A sucessão definitiva poderá ser requerida em mais dois
casos: Art. 745, § 3º do NCPC c/c art. 38 do CC Primeiro: a
qualquer tempo se o ausente for encontrado morto.
Segundo: Se ausente contar 80 anos de idade e houverem
decorrido 05 anos das últimas notícias suas.
• Ausência ≠ Morte Presumida
• Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem
decretação de ausência:
• I - se for extremamente provável a morte de quem estava
em perigo de vida;
• II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra.

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Obrigada!

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