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DIAGNÓSTICO CLÍNICO

• Em quem investigar?
→ Mulheres com distúrbios menstruais
(oligomenorreia, amenorreia, galactorreia ou infertilidade)

→ Homens com hipogonadismo, diminuição da libido,


disfunção erétil e inferlidade, ginecomastia, galactorreia e
osteoporose.

→ Pacientes com sinais e sintomas decorrentes de efeito de


massa em REGIÃO SELAR (anormalidades visuais e
hipopituitarismo),
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
→ Valores normais de PROLACTINA:
*Homens <20 ng/mL
*Mulheres <25ng/mL
→ Valores da HIPERPROLACTINEMIA têm relação
com a ETIOLOGIA:
*Até 100 ng/mL (medicamentos psicoativos,
estrógenos, causa idiopática e microprolactinomas)
*>200 ng/mL (prolactinomas)
*>250 ng/mL (macroprolactinomas)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Sinais, sintomas ou ex. laboratoriais sugestivos

AFASTAR: CAUSAS FISIOLÓFICAS E MEDICAMENTOSAS


História clínica
Exame físico
Teste de gravidez (se necessário)
● Hiperprolactinemia em assintomático: Macroprolactinemia?
● Dosar TSH (Hipotireoidismo primário?);
● Função Hepática(Insuficiência hepática?);
● Função Renal (Insuficiência renal?)

● Em pcts com Macroadenomas hipofisários + hiperprolactnemia

Dx diferencial : MACROPROLACTINOMA ou PSEUDOPROLACTINOMA?


DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO
• Confirmada a Hiperprolactinemia, paciente é submetido à RM de
hipófise;
• TC: menos efetiva, sobretudo para detectar microprolactinomas.
(Mas, é útil quando há contraindicação de RM).

• “Armadilhas” na investigação
1) MACROPROLACTINOMA (Prolactina se liga à Ig, formando
complexo de alto peso molecular = reduz atividade biológica da
Prolactina = assintomáticos).

2) EFEITO GANCHO (Valores falsamente baixos de prolactina =


suspeitar quando MACROADENOMAS HIPOFISÁRIOS e VALORES NÃO
MUITO ELEVADOS DE PROLACTINA).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

PSEUDOPROLACTINOMAS

Lesões selares e perisselares que levam à


hiperprolactinemia por compressão da haste
hipofisária
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Serão incluídos neste Protocolo os pacientes que


apresentarem dois ou mais dos seguintes critérios, sendo o
primeiro obrigatório:

1) Níveis de prolactina maior que o limite superior da


normalidade (critério obrigatório);
2) TC ou RM de hipófise demonstrando macroprolactinoma;
3) RM de hipófise demonstrando microprolactinoma
associado à clínica de hiperprolactinemia ou hipogonadismo;
4) RM de hipófise normal, mas associado à clínica de
hiperprolactinemia ou hipogonadismo.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Serão excluídos deste Protocolo os pacientes que


apresentarem qualquer um dos seguintes critérios:

1) Hipotireoidismo primário como causa da


hiperprolactinemia;
2) Hiperprolactinemia secundária a medicamento;
3) Gravidez como causa da hiperprolactinemia;
4) Insuficiência renal e hepática;
5) Hipersensibilidade aos medicamentos preconizados;
6) Hiperprolactinemia por compressão da haste hipofisária
(pseudoprolactinomas).
TRATAMENTO
• Objetivo quando microprolactinoma ou hiperprolactinemia
idiopática: restaurar a função gonadal e sexual por meio da
normalização da prolactina.
• Quando macroprolactinomas: controle hormonal, redução
e o controle tumoral.
• Tratando-se de MACROADENOMA, todos pacientes devem
ser tratados.
• Em demais situações, apenas se sintomas (infertilidade,
galactorreia relevante, alterações no desenvolvimento
puberal ou hipogonadismo de longa data).
• Devem ser tratadas Mulheres com hiperprolactinemia leve,
ciclos menstruais regulares e que tenham desejo de
engravidar.
TTO NÃO MEDICAMENTOSO
• CIRURGIA: taxa de cura de microprolactinomas e
macroadenomas pequenos = 75% (embora tratamento de
escolha é feito com Agonista Dopaminérgico.

• Nos macroprolactinomas maiores e mais invasivos, o


tratamento medicamentoso é a primeira opção = risco alto
de complicações e baixas chances de cura.

Se refratário (10%), a retirada cirúrgica parcial pode beneficiar


o tratamento medicamentoso.

• Outras indicações: macroprolactinomas císticos cursando


com sintomas neurológicos; Apoplexia com déficit
neurológico; Intolerância aos agonistas dopaminérgicos;
• RT externa:
* Baixa eficácia;
* Muitos efeitos adversos
hipopituitarismo
danos ao nervo óptico
disfunção neurológica
acidente vascular cerebral
neoplasias secundárias
*Utilizada quando tumores agressivos ou prolactinomas
malignos, não responsivos aos agonistas dopaminérgicos
e à cirurgia.
TTO MEDICAMENTOSO
• Agonistas dopaminérgicos:
• Primeira opção de tto;
• Normalizam nível de prolactina;
• Restauram função gonadal;
• Reduzem volume tumoral;
• Cabergolina e Bromocriptina (mais usados);
• Taxa de normalização da Prolactina e Redução tumoral
são maiores e efeitos colaterais menos frequentes com
a CABERGOLINA (primeira escolha);
• BROMOCRIPTINA reservado para mulheres com desejo
de engravidar (maior experiência com uso em
gestantes)
• Bromocriptina: comprimidos de 2,5 mg
*Meia vida curta
*Iniciar com 1,25mg/dia VO (p/↓E.A.)
*Dose desejável de 2,5 a 15mg (2 a 3vezes/dia)

• Cabergolina: comprimidos de 0,5 mg


*Agonista do receptor D2 da dopamina
*Meia vida longa
*Iniciar com 0,25mg 2vezes/semana(p/↓ E.A.)
*dose desejável de 1 a 2 mg/semana
• TEMPO DE TRATAMENTO:
*RECOMENDADO: 2 anos

• BENEFÍCIOS ESPERADOS:
* Redução ou normalização do nível de prolactina;
* Redução do tumor da hipófise (adenoma);
* Alívio dos sintomas associados;
* Regularização dos ciclos menstruais;
* Melhora do desejo sexual;
* Correção da infertilidade;
* Reversão ou estabilização da perda de massa óssea;
MONITORIZAÇÃO
• 1) HIPERPROLACTINEMIA IDIOPÁTICA OU
MICROPROLACTINOMA:
* No primeiro ano: dosar PROLACTINA/3 meses;
* Após o primeiro ano: dosar PROLACTINA/ano;
* Caso não normalize os níveis séricos, deve-se
aumentar a dose ou trocar o agonista dopaminérgico;
*Não existem sinais preditivos para avaliar se a
suspensão do agonista dopaminérgico é segura, embora
alguns estudos têm indicado que a retirada dos fármacos
pode ser segura em pacientes com longo tempo de
normalização de prolactina e sem evidência de tumor por
RM;
• 2) MACROPROLACTINOMA:
*Dosar PROLACTINA + RM de hipófise após ter sido
introduzido o medicamento;
*Se normalizados níveis de prolactina por 2 anos + redução de
50% do tumor
reduzir a dose do agonista dopaminérgico
gradativamente

*Se normalizados níveis de prolactina por 3 anos + nítida


redução tumoral
tentar suspensão do fármaco

*Ao suspender o agonista dopaminérgico


dosar Prolactina a cada 3 meses (no 1ºano)
dosar anualmente (após 1ºano)
repetir RM de hipófise se ↑Prolactina)
• USO DOS AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS NA
GESTAÇÃO:
*Índice de malformações, gravidez ectópica e
aborto não é maior que na população geral ao uso de
BROMOCRIPTINA;
*Recomenda-se que TODAS GESTANTES façam uso
no menor tempo possível, sobretudo no 1º trimestre;
*Gestantes com microprolactinoma ou
hiperprolactinemia idiopática: suspensão do fármaco;
*Gestantes com macroprolactinoma: não há
consenso (conduta individualizada);
• CABERGOLINA E VALVOPATIAS:
*Uso de altas doses (acima de 3 mg/dia ou acima
de 20 mg/semana)

Associado com valvopatias cardíacas em pacientes com


doença de Parkinson

*Pode levar à calcificação valvar aórtica +


Regurgitação tricúspide leve
*Quando o tto requerer doses altas, solicitar
Ecocardiograma transtorácico antes de iniciar o tto e no
seguimento;
REFERÊNCIAS:
1)

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