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AVALIAÇÃO INICIAL DOS


DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS
NO PERÍODO NEONATAL.

Carlos Alberto Moreno Zaconeta


www.paulomargotto.com.br

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OBJETIVOS
 Discutir as causas mais freqüentes de
desconforto respiratório neonatal ao nascer.
 Construir um raciocínio lógico, coerente e
organizado.
 Estimular a discussão interdisciplinar.
Metodologia
 Exposição oral áudio-
áudio-visual.

 Após a exposição, apresentação breve de


casos clínicos.

 O ambiente será sempre fraterno e de troca


de idéias.
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DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS NO
PERIODO NEONATAL

 Doença da Membrana Hialina.


 Taquipnéia Transitória do Recém Nascido.
 Síndrome de Aspiração Meconial.
 Pneumonia Intra-
Intra-útero.
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DOENÇA DA MEMBRANA
HIALINA
Doença da Membrana Hialina
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 O surfactante é sintetizado a partir da 20ª semana
gestacional.

 A produção atinge a quantidade suficiente por volta


das 34-
34-35 semanas.

 O diabetes materno prejudica a quantidade e


qualidade do surfactante.

 O uso de corticóide antenatal protege o surfactante


pulmonar.

 
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Doença da Membrana Hialina
História da mãe

 Gestação < 34 semanas.

 Diabetes materno mesmo > 34 semanas.

 RNPT/AIG

 Asfixia perinatal.

 Mãe que não recebeu tratamento adequado com


corticóide.
Doença da Membrana Hialina
Quadro clínico

 Gemido expiratório,
expiratório, batimento de asas do nariz,
taquipnéia, retração da caixa torácica e cianose.
 Os sinais e sintomas aparecem logo após o
nascimento.
 Piora progressiva nas próximas 36 a 48 horas de
vida.
Doença da Membrana Hialina
Exames complementares

 Rx: Infiltrado reticulogranular (vidro moído),


bilateral, uniforme e com broncograma aéreo.

 Hemograma normal.
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TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA
DO RECÉM NASCIDO
Taquipnéia Transitória do RN
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Taquipnéia Transitória do RN
História da mãe

 RNT ou RNPT > de 34 semanas.


 Parto cesárea, principalmente se for sem
que o trabalho de parto tenha se iniciado.
 Pode acontecer no parto normal.
 Demora no clampeamento do cordão.
 Asixia perinatal.
Taquipnéia Transitória do RN
Quadro Clínico
 Inicio precoce, nas primeiras horas.
 FR entre 80-
80-100 ipm.
 Retração intercostal , batimento de asas do nariz,
gemido e cianose que melhora facilmente com o
aumento da concentração de oxigênio
 Ausculta normal ou estertores subcrepitantes
finos.
Taquipnéia Transitória do RN
Quadro Clínico

 Os sintomas impressionam como menos graves


quando comparada com a DMH.

 Melhora bem com O2.

 Evolui com melhora progressiva e resolve com ±


72 horas.
Taquipnéia Transitória do RN
Exames complementares

 Rx: Congestão para-


para-hilar simétrica ( O da trama
vasobrônquica).
vasobrônquica ).
 Espessamento das cisuras interlobares e
hiperinsuflação podem estar presentes.
 Ocasionalmente discreta cardiomegalia ou
derrame pleural.
 Hemograma normal.
SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO
DE LÍQUIDO MECONIAL
Síndrome de Aspiração de Mecônio
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Síndrome de Aspiração de Mecônio

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 Idade Gestacional geralmente > 37 semanas ou
pós maturos.
 Todas as causas de insuficiência placentária
aguda ou crônica.
 Presença de Líquido Amniótico meconial.
Síndrome de Aspiração de Mecônio
& 
 Impregnação de mecônio.
 Presença de mecônio na traquéia.
 Quadro variável. Desde assintomático até
desconforto severo.
 A cianose e a hipoxemia resistente são
indicadores de extrema gravidade. Mesmo sem,
mecônio na traquéia.
 Quando não há complicações, evolui com
melhora em 5-
5-7 dias.
Síndrome de Aspiração de Mecônio
'-


  

 Rx de tórax

 Gasometria.

 Hemogramas seriados.
PNEUMONIA INTRA-
UTERINA
Pneumonia intrauterina

K .
 Adquirida antes do nascimento.
- Via transplacentária.
- Via ascendente.
- No contexto de uma infecção congênita.

 Adquiridas durante o nascimento.


Pneumonia intrauterina
,   


 Bolsa rota > 12-


12-24 horas.
 Baixo nível socioeconômicas.
 Pré
Pré--natal insuficiente.
 Corioamnionite com ou sem RPM.
 ITU.
 Qualquer infecção materna (Periodontite,
pneumonia, etc).
Pneumonia intrauterina
,   


 Febre materna.

 TORCHS.

 Fisometria positiva.

 Parto prematuro sem causa aparente.


aparente.
Pneumonia intrauterina
Quadro clínico
 Desconforto respiratório precoce ou não,
batimento de asas, gemido, cianose.

 Letargia, choro fraco, intolerância à


dieta,distensão abdominal, hipotermia, má
perfusão capilar, não melhora no CPAP,apnéias,
choque.

 Desconforto respiratório com evolução arrastada.


Pneumonia intrauterina
Exames complementares
 Rx tórax: áreas opacas difusas, segmentares,
lobares ou ainda bilaterais.
 DD com DMH.
 Hemograma: Leucocitose, leucopenia,
plaquetopenia, índices de Manroe, granulações
tóxicas.
 Valorizar o hemograma com prudência.
 Gasometria: acidose metabólica persistente.
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DMH Vs Pneumonia
 Muito prematuros e MMBP.
 Recebeu surfactante e ainda precisa de
drogas vasoativas.
 Não melhorou com uma dose de
surfactante, precisou de 2a ou 3a dose.
 História confusa.
 DMH que não digere dieta, que não
consegue sair da VM,etc.
CASOS CLINICOS

Vamos brincar?
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Caso clinico Nº 1

 Hipótese diagnóstica

 Conduta

 Evolução.
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Caso clinico Nº 2
 Hipótese diagnóstica

 Conduta

 Evolução...

 A hipótese diagnóstica foi confirmada?


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Caso clinico Nº 3
 RN apresentou desconforto respiratório
desde o nascimento: FR 90 ipm, TIC, sem
gemência, melhora muito com oxigênio
40%.
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Caso clinico Nº 3
 Hipótese diagnóstica

 Conduta

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 Análise retrospectiva
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Caso clinico Nº 4

 Hipótese diagnóstica

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 Análise retrospectiva
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 Hipótese diagnóstica

 Conduta
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Caso clinico Nº 5

 No D 4 de antibiótico começou a melhorar, sendo


possível diminuir a FiO2 até 30%.

 Extubado no mesmo dia.

 Começou a aceitar a dieta no D6 de antibiótico.

 Analise retrospectiva

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