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Resistência de Materiais

Prof. Marcelo Sobral


TRAÇÃO e COMPRESSÃO

PRINCIPAIS CONCEITOS
TRAÇÃO e COMPRESSÃO

TENSÃO NORMAL

A intensidade da força normal sobre unidade de área é chamada de TENSÃO


NORMAL. É expressa por unidades de força sobre unidade de área (N/m2).

𝑁 (𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛)
𝑚2 (𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜)
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
• FORÇAS DE TRAÇÃO – TENSÕES DE TRAÇÃO
• FORÇAS DE COMPRESSÃO – TENSÕES DE COMPRESSÃO

F F

centroide

DEFORMAÇÃO LINEAR ESPECÍFICA


TRAÇÃO e COMPRESSÃO
∆𝑙 (𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠)
𝜀=
𝐿 (𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠)
𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐
𝜺 (é𝑝𝑠𝑖𝑙𝑜𝑛)𝑐𝑜𝑚𝑜 é 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑢 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 é 𝑎𝑑𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐

CURVA TENSÃO-DEFORMAÇÃO

À medida que a carga axial é aumentada o alongamento total ao longo do


comprimento da barra é medido a cada incremento de carga, e isso continua
até a fratura total do corpo de prova.

𝝆 (𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛 )


𝛿(𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙) =
𝑨 (Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑆𝑒çã𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑚2 )
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
Tensão Máx suportada pelo material

Material Maleável

Resistência Mecânica

Material se rompe
com uma tensão
inferior à máxima
suportada por ele
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
MATERIAIS DÚCTEIS ou FRÁGEIS

 Material Maleável: material submetido a uma força, o mesmo se rompe


sem se deformar, não possui fase elástica apenas propriedades plásticas.

 Material Dúctil: material quando submetido a um esforço se deforma


antes de se romper.
 Tenacidade: Capacidade que o material tem de absorver choques,
atrito perfil do material dúctil.
 Elasticidade: (aplica-se ao material dúctil): capacidade que um material
tem de se deformar submetido a um esforço e retornar ao estado de
origem quando este esforço termina.

LEI DE HOOKE
Relação entre os alongamentos e as forças axiais que o provocam.

𝜎 = 𝐸. 𝜀
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
𝜎 – Tensão Normal

E – Representa a inclinação da reta OP (fase elástica)


e módulo de elasticidade do material sob tração (Módulo Young)
𝜀 – Deformação Linear Específica

PROPRIEDADES MECÂNICA DOS MATERIAIS

LIMITE DE PROPORCIONALIDADE: Valor numérico que pode


ser imposta ao material durante um teste de tração simples, tal que a
tensão é uma função linear de deformação;

LIMITE ELÁSTICO: Valor de máxima tensão que pode ser imposta ao


material durante um teste de tração simples, tal que não existe deformação
permanente ou residual quando a carga for completamente removida.

REGIÕES ELÁSTICA E PLÁSTICA: Região da curva de tensão-deformação


compreendida entre a origem e o limite de proporcionalidade (Região Elástica).
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
A região da curva tensão-deformação compreendida entre o limite de
proporcionalidade e o ponto que corresponde a ruptura (Região Plástica).

LIMITE DE ESCOAMENTO

Ponto na curva tensão-deformação em que ocorre deformação do material


sem o aumento do valor da tensão.

A partir deste ponto diz-se que o material passou a escoar.

LIMITE DE RESISTÊNCIA ou RESISTÊNCIA À TRAÇÃO

É o valor máximo da tensão na curva.

RESISTÊNCIA DE RUPTURA

Valor identificado pelo ponto B da curva tensão-deformação


TRAÇÃO e COMPRESSÃO
MÓDULO DE RESILIÊNCIA

O trabalho realizado por unidade de volume do material quando há uma


força de tração simples que aumenta gradualmente a partir do zero até
atingir o limite de proporcionalidade.

Pode ser calculado tomando-se a área da curva tensão-deformação do


origem ao limite de proporcionalidade (área hachurada).

Unidade N.m/m3 no S.I. (Capacidade de absorver energia na Região Plástica


do material.
MÓDULO DE TENACIDADE
Trabalho realizado por unidade de volume do material.

Quando a força de tração simples aumenta gradualmente do zero até o limite


de ruptura.

Capacidade de absorver energia na região plástica calculada pela área de toda


curva tensão deformação.
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
MÓDULO TANGENTE

O trabalho realizado por unidade de volume do material quando há uma


força de tração simples que aumenta gradualmente a partir do zero até
atingir o limite de proporcionalidade.

Pode ser calculado tomando-se a área da curva tensão-deformação do


origem ao limite de proporcionalidade (área hachurada).

Unidade N.m/m3 no S.I. (Capacidade de absorver energia na Região Plástica


do material.
MÓDULO DE TENACIDADE
Trabalho realizado por unidade de volume do material.

Quando a força de tração simples aumenta gradualmente do zero até o limite


de ruptura.

Capacidade de absorver energia na região plástica calculada pela área de toda


curva tensão deformação.
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
REDUÇÃO PERCENTUAL DE ÁREA

A diminuição da área de seção transversal em relação à área inicial no


instante da ruptura dividida pela área inicial, multiplicada por 100,temos:

𝐴𝑟
𝑅𝑃𝐴 = 𝑥100
𝐴𝑖
ALONGAMENTO PERCENTUAL
O aumento do comprimento da barra depois da ruptura dividido pelo
comprimento inicial multiplicado por 100, temos:

𝐿𝑓
AP= 𝑥100
𝐿𝑖
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
ENCRUAMENTO

Material dúctil solicitado além do limite de escoamento sem falhas, dizemos


que o material encrua.

RESISTÊNCIA AO ESCOAMENTO

O valor da tensão na curva tensão-deformação que corresponde a uma


deformação permanente predeterminada depois de removida a carga é chamado
de RESISTÊNCIA AO ESCOAMENTO DO MATERIAL.

MÓDULO TANGENTE

Taxa de variação da tensão em relação à deformação. Módulo instantâneo é


dado por:

𝑑𝛿
𝐸1 =
𝑑𝜀
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
COEFICIENTE DE DILATAÇÃO LINEAR

É definido como uma variação de comprimento por unidade de


comprimento de uma barra reta submetida a uma variação de temperatura
de 1ºC sendo geralmente indicado por ∝.

∝- Independe da unidade de comprimento adotada


Depende da escala de temperatura adotada
Deformação térmica produzida pela variação de temperatura ∆𝑡.

𝜀𝑡 = 𝛼. ∆𝑡 Equação Geral

COEFICIENTE DE POISSON

Relação entre a deformação na direção lateral e a deformação na direção


longitudinal.
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
Ao se aplicar uma força axial de tração em um corpo deformável esse corpo
se alonga e contrai lateralmente, já ao se aplicar uma força de contração o
oposto ocorre.

A deformação longitudinal é dada pela expressão:

A deformação lateral é dada pela expressão semelhante:


TRAÇÃO e COMPRESSÃO
Ilustração
TRAÇÃO e COMPRESSÃO
Para vários metais o valor é de 0,25 a 0,35 e para a cortiça o valor é
próximo de zero.

FORMA GERAL DA LEI DE HOOKE

𝛿
𝜀=
𝐸
Tensões Normais perpendiculares entre si: 𝛿𝑥 , 𝛿𝑦 𝑒 𝛿𝑧
Acompanhados pelas deformações: 𝜀𝑥 , 𝜀𝑦 𝑒 𝜀𝑧
Nos casos mais gerais temos:

1 1
𝜀𝑥 = 𝜎𝑥 − 𝜗 𝜎𝑦 + 𝜎𝑧 𝜀𝑧 = 𝜎𝑧 − 𝜗 𝜎𝑥 + 𝜎𝑦
𝐸 𝐸
1
𝜀𝑦 = 𝜎𝑦 − 𝜗 𝜎𝑥 + 𝜎𝑧
𝐸

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