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Curso da Anpec - Macroeconomia

CONTAS NACIONAIS
CONTAS NACIONAIS

Objetivo das contas nacionais: aferir o valor em unidades


monetárias dos principais agregados, durante um
determinado período de tempo.

 Quanto a economia produz?


 Quanto a economia consome?
 Quanto a economia investe?
 Como o investimento é financiado?
 Quais as remunerações dos fatores de produção?
CONTAS NACIONAIS

A contabilidade nacional desenvolve-se a partir de sete


conceitos básicos:

 Produto
 Renda
 Consumo
 Poupança
 Investimento
 Absorção
 Despesa
PRODUTO

Produto é o valor da produção de bens e serviços de


uma economia, durante determinado período de tempo.

Considera-se para o cálculo do produto apenas os bens


e serviços finais – bens e serviços que não são usados
na produção de nenhum outro bem ou serviço - para
evitar dupla contagem.

Ex: Minério de ferro usado na produção de aço não é


computado no produto.
PRODUTO

 Produto - Somatória do valor dos bens finais


produzidos

n
produto   Pi Qi
i 1

Pi  preço do bem i
Qi  quantidade do bem i
i  bens e serviços finais (i  1,2,3,..., n)
PRODUTO

Suponha que o pais só produza banana e pão.

Neste caso,

Produto = preço da banana X quantidade de banana +


preço do pão X quantidade de pão.
PRODUTO

 Existe um procedimento alternativo para se


contabilizar o produto, que não pela soma direta dos
bens e serviços finais produzidos.

 Valor adicionado - Este procedimento contabiliza o


valor que foi adicionado em cada etapa produtiva ao
valor dos bens intermediarios.
PRODUTO
 Por ex. Suponha que um país só produza pão

Produto Valor do produto Insumo intermediário Valor adicionado


Trigo 10 0 10
Farinha 15 10 5
Pão 20 15 5

 Neste caso o produto e a soma do valor adicionado na


producao de trigo, farinha e pão, ou seja,
10+5+5=20
RENDA
O conceito de renda é o de remuneração dos fatores de
produção. Inclui-se na renda:

 Salários (remuneração do trabalho)

 Juros (remuneração do capital de empréstimo)

 Lucros (remuneração do capital de risco)

 Aluguéis (remuneração do capital físico)


RENDA

Para evitar dupla contagem, só incluímos na renda os


juros e alugueis pagos a pessoas físicas.

Os juros e aluguéis pagos as pessoas jurídicas já são


contabilizados nos lucros.
CONSUMO

O Consumo corresponde ao valor de bens e serviços


adquiridos pelos indivíduos para a satisfação de seus
desejos.

O Consumo do Governo corresponde ao valor dos bens e


serviços que o governo coloca à disposição da
população. Exemplos: educação gratuita, serviços de
policiamento e serviços médicos.
POUPANÇA e INVESTIMENTO

 Poupança : renda não consumida.

 Investimento: acréscimo no estoque de capital


fixo mais variações nos estoques .
ABSORÇÃO

 Absorção: Consumo (público e privado) +


Investimento (público e privado).

 Numa economia fechada absorção = produto.

 Numa economia aberta se as exportações são maiores


(menores) que as importações o produto é maior
(menor) que a absorção.
DESPESA

 A despesa corresponde aos destinos do produto:


consumo, investimento e exportações menos
importações.
IDENTIDADES
Duas identidades fundamentais:

PRODUTO = RENDA = DESPESA

POUPANÇA = INVESTIMENTO
PIB

MENSURAÇÃO DO PIB

Podemos mensurar o PIB através de 3 óticas:

 Ótica da Produção

 Ótica da Renda

 Ótica da Demanda ou Despesa


PIB
PIB = PRODUTO INTERNO BRUTO

PIB pela ótica da produção:

 O PIB é o valor dos bens e serviços finais produzidos


em uma economia durante um determinado período.

 O PIB é a soma do valor adicionado na economia em


um dado período.

As duas formas de mensuração são equivalentes.


PIB

PIB pela ótica da renda:

 O PIB é a soma de toda a renda gerada na economia em


um determinado período.
PIB

PIB pela ótica da demanda ou despesa:

 O PIB é a soma dos itens de despesa de uma economia


em um determinado período.
PIB
PIB PELA ÓTICA DA DEMANDA OU DESPESA

PIB = C + I + G + X - M

Onde:
C = Consumo Pessoal (Consumo das Famílias)
I = Investimento (Público e Privado)
G = Consumo do Governo
X = Exportações de bens e serviços
M = Importações de bens e serviços
INVESTIMENTO

INVESTIMENTO = FBCF + VE

Onde:
FBCF = Formação Bruta de Capital Fixo

VE = Variação de Estoques

Obs.: Formação Bruta de Capital = FBCF + VE


PIB

Por que subtraimos as importações no cálculo


do PIB?
PIB
Porque C , I e G incluem bens e serviços produzidos no
exterior, além dos bens e serviços produzidos
domesticamente. Seja

Cf = Consumo de bens e serviços produzidos no exterior


If = Investimento de bens e serviços produzidos no exterior
Gf = Consumo do Governo de bens e serviços produzidos no
exterior

Cd = Consumo de bens e serviços produzidos domesticamente


Id = Investimento de bens e serviços produzidos domesticamente
Gd = Consumo do Governo de bens e serviços produzidos
domesticamente
PIB

C = Cd + Cf

I = Id + If

G = Gd + Gf

PIB = Cd + Id + Gd + X

= (C – Cf) + (I – If) + (G – Gf) + X


= C + I + G + X – (Cf + If +Gf)
=C+I+G+X–M
EXEMPLO 1
 Considere uma economia composta por duas empresas:
Mineradora (Empresa 1)
Receitas de vendas $ 100
Despesas $ 80
Salários $ 80

Lucro $ 20

Siderúrgica (Empresa 2)
Receita de vendas $ 210
Despesas $170
Salários $ 70
Compra de minério de ferro $ 100
Lucro $ 40
EXEMPLO 1
Mineradora (Empresa 1) Siderúrgica (Empresa 2)
Receitas de vendas $ 100 Receita de vendas $ 210
Despesas $ 80 Despesas $170
Salários $ 80 Salários $ 70
Compra de minério de ferro $ 100
Lucro $ 20 Lucro $ 40

 PIB pela ótica da produção: valor dos bens e serviços


finais produzidos em uma economia durante um
determinado período.

 Bens e serviços finais = $ 210 = PIB


EXEMPLO 1
Mineradora (Empresa 1) Siderúrgica (Empresa 2)
Receitas de vendas $ 100 Receita de vendas $ 210
Despesas $ 80 Despesas $170
Salários $ 80 Salários $ 70
Compra de minério de ferro $ 100
Lucro $ 20 Lucro $ 40
 PIB pela ótica da produção: soma do valor adicionado na
economia em um dado período.

 Valor adicionado = Valor da produção – Consumo de


bens intermediários.

 Valor adicionado = $ 100 + ($ 210 - $ 100)


= $ 210 = PIB
EXEMPLO 1
Mineradora (Empresa 1) Siderúrgica (Empresa 2)
Receitas de vendas $ 100 Receita de vendas $ 210
Despesas $ 80 Despesas $170
Salários $ 80 Salários $ 70
Compra de minério de ferro $ 100
Lucro $ 20 Lucro $ 40
 PIB pela ótica da renda: soma de toda a renda gerada na
economia em um determinado período.

 Renda gerada = Renda do Trabalho + Renda do


Capital (Lucro) = ($80 + $70) + ($20 + $40) = $ 210 =
PIB .
EXEMPLO 2

Vejamos um exemplo com impostos, em que parte do


valor adicionado no âmbito das empresas é transferido ao
governo.
EXEMPLO 2
Receitas de vendas $ 110 Receita de vendas $ 220
Despesas $ 90 Despesas $190
Impostos $ 10 Impostos $ 10
Salários $ 80 Salários $ 70
Compra de minerio $ 110
Lucro $ 20 Lucro $ 30
 O PIB é o valor dos bens e serviços finais produzidos
em uma economia durante um determinado período.

 Bens e serviços finais = $ 220 = PIB .


EXEMPLO 2
Receitas de vendas $ 110 Receita de vendas $ 220
Despesas $ 90 Despesas $190
Impostos $ 10 Impostos $ 10
Salários $ 80 Salários $ 70
Compra de minerio $ 110
Lucro $ 20 Lucro $ 30
 O PIB é a soma do valor adicionado na economia em um
dado período.

 Valor adicionado = Valor da produção – Consumo de


bens intermediários.

 Valor adicionado = $ 110 + ($ 220 - $ 110)


= $ 220 = PIB .
EXEMPLO 2
Receitas de vendas $ 110 Receita de vendas $ 220
Despesas $ 90 Despesas $190
Impostos $ 10 Impostos $ 10
Salários $ 80 Salários $ 70
Compra de minerio$ 110
Lucro $ 20 Lucro $ 30

 O PIB é a soma de toda a renda gerada na economia


em um determinado período.

 Renda gerada = Renda do Trabalho + Renda do


Capital (Lucro) + Impostos (Renda do Governo) = $150
+ $50 + $20 = $ 220 = PIB .
EXEMPLO 3

Vejamos um exemplo com receitas de aluguel (a


mineradora aluga maquinário para a siderúrgica) e
variação de estoques (em que parte da produção de aço
não é vendida e parte da produção de minério de ferro não
é usada para a produção de aço).
EXEMPLO 3

Mineradora

Receita de vendas de minério de ferro $ 900


Receitas de aluguel $ 100

Despesas:

Salários $ 500

Lucros $ 500
EXEMPLO 3

Siderúrgica

Receita de vendas de aço $ 1900


Variação de estoques de aço $ 100
Variação de estoques de minério de ferro $ 100
Despesas:

Aluguéis $ 100
Compra de minério de ferro $ 900
Salários $ 500
Lucros $?
EXEMPLO 3

PIB da economia:

Soma do valor dos bens e serviços finais:

= Receitas de vendas de aço + variação do estoque de aço


+ variação do estoque de minério de ferro

= 1900 + 100 + 100 = 2100


EXEMPLO 3

PIB da economia:

Soma dos valores adicionados:

Valor adicionado pela mineradora = valor da produção –


consumo de bens intermediários = 900 + 100 - 0 = 1000
EXEMPLO 3

PIB da economia:

Soma dos valores adicionados:

Valor adicionado da siderúrgica = valor da produção –


consumo de bens e serviços intermediários.

= 2000 - (100 + (900 – 100) = 1100


EXEMPLO 3

PIB da economia:

Soma dos valores adicionados:

Valor adicionado da siderúrgica + valor adicionado da


mineradora = 1100 + 1000 = 2100
EXEMPLO 3

Lucro da siderúrgica:

Lucro Bruto = Venda de Bens e Serviços – Compra de


Bens e Serviços (inclui também aluguéis e salários) +
Investimento Bruto

Lucro Bruto = 1900 – 900 – 100 – 500 + 200 = 600


EXEMPLO 3

PIB da economia

Soma das rendas = salários da mineradora + lucro da


mineradora + salários da siderúrgica + lucro da
siderúrgica = 500 + 500 + 500 + 600 = 2100
PIB DO BRASIL

 Sistema de Contas Nacionais do IBGE, dados preliminares


para 2010, em milhões de reais. Fonte: www.ipeadata.gov.br

PIB C I G X M

nominal 3.674.964 2.226.056 707.414 778.013 409.868 446.386

% PIB 61% 19% 21% 11% 12%


RENDA

PIB PELA ÓTICA DA RENDA

PIB = Renda Pessoal Disponível + Renda Disponível


Bruta das Empresas + Renda Líquida do Governo +
Renda Líquida Enviada ao Exterior
RENDA

RENDA PESSOAL DISPONÍVEL

Renda Pessoal Disponível = Salários + Juros pagos aos


indivíduos + aluguéis pagos aos indivíduos + lucros
distribuídos aos indivíduos + transferências do governo
aos indivíduos – impostos diretos
RENDA

Transferências do governo aos indivíduos =


aposentadorias, pensões, seguro-desemprego, juros da
dívida pública interna, etc..

Impostos diretos = impostos que incidem sobre renda e


patrimônio. Ex.: Imposto de renda, IPTU, etc..
RENDA

RENDA DISPONÍVEL BRUTA DAS EMPRESAS

Renda Disponível Bruta das Empresas = lucros retidos +


depreciações
RENDA

RENDA LÍQUIDA DO GOVERNO

Renda Líquida do Governo = Impostos diretos dos


indivíduos + impostos diretos das empresas + impostos
indiretos + outras receitas correntes líquidas do governo
– transferências do governo aos indivíduos –
transferências do governo às empresas - subsídios
RENDA
Outras receitas correntes líquidas do governo = aluguéis
e dividendos recebidos pelo governo – juros da dívida
pública externa.
RENDA

IMPORTANTE:

Tanto os juros da dívida interna como da dívida externa


não são considerados como prestação efetiva de serviços,
portanto não adicionam valor ao PIB.

Isso porque considera-se que o Governo não se endivida


para investir em atividades lucrativas, mas apenas para
cobrir o seu déficit orçamentário.
RENDA

RENDA LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR


(RLEE)

Renda Líquida Enviada ao Exterior = Renda Enviada ao


Exterior – Renda Recebida do Exterior
GOVERNO

SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE

SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE =


RENDA LÍQUIDA DO GOVERNO – CONSUMO DO
GOVERNO

SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE =


POUPANÇA DO GOVERNO

Obs. o Governo pode ter déficit mesmo com uma poupança


positiva.
GOVERNO

SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE

SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE =


RECEITAS CORRENTES – GASTOS CORRENTES
GOVERNO
RECEITAS CORRENTES DO GOVERNO

RECEITAS CORRENTES DO GOVERNO = IMPOSTOS


DIRETOS + IMPOSTOS INDIRETOS + OUTRAS
RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS
GOVERNO

GASTOS CORRENTES DO GOVERNO

GASTOS CORRENTES DO GOVERNO = CONSUMO


DO GOVERNO + TRANSFERÊNCIAS (ÀS EMPRESAS
E AOS INDIVÍDUOS) + SUBSÍDIOS
GOVERNO

SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE

SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE =


RECEITAS CORRENTES (IMPOSTOS DIRETOS +
IMPOSTOS INDIRETOS + OUTRAS RECEITAS
CORRENTES LÍQUIDAS) – GASTOS CORRENTES
(CONSUMO DO GOVERNO + TRANSFERÊNCIAS (ÀS
EMPRESAS E AOS INDIVÍDUOS) + SUBSÍDIOS)
GOVERNO

DÉFICIT PÚBLICO NOMINAL

DÉFICIT PÚBLICO = INVESTIMENTO DO GOVERNO –


SALDO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE
GOVERNO

DÉFICIT PÚBLICO NOMINAL

DÉFICIT PÚBLICO = INVESTIMENTO DO GOVERNO –


(RLG – CONSUMO DO GOVERNO)
GOVERNO

DÉFICIT PÚBLICO NOMINAL

DÉFICIT PÚBLICO = INVESTIMENTO DO GOVERNO –

(IMPOSTOS DIRETOS + IMPOSTOS INDIRETOS + OUTRAS

RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS –TRANSFERÊNCIAS –

SUBSÍDIOS – CONSUMO DO GOVERNO)


DÉFICIT

DÉFICIT PÚBLICO NOMINAL

DÉFICIT PÚBLICO = INVESTIMENTO DO GOVERNO +

CONSUMO DO GOVERNO + TRANSFERÊNCIAS +

+ SUBSÍDIOS – IMPOSTOS DIRETOS – IMPOSTOS

INDIRETOS – OUTRAS RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS


DÉFICIT

DÉFICIT PÚBLICO PRIMÁRIO

Nas transferências do governo, retiramos os pagamentos de juros


da dívida pública interna.

Em outras receitas correntes líquidas, retiramos pagamentos de


juros da dívida pública externa.
DÉFICIT

DÉFICIT PÚBLICO PRIMÁRIO =

INVESTIMENTO DO GOVERNO +

CONSUMO DO GOVERNO +

TRANSFERÊNCIAS (NÃO INCLUI JUROS) +

SUBSÍDIOS – IMPOSTOS DIRETOS – IMPOSTOS

INDIRETOS – OUTRAS RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS


(NÃO INCLUI JUROS)
DÉFICIT
DÉFICIT PÚBLICO REAL =

INVESTIMENTO DO GOVERNO +

CONSUMO DO GOVERNO +

TRANSFERÊNCIAS (INCLUI APENAS JUROS REAIS)+

SUBSÍDIOS – IMPOSTOS DIRETOS – IMPOSTOS

INDIRETOS – IMPOSTO INFLACIONÁRIO -

OUTRAS RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS (INCLUI


APENAS JUROS REAIS)
DÉFICIT

DÉFICIT PÚBLICO OPERACIONAL = DÉFICIT PÚBLICO


REAL + IMPOSTO INFLACIONÁRIO

O déficit operacional inclui apenas juros reais em


transferências e juros reais em outras receitas correntes
líquidas, não inclui o imposto inflacionário como fonte de
receita do governo (aumentamos o déficit operacional
somando o imposto inflacionário ao déficit real).
ECONOMIA ABERTA

POUPANÇA EXTERNA

POUPANÇA EXTERNA = DÉFICIT NA BALANÇA DE


TRANSAÇÕES CORRENTES
ECONOMIA ABERTA
IDENTIDADE POUPANÇA = INVESTIMENTO
NUMA ECONOMIA ABERTA

PIB PELA ÓTICA DA DEMANDA:


PIB = C + I + G + X – M

IDENTIDADE DE ALOCAÇÃO DA RENDA (PIB PELA


ÓTICA DA RENDA):
PIB = RPD + RDBE + RLG + RLEE
ECONOMIA ABERTA

IDENTIDADE POUPANÇA = INVESTIMENTO


NUMA ECONOMIA ABERTA

IDENTIDADE DE ALOCAÇÃO DA RENDA (PIB PELA


ÓTICA DA RENDA):
PIB = RPD + RDBE + RLG + RLEE

RPD = CONSUMO PESSOAL (C) + POUPANÇA PESSOAL


RDBE = LUCROS RETIDOS + DEPRECIAÇÕES
ECONOMIA ABERTA

IDENTIDADE POUPANÇA = INVESTIMENTO


NUMA ECONOMIA ABERTA

IDENTIDADE DE ALOCAÇÃO DA RENDA (PIB PELA


ÓTICA DA RENDA):
PIB = RPD + RDBE + RLG + RLEE

PIB = C + POUPANÇA PESSOAL + LUCROS RETIDOS +


DEPRECIAÇÕES+ RLG + RLEE
ECONOMIA ABERTA

IDENTIDADE POUPANÇA = INVESTIMENTO


NUMA ECONOMIA ABERTA

PIB = C + POUPANÇA PESSOAL + LUCROS RETIDOS +


DEPRECIAÇÕES + RLG + RLEE

PIB = C + S + RLG + RLEE

ONDE S = POUPANÇA BRUTA DO SETOR PRIVADO


(POUPANÇA PESSOAL + LUCROS RETIDOS +
DEPRECIAÇÕES)
ECONOMIA ABERTA
Igualando as duas identidades, temos:

C + I + G + X - M = C + S + RLG + RLEE

I = S + (RLG – G) + RLEE – (X - M)

((RLG - G) = Poupança do Governo)


( (X – M) - RLEE = - Poupança Externa)
( RLEE - (X - M)= + Poupança Externa)
ECONOMIA ABERTA

Como RLEE – (X – M) = Saldo da Balança de Transações


Correntes com sinal trocado = Poupança Externa, temos:

I = POUPANÇA PRIVADA + POUPANÇA DO GOVERNO +


POUPANÇA EXTERNA
PRODUTO

PIB A PREÇOS DE MERCADO = DESPESA INTERNA


BRUTA = RENDA INTERNA BRUTA
PRODUTO

PIB A CUSTO DE FATORES (PIBCF)

PIBCF = PIB A PREÇOS DE MERCADO – IMPOSTOS


INDIRETOS LÍQUIDOS DE SUBSÍDIOS

 Equivale ao valor da produção de bens e serviços finais que é


destinado a remunerar os fatores de produção.
PRODUTO

PRODUTO INTERNO LÍQUIDO (PIL)

PIL = PIB - DEPRECIAÇÃO


PRODUTO

PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB)

PNB = PIB - RLEE

PNB = PIB – Renda Enviada ao Exterior (REE) + Renda Recebida


do Exterior (RRE)

REE = Renda gerada por fatores de produção de propriedade de não


residentes, que operam dentro do território nacional.

RRE = Renda gerada por fatores de produção de propriedade de


residentes, que operam no resto do mundo.
PRODUTO
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB)

PNB = PIB – (REE – RRE)

PNB = PIB - RLEE

Equivale à renda gerada por fatores de produção de propriedade de


residentes, que operam dentro do território nacional e no resto do
mundo.
PRODUTO
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB)

Ex. os lucros de uma fabrica brasileira de propriedade britânica são


contabilizados no PIB do Brasil, mas fazem parte do PNB da Grã-
Bretanha.

Para calcular o PNB do Brasil devemos subtrair de seu PIB os


serviços que o capital britânico fornece para ele.

De maneira análoga, para calcular o PNB da Grã-Bretanha


devemos adicionar ao seu PIB os serviços que o capital britânico
fornece para o Brasil.
Conceitos adicionais (pág. 33 Manual de
Macro da USP)
RENDA NACIONAL = PNL A CUSTO DE FATORES
(PNLCF)

RENDA PESSOAL = RENDA NACIONAL


- LUCROS RETIDOS PELAS EMPRESAS
- IMPOSTOS DIRETOS SOBRE AS EMPRESAS
- OUTRAS RECEITAS DO GOVERNO
+ TRANSFERENCIAS DO GOVERNO AS EMPRESAS
+ TRANSFERENCIAS DO GOVERNO AS FAMÍLIAS

OU

RENDA PESSOAL= RENDA PESSOAL DISPONÍVEL +


IMPOSTOS DIRETOS SOBRE AS FAMÍLIAS
SISTEMA DE 5 CONTAS NACIONAIS

Sistema de contas obedece a dois princípios:

a) Equilíbrio interno de cada conta

Total de créditos igual ao total de débitos

b) Equilíbrio externo do sistema

Cada lançamento devedor de uma conta corresponde a


igual lançamento credor em outra
SISTEMA DE 5 CONTAS NACIONAIS

 Supomos, para simplificar, que o Governo contrate uma


empresa sem fins lucrativos para pagar seus funcionários
e conduzir todas as suas transações com o exterior.

 As receita de vendas dessa empresa fictícia é igual ao


total dos salários dos funcionários públicos. A empresa
repassa integralmente suas receitas para seus
funcionários a título de salários.

 O lucro da empresa é zero, e o valor adicionado igual ao


montante de salários.
Conta I – Conta Produção
Debito Credito
K) Importação de bens e serviços N) Exportações de bens e serviços
L) RLEE G) Consumo Pessoal
A) Salários P) Consumo do Governo
B) Juros líquidos pagos aos indivíduos H) Formação Bruta de Capital Fixo
C) Alugueis pagos aos indivíduos
I) Variação de Estoques
D) Lucros distribuídos aos indivíduos
E) Depreciações
F) Lucros retidos
V) ORCG
T.2-Q.2) Impostos diretos –
transferências as empresas
U-R) Impostos indiretos - subsídios

Total da oferta de bens e serviços Total da procura de bens e serviços


Conta II – Conta de Apropriação
Debito Credito
Z) Renda Interna Bruta
G) Consumo Pessoal L) RLEE
J) Poupança Bruta do Setor Privado A) Salários
T) Impostos Diretos B) Juros líquidos pagos aos
indivíduos
V) ORCG
C) Alugueis pagos aos indivíduos
L) RLEE D) Lucros distribuídos aos
indivíduos
E) Depreciações
F) Lucros retidos
V) ORCG
T.2-Q.2) Impostos diretos –
transferências as empresas
Q) Transferências
Utilização da Renda Interna Bruta + Renda Interna Bruta + Transferências
Transferências
Conta III – Conta Corrente do Governo
Debito Credito
T) Impostos Diretos
P) Consumo do Governo
U) Impostos Indiretos
Q) Transferências
V) ORCG
R) Subsídios
S) Saldo em Conta Corrente do
Governo

Utilização da Receita Corrente Total da receita Corrente


Conta IV – Conta do Setor Externo
Debito Credito
N) Exportações de bens e serviços
K) Importação de bens e serviços
O) Déficit em transações Correntes
L) RLEE

Receita Corrente
Utilização da Receita Corrente
Conta V – Conta Consolidada de Capital
Debito Credito

H) Formação Bruta de Capital Fixo


J) Poupança Bruta do Setor Privado
I) Variação de Estoques
S) Saldo em Conta Corrente do
Governo
O) Déficit em transações Correntes

Financiamento da Formação Bruta de


Total da Formação Bruta de Capital Capital
Dívida e déficit cap.11- Manual de Macro da
USP

Déficit público no Brasil:

 Necessidade de financiamento do setor público


(NFSP) – Este conceito mede a pressão do setor
público sobre os recursos financeiros da economia.

 Engloba todo tipo de gasto do setor público: consumo,


investimento e rolagem da divida.
Dívida e déficit cap.11- Manual de Macro da
USP

 NFSP – contempla o Governo Central, Estados e


Municípios, a previdência social, empresas estatais e
agencias descentralizadas.

 O conceito de NFSP é muito suscetível às variações


na taxa de inflação, já que os custos de rolagem da
dívida pública são, em geral, indexados.
Dívida e déficit cap.11- Manual de Macro da
USP

Assim, existem dois conceitos principais:

 Déficit nominal – Engloba qualquer demanda de


recursos pelo setor público.

 Déficit operacional – Deduz as correções monetárias


e cambiais pagas sobre a dívida.
Dívida e déficit cap.11- Manual de Macro da
USP

E mais dois conceitos também utilizados:

 Déficit primário – Diferença entre as receitas não


financeiras e os pagamentos não financeiros.

 Déficit real – Deduz as correções monetárias e


cambiais pagas sobre a dívida e a receita com
imposto inflacionário.
Dívida e déficit cap.11- Manual de Macro da
USP

B é a dívida (nominal) do governo

G são os gastos públicos (nominais) não financeiros


(inclui investimentos do governo)

T Total da arrecadação (nominal) não financeira

r é a taxa de juros real.

i é a taxa de juros nominal.


Dívida e déficit cap.11- Manual de Macro da
USP

Deficit no min al  iB  G  T

Deficit operaciona l  rB  G  T

Deficit primario  G  T

Deficit real  rB  G  T  II

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